quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os excessos de consumo e nosso futuro


Está aumentando bastante em nosso país o consumo do que antes era conhecido como supérfluo, e as pessoas passaram a usar, em volume muito maior, carros importados, roupas, bolsas, sapatos e relógios de grife, e em suas novas casas podemos ver aparelhos de som e televisões enormes instalados em vários ambientes.

A inflação mais baixa e o crédito mais fácil certamente alavancaram a economia popular, e melhorou bastante o padrão de vida do brasileiro ao permitir maior consumo em todas as camadas sociais. A melhor alimentação, a aquisição da casa própria e a aquisição de diversos produtos antes nem sonhados, passaram a ser possíveis.

Esse consumo maior pode ser facilmente observado em nossa sociedade, que com a política econômica atual, a globalização da economia, a abertura de mercados e a informação via internet, certamente foi influenciada pela política consumista norte americana e pela moda européia.

Entretanto essas facilidades de informação e de crédito estão sendo pouco controladas pela população brasileira, não acostumada a elas nas últimas quatro décadas, durante as quais teve pouca educação, a informação era restrita às classes sociais mais abastadas que podiam viajar ao exterior, e conviveu com muita inflação.

A grande maioria da população economicamente ativa do país nunca viveu em uma economia sem inflação e, consequentemente, nunca absorveu o hábito da poupança, do seguro-saúde, da estabilidade econômica em seu envelhecimento e da garantia da escola universitária para os filhos.

Sem esses costumes, mas com os tradicionais e os modernos veículos de comunicação incentivando o consumo cada vez maior, e para pessoas cada vez mais jovens, nada mais óbvio de se esperar que o descontrole da economia dos lares, onde o endividamento está ultrapassando os níveis razoavelmente aceitáveis.

As esposas atualmente trabalham como os próprios maridos e, mesmo assim, o casal normalmente já não consegue arcar financeiramente com os gastos da família e, inconscientemente, para suprir sua ausência e poder mostrar carinho quando presente, acaba dando cada vez mais aos filhos, que ficam sem parâmetros de limites.

Os filhos sem limites pedem cada vez mais, e os pais tentam acobertar suas falhas educacionais adquirindo tudo o que lhes é pedido. Em um supermercado, ouvi uma senhora dizer ao marido que estava escandalizada por ele negar um brinquedo de pouquíssimo valor ao filho que chorava. Disse que devia dar, pois ao menos o menino ia parar de chorar, e ela teria paz.

Pensando somente em seu bem estar momentâneo, essas pessoas não criarão filhos, netos ou uma sociedade mais responsável, com princípios educacionais mais sólidos e que pensa no bem comum, inviabilizando assim, no futuro, aquela que seria a sociedade por ele mesmo imaginada como a ideal para seus descendentes.

Toda a humanidade viveu sem quase nada do que hoje possuímos, e foi assim que construiu tudo o que temos. Isso mostra que, apesar de nos proporcionar muitas facilidades e conforto, todo o supérfluo hoje a nosso dispor não é vital para que tenhamos progresso ou felicidade e, portanto, é realmente desnecessário.

A limitação responsável dos gastos e dos excessos no consumo certamente nos proporcionará um futuro mais promissor, e as economias de qualquer pessoa, lar, sociedade ou país precisam ter limites, ou não suportarão, e seu descontrole provocará dores e tristezas impagáveis.

João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br


Recebido por e-mail.



BRASIL X BRICS!

1. Investimento em relação ao PIB. Brasil em último.

2. Exportações em relação ao PIB. Brasil em último.

3. Dívida Pública em relação ao PIB. Só a Índia é pior que o Brasil.

4. Pagamento de juros em relação ao PIB. Só a Índia é pior que o Brasil.

5. Receita Tributária em relação ao PIB. Aqui, ninguém passa o Brasil.

6. Se quiser ler a matéria toda, são 18 páginas. Sebastian Briozzo e Joydeep Mukherji. Standard & Poor’s. Conheça.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 28 de abril.



terça-feira, 26 de abril de 2011


ECONOMIAS DA AMÉRICA LATINA: BOLHA PODE ESTOURAR!



