domingo, 30 de agosto de 2009




Guerra Econômica II


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Pedro Chaves

O filosofo e escritor inglês G. K. Chesterton em um de seus prefácios publicado na coletânea Maestro de Ceremonias, (ISBN 950-04-2767-2 p. 97 - 105), afirma que seu irmão Cecil Chesterton renegou o fabianismo porque compreendeu que a chamada Reforma Social tramava a implantação de um Estado Servil.

Dizia que o socialismo era a reforma social e esta significava escravidão. Para ele o vencedor de uma batalha é o general que pode seguir atacando. Indignava-se mais com o inimigo que escraviza do que com o bárbaro que mata.

Para bem estudar a guerra econômica é preciso inicialmente conhecer a Filosofia do Dinheiro. Com este título (versão espanhola Filosofia del Dinero ISBN 84-321-2567-9) o professor suíço-italiano Vittorio Mathieu publicou um livro magistral cuja leitura é imprescindível para o estudo da guerra de quinta geração, a chamada Guerra Econômica.

Segundo Mathieu, Dinheiro é qualquer coisa, fato ou circunstancia que faz alguém trabalhar para outra pessoa. Moeda é o Dinheiro garantido. O garantidor pode ser público (v. g. o Banco Central do Brasil) ou privado (American Express).

Um país é soberano quando sua moeda é lastreada em seu poderio militar, ainda que o governo (Estado) tenha delegado o poder de emissão a bancos sob controle privado (como é o caso do Federal Reserve nos Estados Unidos da América).

A importância política de um país declina com a perda de seu poderio militar e , em consequência, o enfraquecimento de sua moeda. Exemplo disto é o fato de a libra esterlina ter perdido sua condição de moeda líder internacional, após a pífia atuação inglesa nas Guerras Mundiais do século XX.

A Oligarquia Financeira Internacional tenta hoje em dia, desesperadamente, enfraquecer a credibilidade do dolar americano, como forma de atacar a soberania dos Estados Unidos da América, em cuja administração já se infiltrou como uma tênia. Este fato está bem demonstrado no documentário (DVD) denominado The Obama Deception.

A única forma de um país defender sua soberania contra os ataques da Oligarquia Financeira Internacional (desejosa do Governo Global Único) é estabelecer um Núcleo Monolítico de Poder. Nos Estados Unidos da América o núcleo é o Pentágono; no Reino Unido é o Almirantado.

Cabe às Forças Armadas catalizar e garantir o Núcleo Monolítico de Poder brasileiro.
Caso não o façam, acabarão a soberania nacional e sua integridade territorial.

Leia também: Guerra Econômica - I

Transcrito do Blog "Alerta Total".

Comento:
O Blog "Alerta Total" deste domingo está repleto de artigos muito interessantes, faça uma visita.



sábado, 29 de agosto de 2009


Matutando na madrugada - I.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Arlindo Montenegro


Na madrugada insone, se pode apreciar vésper, a estrela matutina que se destaca entre outras, pontos de luz na obscurecida infinitude. O infinito presente e imensurável, que abraça cada ser vivente. Grandes homens? Homens melhores que outros? Ou mentes que refletem, raciocinam e percebem que a natureza é como é, o mundo é como é.

Algumas mentes brilhantes como estrelas, solitárias como estrelas, têm iluminado o caminho das gentes na trilha do entendimento. Outras perseguem ofuscar o brilho do saber para travar, impedir o curso natural da vida. São pessoas que buscam controlar as gentes, privar da liberdade e ampliar a escravidão física e mental.

Para isto utilizam a propaganda, a emoção, o alarmismo, espalhando por todos os meios as crenças em meias verdades ou falsidades envolvidas em sons e cores fascinantes. Uma dessas campanhas foi desmascarada há pouco tempo num programa da tv inglesa. O mister dirigente internacional da ong Greenpeace admitiu que seu exército utiliza táticas para assustar o público.

A gente pode traduzir “táticas” como mentiras de um grupo com recursos da oligarquia financeira que prega um conceito diferente de crescimento econômico: os países que já se desenvolveram, ótimo. Quem não se desenvolveu que fique como está, a serviço dos desenvolvidos. É o que eles querem.

É esta a canga que os governantes têm aceito, obrigando os brasileiros a pagar centenas de milhares de dólares anuais de juros de uma dívida, que nos disseram estar paga. Só mudou de endereço. Os bancos e os banqueiros são os mesmos. E quem cobra está muito bem armado com ogivas nucleares, exércitos espalhados e guerrilhas de traficantes que multiplicam os lucros dos desconhecidos controladores.

As drogas anulam a capacidade de emocionar-se, raciocinar, fazer escolhas e compreender o mundo. E abrem o caminho para a ação da droga mais nefasta, a propaganda, que entra em todos os lares, em todas as escolas, que se espalha por livros, jornais, revistas, cartazes, com imagens retocadas mostrando como natural tudo quanto é pilantragem cínica e debochada.

A ciência de criar opinião pública desenvolveu-se com os comunistas e nazistas para esconder as crueldades bestiais dos governantes e eliminar as resistências contrarias à ideologia dos partidos governantes. Por aqui, o governo e seus aliados gastam como nunca em propaganda.

As “verbas” são astronômicas. Aqui, como na Rússia soviética estão utilizando todo tipo de doutrinação de massa para orientar e manipular os cidadãos. Seguindo a concepção stalinista, o povo deve ser manipulado para aceitar cegamente as diretrizes do governo. Para isso retocam a imagem dos políticos e suas políticas “revolucionárias”, isto é de mudanças impositivas no modo de ser, fazer e agir sem pensar. E se perpetuam no poder.

A mentira e a manipulação eram as principais armas da propaganda de Goebbels para sustentar o nazismo. Foi o todo poderoso ministro que organizou o culto à personalidade do Führer – o líder! O “cara”! Poucas horas depois de Hitler ter-se suicidado, Goebbels, antes de suicidar-se, matou a mulher e os seis filhos.

Do outro lado, as políticas da mídia norte americana foram desenvolvidas por Edward Bernays, sobrinho de Freud, gerando desinformação para alinhar a opinião pública aos interesses do governo e mais tarde das grandes empresas. No fim da II Guerra Mundial, colocaram na conta dos alemães, a chacina de oficiais e elite intelectual polonesa em Katyn, sabendo que era obra dos comunistas soviéticos. Tudo para não manchar a imagem dos “aliados”.

A mídia controlada nos Estados Unidos, induziu os norte americanos a pensar que os alemães eram os bandidos e que os soviéticos eram os mocinhos. Assim, mentiram sobre o massacre de Katyn, como omitiram as chacinas e estupro da população civil da Prússia Oriental e o afundamento de navios de refugiados. Colaboraram para a propaganda comunista no ocidente e a matança guerrilheira da segunda metade do século XX.

O Dr. William Pierce pergunta e não tem resposta: “Porque nós lutamos contra a Alemanha em nome da liberdade e depois deixamos metade da Europa sob a escravidão Comunista no final da guerra?” Aqui podemos perguntar: porque lutamos contra o comunismo no passado e agora ficamos silenciosos na iminência da comunização de toda a América Latina?

