quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Alerta Total: A Lei Pétrea Comunista!

Alerta Total: A Lei Pétrea Comunista!:


 Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Aileda de Mattos Oliveira Receberam ordens de fora e, submetidos à doutrina, for...

sexta-feira, 17 de outubro de 2014


                  Tempo de mudanças*
 

  Semana passada viajava só, pela BR 267, que liga a BR 163 no MS à Rodovia Raposo Tavares em SP, quando vi alguns carros estacionados dos dois lados da rodovia. Sem saber do que se tratava diminui a velocidade e vi várias pessoas saqueando um caminhão baú que estava capotado, fora da rodovia, na lateral direita da mesma, sentido MS-SP.

  Alguns levavam para seus carros, nas costas, sacos com produtos furtados. Sem parar, liguei para 191, o número de emergência da Polícia Rodoviária Federal. Uma gravação dizia: "Você ligou para o 191, o telefone de emergência da Polícia Rodoviária Federal. Para sua segurança esta ligação poderá ser gravada e seu número monitorado. Já iremos lhe atender."

  Por vários minutos ouvia-se uma música até a ligação cair. Foram várias tentativas, sempre com o mesmo resultado. Como o sinal de celular não é bom nesse trecho da rodovia, continuei até um novo posto da PRF que acaba de ser construído, mas sem nenhum policial. Agora com melhor sinal, tentei novamente, mas sem sucesso. Só quando cheguei a outro posto da polícia rodoviária - já a 140 km de distância de onde ocorria o saque -, pude comunicar o fato aos três policiais presentes no interior do escritório daquele posto.

  Ao dizer que já havia ligado oito vezes para o número 191 sem sucesso, fiquei ainda mais estarrecido quando os mesmos disseram que eles também estavam tentando se comunicar com a central em Campo Grande e que para isso utilizavam o mesmo número, mas também não estavam conseguindo e que isso era muito comum, pois o sinal da comunicação com a central do número 191, localizado na capital do estado, era muito ruim.

  Durante todo o resto da viagem pensava na infinidade de possibilidades do que poderia ocorrer em uma rodovia e de como esse telefone - que teoricamente deveria ser o que melhor funcionaria -, poderia salvar vidas.

  Esse é um simples exemplo do país em que vivemos. Com toda a tecnologia hoje disponível, não conseguimos sequer equipar nossas rodovias com o que é muito mais importante inclusive que sua construção e conservação: um meio eficiente de se comunicar urgentemente com quem poderia ajudar os que por algum motivo pedem socorro.

  Pessoas clamando por esse socorro estão morrendo nas portas dos postos de saúde e hospitais sem serem sequer atendidas. Crianças estão nas ruas sendo aliciadas por traficantes, viciando-se em crack e outras drogas simplesmente porque o governo é incapaz de mantê-las em escolas, preparando-as para um futuro melhor.

  Batalhões praticamente inteiros de policiais, inclusive com seus comandantes, estão sendo presos pela Polícia Federal, por estarem envolvidos com os mais diversos tipos de corrupção, de proteção a criminosos e até os mais violentos assassinatos a sangue frio, a mando de traficantes.

  O Brasil precisa, urgentemente, ser passado a limpo, desde os garis que ganham pouco e trabalham muito, a políticos que ganham e roubam muito, sem nada fazer pelo país. E o início dessa faxina é não eleger nenhum político, de vereador a presidente da república, que não seja totalmente integro.

  Os jovens precisam ser incentivados a se interessar por política, pois um grande país precisa de raízes sólidas, uma vez que, sem elas, sequer as árvores resistem à menor ventania.

  Só mudaremos o país se, em busca do bem comum, encararmos as nossas realidades e lutarmos por todas as alterações necessárias.

João Bosco Leal*        www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista, escritor e empresário


     NÃO PODEMOS ESMORECER!



