sexta-feira, 30 de outubro de 2009

CARTA AOS GENERAIS


São Paulo, 14 de julho de 2009.

Exmo. Sr. General

A União Nacionalista Democrática, nome atual do Grupo das Bandeiras, fundado por civis e militares em outubro de 1992, vem apresentando análises sobre os inimigos reais do Brasil, há mais de 12 anos.

Nossos estudos e análises estão confirmados por um DVD, que chegou às nossas mãos recentemente. Causa espécie, a identidade das nossas analises com o documentário americano.
O filme, apresentado por historiadores, artistas e intelectuais americanos, de renome internacional, evidencia a existência de um Governo Mundial Secreto, composto por 125 bilionários (Clube Bilderberg, CFR, Comissão Trilateral e etc).

O trabalho da UND, contudo, é mais profundo, porque demonstra através da coletânea de analises “O Fio da Meada”, que os BILDERBERGUERS são coordenados pelo Banco “Rothschildt and Sons”, que há 270 anos são os “controlers” financeiros para o “Poder Real”, que são as Monarquias Européias: Inglesa, Holandesa, Belga, Espanhola, Nórdicas e os principados.
O Fio da Meada evidencia, que os “Bilderberguers” chefiados pelos Rothschilds, vêm empreendendo guerra comercial de 5ª geração, contra a Nação Brasileira e outros paises alvo de seus interesses egemônicos.

A síntese do Poder Mundial Real é a seguinte:
1- controlador
2- agentes conscientes (lideranças político partidárias)
3- agentes inconscientes

Seus instrumentos de dominação são: ideologias (todas), terrorismo e diferenças regionais de toda sorte.

A guerra permanente, de 5ª geração, travada contra o Brasil, pelo poder real, não foi detectada como ameaça por nossas Forças Armadas, porque o “campo de batalha” é difuso e extrapola os limites da formação militar, não só brasileira como mundial. A formação militar trata preferencialmente de guerra convencional de primeira geração indo até guerra de terceira geração. Atualmente, a guerra assimétrica, de 4ª geração está sendo estudada, de forma acadêmica, pelos cursos de Estado Maior. Mas, a guerra que nos vitima, repita-se, é de 5ª geração!

Diante das provas irrefutáveis da Ação Globalista, que governa o Brasil através de sua classe Política, impõe-se, data venia, a adoção de uma nova política de defesa nacional, pelas FFAA em conjunto com os demais segmentos esclarecidos da sociedade, cuja experiência multidisciplinar não pode ser ignorada.

Considerando-se a quase invencibilidade do Governo Secreto Globalista, a estratégia da nova política deve prever, pelo menos, a neutralização de suas ações no Brasil, buscando-se, por todos os meios, a autodeterminação da nação Brasileira, estabelecendo-se estratégias e mecanismos, que perenizem nossa independência, equacionando-se sempre, que a classe política, que governa o Brasil através da Política Partidária, não merece confiança, nem pode compartilhar informações porque representa os interesses do Governo Real (Globalista) para “encoleirar” a nação.

A criação do Ministério da Defesa e a tentativa de politizar as FFAA através da END, são exemplos de mecanismos de consolidação dos interesses dos Controladores Externos, dos nossos governantes.

A aparente falta de antagonismos ao Brasil é ilusória. No momento em que o inimigo real perceber a reação das Forças Patrióticas seremos atacados de todas as formas.
Não resistir à guerra comercial é trair a pátria. Todos os que sabem e podem, devem reagir ao inimigo real!

Ao dispor para os esclarecimentos necessários e tendo em V. Exa. um patriota,

Respeitosa e fraternalmente.

UNIÃO NACIONALISTA DEMOCRÁTICA - UND

Adv Antônio José Ribas Paiva
Presidente

Transcrito da Página do "Grupo Inconfidência":

http://www.grupoinconfidencia.com.br/principal.php

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Aparelhamento das Forças Armadas, qual?



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Sérgio Paulo Muniz Costa

Enquanto usa sua maioria parlamentar para defletir uma miríade de polêmicas, o governo federal vai fazendo avançar sem resistências um assunto que trará consequências duradouras à vida política no país: a missão, o emprego e a estruturação das Forças Armadas.

Sob a justificativa de seu aparelhamento e o guarda-chuva pseudopolítico da subordinação dos "militares ao poder civil", intenta-se a mais profunda intervenção política na área militar já vista na tão decantada história republicana do Brasil.

A moldura desse quadro estava pronta havia tempos. Os ressentimentos de toda sorte em relação ao regime militar, a ânsia dos poderosos de cada momento em exibir obediência castrense e os interesses estrangeiros em formatar nossa estrutura de defesa segundo suas conveniências ambientaram o mal disfarçado projeto hegemônico de longo prazo que agora se estende às Forças Armadas.

Um simples acompanhamento do planejamento e da execução orçamentários permite verificar que o Ministério da Defesa extrapolou em muito, há tempos, as atribuições previstas na lei de sua criação.

Mas foi no início do segundo mandato presidencial que se inaugurou uma nova escalada de confrontação com as Forças Armadas, em particular com o Exército.
Alguns ministros depois -novos titulares de pastas criadas e inventadas-, foram enviesadamente apresentadas medidas caudatárias de uma Estratégia Nacional de Defesa que não se coadunam com a Política Nacional de Defesa, alteram as condições de cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas e dão ao poder político condições de intervir partidariamente na estrutura militar, um pesadelo erradicado da vida pública brasileira há mais de 40 anos.

A inauguração da atual República em 1985 foi a única na história do Brasil que não se deu por um golpe de Estado, e isso se deveu, em boa parte, ao apartidarismo das Forças Armadas.
Ao contrário do que a maioria dos analistas costuma apontar, foi durante o regime militar que elas se afastaram da política partidária e se profissionalizaram definitivamente.
Deixar para trás o salvacionismo das primeiras décadas do século 20, as correrias de 1920 e 1930, o golpe de 1937 e a intervenção pela retomada democrática em 1946, deteriorada com a instabilidade dos anos 1950, que culminou na ruptura de 1964, foi uma consistente evolução.

É compreensível que governos atuem ideologicamente, explorando oportunidades de aperfeiçoamentos sociais, políticos e econômicos. Mas não é razoável implementar modificações na estrutura do Estado que colidam com a evolução histórica do país e tenham o potencial de trazer instabilidade. Muito menos sensato é introduzir os objetivos de grupos de pressão hospedados no governo como variáveis da complexa equação da Defesa nacional.

