domingo, 29 de agosto de 2010


CADA VINHO NUMA PIPA


Aristoteles Drummond, jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro

Fico estarrecido com os equívocos cometidos pelos chamados “cientistas políticos”. Estes demonstram pouca intimidade com a história republicana e desinformam os mais jovens, que buscam se orientar para melhor entender este Brasil surpreendente.

Nessa campanha eleitoral, em que tudo indica os Democratas sairão menores, assim como os tucanos, apesar de vitórias significativas em São Paulo e Minas Gerais, já se fala na fusão dos dois partidos como fato natural. Ora, anormal tem sido a aliança de ambos, uma vez que os Democratas são tratados como aliados de segunda classe por ter origem diferente. No entanto, vieram, em sua maioria, do PDS e, antes, da ARENA com exceção dos mais jovens por motivo de idade. Este, inclusive, foi o motivo da escolha do deputado Índio da Costa para compor a vice na aliança, pois o candidato tucano teria condicionado a que o indicado não tivesse servido a partidos da “ditadura”. Dessa maneira, eliminou até o deputado José Carlos Aleluia, um dos grandes nomes do Congresso Nacional e que Serra tão bem conhece. Aliás, conhece, estima e aprecia. Mas não perdoa. A aliança entre os dois partidos só existiu de fato em função da personalidade conciliadora de FHC, que pode ser, às vezes, fraco e omisso, só não é homem de rancores, tem grandeza na alma. E o seu vice foi o impecável Marco Maciel.

O grande partido de centro pode surgir é do PP, agregando 80% oriundos do Democrata, 20% dos tucanos e 80% do PTB. Seria uma bancada de mais de 150 deputados federais e poderia dar equilíbrio ao governo petista, que pode sofrer pressões de seus radicais. O PMDB continuará a ser um partido dividido e sem definição ideológica, mas sem aderir a aventuras. Outros estarão entre o centro e a esquerda, como o PR, PRB, PV, ficando a esquerda com PT, PC do B e PSB e os radicais no PSOL. Quem vai sobrar é o tucanato de esquerda, paulista, que ficará com o PPS. O PSDB mineiro, certamente, não ficará com a esquerda que impôs a candidatura desastrada de Serra e, por ter quadros jovens, voltados para o futuro, como o seu campeão de votos Rodrigo de Castro e o veterano e, talvez mais respeitado parlamentar brasileiro, Bonifácio Andrada. Pela dimensão e liderança de Aécio Neves, que vem se revelando um JK redivivo, na cordialidade e no dinamismo, caberá a ele liderar um novo e forte partido. E mais os governadores eleitos Geraldo Alckmin e Antonio Anastásia.

Com o perfil do Congresso a ser eleito, não existe perigo de mudanças radicais que inquietem o Brasil. O Parlamento e a imprensa livre garantem a democracia. A reforma partidária, no bojo da política, é inevitável e deve limitar os partidos a um máximo de cinco, com pelo menos 5% do Congresso, ou seja, uma bancada, entre deputados e senadores de cerca de 30 parlamentares.

Dilma, eleita, precisará mesmo de um apoio de forças moderadas para governar em paz e não entrar no caminho das provocações. Precisa atentar que a maioria que trabalha e produz, nos campos, nas indústrias e nos serviços, estão sempre acossados pelo intervencionismo ou pela ação agressiva do fisco. E ela sabe que para atrair investimentos, o caminho é o da moderação e do realismo. O que parece que as classes médias entenderam e estão engrossando suas fileiras.

Transcrito da página do jornalista Aristóteles Drummond:

http://www.aristotelesdrummond.com.br/



A reciprocidade nos relacionamentos


Tenho procurado entender os motivos que levam o ser humano a não demonstrar e, principalmente, não declarar seus sentimentos.

Ainda quando crianças, o primeiro amiguinho, amiguinha ou até namoradinho certamente nos deixarão lembranças que carregaremos pelo resto de nossos dias. Lembraremo-nos sempre de nossa companhia na dança de quadrilha da festa junina e muitas outras coisas.

Entretanto, não nos lembraremos de declarações que tenhamos feito a respeito de qualquer sentimento que tenhamos tido, seja de amizade, de carinho ou de "amor" pela namoradinha da época. Principalmente porque essas declarações provavelmente nunca ocorreram.

Não tínhamos "coragem" de declarar a um amigo que gostávamos de fulana ou sicrana. E o risco desse amigo sair contando na escola e isso virar uma gozação geral? Como dizer a um amigo que gostamos dele sem correr o risco de notar que nossa amizade não é correspondida da mesma forma ou intensidade?

Esse tipo de comportamento é comum em todo tipo de sociedade, de qualquer credo ou religião, ocidental ou oriental, entre seus membros mais ou menos cultos, mais ou menos ricos. O ser humano é egoísta por natureza e nem sempre admite ver um sentimento seu não ser correspondido ou que seja receber o mesmo sentimento, mas em menor intensidade que o seu.

Quando jovens, nos namoricos, queremos sempre ser admirados, desejados, mas muito raramente estamos dispostos a dar essa admiração, desejar, gostar e até amar uma pessoa que não nos retribui. Esse comportamento nos leva a relacionamentos adultos conturbados, cheios de cobranças e com raras doações. Penso ser esse o motivo das maiores dificuldades nos relacionamentos mais duradouros.