Percival Puggina*


          Nos anos 60 a 64, houve uma acirrada batalha ideológica no Brasil. A política era debatida no campo das ideias e o comunismo ganhava crescente espaço entre os estudantes. Entidades estaduais e nacionais eram disputadas palmo a palmo e constituíam imagem visível da Guerra-Fria. Lembro-me que, em fins de outubro, na sede do R.U. (Restaurante Universitário da UFRGS) as paredes se cobriam de cartazes e faixas comemorativos do aniversário da Revolução Bolchevique. Era o outubro vermelho da moçada que se deixara seduzir pelas arengas de Leonel Brizola, pelo sucesso dos rebeldes de Sierra Maestra e pelo amplo movimento internacional de solidariedade a Cuba (mal sabiam eles o que estava tendo início naquela infelicitada nação).

          Em 1961 surgiu a POLOP (Organização Revolucionária Marxista Política Operária), como dissidência do PCB. Em 1962 foi constituída a organização intersindical CGT (Comando Geral dos Trabalhadores) e, no mesmo ano, nasceu a Ação Popular, aglutinando a esquerda cristã formada na JUC e na Ação Católica. Essas e outras organizações, depois de 1964, iriam para a clandestinidade e dariam origem à uma centena de movimentos e conciliábulos guerrilheiros e terroristas.

          Algumas entidades que surgiram para produzir formação necessária à luta ideológica e cultural de resistência ao comunismo viveram poucos anos e deixaram má fama, acusadas de receber recursos financeiros de empresas norte-americanas e da CIA. Por outro lado, quando o governo Goulart caiu em 1964, acreditaram os defensores das liberdades democráticas que os perigos do comunismo estavam afastados e foram tratar da própria vida. Enquanto isso, nos bastidores, ano após ano, teve sequência o trabalho de infiltração e ocupação de espaços, de formação de quadros, de organização da massa; continuou o lento e sutil aparelhamento das instituições de ensino, das cátedras, dos cursos de formação para o magistério; desenvolveu-se a ocupação das redações dos veículos de comunicação, do ambiente cultural e dos seminários de formação religiosa. Assim, quando o país se redemocratizou, estávamos a um passo de dedo para que, em apenas cinco anos, um partido de massas como o PT já disputasse, com força, a presidência da República.

          Desnecessário falar sobre os 12 anos de governo petista. Nós, que percebemos para onde ele vem conduzindo o Brasil, não devemos supor que uma possível derrota do governo nas urnas do dia 26 equivalha ao desmonte da máquina que está em operação no país, destruindo reputações, manipulando a sociedade, comprando votos e gerando violência. No governo, o PT desgoverna, na oposição, não deixa governar.

          Portanto, precisamos unir forças e, sem esmorecimento, prosseguir trabalhando para informar e formar a consciência política da sociedade, dando vitalidade aos valores de uma sólida democracia constitucional. Sem democratas, tudo que se consegue é um arremedo de democracia. E as rãs de Esopo logo estarão pedindo um rei. Uma possível vitória oposicionista em 26 de outubro é apenas o começo de um trabalho que inicia com meio século de atraso.

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* Percival Puggina (69),  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e  titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+. 

sábado, 11 de outubro de 2014

Alerta Total: A Comissão Trilateral

Alerta Total: A Comissão Trilateral


Artigo no Alerta Total –  www.alertatotal.net Por Carlos I. S. Azambuja O  Clube Bilderberg  o  CFR (Conselho de Relações Internac...

sábado, 4 de outubro de 2014




Postura das Forças Armadas
                                                                                                                                                                    Antonio Sepulveda*
 

   Eis a indagação que fazem militares da ativa e da reserva sobre a grande farsa fantasiada em Comissão Nacional da Verdade (CNV): Como deveriam agir e reagir nossos comandantes, dentro da hierarquia e da disciplina, diante da ingente pressão política sobre as forças armadas?