A alguns causará estranheza isso estar acontecendo, acomodados na percepção de que a questão é afeta aos militares.

Além de não se tratar de uma exclusividade, é fácil verificar na leitura da Estratégia Nacional de Defesa que ela foi redigida à revelia e mesmo em contraposição a ponderações de comandos das Forças Armadas.

Alegações de tomada de modelos estrangeiros não resistem à mais elementar comparação, considerada a irrelevância político-estratégica de uns e a política do "faça o que eu digo, mas não o que eu faço" de outros.

De fato, o emprego das Forças Armadas como elemento vital para a preservação da soberania e da democracia no Brasil está sendo alterado pelo governo em exercício, e não cabe aos militares questioná-lo.

Àqueles que não podem evitar um sorriso de satisfação diante dessa situação, porque comemoram a subordinação do "poder militar ao civil" ou porque se comprazem nos seus sentimentos de revanche, cabe lembrar que o estamento militar se subordina ao poder político em qualquer regime, situação ou direção.

Se evoluímos como democracia responsável e consolidada, além dos arautos do governo, cabe à classe política se pronunciar quanto ao aparelhamento das Forças Armadas que realmente interessa ao Brasil.

Sérgio Paulo Muniz Costa é historiador. Foi delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, órgão de assessoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) para assuntos de segurança hemisférica. Originalmente publicado na Folha de São Paulo de 28 de outubro.

Transcrito do Blog "Alerta Total".

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

TRADUÇÃO DA ENTREVISTA QUE O PRESIDENTE DA ACADEMIA BRASILEIRA DE FILOSOFIA, PROF DR JOÃO RICARDO MODERNO*, CONCEDEU A PAOLLO DELLA SALA, UM DOS MAIS IMPORTANTES JORNALISTAS POLÍTICOS DA ITÁLIA, DO JORNAL ITALIANO "LIBERAL"



1. Qual é a atividade da Academia Brasileira de Filosofia?

A Academia Brasileira de Filosofia é uma instituição civil sem fins econômicos que tem por objetivo a memória e divulgação do pensamento brasileiro no Brasil e no exterior, internacionalizando a filosofia brasileira. Nosso esforço tem sido de desenvolver a sede da Academia do ponto de vista material, e ao mesmo tempo realizar eventos variados, normalmente com parceiros diversificados. As posses dos membros perpétuos são momentos de alta relevância cultural-científica.

A atividade da Academia envolve posses de membros, seminários, colóquios, palestras, cursos, eventos de outras instituições científicas e culturais, lançamentos de livros, reuniões dos acadêmicos, etc. Nós criamos o Centro Cultural da Academia que espera receber patrocínio de grandes empresas. Nós teremos uma galeria de arte, concertos de música erudita e popular brasileira, um restaurante, uma nova revista internacional de filosofia, uma coleção de livros de filosofia brasileira para editoras estrangeiras, cursos de filosofia gratuitos, prêmios variados, alem de outras iniciativas científicas e culturais.

A Academia Brasileira de Filosofia fundou em Moscou em 2009 o Departamento de Filosofia e Cultura Brasileira através do Ministério da Cultura da Rússia, no Instituto Russo de Pesquisa Cultural (Culturologia), chefiado pela professora doutora Irina Malkovskaya. Ela esteve no Rio de Janeiro de 10 a 30 de setembro para estabelecer o conteúdo do programa do Departamento. Pela primeira vez na história da Rússia foi estabelecido um acordo oficial com o Brasil nas áreas científica e cultural. Nós acreditamos que esse acordo será extremamente benéfico para ambos os países, e no nosso caso, que nós poderemos ser muito úteis para a transição russa do totalitarismo comunista em direção à democracia e à liberdade. Eu quero fundar um Carnaval do Rio de Janeiro em Moscou, além de diversas atividades. Nós seremos interlocutores para debates filosóficos, científicos, culturais, econômicos e políticos. O BRIC irá funcionar.

2. Qual é a situação cultural no Brasil e em toda a America Latina? Já não há mais poetas e escritores, samba e bossa já se foram (exceto Marisa Monte…). A ciência parece em um impasse, a ler o que escreve Ronaldo Mourão em “Os 50 anos da Nasa e do Brasil”… A filosofia… qual é sua importância?

O Brasil está muito ativo culturalmente. Eu mesmo inscrevi o poeta e romancista Carlos Nejar como candidato ao Prêmio Nobel de Literatura, por ocasião de uma visita minha à Academia Sueca em 2004. É um gênio da literatura mundial, nascido no Rio Grande do Sul e residente atualmente no Rio de Janeiro, embaixo do Pão de Açúcar, frente ao mar da Baía de Guanabara. Ele completou 70 anos este ano. A literatura brasileira está em uma fase excelente. A dança erudita é bastante festejada no mundo, assim como a popular. As artes plásticas hoje estão com nível de qualidade muito abaixo do nível alcançado no século XX. Não vejo muita perspectiva para as artes plásticas brasileiras. A música erudita não apresenta nenhum gênio criador mas nós temos excelentes maestros com concertos pelo mundo todo. A música popular é como o nosso futebol, a cada momento as grandes revelações nos enchem de alegria. Há muitos nomes de grande talento surgindo, sejam cantores ou compositores. Marisa Monte já seria um nome antigo.

A ciência brasileira tem dado saltos de qualidade, apesar dos obstáculos gerados pelos sucessivos governos. O Instituto Oswaldo Cruz é um grande exemplo de sucesso na pesquisa. O Ministério da Educação é o grande responsável pelo atraso em muitas áreas, pois há um órgão do Ministério chamado CAPES que controla a autorização da abertura de mestrado e doutorado nas universidades. É um controle que não tem paralelo no mundo civilizado. Apesar de a Constituição Federal conter um artigo que determina a autonomia acadêmica das universidades, nenhum programa de pós-graduação pode funcionar legalmente sem a autorização da CAPES.

A filosofia é vítima do mesmo sistema repressor. Mesmo assim, a filosofia brasileira evoluiu muito nos últimos 30 anos. Temos filósofos de reconhecido mérito em todas as áreas, com boa aceitação internacional. Em lógica matemática, Newton da Costa é tido como o mais importante no mundo hoje. Ele acaba de completar 80 anos. O que falta é a filosofia brasileira ser aceita como fundamental para o desenvolvimento do Brasil pelo todo da sociedade brasileira. A filosofia é obrigatória em todo o país no ensino médio ou secundário, o chamado segundo grau. A Academia Brasileira de Filosofia tem desempenhado um papel importante nessa conscientização da aceitação da filosofia nas políticas públicas. A filosofia tem assumido uma responsabilidade enorme nos destinos do Brasil, e a Academia Brasileira de Filosofia tem sido líder nesse processo.