Trechos de artigo de Andrés Oppenheimer no La Nacion (19) e Miami Herald.

1. Estudos publicados durante as reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) em Washington confirmam o que o bom senso deveria ter ensinado aos economistas há vários meses: existe um perigo real de que o atual ciclo de crescimento econômico da América Latina talvez não dure muito se medidas urgentes não forem tomadas.

2. O clima das reuniões na semana passada em Washington foi de nervosismo em relação ao futuro econômico da América Latina. Um documento interno do FMI intitulado "Gerenciamento de riqueza na América Latina para evitar a crise”, datado do dia 7 deste mês, começa com um diagnóstico sombrio: diz que a região está numa fase de "vento duplo favorável persistente, com risco de acabar abruptamente".

3. Explica que grande parte da atual prosperidade da região se baseia em duas circunstâncias externas extraordinárias – uma abundante liquidez global, que resulta em grandes fluxos de capital para a região, e um aumento nos preços mundiais das matérias-primas devido à demanda da China - que possivelmente não vão durar muito tempo. "A intensidade incomum dessas condições externas favoráveis podem dar lugar a uma acumulação de vulnerabilidades e um risco maior de uma súbita mudança” disse o estudo.

4. "As condições externas favoráveis podem ocultar vulnerabilidades subjacentes nas contas fiscais, financeiras e externas, assim como gerar uma possível complacência e exuberância''. Isso significa que muitos dos países da região estão gastando mais do que deveriam, tem moedas supervalorizadas e não estão se preparando para o futuro. O documento interno do FMI reflete a opinião de seus autores, mas seu autor principal é Nicolas Eyzaguirre, diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI.

5. Outro estudo, da Brookings Institution e publicado no início das reuniões do FMI e do Banco Mundial, também reflete temores sobre o futuro da região. O estudo de 80 páginas, intitulado "Perspectivas econômicas latino americanas", diz que "hoje, o reaquecimento e as pressões inflacionárias estão aumentando, e muitos reguladores financeiros estão se perguntando se o crédito interno já não está crescendo de maneira excessiva". Ele acrescenta que "uma área de especial interesse" no Brasil e em outros países da região, são os excessivos créditos bancários aos consumidores, que possivelmente nunca sejam pagos.

6. Mauricio Cardoso, coautor do estudo da Brookings, disse que há crescentes indícios de que os fatores externos que haviam beneficiado a América Latina podem desaparecer, além de tendências preocupantes dentro da região. A China, cuja aquisição de matérias-primas tornou-se o grande motor de crescimento da América do Sul, acaba de anunciar que vai reduzir sua meta de anual de crescimento. Além disso, é possível que os Estados Unidos aumentem em breve as taxas de juros, algo que diminuirá capital para América Latina, acrescentou.

7. "Há que se poupar na época das vacas gordas", disse Cárdenas. "Ainda temos tempo, pois é provável que vejamos uma mudança das condições externas já no próximo ano".

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 26 de abril.


domingo, 17 de abril de 2011




Submissão ao império latrogenocida.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Adriano Benayon

Em reuniões nas quais se canta o Hino Nacional, vemos
comoventes sentimentos de solidariedade nacional,
embora as pessoas ignorem que o Brasil está perdendo
as últimas expressões de independência.
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Texto completo em
http://www.alertatotal.net/


segunda-feira, 11 de abril de 2011


Execrável Oportunismo na Tragédia de Realengo


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Thomas Korontai

Não há como evitar a comoção pela ocorrência de fato tão grave como o de um assassinato de 12 crianças, marcando ainda, para sempre, as vidas de muitas pessoas que sobreviveram, crianças e adultos, pais e professores. Mas a loucura humana é imprevisível. Não se tratava, em nenhum momento, de um ataque com fundo político, ideológico, étnico ou religioso, como ocorrem em outras nações. Resta apenas reforçar a segurança nas escolas.