Até hoje os historiadores nos dizem que o Brasil foi à II Guerra, para garantir a democracia. Nos idos de 60 os militares tomaram o poder para garantir que a construção democrática não fosse prejudicada por uma guerra civil favorável ao comunismo internacional.

Por que então agora ficamos calados, apreciando a comunização de toda a América Latina, nos moldes da nova política capimunista? “Brasil um país de todos”... quem?

Arlindo Montenegro é Apicultor

Transcrito do Blog "Alerta Total":
http://www.alertatotal.net/


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Falta de Patriotismo e de Visão Estratégica


A Imprensa noticiou, de forma muito acanhada, faz pouco tempo, que os arrozeiros expulsos da Reserva Raposa Serra do Sol (RRSS) aceitaram proposta do governo da Guiana para cultivarem arroz, em larga escala, naquele país. A imensa área, de 50 mil hectares, que lhes será concedida, localiza-se na região do Pirara, que foi perdida, diga-se, em 1904, para a Inglaterra, com o apoio da etnia tribal macuxi, uma das que habitam a RRSS (roguemos a Deus para que fato semelhante não venha a ocorrer nos colossais vazios demográficos das reservas indígenas de Roraima...). Assim, mercê de uma antipatriótica Decisão do STF, a produção de arroz, numa região assaz carente, foi considerada uma ação criminosa, inviabilizando-se uma excelente capacidade produtiva, oriunda da experiência de lavoureiros do Sul do Brasil, ora aproveitada, inteligentemente, pela Guiana, país que nos é fronteiriço. E tudo para que os índios sejam tratados como animais, em verdadeiros “jardins zoológicos”, permanecendo em seus estágios primitivos, segregados da civilização. Também alguns meios de comunicação nos deram conta, de maneira igualmente tímida, de que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) proibiram a perniciosa ONG “Conselho Indigenista de Roraima” (CIR) – uma das promotoras da campanha pela demarcação contínua da RRSS -, de firmar novos convênios com a União, por suspeitas de irregularidades. Outrossim, receberam a mesma proibição as ONGs “Coordenação Indígena da Amazônia Brasileira” e “Federação das Organizações do Rio Negro”. Acrescente-se que o CIR (congrega apenas uma parte das etnias de Roraima) vem negociando uma parceria com o espúrio MST, com vistas à produção agrícola na área, tornando-se, os seus integrantes, que tanto lutaram e conseguiram criminalizar a cultura do arroz na RRSS, “empresários do agronegócio”, fazendo da “reserva indígena”, uma “reserva de mercado”... Diga-se mais que as ONGs deveriam ser Organizações Sociais de Interesse Público – OSIPs . Tais Organizações vêm suprindo o Estado brasileiro em suas carências, porém de maneira cada vez mais crescente, num equivocado entendimento do que seja ação subsidiária, arvorando-se em ”Estado paralelo” ou “poder paralelo” (há, evidentemente, as que são sérias, competentes e necessárias). Na Amazônia, entretanto, proliferam, desafortunadamente, inúmeras ONGs que praticam, para potências hegemônicas, a espionagem e a predação de nossa biodiversidade e minérios. E mais: a FUNAI vem delegando a várias delas, a assistência aos índios, ou seja, se “terceirizou”, estando os nossos aborígines duplamente tutelados: pelo Estado, por meio da mencionada Fundação, e por ONGs que seguem os ditames da caótica política indigenista brasileira, fazendo dos silvícolas meros objetos para “estudos de caso” de antropologia. O Estado (aí ressalvado o benemérito trabalho das Forças Armadas) vem se omitindo até porque a Amazônia não lhe desperta muito interesse, eis que possui o menor colégio eleitoral do país – apenas 7% do mesmo.
Tudo isso é fruto da lastimável falta de patriotismo e de visão prospectiva - de cunho estratégico -, das ditas elites nacionais, o que culminou com as demarcações, em área contínua e na faixa de fronteira, das reservas existentes nas “orelhas” do estado de Roraima, riquíssimas em minérios. Os grandes responsáveis por essas infelizes Decisões, foram os presidentes Collor, Fernando Henrique e Lula, sendo as mesmas ratificadas por nossa Suprema Corte de Justiça, quando do julgamento da demarcação da RRSS, à exceção do voto patriótico do Ministro Marco Aurélio. Isso dará ensejo à criação de “n” nações indígenas”, Estados-fantoches, plurinacionais e multiculturais, Também já se fala na fundação da grande “Nação Guarani” (que terá, certamente, o apoio da ONU), formada por vários países sul-americanos, uma reconstituição mal acabada, do “Império Teocrático dos Jesuítas”, com as suas inúmeras reduções indígenas, de que são exemplo os “Sete Povos das Missões”, no RS, violências inadmissíveis à Unidade Nacional (Unidades Territorial e Lingüística).
Eis a recente e maldita herança que ameaça a Soberania Nacional e tende a se agravar no futuro. Jamais devemos olvidar que recebemos a Amazônia, de intrépidos lusitanos tais como Raposo Tavares e Pedro Teixeira, que a desbravaram, fazendo de nosso Brasil, um país-continente, o qual devemos legar aos pósteros, tal e qual o recebemos de nossos avós. Em verdade, já nos dizia o Conde de Linhares (tido como “O Precursor da Geopolítica Brasileira”) Ministro da Guerra, de Dom João, quando da chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808: “ O Brasil é, sem dúvida, a primeira possessão de quantas os europeus estabeleceram fora do seu continente, não pelo que há, atualmente, mas pelo que pode ser no futuro. A feliz posição do Brasil dá a seus possuidores uma tal superioridade de forças, pelo aumento da povoação que se alimenta dos seus produtos e facilidade do comércio, que, sem grandes erros políticos, jamais os vizinhos do norte e do sul lhes poderão ser fatais”.
Urge que meditemos sobre essas sábias afirmações!
Manoel Soriano Neto – Coronel, Historiador Militar.