A falta da retribuição, que muitas vezes pode até ocorre em gestos e atitudes, mas não é declarada, dita abertamente, pode provocar insegurança no outro. O parceiro vai se cansando de dar e nada ou pouco receber, começando então a se sentir inseguro, com dúvidas sobre o sentimento do outro, e a cobrar atitudes e ações que provavelmente o companheiro ou companheira ainda não esteja preparado para dar.

Quando damos carinho ou fazemos um simples elogio, a pessoa se sente bem, querida, amada, o que a torna um ser humano melhor, mais disposta a novas atitudes e ações até então desconhecidas por ela mesma, talvez acostumada a receber mais do que dar, ou a só receber, como as que foram superprotegidas na infância e juventude.

Com a maturidade, já sem nos importarmos com o que pensam ou falam os outros e, por isso mesmo, muito mais desinibidos, por conta da autoconfiança adquirida, percebemos que, ao dar, o recebimento é uma consequência, e que quanto mais damos, mais recebemos. Ao elogiar uma pessoa, promovemos sua autoestima, o que a deixará mais feliz, mais sorridente e, com isso, nos proporcionará no mínimo um ambiente mais agradável, seja em casa ou no trabalho.

Dando e declarando ao próximo seu sentimento, juntamente com a liberdade dele voar, viajar, mesmo que em seu imaginário, ele volta sempre, para se alimentar de carinho, companheirismo, amizade e amor.

E, quando essa busca ocorrer, precisamos, então, aguardar o amadurecimento de nosso parceiro, para que o mesmo também perceba a importância da reciprocidade, mesmo para os que não a cobram.

João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br

Recebido por e-mail.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As qualidades e os defeitos de cada um.

João Bosco Leal


Ouvi, certa vez, que todo ser humano nasce com duas mochilas, uma na frente e outra atrás, que serão, desse modo, carregadas durante toda a vida, período no qual serão preenchidas. A da frente com nossas qualidades e a de trás com nossos defeitos, à medida que os vamos adquirindo.

Aquele que inventou esse conto definiu, em pouquíssimas palavras, o comportamento geral do ser humano, que normalmente quer expor, antes de si próprio, suas qualidades, escondendo, ao máximo, seus defeitos.

Isso é tão comum, tão verdadeiro, que o conto mostra também que a pessoa, colocando seus defeitos na mochila das costas, pretende, mesmo que inconscientemente, nem ela mesma os enxergar. E, com o tempo, esses defeitos vão sendo esquecidos, vão ficando no fundo da mochila, sendo cobertos pelos novos, de tal modo que acabam sendo esquecidos, até pelo próprio “dono” dos mesmos, que acredita, então, piamente, que não os possui.

Mesmo adquirindo muitas “cargas” para suas mochilas, a pessoa continua ereta, sem pender o corpo, pois no decorrer da vida as mochilas vão sendo preenchidas, quase que simultaneamente, com qualidades e com defeitos, de modo que seus pesos vão se equiparando e ela nem percebe mais que também possui a mochila dos “defeitos”.

A perfeição do corpo humano na ilustração desse conto é tanta que, quando a mochila das costas é carregada com muitos “defeitos” adquiridos, acaba puxando o corpo para trás, fazendo com isso que, quanto mais defeitos a pessoa possua, mais “estufe” o peito, mostrando suas qualidades, e é exatamente isso o que ocorre.

Entretanto, como em geral o ser humano é também desprovido da qualidade de tecer opiniões sobre terceiros diretamente a estes, mas sim pelas costas, acaba por só ver os defeitos dos outros, sem conseguir ver suas qualidades, que estão na mochila da frente.

Assim, o homem normalmente acaba criando um reinado próprio, onde só ele tem qualidades e os outros, só defeitos. É o “rei” das qualidades, enquanto os outros, que, pensa, deveriam ser por ele orientados, comandados, são cobertos de defeitos. Essa é uma característica muito comum no ser humano que ainda não cresceu, amadureceu ou se enxergou. Não percebeu ainda o quanto é insignificante.

Com o amadurecimento, tanto ele como seus filhos, dos quais sempre foi o “pai herói”, começam a perceber que, além das qualidades, também tem muitos defeitos, que não é o super-homem, super-pai, a super-mulher, super-mãe, e sim um ser comum, como todos os outros, com muitas qualidades, mas também com muitos defeitos. Que acertaram muito, mas cometeram muitos erros em praticamente todos os setores da vida, de pensamentos, julgamentos e atitudes, sejam emocionais, comerciais, profissionais ou de valorização de algo ou alguém. Que são muito mais imperfeitos do que sempre imaginaram.

Aceitando-se, o ser humano carregará com muito mais facilidade e transparência suas duas mochilas, a das qualidades e a dos defeitos, sem esconder mais nada, podendo deixá-las penduradas em qualquer galho, e mergulhar de cabeça na vida, sendo ele mesmo.

Recebido por e-mail.

Visite o Blog do João Bosco Leal: http://www.joaoboscoleal.com.br/



domingo, 22 de agosto de 2010


O "duce" quer fazer a "Marcha sobre São Paulo".

Ou: um bigode em busca de uma causa.