   Nada mais simples, nada mais óbvio, nada mais necessário. Os comandantes devem exercer resolutamente, com profissionalismo, liderança, que é a matéria-prima do vigor castrense. É vir à boca de cena e declarar que estariam dispostos a admitir as alegadas violações dos direitos humanos, caso a CNV apresentasse evidências inequívocas de que as supostas vítimas do regime militar lutavam pela democracia, pelo pluralismo político, pela economia de mercado e, em especial, pelas liberdades fundamentais enunciadas na carta das Nações Unidas; que igualmente a CNV comprovasse que essa corja que hoje se faz de inocente jamais praticou atos de terrorismo; que não assaltou, que não roubou, que não sequestrou, que não torturou e que não matou inocentes? Quem seria o caradura, o cínico, o cara-de-pau a ousar sequer sugerir tamanha mentira? Pelo contrário. A CNV não contesta esta premissa; apenas evita o tema ou muda de assunto. Quase sempre seus simpatizantes rotulam a pessoa que usa este argumento de reacionário, fascista e golpista, entre outros de seus clichês preferidos. Esta é a falácia conhecida como “ad hominem”, muito usada pelas esquerdas em todas as latitudes.

   A guerrilha comunista começou em 1961, acobertada pelo governo amorfo de João Goulart, simpatizante confesso da doutrina marxista. O próprio Fernando Gabeira, terrorista de carteirinha, reconhece e admite que o propósito amplo da luta armada esquerdista não era em prol das liberdades democráticas, mas sim pela instauração de um regime socialista. E é preciso não esquecer de que “socialismo” não passa de um eufemismo que pretende ser a chave a abrir as portas para o comunismo propriamente dito, para o fim das liberdades individuais, para o fim da propriedade privada. Isto, sim, é relevante lembrar esta verdade continuamente, porque o fim da propriedade privada é, com efeito, o coroamento do comunismo. Aquele que ousa contestar este fato jamais leu sequer as orelhas de Marx. Não há como negar que, por iniciativa dos esquerdopatas, após o contragolpe de 1964, tivemos um período sangrento de escaramuças fratricidas, e erros graves foram cometidos por ambos os partidos.

   A CNV é pois fruto da hipocrisia de um bando de sacripantas que dizem haverem lutado contra a ditadura, quando, na verdade, foi a ditadura que lutou contra eles; e, por causa deles, cometeram-se erros deploráveis. Autoproclamavam-se idealistas, e o ideal que acalentavam era transformar o Brasil numa ditadura do proletariado. Acontece que havia gente de bem contrária àquela sublimidade toda e lutou bravamente para impedi-la. Reagiram com determinação. Apenas isso. Quem acredita nessa lorota de que os meninos estavam a estudar postos em sossego, e os ''marighellas'' a cismar altas políticas, mas, de repente, descobriram que havia uma ditadura no Brasil e pegaram em armas? Nada disso. Aquela súcia vinha de longe e tinha um propósito sinistro muito bem definido. Os militares agiram na hora certa e evitaram um cenário muito pior, dominado por um regime odioso que só causou o mal por onde passou. E vamos e venhamos, o que pode ser mais ofensivo aos direitos humanos do que a instauração de um regime socialista?

* Oficial da MB reformado

Recebido por e-mail. 

 

domingo, 28 de setembro de 2014


DESABAFO DO COMANDANTE DA POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO


COMENTO:

Um depoimento muito equilibrado,sério e comovente. Ao mesmo tempo, eu o considero constrangedor para todos nós, integrantes da sociedade brasileira. Sociedade que vem demonstrando uma enorme apatia e falta de sensibilidade. Parece anestesiada, preocupada apenas com o seu prazer, o ganho imediato, a vantagem que pode obter através desse ou daquele político. Reage somente, quando é atingida direta e individualmente, não tem uma visão abrangente dos problemas e das consequências mediatas ou futuras. Gosta de ser enganada politicamente e aposta perigosamente no exótico, na aventura. Dentro dessa macro responsabilidade, uma parcela predominante pertence a imprensa e aos nossos chamados "formadores de opinião".
Desculpem o desabafo, mas eu considero a sociedade brasileira, fruto de diversos aspectos, atualmente, em estado canceroso. Basta avaliar criticamente a qualidade dos candidatos que os partidos tem o descaramento de apresentar para as eleições em todos os níveis.



sexta-feira, 26 de setembro de 2014


PESQUISA DO IBOPE MOSTRA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL INDEFINIDA ESPECIALMENTE EM RELAÇÃO À MARINA E AÉCIO!
 