Recebido por e-mail.

sábado, 22 de agosto de 2009



A América Latina no atual cenário mundial

* Manuel Cambeses Júnior

Transcorreram apenas vinte anos desde a queda do Muro de Berlim, depois de vinte e oito anos de existência, e a ingênua e efêmera euforia dessa época converteu-se em um passado remoto. A "Nova Ordem Mundial", embasada na unipolaridade e na "Pax Americana", que despertou as ilusões de alguns e os temores de outros, encontra-se profundamente desgastada e esquecida, juntamente com os jornais da época da primeira Guerra do Golfo. Samuel Huntington, em um interessante artigo publicado na Revista Foreign Affairs, intitulado "A superpotência solitária", afirma que estamos vivendo um sistema internacional de transição, ou seja, um estranho híbrido a que ele batizou de "unimultipolar". Em sua ótica, o momento unipolar já expirou e, dentro de duas décadas ingressaremos em um verdadeiro sistema multipolar. Segundo Zbigniew Brzezinski, os Estados Unidos serão a primeira, última e única superpotência global. Nesse período transitório, esse portentoso país continuará sendo o único com preeminência em todas as dimensões do poder, em suas diversas expressões: política, econômica, social, ideológica, militar, tecnológica e cultural, com o alcance e a capacidade de promover os seus interesses, em nível global.
Entretanto, a solução dos problemas fundamentais do sistema requer, necessariamente, a ação conjunta da superpotência e de alguma combinação com outras grandes potências. Os Estados Unidos mantêm, no momento, o direito de veto nos assuntos de maior relevância internacional. Várias potências regionais estão fortalecendo suas posições em suas esferas de atuação geopolítica. A China e, potencialmente, o Japão, na Ásia Oriental; a União Européia, liderada, em minha opinião, pela Alemanha, ainda quando encontramos quem advogue a liderança de um condomínio franco-alemão. A Rússia, na Eurásia; a Índia, no Sul da Ásia; o Irã, na Ásia Sul-Ocidental; a África do Sul e a Nigéria, no continente africano e, o Brasil, na América Latina.
Estamos, portanto, vivendo um período de transição e, como só acontecer, toda mudança sempre implica em contradições e riscos. A globalização econômica e o cosmopolitismo cultural ocorrem, conjuntamente, com um extraordinário ressurgimento do medo e da desconfiança com o diferente, com o estranho e com o desconhecido . Assistimos ao retorno do tribalismo, dos etnicismos, da xenofobia, dos racismos e dos fundamentalismos religiosos. Estas forças desintegraram a União Soviética, pulverizaram a Iugoslávia, dividiram a Checoslováquia e converteram em Estados fracassados alguns países como Congo, Afeganistão, Libéria, Somália, Ruanda e Serra Leoa, entre outros. A Indonésia e vários países da Ásia Central correm o risco de cair no mesmo despenhadeiro. As forças da desagregação assolam, também, a países avançados como Canadá, Bélgica e Espanha. A América Latina, felizmente, até o presente momento, não tem sofrido, de forma avassaladora, a pressão dessas forças centrífugas, ainda que alguns Estados com grande proporção de populações indígenas descuram-se em prevenir-se contra potenciais explosões raciais e étnicas.
Vivemos em um mundo perigoso, na qual a soberania, já bastante limitada, dos pequenos e médios Estados, vê-se cada vez mais ameaçada, não somente pela presença das grandes potências e pelas forças secessionistas mas, também, pelo crescente poder globalizado das máfias, da criminalidade organizada, dos grupos terroristas de cunho fundamentalista e pelas seitas apocalípticas. Para reduzir nossa vulnerabilidade frente a essas ameaças é necessário, em primeiro lugar, que nos fortaleçamos internacionalmente, aumentando a capacidade da sociedade e o potencial do Estado brasileiro. Isto implica, fundamentalmente, num verdadeiro Estado de Direito. Sem o império da lei, sem segurança jurídica, sem regras econômicas bastante claras e estáveis, não existirá criação de riqueza, somente distribuição desigual da miséria.
Certamente não haverá um projeto histórico mais ou menos autônomo para a América Latina, neste alvorecer do terceiro milênio, sem a imprescindível unidade e coesão dos Estados-Membros. Ademais, é urgente e necessário que transformemos a integração latino-americana em um imperativo geopolítico, se desejamos deixar de ser considerados exóticos e marginais espectadores no cenário internacional.

* Coronel-aviador; conferencista especial da ESG, membro titular do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e vice-diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.

Artigo publicado no “Monitor Mercantil”, o jornal do empresário, em 21 de agosto de 2009.

www.monitormercantil.com.br




Falando em cérebro e sua ativação, aí vão informações preciosas!

Por dentro do cérebro

O neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho conta os avanços nos tratamentos de doenças como o mal de Parkinson e como evitar aneurisma e perda de memória. E projeta, ainda, o futuro próximo, quando boa parte do sistema neurológico estará sob controle do homem.

Chegar à casa do neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, no alto da Gávea, no Rio de
Janeiro, é uma emoção. A começar pela vista deslumbrante da cidade, passando pelos
macacos que passeiam pelos galhos até avistar as orquídeas que caem em pencas das
árvores, colorindo todo o jardim. Cada uma dessas flores foi presente de um paciente do
médico, que sua mulher, Isabel, replantou na parte externa da casa. Ou seja: a
competência desse médico, com 33 anos de profissão, que dedica sua vida à medicina com a
paixão de um garoto, pode ser contada em flores. E são muitas.
Filho do lendário neurocirurgião Paulo Niemeyer, pioneiro da microneurocirurgia no
Brasil, e sobrinho do arquiteto Oscar Niemeyer, Paulo escolheu a medicina ainda
adolescente. Aos 17 anos, entrou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Quinze dias depois de formado, com 23 anos, mudou-se para a Inglaterra, onde foi estudar
neurologia na Universidade de Londres. De volta ao Brasil, fez doutorado na Escola
Paulista de Medicina. Ao todo, sua formação levou 20 anos de empenho absoluto. Mas a
recompensa foi à altura. Apaixonado por seu ofício, Paulo chefia hoje os serviços de
neurocirurgia da Santa Casa do Rio de Janeiro e da Clínica São Vicente, onde atende e
opera de segunda a sábado, quando não há uma emergência no domingo, e ainda encontra
tempo para dar aulas no curso de pós-graduação em neurocirurgia da PUC-Rio.
Por suas mãos já passaram o músico Herbert Vianna - de quem cuidou em 2001, depois do
acidente de ultraleve em Mangaratiba, litoral do Rio -, o ator e diretor Paulo José, a
atriz Malu Mader e, mais recentemente, o diretor de televisão Estevão Ciavatta - marido
da atriz Regina Casé que, depois de um tombo do cavalo, recupera-se plenamente -, além
de centenas de outros pacientes, muitos deles representados pelas belas flores que
enchem de vida o seu jardim.


PODER: Seu pai também era neurocirurgião. Ele o influenciou?
PAULO NIEMEYER: Certamente. Acho que queria ser igual a ele, que era o meu ídolo.
PODER: Seu pai trabalhou até os 90 anos. A idade não é um complicador para um
neurocirurgião? Ela não tira a destreza das mãos, numa área em que isso é crucial?
PN: A neurocirurgia é muito mais estratégia do que habilidade manual. Cada caso tem um
planejamento específico e isso já é a metade do resultado. Você tem de ser um
estrategista..
PODER: O que é essa inovação tecnológica que as pessoas estão chamando de