Há uma dificuldade muito grande de se lidar com a arma no Brasil, tanto pela falta de costume e conhecimento real de como se lida com uma, quanto pelas implicações feitas por desarmamentistas com suas incansáveis batalhas pelo desarmamento da população. E nisso, reside nosso protesto, esse oportunismo político, por um fato isolado em uma cidade conhecida como violenta, pelo menos até o presente momento, em face do banditismo e das drogas. Repetimos aqui: fato isolado em uma cidade.

O federalismo pressupõe que cada estado e até cada município deva possuir um alto grau de autonomia, com direito de adotar a medida que julgar cabível para cada caso, cada situação, cada circunstância, desafio ou cada oportunidade. E mesmo que uma cidade ou estado adotem uma medida que não esteja nas proibições principiológicas da Carta Maior – a Constituição do País – não significa que tal medida deva ser implementada em todo território nacional.

A volta com mais força do tema focado no desarmamento em todo o País reflete um inescrupuloso oportunismo, baseado nas infelicidades de tantas famílias ora enlutadas, típico de gente que ficou absolutamente cega até para os melhores princípios de ética. Em lugar nenhum do mundo civilizado o cidadão normal, dono de suas faculdades mentais, que seja possuidor de arma para a sua defesa pessoal e de sua família sai por aí atirando, matando pessoas. O fato aconteceu, como aconteceu nos EUA em algumas ocasiões, tal como ocorre com a queda de aviões, acidentes com automóveis ou mesmo assassinatos com facas. O que se poderia fazer? Proibir aviões, carros e facas só para ficar nestes exemplos?

Protestamos, pois, veementemente contra os inescrupulosos, insensatos e insensíveis agentes a serviço da exclusão de um direito humano legítimo – o da auto-defesa. Que respeitem o luto das famílias que acabaram de enterrar seus pequenos, junto com seus sonhos. Que respeitem, no mínimo, esse legítimo direito humano de chorar e rezar, pois suas ações, nesse momento, se comparam a dos abutres. Respeito é bom e todos gostam.

Thomas Korontai é fundador e líder do Movimento Federalista – www.movimentofederalista.org.br

Transcrito do Blog "Alerta Total".

domingo, 10 de abril de 2011


FALTA ORDEM


Aristoteles Drummond, jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro

É estranha a alegria com que alguns setores estão saudando, e não condenando, a baderna generalizada no mundo em que vivemos. Mesmo nos casos justificáveis, como as manifestações pela derrubada de regimes totalitários e corruptos, a mudança tem de obedecer a um mínimo de ordem, como foi no Egito, graças a seus militares.

No entanto, a Europa, berço da civilização ocidental e da cultura que temos, não pode reagir de forma violenta às reformas necessárias para corrigir a irresponsabilidade dos governos de esquerda, que, afinal, foram eleitos pela maioria destas mesmas pessoas. Um país é uma família grande, que só pode e deve gastar e distribuir o que tem. Senão, atola-se em dívidas, como acontece com o cidadão comum. Esta é a melhor explicação para a crise, que foi provocada pelos custos com mão de obra e inchaço dos estados. Especialmente nas prefeituras, muitas com casos de desperdício, corrupção e empreguismo.

Para sair do buraco, Portugal e demais países, inclusive a supercivilizada Inglaterra, precisam de austeridade, de retomar o crescimento em novas bases, mas, sobretudo de muita ordem. Com baderna não se chega a lugar algum. Uma pausa na irresponsabilidade seria bem-vinda.

E aqui, não podemos ir pelo mesmo caminho. A baderna nas usinas de Rondônia, no porto no norte fluminense, as invasões do MST merecem ação policial rigorosa. Afinal basta a impunidade dos que quebraram a Câmara dos Deputados, e tudo ficou por isso mesmo.

O Brasil sabe que segurança anda de mãos dadas com desenvolvimento. Vamos ter juízo!