          
1. O último Ibope quis saber do eleitor a certeza dele em relação à sua intenção de voto. 67% dos eleitores potenciais de Dilma afirmaram que a decisão sobre Dilma é definitiva. 57% afirmaram o mesmo sobre Marina. E 61% afirmaram o mesmo sobre Aécio.
          
2. Aplicando sobre as intenções de voto estas porcentagens, o resultado da mesma pesquisa Ibope seria: 26,2% já decidiram votar em Dilma; 16,5% já decidiram votar em Marina e 11,6% já decidiram votar em Aécio. Ou seja, 45,7% dos eleitores podem mudar seu voto até a eleição. Se é assim para presidente, algo parecido e mais acentuado deve ocorrer para governador. E muito mais para senador e deputados estaduais e deputados federais.
          
3. Portanto, após marcarem sua intenção de voto, ainda se encontram indecisos em alguma medida. Ainda se teria que agregar os que não marcaram nenhum candidato e que podem deslizar para uma candidatura. E a imprevisível taxa de abstenção+brancos+nulos.  A diferença entre Dilma e Marina até abre um pouco: de 9 pontos passa a quase 10 pontos. Mas a diferença entre Marina e Aécio que, na pesquisa induzida, era de 10 pontos, cai para 4,9 pontos, menos da metade.
          
4. Esses números refletem algo que este Ex-Blog vem dizendo desde o início da campanha. As ruas frias mostram um eleitor ausente depois de tantos escândalos e letargia econômica. Uma espécie de protesto pelo silêncio. E mostra também que o impacto da morte do governador Eduardo Campos sobre a vontade de votar em Marina se diluiu.
          
5. No dia da eleição a vantagem de Dilma e Aécio crescerá por terem controle de máquinas em nível federal, estadual e municipal. Ou como alguns preferem: terem muito maior capilaridade, o que pode agregar alguma coisa pela proximidade dos candidatos a deputado de Dilma e de Aécio com o eleitor em cima da eleição: a quase boca de urna.
          
6. Não são poucas as eleições que a mensuração pelos que estão totalmente convencidos mostra um resultado diferente que se afirma na urna. Em 2000, na eleição para prefeito do Rio, Cesar Maia havia ultrapassado Conde no voto cristalizado na quarta-feira. Mas na pesquisa induzida ele só alcançou Conde no sábado.
          
7. Esta dinâmica deve ser levada em conta para a comunicação dos candidatos para os debates na TV, para a presença das campanhas nas ruas, desde esse fim de semana até 4 de outubro véspera da eleição. Faltam 9 dias.



Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 26 de setembro.

Comento: A análise acima, na minha opinião, ainda remete à possibilidade de uma modificação dos candidatos que passarão para o segundo turno. Não deixando de considerar as manipulações das referidas pesquisas, buscando influenciar os eleitores indecisos. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014



DECADÊNCIA GENERALIZADA

Economista Marcos Coimbra*

*Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.