marcapasso do cérebro?
PN: Tem uma área nova na neurocirurgia chamada neuromodulação, o que popularmente se
chama de marcapasso, mas que nós chamamos de estimulação cerebral profunda. O
estimulador fica embaixo da pele e são colocados eletrodos no cérebro, para estimular ou
inibir o funcionamento de alguma área. Isso começou a ser utilizado para os pacientes de
Parkinson. Quando a pessoa tem um tremor que não controla, você bota um eletrodo no
ponto que o está provocando, inibe essa área e o tremor pára. Esse procedimento está
sendo ampliado para outras doenças. Daqui a um ou dois anos, distúrbios alimentares como
obesidade mórbida e anorexia nervosa vão ser tratados com um estimulador cerebral.
Porque não são doenças do estômago, e sim da cabeça.
PODER: O que se conhece do cérebro humano?
PN: Hoje você tem os exames de ressonância magnética, em que consegue ver a ativação das
áreas cerebrais, e cada vez mais o cérebro vem sendo desvendado. Ainda há muito o que
descobrir, mas com essas técnicas de estimulação você vai entendendo cada vez mais o
funcionamento dessas áreas. O que ainda é um mistério é o psiquismo, que é muito mais
complexo. Por que um clone jamais será igual ao original? Geneticamente será a mesma
coisa, mas o comportamento depende muito da influência do meio e de outras causas que a
gente nunca vai desvendar totalmente.
PODER: Existe uma discussão entre psicanalistas e psiquiatras, na qual os primeiros
apostam na melhora por meio da investigação da subjetividade, e os últimos acreditam que
boa parte dos problemas psíquicos se resolve com remédios. Qual é sua opinião?
PN: Há casos de depressão que são causados por tumores cerebrais: você opera e o doente
fica bem. Há casos de depressão que são causados por deficiência química: você repõe a
química que está faltando e a pessoa fica bem. Numa época em que se fazia psicocirurgia
existiam doentes que ficavam trancados num quarto escuro e quando faziam a cirurgia se
livravam da depressão e nunca mais tomavam remédio. E há os casos que são puramente
psíquicos, emocionais, que não têm nenhuma indicação de tomar remédio.
PODER: Já existe alguma evolução na neurologia por causa das células-tronco?
PN: Muito pouco. O que acontece com as células-tronco é que você não sabe ainda como
controlar. Por exemplo: o paciente tem um déficit motor, uma paralisia, então você
injeta lá uma célula-tronco, mas não consegue ter certeza de que ela vai se transformar
numa célula que faz o movimento. Ela pode se transformar em outra coisa, você não tem o
controle, ainda.
PODER: Existe alguma coisa que se possa fazer para o cérebro funcionar melhor?
PN: Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer
exercício. Se está deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a
memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto,
desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter motivação. Acordar de
manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a
autoestima no ponto.
PODER: Cabeça tem a ver com alma?
PN: Eu acho que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você
tem a impressão de que ele já está sem alma. Isso não dá para explicar, o coração está
batendo, mas ele não está mais vivo.
PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?
PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo:
os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o
tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou
ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup,
antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito
grave, que pode ser prevenida com um check-up.
PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As
pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito
maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém
mais tem dor.
PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?
PN: O exagero. Na bebida, nas drogas, na comida. O cérebro tem de ser bem tratado como o
corpo. Uma coisa depende da outra. É muito difícil um cérebro muito bem num corpo muito
maltratado, e vice-versa.
PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?
PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos
entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão
cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que
você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai
matar aquela célula doente. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.
PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?
PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até
morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder
ir bem de saúde, de aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha, não é?
PODER: Você não vê contraindicações na manipulação dos processos naturais da vida?
PN: O que é perigoso nesse progresso todo é que, assim como vai criar novas soluções,
ele também trará novos problemas. Com a genética, por exemplo, você vai fazer um exame
de sangue e o resultado vai dizer que você tem 70% de chance de ter um câncer de mama.
Mas 70% não querem dizer que você vai ter, até porque aquilo é uma tendência.
Desenvolver depende do meio em que você vive, se fuma, de muitos outros fatores que
interferem. Isso vai criar um certo pânico. E, além do mais, pode criar problemas, como
a companhia de seguros exigir um exame genético para saber as suas tendências. Nós vamos
ter problemas daqui para frente que serão éticos, morais, comportamentais, relacionados
a esse conhecimento que vem por aí, e eu acho que vai ser um período muito rico de
debates.
PODER: Você acredita que na hora em que as pessoas puderem decidir geneticamente a sua
hereditariedade e todo mundo tiver filhos fortes e lindos, os valores da sociedade vão
se inverter e, em vez do belo, as qualidades serão se a pessoa é inteligente, se é
culta, o que pensa?
PN: Mas aí você vai poder escolher isso também. Esse vai ser o problema: todo mundo vai
ser inteligente. Isso vai tirar um pouco do romantismo e da graça da vida. Pelo menos
diante do que a gente está acostumado. Acho que a vida vai ficar um pouco dura demais,
sob certos aspectos. Mas, por outro lado, vai trazer curas e conforto.
PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que
isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?
PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais
reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o
cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão
vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai
correndo atrás, se adaptando.
PODER: Paciente famoso dá mais trabalho?
PN: A revista New England Journal of Medicine publicou um artigo sobre as complicações
do tratamento vip, mostrando que o perigoso nesse tipo de tratamento é que você muda a
sua rotina. Eles deram o exemplo do papa João Paulo 2º e do ex-presidente
norte-americano Ronald Regan, que levaram tiros. E mostraram momentos em que eles quase
morreram porque, quando chega um doente desses, o hospital para, todo mundo quer ver e
ajudar, a sala de cirurgia fica lotada, o cirurgião deixa de fazer um exame que devia
ser feito porque pode doer... O doente vip acaba influindo nas decisões médicas pela
importância que tem, e isso pode complicar o tratamento. Ele tem de ser tratado
igualzinho ao doente comum, para poder dar certo.
PODER: Já aconteceu de você recomendar um procedimento e a pessoa não querer fazer??
PN: A gente recomenda, mas nunca pode forçar. Uma coisa é a ciência, e outra é a
medicina. A pessoa, para se sentir viva, tem de ter um mínimo de qualidade. Estar vivo
não é só estar respirando. A vida é um conjunto. Há doentes que preferem abreviar a vida
em função de ter uma qualidade melhor. De que adianta ficar ali, só para dizer que está
vivo, se o sujeito perde todas as suas referências, suas riquezas emocionais, psíquicas.
É muito difícil, a gente tem de respeitar muito.
PODER: Como é o seu dia-a-dia?
PN: Eu opero de segunda a sábado de manhã, e de tarde atendo no consultório. Na Santa
Casa, que é o meu xodó, nós temos 50 leitos, só para pessoas pobres. Eu opero lá duas
vezes por semana. E, nos outros dias, na Clínica São Vicente. O que a gente mais opera
são os aneurismas cerebrais e os tumores. Então, é adrenalina todo dia. Sem ela a gente
desanima e o cérebro funciona mal. (risos)
PODER: Você é workaholic?
PN: Não é que eu trabalhe muito, a minha vida é aquilo. Quando viajo, fico entediado.
Depois de alguns dias, quero voltar. Você perde a sua referência, está acostumado com
aquela pressão, aquele elástico esticado.
PODER: Como você lida com a impotência quando não consegue salvar um paciente?
PN: É evidente que depois de alguns anos, a gente aprende a se defender. Mas perder um
doente faz mal a um cirurgião. Se acontece, eu paro com o grupo para discutir o que se
passou, o que poderia ter sido melhor, onde foi a dificuldade. Não é uma coisa pela qual
a gente passe batido. Se o cirurgião acha banal perder um paciente é porque alguma coisa
não está bem com ele mesmo.
PODER: Como você lida com as famílias dos seus pacientes?
PN: Essa relação é muito importante. As famílias vão dar tranquilidade e confiança para
fazer o que deve ser feito. Não basta o doente confiar no médico. O médico também tem de
confiar no doente. E na família. Se é uma família que cria caso, que é brigada entre si,
dividida, o cirurgião já não tem a mesma segurança de fazer o que deve ser feito. Muitas
vezes o doente não tem como opinar, está anestesiado e no meio de uma cirurgia você
encontra uma situação inesperada e tem de decidir por ele. Se tem certeza de que ele
está fechado com você, a decisão é fácil. Mas se o doente é uma pessoa em quem você não
confia, você fica inseguro de tomar certas decisões. É uma relação bilateral, como num
casamento. Um doente que você opera é uma relação para o resto da vida.
PODER: Você acredita em Deus?
PN: Não raramente, depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina
toda, quando você acaba de operar, vai até a família e diz: "Ele está salvo". Aí, a
família olha pra você e diz: "Graças a Deus!". Então, a gente acredita que não fomos
apenas nós.
PODER: Como você relaxa?
PN: Estudando. A coisa que mais gosto de fazer é ler. Sábado e domingo, depois do
almoço, gosto de sentar e ler, ficar sozinho em silêncio absoluto.
PODER: E o que gosta de ler?
PN: Sobre medicina ou história. Agora estou lendo um livro antigo, chamado Bandeirantes
e Pioneiros, do Vianna Moog, no qual ele compara a colonização dos Estados Unidos com a
do Brasil. E discute por que os Estados Unidos, com 100 anos a menos que o Brasil,
tiveram um enriquecimento e um progresso tão rápidos. Por que um país se desenvolveu em
progressão geométrica e o outro em progressão aritmética.