Reinaldo Azevedo

Vocês certamente acharão no arquivo deste blog, se procurarem, mais de um texto em que afirmo que pouco importa quantas eleições presidenciais vença o PT, essa vitória sempre será incompleta e sempre será lida como uma meia-derrota enquanto o partido não tomar o Palácio de Inverno - digo, o Palácio dos Bandeirantes. Só aí a “revolução” estará completa.

Ok. Posso mudar de metáfora, do bolchevismo para o fascismo. Os petistas se organizam para fazer a Marcha Sobre São Paulo. Aqui como lá, o “duce” é um ex-sindicalista socialista, determinado a tornar as instituições meros instrumentos do estado-partido-governo. É inadmissível para uma agremiação com as características do PT que um terço do PIB não esteja sob o seu comando absoluto. É claro que há petistas governando cidades importantes no Estado, que está sujeito à legislação federal. Mas estamos falado do segundo Orçamento do país, que só perde para o da União. Enquanto São Paulo for governado por “inimigos” (o PT não tem “adversários”), será sempre um pólo aglutinador de uma alternativa de poder. Isso é normal numa democracia. Ocorre que esse partido não aceita uma democracia normal.

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Na sexta, durante uma viagem de carro - retomo a minha rotina neste domingo à noite -, li a “sabatina” de Mercadante no Estadão. E comentei com Dona Reinalda: “Será que ele é alérgico à verdade? Teme um choque anafilático?” Com o desassombro de um bigode em busca de uma causa, amparado no seu “padrinho” - já falo como isso é feio num peludo… -, afirmou que São Paulo cresce menos do que o Brasil. É mentira! Cresceu o mesmo em 2004 e cresce mais desde 2005. E ele sabe que eu falo a verdade.

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Leia o texto completo em:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

sábado, 21 de agosto de 2010




O Brasil à venda

João Bosco Leal

Com autorização do Ministério da Fazenda, o Ministério do Meio Ambiente concluiu um acordo e agora assinará um contrato com os Estados Unidos para converter uma dívida de US$ 23 milhões em um fundo de proteção de biomas brasileiros.

A Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, declarou que esse fundo de proteção destinará recursos para atividades de preservação e proteção da Mata Atlântica, do cerrado e da caatinga brasileiros, e que esta é a primeira operação de conversão de dívida externa autorizada no Brasil, envolvendo a área ambiental.

Diante dessa notícia publicada pela imprensa, começo a me lembrar da quantidade de ONGs estrangeiras, cineastas americanos, canadenses e de tantos outros países, que tem se sentido no direito de aqui declarar como e o que devemos fazer com nossas terras, nossos índios, as usinas hidrelétricas, a preservação de florestas, dos animais, e tantas outras ingerências que certamente provocaria a expulsão de qualquer brasileiro que, estando em outros países, passasse a se manifestar sobre esses assuntos, os quais, claro, em qualquer país do mundo, são assuntos internos dos mesmos, não se admitindo interferências externas sobre nenhum deles.

A Igreja Católica, com suas diversas pastorais, como a CPT (Comissão Pastoral da Terra) e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), normalmente dirigidas por padres estrangeiros que sequer falam corretamente o português, opina e exerce atividades nos mais diversos assuntos, como reforma agrária, política, índios, distribuição de renda, além de muitos outros, e nunca é repelida, contrariada ou tem um desses padres estrangeiros expulsos do país por opinar onde não foram convidados a fazer, ou seja, além do evangelho.

Nosso atual presidente da República, ultimamente, tem se envolvido com diversos assuntos internos de outros países, como: a promessa de exílio a uma mulher condenada no Irã, que provocou uma resposta oficial do governo iraniano recusando tal oferta para condenados por crimes de acordo com a legislação daquele país; a tentativa de intermediação pacífica para a não fabricação de armas nucleares pelo Irã, quando o mundo todo, inclusive a ONU, já havia tentado e não conseguido; a emissão de opiniões infundadas sobre o conflito Colômbia e Venezuela, que provocou resposta do governo colombiano apontando a sua desinformação.

Provavelmente por isso admite que estrangeiros opinem sobre assuntos que certamente são de interesse e competência exclusiva de brasileiros. Após a assinatura desse acordo, certamente seremos obrigados a ouvir muito mais palpites e ingerências. Afinal, os americanos estão “pagando” para poder preservar.

Essa provavelmente é a maior estupidez que já vi esse governo cometer. E olha que não foram poucas. Para a enorme maioria dos cidadãos brasileiros, US$ 23 milhões é uma fortuna até inimaginável. Mas não o é para muitos outros, milhares de brasileiros que sabem muito bem o que significa ou até mesmo possuem essa quantia. Imaginemos então em termos de um país. É uma "merreca", como se diz atualmente. E vamos vender nossa independência em assuntos internos por isso? Não senhor, Presidente Lula, o povo brasileiro não quer vender, por valor algum, nenhum milímetro do país ou, que seja, de sua independência sobre os assuntos internos.

Não impedindo que se assine esse acordo, o senhor ficará na história como o homem que vendeu nossa liberdade. Que vendeu o Brasil.


Transcrito do Blog do João Bosco Leal:

http://www.joaoboscoleal.com.br/


quinta-feira, 19 de agosto de 2010



Foro do Brasil denuncia que Príncipe Charles está por trás da demarcação da Serra da Lua em Roraima.