            Nosso amado Brasil está sofrendo infelizmente as graves consequências ocasionadas pelas pífias administrações que assolam o país há 20 anos. De fato, são duas faces da mesma moeda, o PSDB e o PT. Porém, a situação foi agravada acentuadamente nos últimos quatro anos.
A imagem vendida por Lula de que Dilma seria uma eficiente gerente não corresponde à realidade.
Principia pela ausência de um Projeto Nacional de Desenvolvimento. Para a reeleição, até agora também nada, a menos de duas semanas do pleito. Comenta-se que existem duas razões principais para isto: de fato, não há projeto e aquilo que existe não pode ser apresentado, devido ao conflito existente entre o pensamento da presidente e o do PT. Outros asseveram que a coordenação da campanha petista não quer deixar o flanco aberto para críticas. Desejam um cheque em branco do eleitorado para fazerem aquilo que quiserem após as eleições.
Continua pela péssima gestão demonstrada em sua administração. Órgãos antes respeitados internacionalmente, motivo de orgulho para os brasileiros, começam a cometer erros gritantes, causando danos severos às respectivas imagens. Recentemente, exemplos flagrantes são:
1) a sucessão de escândalos envolvendo a maior de nossas empresas, símbolo da competência brasileira, a qual está dentro do coração de todos os patriotas ainda existentes no país, a nossa maltratada Petrobras, em função principalmente do loteamento político-partidário de seus principais cargos, entregues a políticos ávidos por recursos e poder, incompetentes e inescrupulosos, a saquear nosso patrimônio;
2) o equívoco cometido pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), subordinado à Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República, em pesquisa realizada em março do corrente ano, sobre tolerância com estupro ao dizer que 65% dos entrevistados concordam que mulheres com roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas, quando o correto é 26%, segundo declaração retificadora feita em abril;
3) o grave erro cometido pelo respeitado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pela primeira vez em sua principal pesquisa, ou seja, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2013) que mostra o retrato socioeconômico do país, com dados do mercado de trabalho, educação e acesso a bens do pais, quando expandiu o peso de regiões metropolitanas em sete estados do Brasil, ocasionando vários erros, corrigidos rapidamente, em função do alerta de usuários do órgão. O principal deles foi no relativo ao Índice de Gini, o qual estava em 2012 em 0,496, foi para 0,498 no dado anunciado preliminarmente, caindo para 0,495, após a correção anunciada (quanto mais próximo de zero, mais igualdade na repartição de renda).
A diretora-executiva do sindicato de funcionários do IBGE, o ASSIBGE-SN, Ana Magni, afirmou na semana passada que o erro na Pnad é resultado das más condições de trabalho no instituto, com poucos recursos materiais e humanos para um excesso de trabalho e prazos apertados. “É um alerta que vínhamos fazendo: muito pouca gente, para muito trabalho e pressão de prazos. É um erro básico, que pode ocorrer com qualquer um que tenha que trabalhar com essa pressão” asseverou ela. Na sua avaliação, a situação hoje é ainda pior do que durante a greve, entre os dias 26 de maio e 12 de agosto, já que o Ministério do Planejamento anunciou novos cortes no orçamento do IBGE (do total pedido de R$766 milhões para o orçamento de 2015, foram amputados R$ 562 milhões). Além disto, de acordo com o Sindicato, existem mais de 3.700 funcionários do IBGE com mais de 26 anos de tempo de serviço, perto de se aposentar.
É oportuno salientar que a taxa média do desemprego das seis principais regiões metropolitanas no país não foi divulgada nos meses de maio, junho e julho, por causa da greve, bem como o IBGE já havia sofrido uma crise institucional este ano, quando a administração federal decidiu interromper a divulgação dos dados da Pnad Contínua, que acompanha o mercado de trabalho, voltando atrás devido à reação do corpo técnico do órgão. Outras pesquisas previstas já serão atingidas, como a Contagem da População e o Censo Agropecuário, que deveriam ter o planejamento iniciado em 2015, mas foram suspensas em setembro.
E estes exemplos repetem-se em muitos outros setores.  De fato, o Brasil real é muito diferente do Brasil virtual apresentado na propaganda eleitoral petista. Nunca antes na história deste país houve tamanha manipulação de dados e fatos, uso escancarado da máquina pública para reeleger a quem está causando tantos malefícios ao povo brasileiro, abusivo emprego de vultosos recursos de origem desconhecida. É urgente providenciar a alternância no poder, propiciando oportunidade a quem possa empreender uma alteração radical nos descaminhos identificados ao longo destes últimos anos. Chega de corrupção!
À luta, brasileiros, enquanto ainda é possível realizar ações concretas para eliminar a incompetência e os “malfeitos” existentes. Ainda existe esperança, apesar da vulnerabilidade da apuração eletrônica com urnas de primeira geração, só utilizadas pelo Brasil.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 24.09.14-MM).