Recebido por e-mail.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Quer uma pista?

Sabem daqueles ratos que pulam fora do navio quando este começa a afundar? Pois é o noticiário está cheio deles.

Marina, Arns, e agora Mercadante.

Os dois primeiros pularam fora do navio mesmo, o último, Mercadante, acaba de anunciar que deixa a liderança do partido. Lulla que fique sozinho na liderança, bem ao feitio do ditadorzinho que é.

Sinais de que a casa caiu? Bem esses sinais estão ai já faz um bom tempo, mas como havia tempo para reparos nada foi feito.

A realidade é que o governo vai começar a endurecer na parte econômica. A crise está pegando. Queda de 9,38% na arrecadação, aumento do déficit da previdência, e outros problemas como queda das exportações de pelo menos 25%, prejuízos bilionários na Eletrobrás, e dinheiro especulativo entrando aos borbotões cobrando os juros pagos pelo governo. A nossa situação econômica vai começar a dar sinais de cansaço muito em breve.

Marina partiu a melancia em três. Onde se acreditava um embate entre uns e outros, agora entra uma novidade capaz de desestabilizar a p...... petista e pmdebista juntas.

Ao começar a fazer água de verdade os pmdebistas, e o resto da base aliada, também começarão a abandonar o barco. Quero ver como é que se acomodarão no PV, agora de Marina. Será que esta também se prestará aos conchavos? E o dinheiro de sua candidatura de onde virá? Qualquer coisa que mude a política no Brasil será vencedora, mesmo que seja só na promessa, foi assim com Lulla.

Nosso futuro é nordestino e sem peruca.

Transcrito de "Nathal & Candlesticks":

http://nathal.zip.net/


Comento: há outros excelentes artigos na página. Vale uma visita, confiram.




terça-feira, 18 de agosto de 2009



A Quem Possa Interessar...


Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Arlindo Montenegro

O ex oficial da aeronáutica russa, Viktor Bout, é um destacado traficante internacional de armas, preso na Tailândia. Os americanos pediram a extradição do mesmo, para processá-lo por fornecer armas aos narco guerrilheiros das farc. As autoridades tailandesas negaram e os russos manifestaram sua satisfação e se mobilizam para que “Bout volte ao seu país natal, onde vivia em liberdade”.

Mister Lula vetou a lei que limitava bilionárias despesas com a propaganda do seu desgoverno. Também ignorou um Tratado Internacional e deu de presente ao Paraguai uma fatia substancial de Itaipu, sequenciando outras dádivas generosas como as fronteiras desguarnecidas para facilitar o contrabando de cigarros, uísque, armas, eletrônicos, maconha e outros produtos falsificados pelos vizinhos ou vindos da China.

Em meio ao terrorismo com a gripe produzida sei lá por que laboratório, o remédio Tamiflu já tinha patente registrada há dois anos. Sabe-se que o Ministério da Saúde deixou de aplicar R$ 5,4 bilhões desde o ano de 2000, por conta de um errinho de contabilidade governamental, do mesmo jeito que a Petrobrás errou no pagamento de impostos e os senadores meteram a mão na cumbuca. Só os Senadores?

“Que jeito que tem? Que jeito se dá?”... A nação calada só leva porrada! E os dispositivos legais não alcançam os sucessivos golpes, que encobrem a infinitude de “maracutaias” secretas. O governo que deveria defender e representar a vontade da nação, executa as diretrizes emanadas pelo Foro de São Paulo. Associado ao projeto detalhado para a comunização do continente, privilegia ditadores e terroristas. Será esta a vontade da nação?

Melhor indagar: qual é mesmo a vontade da nação brasileira? Ou então: temos vontade? Temos escolhas? Temos objetivos para o bem comum? Que resta da nossa identidade? Os sucessivos governos “socializantes”, desde o acadêmico FHC, eleito pela Trilateral e pelo Diálogo Interamericano, têm direcionado a nação por veredas obscuras.

Em vez de solucionar, agravaram, com suas decisões, a situação decepcionante da saúde, educação, segurança, defesa da soberania... contribuíram sistematicamente para descaracterizar a face da nação, subordinando as instituições tradicionais que asseguravam o direito natural, ao projeto aventureiro que destaca governos como o de Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia, onde a marca registrada é a opressão política, a miséria e o descontentamento popular reprimido com a força brutal.

Enquanto estamos enrolados neste ambiente de incertezas em que cada um trata de defender a própria pele, configura-se a nova guerra fria, prenunciando a possibilidade de batalhas sangrentas na América do Sul. E nos divertem prometendo Reforma Agrária, Reforma Tributária, Reforma Política, Reforma de Leis Trabalhistas, reformas, remendos, arremedos de leis para que ninguém cumpra, começando pelos poderosos.