Edição do Alerta Total - www.alertatotal.net
Leia também o Fique Alerta – www.fiquealerta.net (atualizado nesta quinta)

Por Jorge Serrão


Exclusivo - Roraima corre o risco de perder a soberania sobre mais uma parte de seu território. O mais recente crime de lesa-pátria, em andamento, é a proposta de demarcação da Serra da Lua, no município de Bonfim, para a criação de uma reserva florestal contínua. O projeto conta com o apoio de ONGs financiadas pelo conhecídíssimo Príncipe Charles Philip Arthur George Mountbatten-Windsor. Por mera coincidência, Sua Alteza Real o Príncipe de Gales é dono de terras do outro lado da fronteira, onde mantém uma “reserva florestal”.

Os perigos da demarcação da Serra da Lua serão denunciados por moradores de Bonfim no seminário "O Brasil que desejamos". O encontro acontece no próximo dia 28 de agosto, das 9h às 16h 30min, no Sport Club Corinthians Paulista - Rua São Jorge, 777 – Tatuapé, São Paulo. Haverá palestras debates do General de Exército Augusto Heleno, da Senadora Kátia Abreu, do analista político Heitor de Paola e do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, Dom Joaquim Justino Carreira. Quem quiser participar deve acessar o site http://www.forodobrasil.info/. O contactar a Secretaria da ADESG/SP: (11) 3159-2933 - das 13h às 22h.

Vem do Príncipe Charles e de ONGs ligadas a ele a ideia de criar quatro áreas de criação da reserva de conservação contínuas (no Leste do Estado de Roraima, entre a Serra da Lua e o médio rio Tacutu). Ibama,Incra e Instituto Chico Mendes fazem o jogo dos entreguistas apoiando e executando as supostas propostas de “proteção ambiental”. Das ilhas contínuas para o separatismo político é um pequeno passo. Do outro lado da fronteira, na República Cooperativista da Guiana, Charles já mantém uma reserva florestal – só aguardando uma “futura união ambiental” com a “brasileira”.

Leia o texto completo em:
http://www.alertatotal.net/


sábado, 14 de agosto de 2010

AMEAÇA DE PERDA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA-II


Prof. Marcos Coimbra

Conselheiro Diretor do CEBRES, Professor de Economia e Autor do livro Brasil Soberano.

Em artigo publicado recentemente neste espaço, escrevemos sobre o risco iminente de perda de grande parte da Amazônia Brasileira para os “donos do mundo”, em virtude do colaboracionismo e da conivência de grande parte das autoridades brasileiras incrustadas nos três poderes da República.

A propósito, apresentamos considerações sobre o dossiê da ABIN com as intenções do Conselho Indígena de Roraima (CIR) quanto à criação de um Estado Independente, feitas pelo General Eliéser Girão Monteiro Filho, ex-comandante da guarnição do Exército Brasileiro em Roraima (RR) e seu atual Secretário de Segurança Pública, em 08/08/2010:

Tenho afirmado quais as intenções em relação às ONGs na Amazônia desde cedo, e não foi novidade para mim este tipo de matéria, a análise da ABIN, sobre o que pretende o CIR. Lembro como se fosse hoje uma afirmação dos atuais dirigentes do CIR, Dionito e Joênia, quando de uma visita que o Gen Jorge Felix, Ministro do GSI fez ao Estado de RR: eles disseram que aceitariam discutir com o governo brasileiro as condições para a construção da Usina Hidrelétrica do Cotingo. Na época lamentei que os ministros do STF não tivessem gasto um pouco dos seus tempos preciosos para virem a Boa Vista conhecer a realidade de perto. O que vimos foi um rápido sobrevôo de três ministros do STF, os quais não ficaram mais do que uma hora numa das aldeias indígenas do extremo da área e somente ouviram pessoas que pertenciam a um dos lados.

Exatamente o mesmo que fez o nosso Presidente da República, por mais de uma vez, ao ouvir apenas os dirigentes do CIR, uma vez em Brasília e outra vez em RR, na Maloca do Maturuca. Total parcialidade nas observações e por consequência, da decisão. E vejam que a decisão foi considerada uma das mais importantes da Suprema Corte. Dizem que vai servir como marco para demarcações futuras. Que me desculpem os incrédulos, mas o nosso Brasil merecia muito mais das autoridades constituídas, em termos de maior conhecimento para dar respaldo às decisões. Quem viver, verá.

Talvez bem mais cedo do que imaginam os governantes em Brasília. Eu, enquanto fui comandante aqui em RR consegui mostrar para outros chefes a verdade, mas a frágil democracia conduziu a decisão para essa situação, super sensível. Então, como ficam as medidas preventivas? Sim, precisamos adotar medidas preventivas, senão ficará difícil reagir depois do reconhecimento internacional visado por essas ONG, tipo o CIR. Enquanto isso, no Amazonas, já estão lutando para acabar com uma milícia indígena na reserva do Umariaçú. As ações têm que ser simultâneas. Quem vai comandá-las? Não podemos esperar que seja o MPF ou o MJ. E as coisas ainda podem piorar, se for verdade essa história de que mandarem o pessoal da Força Terrestre ficar calado. Durma-se com uma ordem dessas! Ainda bem que pelos nossos regulamentos temos a condição de reagir disciplinadamente, mas reagir, contra ordens consideradas absurdas”.