3. A América Latina parece ser o último continente onde a esquerda pode viver e governar. Porque este “Back to the future”?

Muito importante a sua pergunta. Cuba e Brasil lideram, no plano teórico, a restauração do totalitarismo comunista mundial. Com o fim da URSS, Cuba desespera. Fidel convoca todas lideranças regionais de extrema esquerda para traçar uma estratégia comum. Cuba perdeu $ 5 bilhões de dólares por ano. A esquerda da América Latina uniu-se às FARC para obter financiamento da cocaína para a sua sobrevivência política. O sonho de mergulhar a America Latina na barbárie comunista foi ressuscitado. Chávez é o novo Carlos, o Chacal. A Revolução Bolivariana vem comprando e seduzindo políticos em toda a América Latina. As FARC são parte do chamado Foro de São Paulo, criado por Fidel Castro e Lula, seu primeiro presidente. Lula não é conhecido mundialmente por esta característica, mas sim pela outra, falsa, de democrata liberal. O Senado brasileiro está sendo pressionado por Chávez para aceitar a Venezuela no Mercosul, mas a associação de Chávez com o Irã agrava a situação. Todo cidadão iraniano ganha um passaporte venezuelano ao desembarcar na Venezuela. Caso ele seja aceito no Mercosul, qualquer iraniano entrará no Brasil legalmente, o que garante ações terroristas em curto prazo.

A esperança do Irã é islamizar a América Latina, único continente majoritariamente cristão, onde o Islã não entrou. Afirmam que Chávez teria se convertido ao islamismo. Carlos, o Chacal, venezuelano, afirma da prisão perpétua em Paris que ele conciliou o comunismo com o islamismo. Talvez seja essa a perspectiva de Chávez. Ele pensa unificar a América Latina sob seu comando, acabando com os Estados nacionais. A UNASUL. Será uma guerra sem precedentes na América Latina, que poderá começar com guerras civis nacionais e estender-se internacionalmente. O acordo nuclear com o Irã tem causado profundas preocupações. O serviço secreto britânico publicou um relatório na Inglaterra acusando Chávez de traficante internacional de cocaína, informando que a Força Aérea Venezuelana busca na selva com as FARC a cocaína que, em seguida, é transportada e distribuída na Europa. Segundo o relatório, 90% da cocaína consumida na Inglaterra são de responsabilidade de Chávez. Os EUA acabam de divulgar um relatório semelhante sobre a cocaína vendida em seu território.

O Foro de São Paulo tem as FARC como membro fundador. Marulanda era o nome do representante das FARC no Foro de São Paulo. Várias revelações surgirão em breve tiradas do computador de Raúl Reyes, morto pelas Forças Armadas da Colômbia em território equatoriano. Brasil, Cuba, Equador, Venezuela, Bolívia, Argentina, Paraguai e Nicarágua estão unidos no projeto do neototalitarismo comunista. A barbárie não descansa.

Sarkozy, presidente da França, teria viajado para a Venezuela para encontrar-se com Chávez. Segundo fontes venezuelanas, Chávez teria proposto a libertação e extradição de Carlos, o Chacal, em troca de petróleo a preços muito abaixo do mercado. O embaixador da Venezuela em Cuba, por muitos anos, foi o irmão do Chacal. Portanto, há uma movimentação explosiva em curso na América Latina.

4. Lula parece ser, como Bachelet do Chile, um líder de esquerda, porém realista e moderado: muito mais parecido com Obama que com Hugo Chavez, porém isto é o que parece graças à imprensa “mainstream” de todo o mundo. Não é exatamente assim? Por exemplo, li em uma agência de imprensa iraniana que Lula e o Brasil defendem o direito do Irã realizar o programa nuclear. Também o fazem os países “Não aliados”. Por que este delírio político?

O presidente do Brasil assumiu a preservação da economia de mercado, pois ele corria o risco de um grande movimento popular para derrubá-lo caso quisesse implantar o comunismo imediatamente. O sucesso da economia brasileira o manteve dentro dos limites do aceitável. Ele não é moderado por natureza mas por conveniência política e esperteza sindical. Ele não pode deixar de ser moderado. Ele tolera a democracia liberal. Ele tem medo de ser visto como radical de esquerda. Daí a dissimulação.

Entretanto, a Casa Civil, que é o ministério que detém de fato o poder político federal, teve José Dirceu como ministro. Dirceu foi terrorista e espião cubano no Brasil, traindo o país. Teve o mandato de deputado federal cassado por corrupção, no episódio conhecido como “mensalão”, que era um pagamento ilegal que o governo federal fazia aos deputados e senadores para aprovarem as leis oriundas ou do interesse do poder executivo. Eles eram comprados literalmente. A sua substituta no ministério também é oriunda do terrorismo, Dilma Roussef. Logo, a Casa Civil está entregue ao grupo mais radical de esquerda, o grupo que nasceu no terrorismo das décadas de 1960 e 1970. Isso não é gratuito. Esse fato explica as relações ideológicas xipófagas com o Chávez. Obama é ambíguo, determina a proibição de visto dos EUA aos membros da Suprema Corte de Honduras, que decidiu pela deposição de um presidente-ditador e aliado das FARC, e mantém restrições econômicas contra Cuba. Joga nos dois lados. Bachelet, do Chile, é mais moderada, mas ideologicamente com tendência a apoiar Chávez, conforme suas decisões políticas têm mostrado. Lula - não o Brasil - defende o direito do Irã de realizar o projeto nuclear. O verdadeiro Lula é o Lula de Fidel Castro, Chávez, FARC, Irã, Hamas, Coréia do Norte. O atraso ideológico está no poder. A Europa é muito ingênua quanto a Lula. Eu reconheço que ele engana todo mundo. Um dia ele será descoberto. Aqui, na Europa e no mundo.

5. As relações dos intelectuais esquerdistas revolucionários - italianos, em particular - com o Brasil (e todo o continente): Toni Negri está por trás de todas as invisíveis revoluções latino-americanas, desde Cuba até Bolivia e Brasil? Qual é a penetração cultural dos politicos italianos no Brasil, por exemplo, Cesare Battisti, condenado como assassino na Italia, defendido pela casta dos intelectuales franceses, e abrigado do Brasil?