Transcrito da página do jornalista Aristóteles Drummond:

http://www.aristotelesdrummond.com.br/


JAPÃO


Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro(心).

Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.

Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é: gaman(我慢): aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.

Assim, a tragédia de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.

A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.

A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas.

Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.

Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.

Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos- mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.

Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro(感謝の心): coração de gratidão.

Sumimasen(すみません é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.

Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.

O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.

Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam as tragédias que se seguiram a 11 de março.

Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.

Haviam pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.

Mãos em prece (gasshou) 合掌

Monja Coen

Recebido por e-mail.


sexta-feira, 8 de abril de 2011


Nossos relacionamentos


Lendo um texto de Mário Quintana, comecei a refletir sobre como encaramos nossos relacionamentos com outras pessoas, sejam com os pais, filhos, amigos, namoradas, esposas, ou qualquer outro.

Desde crianças, temos a tendência de imaginar que precisamos de alguém ou que alguém necessita de nós, de nossa amizade, favores, carinho e amor.

Lembrei da história do menino dono da bola, que não a empresta se ele não jogar junto, ou que, quando contrariado, leva a bola embora, e o jogo acaba. Com o controle da bola ele controla a situação, mas por uma única vez, pois certamente outra bola aparecerá, o jogo continuará, e claro, ele não participará mais.

Quando jovens, passamos a procurar a nossa "cara metade", e isso jamais encontraremos. Como metades, não sobreviveríamos sem a outra parte, seríamos dependentes dela, e tudo o que traz dependência é uma droga.

O que realmente deveríamos procurar seria a "tampa da nossa panela", um outro inteiro, que nos complemente. Assim como nós não somos metades, as outras pessoas são inteiras, completas, e aí está a maravilha da vida.

Alguém do qual necessitamos, precisamos, seria uma simples alternativa, normalmente material, mas apesar de poder nos proporcionar os mais diversos tipos de prazeres, os materiais, jamais nos faria realmente felizes.

Para sermos felizes com alguém, é necessário, principalmente, não precisarmos dessa pessoa, não dependermos dela. Sermos capazes de levar uma vida totalmente independente, sem ela. Quando temos essa consciência, já mudamos radicalmente o modo de nos relacionarmos, e só estaremos com alguém se o desejarmos, e não por necessidade.

Aquela pessoa que você ama, ou acha que ama, em quem pensa o dia todo, com quem se preocupa, a quem tenta agradar com uma simples fruta apanhada no pé, por ser a que ela gosta, mas que não lhe corresponde, não se prende por você, certamente não é a pessoa certa, aquela com quem deveria passar sua vida.

Não perca seu tempo com ela, não se dedique mais, não vale a pena, pois ela pode até simpatizar com você, gostar de suas atitudes, sua dedicação, mas não o amará. E não por culpa dela, mas porque você não é a pessoa que ela procura, apesar de você achar que é ela a quem procura.

Não existe a menor possibilidade de um relacionamento, de qualquer tipo, dar certo, a longo prazo, quando esse desejo é unilateral. Nenhuma amizade, namoro ou casamento suportará. E por mais que se tente, pode aumentar a amizade, a afinidade, o carinho, mas o verdadeiro amor não ocorrerá.

Normalmente de onde, e quando menos se espera aparece a pessoa que sempre procurou, aquela com os mesmos sonhos, objetivos e ideais que você, com quem buscará alcançar algo, partilhará as dificuldades, os tropeços, e os sucessos da busca.

Ao lado dela você chorará, sorrirá, e partilhará seu bem mais importante, a vida. Construirá uma história, que, mesmo quando se referir às dificuldades, sempre poderá ser contada com alegria. Essa certamente será sua parceira ideal

Nossas amizades e nossos relacionamentos são assim, ninguém precisa de ninguém. As pessoas que se dão bem se complementam, e permanecem juntas, por estarem dispostas a partilhar algo. As outras se suportam, e isso não vale a pena.

João Bosco Leal

www.joaoboscoleal.com.br

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