Causa espécie o total silêncio da mídia amestrada, bem como a ausência de comentários dos candidatos à presidência da República sobre assunto de tal relevância para o país, em especial para as gerações futuras. Discutem futilidades em debates engessados, em paralelo a pesquisas viciadas, capazes de apontar os resultados desejados pelos que pagam a fatura, enquanto a problemática vital enfrentada pelo povo brasileiro é negligenciada. Nenhum dos quatro principais candidatos revela-se capaz de enfrentar os desafios exigidos pela sociedade brasileira. O despreparo da candidata Dilma é de estarrecer. Seria, no máximo, uma razoável candidata a vereadora de um município interiorano. A outra candidata também apresenta uma fragilidade gritante, defensora de uma agenda ditada pelos interesses da Casa Real da Inglaterra, no relativo ao meio ambiente. O octogenário candidato do PSOL apresenta um ideário do século retrasado.

Sem dúvida, o mais bem preparado deles é o candidato Serra, porém ele também possui compromissos inaceitáveis para os brasileiros patriotas que perseguem a consecução dos Objetivos Nacionais Permanentes. Em momento algum, até o momento, apresentou um embrião de um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Também não foi capaz de aprofundar o debate sobre questões vitais para o Brasil, ignoradas nos últimos debates. É incapaz de adotar uma postura firme de oposição aos descalabros perpetrados pela administração petista na esfera internacional, que constituem sérias ameaças ao Brasil, tais como: a concreta ameaça de perda da Integridade do Patrimônio Nacional e da Soberania, as notórias ligações perigosas com grupos terroristas internacionais ligados ao Foro de São Paulo, a indefensável política externa de submissão aos interesses ideológicos “chavistas”, a inacreditável “doação” de cerca de quatro bilhões de dólares anuais a outros países, por razões discutíveis, enquanto o povo brasileiro padece de falta de condições primárias de atendimento às necessidades coletivas e outras.

Isto sem falar da herança “maldita” deixada pelo desgoverno petista no âmbito interno, no relativo à aceleração do processo de desagregação social, com sérias repercussões na Paz Social, ao estímulo à agressão ao instituto da propriedade privada, à caótica situação da infra-estrutura econômico-social, à corrupção desenfreada em todos os níveis da administração, ao “aparelhamento” político-partidário de dezenas de milhares de cargos de confiança na administração federal, às autoritárias iniciativas de caráter autoritário, tais como as “leis” do desarmamento do cidadão, a da palmada, de cerceamento da liberdade de imprensa e outras. Da falta de investimento em saneamento, dos problemas que serão repassados para a futura administração, abrangendo compromissos da ordem de dezenas de bilhões de reais de “restos a pagar”, do“Bolsa Milionários”, da ridícula situação da educação nacional, com 40% da população ou analfabeta ou em estado de analfabetismo funcional, e, o pior, a implantação da cultura do assistencialismo e do clientelismo.

Até que limite o tecido social suportará tal esgarçamento, sem trágicas conseqüências? Urge que a sociedade brasileira reaja a altura do antagonismo existente, objetivando vencê-lo para a tranqüilidade da Nação. Já está passando do ponto o momento da ação reparadora e tranquilizadora.

Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br

Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo escrito em 11.08.10 para o MM).


Recebido por e-mail.



Correção no Texto de Jorge Serrão

Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 14 de agosto de 2010.

“O Exército fica de ‘farda justa’ para abrir o inquérito sobre a ação de movimentos separatistas e operação ilegal da milícia indígena autointitulada ‘Polícia Indígena do Alto Solimões (Piasol)’, na reserva Raposa do Sol”. (Jorge Serrão)

Recentemente Jorge Serão divulgou o artigo intitulado “Farda Justa: Exército é acionado para abrir IPM e apurar separatismo e milícia indígena na Reserva Raposa do Sol”. Embora tenha abordado oportunamente um tema que vem sendo ignorado pela grande mídia, Serrão cometeu um pequeno deslize ao incluir a milícia do “Piasol” no estado de Roraima. Apenas com o intuito de esclarecer o equívoco e sem querer desmerecer o colunista vamos reportar um e-mail recebido do General Monteiro - Secretário de Segurança Pública de Roraima.

- Prezados amigos e mentores

Gen Elieser Girão Monteiro - Secretário de Segurança Pública de Roraima

“Precisamos corrigir que o texto tem um erro grave que representa o desconhecimento sobre o nosso Brasil. O Alto Solimões fica no Estado do Amazonas e não em Roraima. Então, essa milícia indígena não é na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Fica na região do Umariaçú, e foi reconhecida como legítima há dois anos pelo MPF de Tabatinga. Quanto a isso eu apresentei essa denúncia numa das primeiras reuniões do Colégio Nacional dos Sec Seg Pub, que gerou a apresentação formal à PF para providências.

Pelo menos ainda não temos reconhecida uma situação dessas na TIRSS. Mas, deve faltar pouco, em função da proibição da presença das polícias estaduais nas ditas Terras Indígenas. Os Poderes têm legislado sobre a presença das FFAA e da PF e se esquecem de incluir as PM e Polícias Civis dos Estados. Sobre isso os Sec Seg Pub estão enviando uma proposta de alteração do Dec Presidencial 4412, de Out de 2003, que trata do tema. Lamentei desde o ano da edição desse decreto que o mesmo tivesse sido feito, e pior que tivesse provocado a exclusão das polícias dos estados.