De fato, nós temos observado uma presença de extremistas italianos nos vários níveis do governo federal brasileiro. Eles têm o mesmo afeto e carinho que recebem os membros das FARC no Brasil. Eles estão unidos pelo mesmo projeto. Eles circulam livremente pela America Latina, em uma internacional bolivariana. Toni Negri é assessor permanente de Chávez, que segue literalmente suas idéias contidas no livro “O Poder Constituinte”, traduzido no Brasil, assim como quase todos os livros de Negri. Ele é o mais influente de todos. O mais perigoso. Ele é o grande ideólogo da Revolução Totalitária Comunista da América Latina, intitulada eufemisticamente Bolivariana. Chávez está reunindo extremistas islâmicos, comunistas e nazistas. A comunidade judaica na América Latina está toda em alerta total. Sinagogas foram invadidas na Venezuela e na Bolívia. O Hezbollah está implantado em vários países da America Latina, inclusive no Brasil. Nós temos informações de treinamento de índios-bomba na Venezuela, inclusive crianças.

Battisti não tem nenhuma influência política no Brasil. Ao menos publicamente. É possível que prestasse assessoria esquerdista a setores do governo federal. Carla Bruni foi acusada de ter pedido ao presidente Lula a libertação de Battisti, tentando impedir a sua extradição para a Itália. Esse suposto pedido teve uma grande e negativa repercussão no Brasil. A opinião pública brasileira é majoritariamente a favor da extradição para a Itália. O Supremo Tribunal Federal deve votar pela extradição, ao menos essa é a tendência hoje. A grande maioria dos políticos e democratas brasileiros luta pela extradição. Enquanto eu publico e divulgo as obras do filósofo italiano Luigi Pareyson, a extrema esquerda publica e divulga Toni Negri. Eis a grande diferença, o abismo que me separa dos totalitários de esquerda.

6. Outras argumentações que para o senhor são importantes… Por exemplo, relações econômicas entre Brasil e Itália. O premier esquerdista Romano Prodi foi muito próximo de Lula, creio que por muitos negócios de George Soros (que havia investido muito na América Latina pelo biodiesel)…

Servir a dois senhores, à democracia liberal e ao totalitarismo comunista ao mesmo tempo - uma publicamente e outro dissimulado - não pode resistir muito tempo. As ambigüidades acabam tendo que ter e escolher um só caminho. Lula não está mais conseguindo esconder suas reais intenções e ideologia. Ele é um grande e hábil dissimulador. Suas formas tortuosas de expor as idéias escondendo, e de esconder ao expor já está devidamente decodificada pela inteligência brasileira. Ele alimenta a economia de mercado para não despertar suspeitas. Ele irá jogar a última fase da revolução comunista na conta e responsabilidade do novo presidente em 2010, que ele luta por ser uma mulher, Dilma Roussef. Caso eleita, a ela caberá o salto final no escuro. Pular no abismo. Nada une um esquerdista italiano e um brasileiro, a não ser um discurso genérico. O esquerdista brasileiro é um automóvel dos anos 1940, que imagina reinventar a Revolução Russa de 1917, ao som de samba com salsa. Tudo se converte em ideologia. Mesmo a etnia, seja ela qual for. Na falta do ortodoxo proletariado, toma-se um pouco de cada uma das etnias, mistura-se com estudantes vendidos, camponeses profissionais do MST (Movimento dos Sem Terra) e uma boa dose de ódio: o resultado é um extravagante ET desembarcando no mundo contemporâneo.

* JOÃO RICARDO MODERNO

PRESIDENTE DA Academia Brasileira de Filosofia.

DOCTEUR D’ÉTAT EM FILOSOFIA PELA UNIVERSITÉ DE PARIS I – PANTHÉON – SORBONNE

PROFESSOR DO DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO



Recebido por e-mail.


Comento;

Depois de um longo tempo sem postar devido a problemas de saúde , retornamos com esta importante entrevista, recebida por "e-mail" de um de nossos caríssimos amigos.



domingo, 11 de outubro de 2009


A decepção com a política e com os políticos.



Edição de Documentos do Alerta Total - http://www.alertatotal.net/

Manifesto do 2º Encontro pela Democracia

Os Grupos Patrióticos, abaixo relacionados, reunidos, no período de 7 a 9 de outubro de 2009, para o 2º Encontro pela Democracia, promovido pelo Clube Militar, ao término do evento concluem os trabalhos com o parecer de que a nação brasileira vive momento inusitado de profunda decepção com a política e com os políticos brasileiros.

Sucessivos desmandos, integrados a um contexto revolucionário de esquerda importado do pretérito, ameaçam nossas frágeis estruturas democráticas, vulneráveis à ação de forças que buscam o poder a qualquer preço, diante de uma sociedade letárgica e iludida pela ação deletéria da demagogia e do oportunismo mesquinho de segmentos privilegiados pela circunstância e pelo controle apátrida.

O proposital enfraquecimento das instituições republicanas, através do desequilíbrio dos poderes, tem comprometido de forma acintosa os princípios liberais que sempre nortearam a democracia no Brasil.

A violência tem matado, impiedosamente, pais de família e honestos trabalhadores em todos os recantos do País. Movimentos de desordeiros e foras-da-lei, travestidos de campesinos e rurais, invadem, tomam e destroem a propriedade privada e produtiva sob os olhos complacentes de autoridades hipócritas, despreparadas e lenientes.

A educação pública é de baixo nível e impregnada de vieses ideológicos alheios à índole e à moral cristã do cidadão brasileiro. A malversação criminosa de recursos públicos compromete o desenvolvimento e o bem estar social. A impunidade estimula a corrupção e a compra de consciências, diante da conivência e do interesse dos poderes constituídos.

O sistema público de saúde, falido e corrompido, compara-se aos mais atrasados, desumanos e incompetentes do planeta.

A união em torno de ideais convergentes, subordinados à ética, à moral e ao amor incondicional ao Brasil, é, portanto, necessária e urgente. Torna-se, mais do que nunca, dever cívico de cada cidadão de bem defender os valores liberais, justos, honestos e humanitários, que deram rumo, motivação e forma à nacionalidade brasileira.

A eleição presidencial de 2010 é, por conseguinte, o momento oportuno para iniciar o processo de conscientização e de reação nacional contra as mazelas que corroem, corrompem e comprometem o futuro das novas gerações de brasileiros.