Que tal falar de um Compromisso Federativo que nunca foi feito em nossa história? Que tal ouvir a voz de cada município, de cada Estado? Que tal garantir a autonomia e as iniciativas, independentes das decisões do covil totalitário que a partir de Brasília, impera e oprime a nação? Que tal proclamar de fato e de direito a independência, reduzindo o orçamento do governo central à mera necessidade de guardião de uma unidade jurídica que garanta o Estado Democrático de Direito?

Lendo a história percebem-se os contos das mil e uma promessas e o quanto ainda estamos submetidos aos burocratas e oligarcas agrários. Pior, o quanto estamos vulneráveis à vontade dos impérios que se configuram e dividem zonas de influencia para estabelecer a Nova Ordem Mundial. Dependendo desta casta de políticos, continuaremos balançando entre o império dos mercadores anglo americanos e o outro, dos mercadores comunistas da Rússia e da China.

A Unasul, com propósitos ideológicos de seita fanática, está formada. Aponta suas armas contra o que resta de propósito democrático no continente, declarando ódio mortal ao que resta de capitalismo, ideais conservadores ou liberais. Esta “coisa” misteriosa, a Unasul, se propõe subordinar o sul do continente americano, como a ONU se propõe a subordinar o planeta.
As pesquisas para o voto nas eleições obrigatórias, utilizando maquininhas viciadas, já começam a fazer a cabeça dos crédulos. As cartas estão marcadas...

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Transcrito do Blog "Alerta Total".

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Psicopatia e Política.


O psiquiatra argentino Hugo Maritán fez uma curiosa análise sobre a psicopatologia e os políticos na entrevista ao jornal La Nación de Buenos Aires em fevereiro deste ano. Ao ser perguntado como distinguir um político decente de um político psicopata ele deu a seguinte explicação:
“Uma característica básica do psicopata é que ele é um mentiroso, mas não é um mentiroso qualquer. É um artista. Mente com a palavra, mas também com o corpo. Atua. Pode, inclusive, fingir sensibilidade. Acreditamos nele uma e outra vez, porque é muito convincente. Um dirigente qualquer sabe que tem que cumprir sua função durante um tempo determinado. E cumprida a missão, vai embora. Ao psicopata, por outro lado, uma vez que está acima, ninguém pode tirá-lo: quer estar uma vez, duas, três vezes. Não deixa o poder e muito menos o delega”. “Outra característica é a manipulação que faz das pessoas. Em torno do dirigente psicopata se movem pessoas que querem satisfazê-lo. Pessoas que, embaixo do efeito persuasivo, são capazes de fazer coisas de que outro modo não fariam. São pessoas subjugadas, sim, e, inclusive, podem ser de alto nível intelectual. O líder psicopata não considera os cidadãos como pessoas com direito, mas as consideram como coisas, porque o psicopata sempre trabalha para ele mesmo, ainda que em seu discurso diga tudo ao contrário.”

“O psicopata vê as pessoas como simples instrumentos. Ele carece da habilidade emocional da empatia, que é a capacidade de qualquer pessoa normal de pôr-se no lugar do outro. ‘As coisas’(as pessoas), para o líder político com essas características, tem que estar a seu serviço: pessoas, dinheiro, a famosa caixa para pagamentos, para comprar vontades. Utilizam o dinheiro como elemento de pressão, porque utilizam a coerção. A pergunta do acionar psicopatológico típico é: como dobro a vontade do outro? Com um cargo, com um plano, com um subsídio? Como divido?”

“Os políticos importantes – concluiu o Dr. Hugo Marietán – geralmente são psicopatas por uma simples razão: o psicopata adora o poder. Utiliza as pessoas para obter mais e mais poder e as transformam em ‘coisas’ para o próprio benefício dele. Isto não quer dizer, logicamente, que todos os políticos ou todos os líderes sejam psicopatas, mas sim que o poder é um ambiente onde eles se movem como peixe na água”.
Ao fim do excelente artigo a pergunta que não quer calar:
Prezado eleitor, você foi capaz de identificar algum político brasileiro que reúne tais características? Pois bem, se foi, saiba que esse é um bom motivo para aprender a votar. Não se deixe enganar pelos psicopatas eles são muitos, estão à solta e diariamente nas páginas dos jornais e tevês.
Izabel Avallone

Recebido por e-mail.


domingo, 9 de agosto de 2009

A síntese do Poder Mundial seria composta pelos "controladores", pelos agentes conscientes (lideranças político-partidárias) e agentes inconscientes. Os instrumentos de dominação seriam as ideologias, o terrorismo, diferenças raciais e regionais, o ambientalismo, o indigenismo, com incentivo aos movimentos de secessão.

Clube Bilderberg

O Clube Bilderberg (CB) foi criado entre 29 e 31 de maio de 1954, na cidade de Oosterbeckl, Holanda. Desde então, os mais importantes banqueiros, industriais, donos de comunicação, políticos, famílias reais europeias e outras personalidades se reúnem anualmente para traçar os rumos do planeta, dentro dos moldes do que seria um governo mundial secreto.

O CB teria sido criado pelo príncipe Bernhard, da Holanda. As reuniões do CB seriam anuais e durariam 04 (quatro) dias e os participantes seriam convidados pelo Conselho Diretivo do Clube, com um máximo de 130 delegados, sendo 2/3 europeus e o restante dos EUA e do Canadá. Essa elite das nações ocidentais é composta de financistas, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das Finanças, secretários de Estado e lideranças militares. Em 1991, Clinton teria sido enviado a Moscou pelo CB para que "enterrassem" os relatórios da KGB sobre sua juventude e suas atividades contra a Guerra do Vietnã, de modo a pavimentar seu caminho à presidência dos EUA.

O objetivo maior do CB seria a construção de uma era pós-nacionalista, na qual prevaleceriam uma economia global, um governo global e uma religião também global.

Há duas hipóteses que abordam as ditas pretensões do CB.

A primeira hipótese seria a reunião da elite econômica e política do mundo Ocidental, para fazer face ao avanço do Comunismo no século XX. Preocupado com o crescimento do antiamericanismo na Europa Ocidental, o polonês Joseph Retinger propôs uma conferência internacional - formalizada com a criação do Clube Bilderberg - em que líderes europeus, dos Estados Unidos e do Canadá, discutiriam seus problemas em comum, envolvendo representantes tanto liberais quanto conservadores (no sentido norteamericano) dos países-membros. Posteriormente, as decisões dessas reuniões seriam repassadas para o G-8 e os encontros anuais de Davos.

A outra hipótese, hoje mais propalada, vê o CB dentro do que se convencionou chamar como "teoria da conspiração", cujo movimento teria pretensões de dominar todo o planeta, estabelecendo um governo mundial, o célebre "governo sombra". Esse objetivo seria alcançado pela Organização das Nações Unidas (ONU) - onde atualmente prevalecem teses esquerdistas -, na construção de uma nova ordem mundial, com moeda, exército e religião comuns, para quebrar a espinha dorsal da soberania das nações emergentes ou subdesenvolvidas - especialmente aquelas detentoras de reservas estratégicas, como minerais, água e biodiversidade, onde o Brasil se destaca em primeiro plano. Isso seria conseguido com o trabalho das ONG - especialmente as ambientalistas -, descaracterização cultural, internacionalização dos costumes, drogas, guerras localizadas, corrupção de políticos, controle da Educação, terrorismo etc.