Bem, espero que as correções sejam feitas logo. Quanto aos novos acontecimentos temos ainda que lamentar o total descaso da ONG CIR com as normas da vigilância sanitária estadual. A Agência de Defesa Agropecuária de RR esta tendo sérios problemas para manter o controle das vacinações no plantel de animais dentro da reserva indígena. Pelos dados que eles afirmam, existem mais de 15.000 cabeças de gado, fora os suínos e caprinos.

Se esses donos do mundo não se enquadrarem nas normas poderão ser os causadores de uma desgraça para a região Norte do Brasil e talvez até para os países vizinhos, com a mínima possibilidade do surgimento de um foco de doença no gado, como a vaca louca ou febre aftosa. Pensem na calamidade pública em função do descaso com a obediência às leis. Bem, se depender de maus exemplos não apenas os índios, mas até os não índios têm exemplos que vêm de cima estimulando a desobediência. Não é mesmo? Lutar sempre, esse é o meu lema. E acreditar que o país é forte e pode mais, muito mais.


Recebido por e-mail.




Separatistas e Mídia Amestrada

Por Hiram Reis e Silva*, Porto Alegre, RS, 13 de agosto de 2010.

“Causa espécie o total silêncio da mídia amestrada, bem como a ausência de comentários dos candidatos à presidência da República sobre assunto de tal relevância para o país, em especial para as gerações futuras. Discutem futilidades em debates engessados, em paralelo a pesquisas viciadas, capazes de apontar os resultados desejados pelos que pagam a fatura, enquanto a problemática vital enfrentada pelo povo brasileiro é negligenciada”. (Prof. Marcos Coimbra)

O professor Marcos Coimbra e outros tantos patriotas tem chamado a atenção, sistematicamente, para a omissão criminosa da “Mídia Amestrada” em relação à crítica situação de Roraima. O Movimento Separatista patrocinado pelos meliantes do CIR, e apoiado ostensivamente pelo apátrida clero católico, vai ganhando vulto e cada vez mais força graças ao líder PeTralha que determinou que a mídia se omita, que os militares, da ativa, se calem e que a ABIN de um sumiço no seu relatório.

O passo seguinte, dos entreguistas palacianos, será, quem sabe, determinar ao Comando Militar da Amazônia (CMA) que faça vista grossa aos desmandos patrocinados pelos milicianos do CIR que atacam os indígenas do SODIUR incendiando suas residências, matando o seu gado e estuprando suas mulheres implantando um clima de terror e medo em toda região. Leiam com atenção o artigo de Jorge Serrão, abaixo.

- Exército é Acionado Para Abrir IPM e Apurar Separatismo

Por Jorge Serrão

O Comandante Militar da Amazônia, General de Exército Luiz Carlos Gomes Mattos, foi oficialmente acionado a determinar a instauração de um Inquérito Policial Militar, para apurar e, se for o caso, ‘processar os responsáveis pelo Movimento Separatista dos Traidores da Raposa Serra do Sol - Roraima - Brasil’. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, comandado pelo General Jorge Félix, já se preocupa com as repercussões políticas do IPM Raposa do Sol. No Planalto, a ordem é abafar o caso.

O advogado Antônio José Ribas Paiva, presidente do grupo de estudos estratégicos União Nacionalista Democrática (UND), protocolou o pedido de IPM ao Exército, na terça-feira passada, às 13h 08min, na sede do CMA, em Manaus.

Como o Exército tem a obrigação constitucional de Garantia da Lei e da Ordem em áreas de demarcação indígena, o General Mattos tem toda competência e obrigação legal de instaurá-lo. Só não o fará se sofrer pressão política contrária.

Texto completo

O pedido protocolado pela UND, fatalmente, vai parar no Alto Comando do Exército. A decisão final virá de cima, do Forte Apache e do GSI, em Brasília. O General Mattos, a quem cabe diretamente abrir o IPM, vai consultor seu superior, de mesma patente, o Comandante do Exército, General Enzo Perri. O Exército fica de ‘farda justa’ para abrir o inquérito sobre a ação de movimentos separatistas e operação ilegal da milícia indígena autointitulada ‘Polícia Indígena do Alto Solimões (Piasol)’, na reserva ‘Raposa do Sol’. (...)

No pedido para instauração de IPM, o advogado Antônio Ribas lembra que o art. 142 da Constituição Federal, elege como destinação fundamental das Forças Armadas ‘a defesa Pátria e a garantia dos poderes constitucionais’ e, subsidiariamente às forças policiais estaduais, a garantia da lei e da ordem, somente nesse caso, por iniciativa dos poderes constitucionais. Ribas também destaca que ‘os crimes praticados pelos traidores de Roraima, são capitulados no Código Penal Militar e, portanto devem ser apurados pela Polícia Judiciária Militar, desse Comando Militar da Amazônia’.

O presidente da UND frisa que a incitação ao separatismo é prática, do tipo penal, descrita no artigo 142 do Código Penal Militar:

‘Tentar:

I) Submeter o território nacional, ou parte dele, à soberania de país estrangeiro;

II) Desmembrar, por meio de movimento armado ou tumultos planejados, o território nacional, desde que o fato atente contra a segurança externa do Brasil ou a sua soberania;

III) Internacionalizar, por qualquer meio, região ou parte do território nacional’. A pena para tais crimes é de reclusão, de quinze a trinta anos, para os cabeças; de dez a vinte anos, para os demais agentes’.