Em vista destas circunstâncias e fazendo apelo aos ditames de consciência e amor cívico que motivaram suas formações, os Grupos Patrióticos aqui reunidos assumem o compromisso de, sob a coordenação do Clube Militar, a Casa da República, perseverar e convergir esforços em torno das ações objetivas e complementares apresentadas, estudadas e debatidas durante o 2º Encontro pela Democracia, de forma a contribuir decisivamente para a reversão do atual quadro político e do rumo traçado pelas forças endógenas e exógenas que, no momento, dominam a condução do nosso destino.

FORO DO BRASIL
GRUPO GUARARAPES
GRUPO INCONFIDÊNCIA
MOVIMENTO VERDE AMARELO - RS
GRUPO TERRORISMO NUNCA MAIS
UNIÃO NACIONALISTA DEMOCRÁTICA
ASSOCIAÇÃO DO VOTO DEMOCRÁTICO DISTRITAL
FAROL DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
MOVIMENTO ENDIREITA BRASIL
HÁ UM LIMITE PARA TUDO

Transcrito do Blog "Alerta Total".

sexta-feira, 9 de outubro de 2009



SAÚDE: JUSTIÇA PROÍBE AUMENTO DO PLANO.

Os reajustes dos planos de saúde por mudança de faixa etária têm sido considerados abusivos e ilegais pelos tribunais de Justiça de vários estados do país. Em São Paulo, uma decisão recente não só proibiu o plano de saúde de aumentar o valor da mensalidade, como também o condenou a devolver o que foi cobrado indevidamente com juros e correção monetária.

O advogado que defendeu a causa diz que a cliente dele entrou na Justiça porque, ao completar 61 anos de idade, teve um reajuste de 32% no valor do plano.

“A maioria dos idosos que tem esse reajuste não sabe o que fazer. Eles têm, em muitos casos, reajustes de 10%, 20%, 30%, 80%, 100%, porque ficou mais velho. Fez aniversário e ganha como um presente de aniversário um aumento bastante substancial no plano de saúde”, aponta o advogado Rodrigo Batista Araújo. Leia MAIS

Transcrito do Blog do Aluizio Amorim:

http://aluizioamorim.blogspot.com/
Tubarão.


Eis um animal que não pode parar de nadar. Se parar morre asfixiado.

Assim é a economia capitalista. Não pode parar o consumo, se isso acontecer ela simplesmente morre.

O mundo de hoje aposta que é capaz de manter, ou suplantar, o consumo atual. Manter só não é resposta para os políticos, eles devem aumentar o crescimento, criar empregos, e promover o progresso.

No entanto, não há água, não há comida, não há empregos, e não há petróleo suficiente para manter, que dirá suplantar o consumo atual.

Eu venho dizendo aqui que o preço do petróleo não irá cair nos próximos 2 anos mesmo se o consumo cair. O que me leva a afirmar isso é o custo cada vez mais alto de extração. Acabou o petróleo fácil, estamos agora buscando nossos barris a 7 mil metros debaixo do sal, que por sua vez está a 5000 metros abaixo do nível do mar.

No entanto, preço alto de petróleo é o gatilho para a extinção de seu uso e busca.

Não digo eu, diz o relatório do Deutsche Bank.

http://blogs.wsj.com/environmentalcapital/2009/10/05/peak-oil-the-end-of-the-oil-age-is-near-deutsche-bank-says/

Em médio prazo as empresas de petróleo para fabricação de gasolina estarão extintas.

Por isso a Petrobras busca lidar com etanol. Esse é sem dúvida outro engano. Os técnicos sabem que é um produto paliativo momentâneo, ruim para burro. Não serve para substituir a energia do petróleo, e isso é definitivo. Sua melhor utilidade é ser misturado em pequenas proporções à gasolina para que os motores não batam pinos, o resto é propaganda enganosa, ponto final.

Estamos assistindo a uma esperança mundial baseada no crescimento econômico já. Espero que esses nossos políticos acreditem que ele pode durar mais 100 anos. Afirmo, sem medo de errar, que não dura 5.

Assim como os tubarões, vamos todos comer e ser comidos. Mesmo com a força que o animal tem, sempre vira sopa.


Transcrito de Nathal & Candlesticks ;

http://nathal.zip.net/


domingo, 4 de outubro de 2009


Eles sabem.


Vejam isso: Notícia da Folha de São Paulo.

Fundo garantirá investimentos industriais

Governo pretende criar reserva com recursos públicos a fim de avalizar grandes investimentos pelos próximos dez anos

Idéia do mecanismo surgiu após queixas de grandes grupos nacionais que dizem estar próximos do seu limite para realizar investimentos.

Claro que quem vai criar o fundo não é o governo, mas nosso guia, Deus.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende criar um fundo com recursos públicos a fim de avalizar grandes investimentos da indústria nacional pelos próximos dez anos. Segundo a Folha apurou, Lula encomendou estudos para formatar o fundo.

A avaliação do presidente e da equipe econômica é que a economia brasileira crescerá em ritmo forte pelos próximos dez anos. Exemplos: somente os investimentos necessários para explorar o petróleo do pré-sal demandarão recursos que a iniciativa privada nacional não tem à disposição sozinha. Haverá ainda projetos para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.

Ou seja, o governo precisaria entrar com recursos públicos a fim de ser o fiador de investimentos de grandes empresas que já estariam perto do teto no uso de seus bens como garantia a empréstimos.

Ou seja, a iniciativa privada não tem a menor idéia de onde arranjar recursos para fazer tudo o que o governo propõe e assim, quem vai pagar essa conta somos nós contribuintes. É bom ter orgasmos com o órgão sexual alheio não é?

E segue o pensamento governamental:

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, estima em US$ 400 bilhões a cifra necessária para financiar a indústria nacional na exploração do pré-sal. O crescimento do mercado interno, segundo estimativa da equipe econômica, ganhou uma dinâmica de consumo que a indústria nacional talvez não tenha condição de atender sem que haja inflação. Mais: na opinião do presidente e da equipe econômica, estimular os investimentos e evitar uma crise cambial devido à excessiva valorização do real ante o dólar deverão ser os dois principais problemas da economia no próximo mandato presidencial (2011-2014).

Quer alguma coisa mais clara do que isso?