Recebido por e-mail.

 


MAS..., 72% NÃO QUERIAM MUDANÇAS NESSA ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE? E A ECONOMIA, ESTÚPIDO?
 
                  
1. As pesquisas de opinião nos últimos meses repetiram uma pergunta e obtiveram respostas semelhantes. Queriam saber do eleitor se nesta eleição para presidente queriam mudanças ou manter a situação governamental atual.  Em todos os casos a resposta é que queriam mudanças. Numa média de várias pesquisas divulgadas pelos principais institutos, 72% queriam mudanças.
                  
2. Por outro lado, a avaliação do governo Dilma vinha caindo –pesquisa a pesquisa- até aproximar o Bom+Ótimo do Ruim+Péssimo. Ao lado disso tudo, a economia naufragava, até atingir o patamar atual de crescimento de 0,5% em 2014, menor que o crescimento da população. Quando o governo se sentiu aliviado com a culminação das prisões pelo mensalão, surge a delação premiada de um ex-diretor da Petrobrás, com fatos e números escabrosos.
                  
3. Mas no último Ibope publicado nesta semana, Dilma ampliou sua vantagem, alcançando 38% de intenções de voto.  Será que algumas dessas afirmativas de especialistas caem por terra? Dilma lidera apesar de 72% quererem mudanças, Dilma lidera apesar de sua avaliação ser sofrível. Dilma lidera apesar de a economia naufragar contrariando a máxima –"É a economia, estúpido!"
                  
4. É claro que a eleição não terminou, mas hoje os analistas não fazem mais os mesmos prognósticos, com as mesmas intensidade e certeza de antes. É provável que na primeira fase (com Eduardo Campos), os candidatos de oposição não vestiram suficientemente a roupa da mudança com afirmações claras. Na segunda, com a entrada da Marina, o foco mudou, na medida em que Aécio precisa derrubar Marina para ir ao segundo turno e Dilma precisa derrubar Marina para entrar no segundo turno com vantagem confortável. As mudanças não acompanharam a comunicação de campanha em dose suficiente.
                  
5. A avaliação declinante de Dilma levou até estudiosos construírem uma equação de fronteira abaixo dos 35% como derrota certa. Este Ex-Blog chamou a atenção na época que a própria campanha com tempo de TV generoso tem reconstruído os governos, ou criado governos virtuais. E deu vários exemplos.  Dilma é mais um. No início da campanha igualava o Ótimo+Bom com Ruim+péssimo.  Agora tem 39% contra 28%. Açodamento dos estudiosos.
                  
6. Finalmente a famosa afirmação “É a Economia, Estúpido”, de James Carville, da primeira eleição de Clinton, naufraga?  Na verdade a economia para fins eleitorais não se traduz em siglas, ou questões fiscais, ou cambiais ou financeiras. Certamente estas terão repercussões para o eleitor no próximo governo. Mas neste, a “economia” que importa é a economia do bolso, em curto prazo, ou seja, emprego e renda. E estas, à custa de malabarismo proto-keynesianos se mantêm, transferindo a conta para 2015.
                  
7. Mas as 3 afirmações são válidas? Sim, mas analisadas na dinâmica da própria campanha, e não como regras e equações rígidas, como se a opinião pública fosse definida ex-ante, pré-definida pelos estudos publicados. E se pudesse aplicar técnicas econométricas para projetar resultados eleitorais.  Isso seria igualar países e eleitores e épocas e situações e candidatos/equipes, muito diferentes, como se fosse elementos constantes.


Transcrito do Ex-Blog do César Maia de de 25 de setembro. 

 



                         OVERDOSE PODE MATAR

Percival Puggina*


          Numa parte do jornal, lê-se sobre delação premiada para esclarecimento dos escândalos da Petrobras. A "base" treme nas bases com as informações e com a divulgação de uma lista de beneficiários que não para de crescer e já leva 150 nomes com as respectivas cifras. Rola dinheiro grosso na caverna de Ali Babá.