A síntese do Poder Mundial seria composta pelos "controladores", pelos agentes conscientes (lideranças político-partidárias) e agentes inconscientes. Os instrumentos de dominação seriam as ideologias, o terrorismo, diferenças raciais e regionais, o ambientalismo, o indigenismo, com incentivo aos movimentos de secessão. Enfim, estaria sendo empregada a guerra permanente de 5ª geração, que, no Brasil, teria como objetivo a "balcanização" da Amazônia, com a criação de inúmeras "nações indígenas", depois que forem demarcadas e homologadas todas as Terras Indígenas (TI) da região, que ocultariam imensuráveis reservas minerais e rica biodiversidade. Entre os principais atores frente à "defesa da Amazônia" estaria a realeza britânica, na pessoa do Príncipe Philip e sua ONG Fundo Mundial para a Natureza (WWF). A presença do Príncipe Charles na região, tanto no período da criação da TI Ianomâmi, quanto no da TI Raposa Serra do Sol, seria uma prova irrefutável dessa cobiça.

Junto do CB e da ONU, podem ser citados outros grupos tidos como "controladores", como o Diálogo Interamericano, a Comissão Trilateral, o Clube de Roma, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Conselho de Relações Internacionais (Council on Foreign Relations - CFR), o Grupo dos 30, cujos objetivos seriam varrer do mapa a ideia de soberania nacional e eliminar as Forças Armadas nacionais. Não se pode esquecer o próprio Foro de São Paulo, criado em 1990 por Fidel Castro e Lula da Silva, para "recuperar na América Latina tudo o que foi perdido no Leste europeu", ou seja, transformar o mundo latinoamericano em uma nova União Soviética, tendo por modelo Cuba e o "socialismo do século XXI" do bolivarianismo de Hugo Chávez, presidente da Venezuela. A criação da União de Nações Sulamericanas (Unasul) seria o primeiro passo para atingir esse objetivo estratégico.

Diálogo Interamericano

Em 1982, o Centro Acadêmico Woodrow Wilson, subordinado ao Congresso dos EUA, organizou três seminários em Washington para debater as repercussões da Guerra das Malvinas. Como resultado, foi criado o Diálogo Interamericano (DI), cuja ata de fundação foi subscrita, entre outros, por Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde sua fundação, o DI difunde teses como soberania limitada (ou relativa) das nações, direito de ingerência e da interdependência entre as Nações.

Quando FHC foi eleito presidente, a "dependência subalterna" do Brasil ao capital mundial deu-se dentro do conceito da "teoria da dependência", tese defendida por ele nos meios acadêmicos dos tempos em que ainda não pedia para "esquecer o que havia escrito". Em 1995, durante sua visita ao Brasil, o Secretário de Defesa dos EUA, William Perry, declarou ao jornal O Globo (06/05/1995) "que o seu governo quer que as Forças Armadas de cada país passem a ser lideradas por um Ministro de Defesa que seja civil. A liderança civil do sistema de defesa fortalece tanto a democracia quanto as próprias Forças Armadas. Nós vamos incentivar isso, assim como a idéia de que haja uma transparência cada vez maior no intercâmbio de informações militares entre as três Américas". Isso explica por que FHC atendeu prontamente o DI, criando o Ministério da Defesa, em 1999, tirando todo o poder político dos antigos comandantes das três Forças Armadas.

"FHC, nos seus governos, ainda, diminuiu fortemente os orçamentos militares, restringiu aumentos de vencimentos, sucateou as FA, cortou verbas para alimentação, diminuiu efetivos, escasseou recursos para pesquisas militares, paralisou o Programa Calha Norte, assinou o tratado de não-proliferação Nuclear, paralisou o desenvolvimento do submarino nuclear, assinou o vergonhoso acordo 505 e o acordo para o não desenvolvimento de mísseis, afastou as FA do centro das decisões nacionais e privatizou áreas estratégicas para a Defesa. O conjunto da sua obra, sem dúvida, é crime de lesa-Pátria por servir a interesses estrangeiros, prejudicando a Nação" (general Marco Antonio Felicio da Silva in O granadeiro emparedado - Cfr. texto completo em http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=10598&cat=Ensaios&vinda=S).

Nova ordem mundial

Na verdade, observa-se que existem muitos grupos de interesses, além do Clube Bilderberg e do Diálogo Interamericano, que envolvem nações diversas, que se unem em acordos para preservar seus interesses políticos e comerciais. Além do G-8, da imponente força angloamericana (EUA e Reino Unido), da União Européia, outros atores de vulto surgiram nos últimos anos, como o Japão e a China, esta última à frente dos países emergentes de extensão continental, o chamado "BRIC" (Brasil, Rússia, Índia e China). O incremento do recente acordo EUA-China, iniciado durante o governo George W. Bush, dá a exata medida do que será esse gigantesco G-2 nas próximas décadas. Contrariando a doutrina da "nova ordem mundial", de George Bush (pai), que surgiu após a Guerra do Golfo (1991) e que previa a conversão maciça de nações em democracias - o mesmo "profetizado" por Francis Fukuyama em seu ensaio O Fim da História -, com a implementação da globalização, o que de fato ocorreu foi o contrário, uma volta ao tribalismo, com o esfacelamento de federações, como a União Soviética e a antiga Iugoslávia, e de países, como a então Tchecoslováquia. Até nações prósperas como a Espanha (País Basco) e o Canadá (Questão do Quebec francófono) se vêem às voltas com movimentos separatistas.

Mesmo desconsiderando as teorias conspiratórias, como as do Clube Bilderberg e do Diálogo Interamericano, não se deve esquecer das recentes doutrinas americanas que envolvem direta ou indiretamente o Brasil.

Em 24 de abril de 1975, o Secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger assinou um documento intitulado Memorando de Estudo para a Segurança Nacional n° 200. Implicações do crescimento da População Mundial para a Segurança dos Estados Unidos da América e seus interesses ultramarinos (NSSM 2000), que passou a ser conhecido como Relatório Kissinger. Entre outras coisas, dizia tal documento:

"A assistência para o controle populacional deve ser empregada principalmente nos países em desenvolvimento de maior e mais rápido crescimento onde os EUA têm interesses políticos e estratégicos especiais. Estes países são: Índia, Bangladesh, Paquistão, Nigéria, México, Indonésia, Brasil, Filipinas, Tailândia, Egito, Turquia, Etiópia e Colômbia".

Ao Brasil o Relatório Kissinger dedica um parágrafo inteiro:

"América Latina. Prevê-se que haverá rápido crescimento populacional nos seguintes países tropicais: Brasil, Peru, Venezuela, Equador e Bolívia. É fácil ver que, com uma população atual de mais de 100 milhões, o Brasil domina demograficamente o continente; lá pelo fim deste século, prevê-se que a população do Brasil chegará aos 212 milhões de pessoas, o mesmo nível populacional dos EUA em 1974. A perspectiva de um rápido crescimento econômico - se não for enfraquecida pelo excesso de crescimento demográfico - indica que o Brasil terá cada vez maior influência na América Latina nos próximos 25 anos".