Como será que o governo pretende “evitar uma crise cambial”? A reportagem diz que nosso Guia acha que o Estado tem de ter um papel mais ativo na economia. Sabemos todos qual é o resultado de mais Estado na economia e menos Estado na economia.

Só que dessa forma é o Estado pegando dinheiro público e dando á iniciativa privada, diga-se melhor, à camarilha petista e seus apaniguados, esse dinheiro que se tornará particular. Nem pago de volta será preciso, pois não se conta com isso de qualquer forma.

De quanto é a conta? Vejamos: R$ 100 bilhões para a Petrobras tocar o pré-sal, e mais R$ 100 bilhões para o resto.

Como eu disse ai embaixo, ”Yes, nós temos dinheiro”.

Como se dará esse aporte? A idéia é emitir títulos públicos para angariar dinheiro e usá-lo como investimento. Segundo o governo o mercado acha que a dívida pública, mesmo grande é administrável.

Espero sinceramente que essa gente tenha um plano B na manga caso as coisas andem mal para o Brasil.

Coisas acontecem vocês sabem não é? O que pode acontecer?

De cara o que vamos assistir é o BNDS virar sócio de centenas de indústrias, inclusive da que já é gigantesca que produz cabides de empregos. Essa, sem a menor dúvida, irá aumentar de tamanho.

O Brasil não tem controle nenhum sobre o que irá acontecer com o dólar, e deve estar sonhando em que o Real seja a próxima moeda peg do mundo, assim poderíamos imprimir dinheiro tal qual faz os EUA.

Conta-se com que o pré-sal produza essa riqueza para podermos pagar a conta no futuro. É e se o pré-sal não produzir essa riqueza? Digamos que o mundo ache que deve mesmo substituir os automóveis a gasolina por elétricos. No Brasil não iremos poder fazer isso, já que temos de garantir que a Petrobras venda seu produto nem que seja no mercado interno.

Estaremos na contramão da historia. O mundo todo economizando emissão de CO2 e o Brasil aumentando a conta do aquecimento global. Esse governo não conta em perder as eleições para a Marina não é?

A crise cambial é liquida e certa. Veremos o dólar bater na casa do R$ 1,40 muito em breve. Quero ver o que estarão falando os empresários nacionais. Já estão de chapéu na mão agora, imaginem vocês daqui a R$ 0,80 de desvalorização cambial. Quero ver o governo salvar a cambada toda com emissão de títulos públicos. Desse jeito até eu quero ser empresário, não se corre riscos.

Aliás, ser banqueiro é a pedida hoje no mundo, pois é a indústria que não pode quebrar.

O Brasil é o país do atraso. Ganhamos até a olimpíada porque na verdade ninguém a quis. Estamos investindo em petróleo quando o resto do mundo procura energia alternativa. Queremos conquistar agora os mercados externos, bem em meio à maior crise protecionista de que o mundo verá acontecer.

E olhe que nem li o resto do jornal de hoje. O fato é que o governo sabe os riscos que estão correndo e as apostas são altas, queria ver qual é o plano B


Transcrito de Nathal & Candlesticks:

http://nathal.zip.net/index.html

YOANI SANCHEZ: AS TRÊS MENTIRAS DE CUBA

Aqui na íntegra da entrevista que a blogueira cubana Yoani Sánchez (foto), que está na revista Veja que foi às bancas neste sábado. Leitura obrigatória, principalmente para os idiotas que batem no peito dizendo-se comunistas e defendem a ditadura cubana.

"Convido quem vê Cuba como um exemplo a vir para cá, sentir na pele como vivemos" - desafia Yoani, revelando que as tais "conquistas da revolução" são um mito e que só quem nunca morou na ilha pode ter admiração por seu regime.



A cubana Yoani Sánchez, 34 anos, foi convidada a falar no Senado brasileiro e a comparecer ao lançamento de seu livro De Cuba, com Carinho (Contexto), em São Paulo. A obra, que chega às livrarias neste fim de semana, é uma coletânea de textos publicados por ela no blog Generación Y, o primeiro a ser criado em Cuba. Na internet, Yoani discorre livremente sobre o cotidiano do povo cubano, a ausência de liberdade e a escassez de gêneros de primeira necessidade – mas, bloqueado pelo governo, seu blog (desdecuba.com/generaciony) só pode ser acessado fora da ilha. Sua vinda ao Brasil, na segunda quinzena de outubro, depende de improvável permissão do governo cubano. Nos últimos doze meses, ela solicitou visto de saída em dez ocasiões para atender a convites no exterior. O visto foi negado em três delas. Nas demais, os trâmites burocráticos demoraram tanto que ela desistiu. Com 1,64 metro e 49 quilos, Yoani é formada em letras e vive em Havana com o filho e o marido. Ela conversou com VEJA pelo celular.

Em discurso a respeito do seu pedido de visto, o senador Eduardo Suplicy citou o que considera três conquistas da revolução cubana: a alfabetização, o aumento da expectativa de vida e a medicina de qualidade. Se pudesse, o que você diria sobre isso em Brasília?
Eu diria que os laços entre países não devem ocorrer apenas entre governantes ou diplomatas. Quando se trata de Cuba, as estatísticas oficiais divulgadas pelas nossas embaixadas não podem ser levadas a sério. Sou defensora da diplomacia popular, aquela que se inteira da realidade diretamente com o cidadão. Não sou uma analista política. Não sou especialista em nenhum tema. Não sou diplomata. Simplesmente vivo e conheço a realidade do meu país. Aqueles que roubam o estado, que recebem dinheiro enviado por parentes do exterior ou fazem trabalhos ilegais vivem melhor que os demais. Uma pessoa que escreve em um blog pode ser condenada sob a acusação de fazer propaganda inimiga. Os outros países não podem repercutir o clichê de que Cuba é uma ilha de música e rum. É preciso olhar para o cidadão. Aqui, nós vivemos e morremos todos os dias.
Sou totalmente contra o embargo. Não porque ache que as coisas seriam muito diferentes se ele deixasse de existir, e sim porque seu fim acabaria com o argumento oficial de que vivemos em uma praça sitiada e, por causa disso, o povo deve aceitar as mazelas cubanas.