          Enquanto, no Mensalão, os líderes dos partidos da base abraçaram a encrenca e não expuseram os colegas para os quais repassaram os valores recebidos através do esquema, no caso do Petrolão a relação de beneficiados vem cheia e os números são enormes. Mensalão é troco diante do Petrolão.

          É o que se lê numa parte do jornal. Noutra, a notícia é um chute na consciência cívica: um comício promovido em favor da candidata Dilma Rousseff culminou com carinhoso e efusivo abraço da base do governo e suas massas de manobra ao edifício-sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Imagino que as ações da empresa, agora sob tão vigorosa proteção, se elevem a um novo patamar...   

          É de se ver as imagens. Todos os participantes da encenação acalentando responsavelmente a empresa que, segundo denúncias e muitas evidências (com dinheiro já sendo buscado de algumas contas no exterior), vinha sendo esfolada e canibalizada nos esquemas de sustentação financeira do poder que hegemoniza a República.

          A política brasileira vive momentos em que a caradurice virou arte. Já não se trata da simples articulação entre insensibilidade moral e falta de constrangimento social. É uma obra de arte envolvendo estratégia, retórica, publicidade, senso de oportunidade e, claro, absoluto desprezo pelo discernimento alheio.

          Por enquanto, vem funcionando. O prestígio do governo sobe junto com a onda de escândalos. Mas sempre há o risco de morte da estratégia por overdose de estratégia.

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* Percival Puggina (69),  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e  titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.   

Recebido por e-mai.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014




MARINA OU DILMA: NEOCOMUNISMO COM PAI NOSSO OU SEM PAI NOSSO?

Percival Puggina*


          Atribui-se ao jornalista Cândido Norberto a frase segundo a qual, em política, pode acontecer tudo, inclusive nada. Por exemplo: pode explodir um avião sobre o cenário eleitoral; pode acontecer algo enigmático, tipo vir à superfície mais um escândalo e o governo melhorar sua posição. E também pode acontecer nada, pelo simples motivo de que parcela imensa da população, em flagrante desânimo, joga a toalha no ringue. As pesquisas desta semana indicam que nação está agendando um encontro de boi com matadouro. E vai abanando o rabo na direção de um entre dois neocomunismos: o sem Pai Nosso de Dilma ou o com Pai Nosso de Marina.

          É possível que o leitor destas linhas pense que estou paranóico. Não, meu caro. Pergunto-lhe: você leu o documento final do 20º Encontro do Foro de São Paulo (aquela organização que a grande mídia nacional diz que, se existe, não fede nem cheira?). Quem lê o referido documento não só fica sabendo que o bicho existe, mas que é poderoso e bate no peito mostrando poder. O texto exalta o fato de que, em 1990, no grupo de partidos alinhados sob essa grife, apenas o PC Cubano governava um Estado nacional. Hoje, estão sob manto do FSP, entre outros, Brasil, Uruguai, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Venezuela, El Salvador e Nicarágua. Se observar bem, verá que a lista contém a nata dos comunismos e socialismos bolivariano, cocaleiro, maconheiro, bananeiro e por aí vai. E se escrutinar caso a caso vai encontrar dirigindo esses países, em seus vários escalões, aos cachos, ex-guerrilheiros comunistas que, em momento algum, extravasaram arrependimento ou deserção das antigas fileiras. Uma parceria e tanto, essa que o Brasil integra na condição de grande benemérito e tendo o PT como sócio fundador.

          O Foro de São Paulo, como bem mostra Olavo de Carvalho, é a chave de leitura para o que acontece, não apenas na política nacional, mas nas nossas universidades, na nossa economia, nos negócios externos e na tal geopolítica "multipolar" que nada mais é do que um passo adiantado na direção de um projeto de hegemonia e totalitarismo sobre a região. E é para lá que vamos se, confirmando-se o dito com que abri este texto, já aconteceu tudo e nada mais há para acontecer.