O advogado Antônio Ribas também explicou que os traidores de Roraima e seus aliados internacionais sujeitam-se às penas do artigo 357 do mesmo código, por atentarem contra a soberania do Brasil - ‘Praticar o nacional o crime definido no art. 142.

Pena: Morte grau máximo, reclusão de vinte anos, grau mínimo’. Antônio Ribas conceitua que tais ações praticadas por nacionais e estrangeiros em Roraima são atos de guerra e, configuram a chamada ‘guerra de 5ª geração’ - definida pela UND como ‘toda tentativa de origem externa, por quaisquer meios, que objetive minar o cenário político - econômico - tecnológico - psicossocial - ambiental - militar, e a soberania de um país, através de agentes internos ou externos’.

Gravidade das denúncias

No relatório, a ABIN adverte ao GSI que governos estrangeiros e ONGs têm interesse e dão apoio ao Conselho Indígena de Roraima em sua ação para defender, abertamente, a ampliação e demarcação de outras áreas indígenas.

A ABIN destaca, no relatório, que a intenção do CIR é transformar a reserva Raposa do Sol no primeiro território autônomo indígena do Brasil.

A ABIN teme que o próximo Congresso (ou o atual, a toque de caixa, no apagar das luzes) ratifique a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, assinada em 2007, pelo governo brasileiro, na ONU, que dá status de ‘independência’ aos territórios indígenas.

Atualmente, as 32 ‘nações indígenas’ de Roraima ocupam 46% da área daquele Estado sob ameaça de ser ‘brasileiro’ apenas do ponto de vista formal.

A regra é clara

O Comando Militar da Amazônia tem a obrigação legal de mandar apurar o caso, já que foi acionado oficialmente.

Antônio Ribas assinala que o Código de Processo Penal Militar, na alínea ‘e’ do artigo 10, complementando a matéria constitucional, descreve que o IPM pode ser iniciado a requerimento da parte ofendida, ou de quem tenha conhecimento de infração.

Como a UND tomou conhecimento do crime cometido em Roraima, resolveu apelar ao EB para seguir o que está escrito no artigo 9° do CPPM.

Investigue-se

O artigo 9° determina que a finalidade do Inquérito Policial Militar (IPM) é a instrução provisória que enseje a propositura da ação penal.

Portanto, basta ao CMA iniciar o IPM, por portaria da autoridade competente.

Antônio Ribas também deixa claro que o Código de Processo Penal Militar estabelece o Exercício da polícia judiciária militar em seu artigo 7º:

‘A polícia judiciária militar é exercida nos termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, conforme as respectivas jurisdições’: d) pelos comandantes de Exército e pelo Comandante - chefe da Esquadra, nos órgãos, forças e unidades compreendidos no âmbito da respectiva ação de Comando; h) pelos comandantes de forças, unidades ou navios’.

A Competência

Antônio Ribas cita o artigo 8º do mesmo código que estabelece a competência da polícia judiciária militar, que se destina:

‘a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e sua autoria;’

O presidente da UND demonstra, com base nas denúncias da ABIN e da PF, que os crimes praticados pelos traidores de Roraima, são capitulados no Código Penal Militar e, portanto devem ser apurados pela Polícia Judiciária Militar, desse Comando Militar da Amazônia”.

- Cópia da Petição

http://levante-se.com/peticao.htm

*Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br


quinta-feira, 12 de agosto de 2010


HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FEDERAL DO FUNDÃO-RIO: PADRÃO ANTES; DESINTEGRADO HOJE!


(SRF) 1. A Saúde Pública no Brasil deveria vestir-se de luto. Destruído, virá abaixo o Hospital da UFRJ, chamado hospital do Fundão. Fundado em 1978, leva o nome de um ícone da medicina no país: Clementino Fraga Filho. Nos seus 110.000 metros quadrados, o Hospital Universitário da UFRJ, concentrou todos os elementos essenciais à promoção e ao desenvolvimento da saúde pública: assistência à população, ensino qualificado e pesquisa científica. Todas essas funções conviveram em plena integração, transformando o HUCFF em um centro de saúde e ciência como poucos no país.

2. Atuaram no hospital 3.513 profissionais, entre professores, médicos, enfermeiros, pessoal administrativo e de apoio. Essa equipe era reforçada por cerca de 200 médicos residentes e mil estudantes de medicina, entre outros integrantes da comunidade acadêmica hospitalar, que se caracterizou pela multidisciplinaridade. Por se tratar de hospital universitário, ligado a uma das melhores faculdades de medicina do país, o HUCFF promovia uma conexão permanente entre a pesquisa científica, o avanço tecnológico e a prestação de serviços à população. Dos serviços ambulatoriais, exames dos mais variados, internação, até cirurgias, o hospital atende milhares de pacientes por mês. Morte marcada para agosto de 2010, vitimado pela incompetência das autoridades do Brasil.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 12 de agosto de2010.


domingo, 8 de agosto de 2010

Eles querem revisitar o passado? Ótima idéia.



Entre uma lágrima e outra pela perda iminente do empregão, o presidente Lula resolveu queixar-se do Senado que, sob o comando do amigo de infância José Sarney, vêm há anos consumando, com zelo de vassalo interesseiro, todos os serviços sujos encomendados pelo Planalto. E continua criticando obsessivamente Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, entre uma frase sem final e outra sem começo, tenta dizer que oposição “quer baixar o nível da campanha”. E desafia José Serra a discutir o passado.

