QUESTÃO DE CREDIBILIDADE
Arlindo Montenegro
As leis brasileiras dizem que
“todos são inocentes até que se prove o contrário”. E que o desconhecimento da
lei não garante a impunidade. Os cidadãos são obrigados a escolher seus
legisladores, entre pessoas apresentadas pelos partidos políticos como honestas
defensoras dos interesses da nação. Os eleitos elaboram leis para seu próprio
benefício.
Todos os votantes são informados
pela televisão, pelos jornais, revistas, pelo rádio e pela internet sobre a realidade
corriqueira, diária, vergonhosa. Documenta-se com sons e imagens o roubo continuado,
as falcatruas, as negociatas que os tais representantes, obrigatoriamente eleitos
pelos votantes cometem. São poucas as exceções à regra.
Documentado está como os
governantes, legisladores, juízes, agentes do Estado e seus homens de
confiança, desprezam as leis com a maior cara lisa e justificam suas ações como
se falassem a imbecis infantilizados. Parece brincadeira! Mas não é. Estamos
diante de um jogo sujo de gente que prefere servir ao tráfico de armas e drogas,
aos bancos e empresas que pagam os favores.
Como livrar o Brasil destes
ditadores eleitos pelos mecanismos corrompidos, disponibilizados por isto que
chamam de democracia? Como acreditar que vamos “eleger livremente”, os mesmos
gestores, previamente escolhidos pelos partidos, para que continuem a “deitar e
rolar” durante os próximos anos? Os eleitores sacramentam o que parece ser
“menos pior”. Todos se aliam ao governo, exceto uns poucos gatos pingados.
Quem acredita que os vereadores e
prefeitos vão ser austeros, honestos, quando vão atuar como peças de uma
engrenagem corrompida e dependente do alimento dos governos estaduais que por
sua vez dependem de Brasília? A imoralidade dos feudos partidários exige a
obediência e os dízimos aéticos de seus eleitos.
Alguém acredita que eles vão
votar pela redução dos “benefícios” que dobram e triplicam seus altíssimos
salários? Que vão submeter-se e deixar que os familiares e dependentes sejam
atendidos pelo SUS? Que vão recusar os serviços odontológicos pagos pelos
contribuintes? Ou pagar pela gasolina que consomem como uísque ou água mineral?
Ou que vão recusar a posse de cartões de crédito pagos pelos cofres públicos?
Falam em reduzir despesas... Que
despesas vão reduzir? São gastos secretos, tão secretos como os acordos para
construir um porto de primeiro mundo em Cuba e deixar às traças o porto de
Santos e as estradas esburacadas por onde circulam as safras de grãos e os
produtos industrializados. São gastos tão secretos como os acordos com países
africanos, com a Venezuela e a Costa Rica, que têm como lobista um certo ex
presidente a serviço de empreiteiras.
Alguém acredita que os mesmos
reeleitos como sempre, (que escolha?), vão cumprir o Art. 26 das Disposições
Transitórias da Constituição de 1988, que manda realizar a Auditoria da Dívida
Pública absurda, aquela que o ex
presidente anunciou ter zerado e cresce como bolo com fermento em demasia?
No orçamento enviado ao Congresso
Nacional para o ano corrente, a previsão do governo para pagar juros e
amortização da dívida é de R$ 1.002.000.000.000,00... Já leu? Engasgou? 1
trilhão e 2 bilhões de Reais! Haja imposto! Haja trabalho mal remunerado! E não
falam nadica da economia informal.
Nossos eleitos, representantes
dos próprios interesses, nem tocam na tal “economia não contabilizada”, cujos
“impostos informais” são cobrados por agentes investidos como “fiscais” de
feiras livres e de pequenos comércios, ou aqueles que cobram por baixo do pano
para facilitar as atividades do tráfico de drogas, armas, contrabando, etc.
Esta economia que nunca foi
divulgada oficialmente, também ajuda a eleger “representantes do povo”, que
normalmente se relacionam com o crime organizado, mantendo o trabalho dos
informais em condição marginal e precária. Eles são uma das “galinhas dos ovos de ouro”. A sociedade
que se proteja (como?) contra a violência que as polícias mal aparelhadas, mal
treinadas, mal remuneradas não têm mesmo como conter. Que o digam as
“comunidades pacificadas”.
Um amigo me indicou que os
informais mobilizam uma riqueza superior à economia da Argentina. E me passou a
fonte: Valor Econômico, São Paulo, 28/11/2012, Editoria Brasil, página A-3,
onde se lê que a economia marginal mobilizou naquele ano, R$ 748,4 bilhões, ou
seja, 17 % do PIB (Produto Interno Bruto, soma de toda a riqueza produzida no
país).
E nem precisamos falar das ONGs,
Organizações NÃO GOVERNAMENTAIS, financiadas pelo governo, para organizar
índios, sem terra, mascarados para esculhambar em manifestações públicas,
doutrinadores marxistas e toda esta gente que ajuda o comunismo e seus aliados
a manter o medo e dividir a população.
Recebido por e-mail e postado originalmente no Blog "ViVerdeNovo":
http://montenegroviverdenovo.blogspot.com.br/
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