Mas é verdade que 99,8% da população cubana é alfabetizada?
Antes da revolução, nosso país já ostentava um dos menores índices de analfabetismo da América Latina. Uma das primeiras ações do governo autoritário de Fidel Castro foi ensinar o restante da população a ler e escrever. A questão principal hoje não é a taxa de alfabetização, e sim o que vamos ler depois que aprendemos. A censura controla totalmente o que passa diante de nossos olhos. E isso começa muito cedo. As cartilhas usadas na alfabetização só falam da guerrilha em Sierra Maestra ou do assalto ao quartel de Moncada pelos guerrilheiros barbudos. Meu filho tem 14 anos. Na sala de aula dele há seis fotos de Fidel Castro. Tudo o que se ensina nas escolas é o marxismo, o leninismo, essas coisas. Não se sabe o que acontece no resto do mundo. A primeira vez que vi imagens da queda do Muro de Berlim foi em 1999, dez anos depois de ela ter ocorrido. Foi num videocassete que um amigo trouxe clandestinamente. Para assistir às imagens do homem pisando na Lua, foi necessário esperar vinte anos.

A expectativa de vida realmente aumentou?
É uma estatística oficial, sem comprovação, que não resistiria a um questionamento mínimo feito por uma imprensa livre. Pelo que vejo nas ruas, é difícil acreditar que os cubanos possam sobreviver tantos anos. Os idosos estão em estado deplorável. Há uma avalanche de dados que poderiam ilustrar o que digo, mas estes nunca são divulgados. Jamais fomos informados sobre o número de pessoas que fogem da ilha a cada ano. Ninguém sabe qual é o índice de abortos, talvez o mais alto da América Latina. Os divórcios são inúmeros, motivados pelas carências habitacionais. Como há cinquenta anos quase não se constroem casas, é normal que três gerações de cubanos dividam uma mesma residência, o que acaba com a privacidade de qualquer casal. Também nunca se falou do número de suicídios, um dos mais altos do mundo.

Cuba tem mesmo uma medicina avançada?
O país construiu hospitais e formou médicos de boa qualidade na época em que recebia petróleo e subsídios soviéticos. Com o fim da União Soviética, tudo isso acabou. O salário mensal de um cirurgião não passa de 60 reais. A profissão de médico é hoje a que menos pode garantir uma vida decente e cômoda. A carência nos hospitais é trágica. Quando um doente é internado, todos os seus familiares migram para o hospital. Precisam levar tudo: roupa de cama, ventilador, balde para dar banho no paciente e descarregar a privada, travesseiro, toalha, desinfetante para limpar o banheiro e inseticida para as baratas. Eles não devem esquecer também os remédios, a gaze, o algodão e, dependendo do caso, a agulha e o fio de sutura.

Por que o modelo cubano continua sendo admirado na América Latina?
Cuba só é reverenciada por quem nunca morou aqui. Eu já conheci um montão de gente que idolatrava Fidel e, depois de um mês vivendo conosco, mudou de opinião. Quando as pessoas descobrem como é receber em moeda sem valor, enfrentar as filas de racionamento ou depender do precário transporte público, começam a pensar de modo mais realista. Não estou falando dos turistas que ficam uma semana, dormem em hotéis cinco-estrelas e andam em carros alugados. Convido quem vê Cuba como um exemplo a vir para cá, sentir na pele como vivemos.

Como o governo tem reagido a seu blog?
O portal Desdecuba.com, em que o site está hospedado, está bloqueado há mais de um ano para quem tenta acessá-lo de Cuba. Há algumas semanas, cancelaram o site Voces Cubanas, que possuía vários diários virtuais, incluindo uma cópia do meu. O governo também se esforça para me transformar em uma pessoa radioativa. Membros da polícia política me vigiam todo o tempo e dizem a meus vizinhos, amigos e parentes que sou perigosa. Falam que quero destruir o sistema e sou uma mercenária do império. Em um país onde todo mundo trabalha para o estado ou depende da ajuda do governo, esse método surte efeito. Muita gente já se afastou de mim. Alguns nem me telefonam. É uma luta desigual. Todo o poder de um estado recai sobre mim. Até minha mãe tem sido vítima dessa campanha atemorizante. Eles a pressionam no trabalho. Ameaçam tirar seu emprego. Ela não faz nada especial, que possa desestabilizá-los. Não tem blog. Não é jornalista.

Qual é o trabalho de sua mãe?
Ela preenche formulários em um ponto de táxi.

Como os cubanos veem Hugo Chávez, hoje o maior benfeitor do regime comunista?
Hugo Chávez é o grande responsável pela perpetuação do regime cubano. Cuba seria hoje muito diferente sem esse aporte de petróleo e de dinheiro da Venezuela. O que me preocupa é o componente de autoritarismo e de messianismo de governos como os da Venezuela, Bolívia e Equador. Chávez reprime brutalmente a liberdade de expressão, e temo que os outros sigam essa abordagem, de cujas consequências parecem não ter a menor ideia. Em lugar da linha de Chávez, Evo Morales ou Rafael Correa, prefiro a da chilena Michelle Bachelet e a de Lula. Eles perseguem mudanças menos traumáticas e não criam conflitos viscerais entre grupos sociais.

O presidente Lula tem condenado com insistência o embargo comercial americano a Cuba. O que você acha disso?
Se o objetivo do embargo era enfraquecer a ditadura, não funcionou. Essa política não afeta os governantes, que continuam vivendo muito bem e importando os produtos que desejam. Tampouco se plantou na ilha uma semente de insatisfação capaz de desestabilizar o governo. A maior parte das pessoas que eram contra o regime já escapou da ilha. Acima de tudo, o embargo tem sido o maior pretexto do governo cubano para justificar o descalabro econômico no país. Diante de cada coisa que não funciona, o partido comunista diz que a culpa é dos americanos. Sou totalmente contra o embargo. Não porque ache que as coisas seriam muito diferentes se ele deixasse de existir, e sim porque seu fim eliminaria o argumento oficial de que estamos em uma praça sitiada e, por causa disso, o povo deve aceitar as mazelas cubanas.

Você acha possível que um dia Cuba libere a viagem de cubanos ao exterior?
Tenho escutado esses boatos, mas é improvável que isso ocorra. O controle de entrada e saída é talvez a mais importante arma do governo para manter a fidelidade ideológica. Imagine o que pensaria meu vizinho, um militante do partido que ganha em moeda nacional, se eu fosse ao Brasil, conhecesse várias cidades e voltasse cheia de histórias para contar sobre o que vi e comi. Seria um golpe muito forte no estado. No mais, essa questão é antiga. Eu até coloquei no blog uma foto de uma revista espanhola de 1991 na qual uma autoridade cubana fala da iminência da liberação das viagens. Já se passaram dezoito anos desde então, e nada mudou.