O que espera a oposição para aproveitar essas bolas levantadas pela dupla e partir para a goleada? A viagem pelo tempo poderia começar em 1969. O Brasil saberia que Dilma Rousseff jamais renegou a opção pelo stalinismo farofeiro feita na juventude, trocou o PDT de Leonel Brizola (que a qualificou de “traidora”) pelo PT para continuar no secretariado gaúcho e — fora o resto — não tem uma única foto que a mostre numa das incontáveis manifestações em defesa da democracia. Só aquela em que se fantasiou De Norma Bengell.

E o que espera Serra para uma esclarecedora mirada no retrovisor? Tanto Lula quanto Dilma precisam ser urgentemente confrontados com os incontáveis momentos vergonhosos que escurecem a trajetória do PT. Foram resumidos no post publicado em novembro de 2009 sob o título Anotações para uma Reedição da História Universal da Infâmia, que republico sem retoques.

Leia o texto completo em:
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

DEMOCRACIA PUTA!



O título acima é do editorial do dia 07/08/2010, publicado no ABC Color, o jornal mais importante do Paraguai, ocupando toda a primeira página. Tradução livre, abaixo:


Nos dias correntes, as democracias latino americanas passam por uma dura prova, porque com os mesmos mecanismos das eleições livres e plurais, alguns líderes esquerdistas eleitos, são investidos e no dia seguinte começam a executar seus projetos, para acabar com o sistema político de que se valeram para subir ao poder.”

Como intentam eternizar-se no poder e reinventar a democracia, entendida como rotação permanente de projetos políticos e de pessoas. Pretendem excluir para sempre todos os que não sejam filiados a seu partido. Constroem ditaduras com fórmulas “democráticas” e quando se sentem fortes e dispõem dos meios, iniciam a segunda parte do plano: a exportação de sua “revolução”.

Internamente, a primeira vítima são as Forças Armadas, das quais são excluídos todos os militares que não mereçam a confiança integral do novo único líder. Uma purga geral, com a destituição dos chefes e oficiais institucionalistas, deixando as Forças armadas sob a responsabilidade dos “leais”.

Depois a arremetida é contra o Poder Judiciário, que passa pelo mesmo processo de depuração. Com os principais recursos controlados, começa a fase de desmantelamento da imprensa não alinhada e a supressão progressiva da liberdade de expressão.”

Leia o texto completo em:
http://montenegroviverdenovo.blogspot.com



segunda-feira, 2 de agosto de 2010


DE ONDE VINHA, E DE ONDE VEM AGORA O DINHEIRO DAS GUERRILHAS NA AMÉRICA LATINA!



Trechos da coluna de Cesar Maia na Folha de SP (31).

1. A questão central das guerrilhas sempre foi a de financiamento e logística. Afinal, armas e munição não caem do céu. A apropriação em combate no máximo conta-se em unidades. Por ideologia, a atração de recursos humanos e a motivação dos guerrilheiros podem ser resolvidas. Medicamentos, comida e uniformes, até se conseguem em ação. Nos anos 80 as guerrilhas de esquerda latino-americanas atingiam seu auge, inspiradas em Cuba, no Vietnã e na tomada de poder pelos sandinistas na Nicarágua em 1979.

2. Tive uma longa conversa, em Manágua, em 2006, com Éden Pastora -o mítico Comandante Zero-, que tomou o Palácio Nacional em 1978. Todo o encanto ideológico se desfez para ele no momento da ocupação do poder, quando as lideranças deram lugar aos parentes e amigos de Ortega, que governou até 1990 e voltou ao poder agora, num escabroso acordo.

3. O processo de paz com as guerrilhas de Guatemala, El Salvador e Honduras se deu na primeira metade dos anos 90, com celebração pela ONU. A entrega de armas e a paz seriam inevitáveis depois da queda do Muro de Berlim em 1989, da implosão do Pacto de Varsóvia e da desintegração da União Soviética em 1991. Com o término do subsídio soviético ao açúcar cubano e sem as fontes de financiamento da Europa Oriental, as guerrilhas centro-americanas foram perdendo fôlego. O processo de paz, liderado pela ONU, foi nesse sentido quase humanitário. A democratização veio com a superação das ditaduras de direita. As guerrilhas transformadas em partidos políticos.

4. Mas há exceções, ambas na América do Sul. As Farc e o ERP na Colômbia e o Sendero Luminoso no Peru. Nos três casos as fontes público-ideológicas de financiamento das guerrilhas foram substituídas por fontes "privadas". Primeiro as extorsões mediante sequestro, que passaram a somar milhares por ano, alcançando centenas de milhões de dólares. E em seguida o tráfico de cocaína. Inicialmente com as guerrilhas cobrando pedágio para a passagem da cocaína. E em seguida com elas mesmas dando proteção à produção de coca e cobertura aos traficantes.

5. A liquidação dos grandes cartéis de cocaína deu curso a sua pulverização, facilitando o "trabalho" das guerrilhas. Substituídas as fontes de financiamento públicas por "privadas", o "ouro de Moscou" pela cocaína, as guerrilhas se consolidaram nos anos 90, especialmente as da Colômbia. Que ainda estão aí oxigenadas pela cocaína.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 2 de agosto.