Durante o Governo de Bill Clinton, já havia uma doutrina próxima à chamada "Doutrina Bush" - que Barack Obama prometeu enterrar -, a "Doutrina Lake". Propagada em 1996 por Anthony Lake, Assessor de Segurança Nacional de Clinton, essa Doutrina estabelecia que as Forças Armadas americanas deveriam ser utilizadas em 7 circunstâncias: 1) para defender o país contra ataques diretos; 2) para conter agressões; 3) para garantir os interesses econômicos do país; 4) para preservar e promover a democracia; 5) para prevenir a propagação de armas de destruição em massa, terrorismo, crime internacional e tráfico de drogas; 6) com fins humanitários para combater a fome, desastres naturais e grandes abusos de direitos humanos; e 7) em defesa da ecologia e do meio ambiente. Não custa lembrar que os itens 5, 6 e 7 caem como uma luva para o Brasil, caso Uncle Sam chegue à conclusão de que a Amazônia está sendo devastada ("defesa da ecologia"), de que os ianomâmis estão sendo massacrados ("defesa dos 'direitos humanos' ") e de que o narcotráfico tomou conta de nosso País ("prevenção do tráfico de drogas").

Defesa Nacional

O Brasil, país de dimensão continental e riquíssimo em recursos naturais, não pode se descuidar de sua Segurança, tendo em vista a cobiça internacional, especialmente sobre os minerais e a biodiversidade da Amazônia e as riquezas ainda não-dimensionadas do petróleo na região do pré-sal. No passado recente, o País abriu mão de se tornar uma potência nuclear (Projeto Solimões) - fortíssimo argumento dissuasório -, embora tenha o domínio do processo de enriquecimento do urânio desde a década de 1980. Em pouco tempo deverá ter também o domínio da tecnologia espacial, fabricando seus próprios foguetes e satélites geoestacionários, processo retardado devido à explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1) em Alcântara, MA, ocorrida em 2003, ocasião em que morreram 21 cientistas brasileiros.

Atualmente, o Brasil está para fechar importante acordo militar com a França, no valor de 6,7 bilhões de euros, para aquisição de 4 (quatro) submarinos convencionais, a transferência de tecnologia francesa para construção do submarino nuclear brasileiro, a fabricação de helicópteros e a construção de uma base naval em Sepetiba, RJ. Com a vinda dessa "Segunda Missão Francesa" ao Brasil, presidida pessoalmente pelo presidente Nicolas Sarkozy, não será surpresa se o Brasil fechar acordo em agosto para a compra de pelo menos 36 caças Rafale, da francesa Dassault, para o projeto F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB), ao custo de US$ 5,4 bilhões. A proposta da Dassault inclui fabricação do Rafale no Brasil.

Com a eleição de Barack Obama, considerado menos "belicista" do que George W. Bush, há setores do Ministério da Defesa que não apoiam a compra de caças de última geração. Esses estrategistas acham que os Super Tucanos e o avião-radar RC-99, fabricados pela Embraer, são suficientes para as necessidades reais do País, o que é um erro grave para um país continental que pretende se fazer respeitar internacionalmente e ocupar assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Durante a Guerra Fria, predominavam dois blocos político-econômicos, o socialista, representado pela União Soviética, e o capitalista, presidido pelos EUA. Com o fim do império soviético, atenuou-se o perigo comunista e outras composições políticas começaram a ser feitas, como o G-20, em que os emergentes do BRIC passaram a ser também ouvidos em fóruns internacionais.

Com o fim da Guerra Fria e a ascensão da esquerda em vários países latinoamericanos, um novo "inimigo" foi identificado nos meios acadêmicos civis e militares brasileiros: os EUA. A prova mais recente disso seriam as novas bases aéreas cedidas pela Colômbia aos EUA (Malambo, Apiay e Palanquero, acrescidas às já existentes bases de Larandia e Tolemaida), depois que foi desativada a base americana em Manta, Equador. A aparente parceria Colômbia-EUA para o combate ao narcotráfico e à guerrilha teria outros fins, não declarados, como um possível ataque dos ianques contra a Amazônia ou o governo de Hugo Chávez, financiador das FARC que a Colômbia e os EUA combatem. Na verdade, tudo isso não passa de puro antiamericanismo foro-são-paulino, pois os EUA não necessitam de tais bases para atacar países sulamericanos. Os ataques, se forem feitos no futuro, seriam a partir dos porta-aviões estacionados no Pacífico, no Atlântico e no Caribe, exatamente como fizeram nos ataques contra o Afeganistão e o Iraque.

Ameaças imperialistas à parte, compete ao Brasil defender sua soberania nacional, seja na Amazônia Verde, seja na área dos 3,5 milhões de km2 da "Amazônia Azul", com destaque para as reservas petrolíferas subaquáticas. Para isso, é necessário que o País modernize rapidamente suas Forças Armadas, atualmente obsoletas.

Inicialmente, deveria ser reativado o Projeto Calha Norte, para que a região amazônica seja efetivamente integrada à nação brasileira, com a criação de vários batalhões de selva e vilarejos, onde os serviços de Educação e Saúde se fariam também presentes, além da presença dos militares que fazem a Segurança das fronteiras.

Ao mesmo tempo, urge reequipar nossas Forças Armadas, de modo que o Brasil tenha efetiva capacidade de dissuasão frente a uma possível incursão estrangeira, notadamente na Amazônia. O acordo militar Brasil-França poderá suprir, em parte, essas necessidades. Há relatos de que a França tem pretensões de se aliar militarmente ao Brasil e a países africanos e árabes, no intuito de aumentar sua força político-militar frente aos gigantes da atualidade, como os EUA, a Rússia e a China. A Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA), criada em Brasília em 2005, seria o embrião dessa política de alianças.

Como se pode deduzir frente às atuais alianças políticas e militares, o mundo atual é muito mais complexo do que aquele imaginado pelos "teóricos da conspiração", que vêem no Clube Bilderberg e em outros organismos "controladores" uma grave ameaça à soberania das nações. Ao Brasil cabe a obrigação de não descuidar de sua Segurança Nacional, o que vem ocorrendo nas últimas décadas, de modo até criminoso. Se não formos capazes de defender o óbvio, que são nossas imensuráveis riquezas, tanto da Amazônia, como do pré-sal, não temos o direito de acusar conspiradores que estariam de olho nesses recursos naturais. Os culpados pela perda dessas riquezas e de nossa autonomia seríamos nós, somente nós.

Transcrito do "Midia Sem Máscara":

http://www.midiasemmascara.org/index.php?option=com_content&view=article&id=7772:qteorias-da-conspiracaoq-clube-bilderberg-e-dialogo-interamericano&catid=123:globalismo&Itemid=145