Caso consiga permissão para vir ao Brasil, você pensaria em ficar e trabalhar aqui?
Não tenho esse plano. A matéria-prima do meu trabalho é a realidade cubana. Não quero e não posso ficar longe das minhas histórias. Se pudesse viajar, eu certamente o faria, mas não seria apenas para o Brasil. Tenho de passar nos Estados Unidos e na Espanha para receber os prêmios que ganhei. Talvez desse um pulo à Alemanha e à Suíça. E só. Faz tempo que aprendi que a vida para mim não está em outro lugar a não ser em Cuba. Para o meu país eu voltarei sempre.
Raúl tem 78 anos e Fidel está à beira da morte. Quem vai assumir o poder em Cuba quando eles forem embora? Os futuros governantes de Cuba serão pessoas comuns, que não conhecemos. Não mostram publicamente suas ideias reformistas por medo de que aconteça a elas o mesmo que ocorreu com Carlos Lage, o médico que era vice-presidente e foi condenado ao ostracismo. Quando a velha-guarda deixar o poder, muita gente carismática e talentosa sairá das sombras. Será como na União Soviética. Até assumir a Presidência, Mikhail Gorbachev tinha uma trajetória cinza. Era um funcionário a mais, fiel ao partido. No Kremlin, destacou-se como um transformador.


Seu filho completou 14 anos. Qual é o futuro que o espera?
Teo é um garoto inquieto. Foi criado em clima de tolerância e liberdade. Ele terá muita dificuldade se Cuba continuar assim. Cedo ou tarde, vai esbarrar nesse muro e pensará em sair. Isso me dói muito. Vivo o dilema da mãe cubana: manter o filho aqui mesmo sabendo que um dia ele terá problemas com o governo ou deixá-lo ir embora para realizar seus sonhos. Eu ficaria feliz se Teo não precisasse sair, mas creio que ele será um emigrante.

Como é a situação econômica atual comparada à grande crise ocorrida quando Cuba perdeu a mesada da União Soviética?
A crise contemporânea ainda não se compara com a dos anos 90. Naquele tempo meus pais me mandavam ir dormir mais cedo porque não tínhamos o que comer. Minha magreza é, em parte, uma sequela daquele período de fome. Hoje certamente há uma recaída econômica muito forte. A produção nacional é ínfima e obriga Cuba a importar 80% dos alimentos que consome. O problema é que o país não tem liquidez para comprar no exterior. A queda, contudo, está sendo amortecida pelo turismo, pelo dinheiro enviado por cubanos do exterior e pela possibilidade de exercer uma profissão ilegal.

A liberação de viagens de americanos para a ilha já mudou alguma coisa?
Essa foi uma notícia magnífica para os cubanos, que agora podem reencontrar seus parentes. Essas visitas ajudam também com palavras de estímulo, dinheiro e produtos básicos. Lamentavelmente, nunca fomos tão dependentes dos Estados Unidos.

Transcrito do Blog do Aluízio Amorim: http://aluizioamorim.blogspot.com/





quinta-feira, 1 de outubro de 2009


Miami: "Lula, chavista, leva o comunista".



A America´s Democracy Watch (AMDE) e a Organização Hondurenha Francisco Morazán entregaram um carta de denúncia aos presidentes da Costa Rica, Oscar Arias; do Perú, Alejandro Toleto; assim como para Dan Restreppo, assessor de Barack Obama, onde condenam a atitude do presidente destituído Manuel Zelaya e pedem que estes governos apóiem a realização de eleições em paz, em Honduras. O fato ocorreu durante a Conferência das Américas, realizada em Miami. Manifestantes de vários países latinoamericanos protestavam em frente ao hotel, apoiando o governo de Roberto Micheletti. Entre as "consignas" cantadas, uma chamava atenção: "Lula, chavista, leva o comunista!".

Transcrito do Blog " Coturno Noturno":

http://www.coturnonoturno.blogspot.com/



POLÍTICA DOS EUA PREJUDICA HONDURAS.



A congressista republicana Illeana Ros-Lehtinen (foto) anunciou que visitará Honduras na próxima semana para reunir-se com o presidente interino Roberto Micheloetti, e com altos funcionários de seu governo.

Ros-Lehtinen, que apóia Micheletti, tem criticado o deposto presidente Manuel Zelaya por este ter desatado a crise política nesse país centro-americano e pediu ao presidente Barack Obama que apóie Micheletti, designado presidente pelo Congresso em substituição a Zelaya.

A congressista pela Florida, nascida em Cuba e membro do Comitê de Relações Internacionais da Câmara de Representantes, disse que em Honduras planeja analisar “como a política norte-americana está socavando as aspirações democráticas do povo hondurenhos e os interesses comerciais e de segurança nacional dos Estados Unidos".
Além de encontrar-se com Micheletti, a congressista deverá reunir-se com o ministro de elações Exteriores do governo, Carloos López Contreras, o cardeal Oscar Andrés Rodríguez e com empresários e comerciantes americanos que vivem em Honduras e, por fim, com funcionários da Embaixada dos Estados Unidos.

“Estou viajando a Honduras para fazer minha própria análise da situação lá e da situação em que se encontram os interesses americanos, tendo em vista a manobra dos Estados Unidos focada em Zelaya”, disse a congressista num comunicado. Ros-Lehtinen apresentou ao Congresso dos Estados Unidos uma resolução no dia 17 de setembro passado reivindicando o reconhecimento pelo legislativo americano das eleições que ocorrerão em Honduras no próximo mês.

Até o momento 28 congressistas aderiram à iniciativa de Ros-Lehtinen HR749 (de apoio às eleiçções), considerada como a melhor ferramenta para resolver a crise política de Honduras. A iniciativa conta com o apoio do parecer legal da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que reconhece que a destituição de Zelaya foi legal. Do site do jornal El Heraldo de Honduras. – Em espanhol – tradução livre.

Transcrito do Blog do Aluízio Amorim: http://aluizioamorim.blogspot.com

Comento:
Felizmente, mais uma voz se levanta em defesa da pequena e brava Honduras, que continua resistindo, embora com extrema dificuldade, a voraz e injustificável perseguição que lhe é movida.
Verifica-se, também, embora timidamente, que alguns elementos da mídia começam a tratar o atual governo hondurenho com mais respeito. Respeito que o governo legítimo de Honduras merece e a inteligência e discernimento do nosso público também.