          Se olharmos pela janela, veremos que a economia brasileira está parando. A cartola de sortilégios do ministro Mantega está tão vazia quanto os cérebros que nos governam. O que houve? Nada que não possa ser explicado pela sujeição nacional a um governo com estratégias erradas. A Venezuela já não está com polícia nos supermercados? Não se contam cinco décadas de escassez e filas em Cuba? A outrora próspera Argentina, não se encontra em plena decadência?

          As parcerias do FSP adotam exitosas técnicas de sedução eleitoral. Mas exercem o poder de modo desastroso. E Marina vem na mesma toada. Ela nasceu para a política como líder comunista. Revoltada com a vida e com o mundo, como costumam ser os líderes comunistas. Marina não entendia o motivo pelo qual abrir trilha na floresta e riscar casca de seringueira não transformava o cidadão acreano num próspero suíço. Saiu da floresta, estudou, ganhou mundo, quer presidir o Brasil. Mas se não esconjurar as ideias que tinha quando ministra, ela é um apagão eminente.

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* Percival Puggina (69),  membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e  titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.   

Recebido por e-mail.


ViVerdeNovo: OBJETIVOS DO MILÊNIO

ViVerdeNovo: OBJETIVOS DO MILÊNIO:



Na Organização das Nações Unidas, o Brasil, entre outros países, firmou o compromisso para chegar ao ano de 2015 zerando a fome e a miséria...


PERSPECTIVAS DANTESCAS PARA O RIO DE JANEIRO

Economista Marcos Coimbra*
*Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.

            Desta vez, a situação ficou fora de controle. Se há dúvida quanto ao candidato a ser votado no tocante à eleição presidencial, imagine no relativo ao pleito estadual no Estado do Rio de Janeiro. Nenhum dos candidatos postulantes ao cargo, em especial os quatro principais, é merecedor da confiança do sofrido eleitor fluminense.
            Em São Paulo, a qualidade dos candidatos, independentemente de filiação partidária, é bem melhor, oferecendo aos eleitores escolha satisfatória. No Rio, vamos ter que continuar a votar no menos pior, conscientes de que a opção pela abstenção, pelo voto nulo ou em branco vai contribuir para o agravamento da nossa situação.
            O candidato da situação é um fiel representante do ex-governador Cabral e dos componentes de seu grupo, no qual se destaca o ex-dono da Delta, Fernando Cavendish, que apareceram em uma festa em Paris com guardanapos em forma de “bandanas” na cabeça. É o candidato possuidor dos maiores recursos para a campanha e é apoiado pelo alcaide do município do Rio de Janeiro, fato que já o torna desmerecedor do voto do eleitor consciente e bem informado. Representa a continuação da administração abaixo da crítica exercida por seu partido. A notícia alvissareira foi a desistência do Sr. Cabral em concorrer nestas eleições, esperando que seja definitiva, a exemplo das excelentes novas do afastamento da vida pública do senador José Sarney e da governadora Roseana, sua filha. É oportuno lembrar que tanto Cabral quanto Roseana, “por coincidência”, ambos estão na lista divulgada pelo Sr. Paulo Roberto Costa em sua delação premiada, apontados como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras. É impossível votar neste candidato.
            O candidato petista senador Lindbergh responde a 15 inquéritos e a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal, segundo o site Congresso em Foco. Em junho, o ministro Gilmar Mendes, autorizou a quebra de sigilos fiscal e bancário de servidores, empresários e pessoas ligadas aos contratos firmados entre Nova Iguaçu e a empresa Rumo Novo Engenharia Ltda., no período em que Lindbergh foi prefeito da cidade. Mendes decidiu em favor de um pedido do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, que leva adiante um inquérito instaurado no Ministério Público do Estado do Rio para apurar irregularidades em licitações e execuções de obras em Nova Iguaçu.
No mesmo mês, o ministro Dias Toffoli, autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Lindbergh entre janeiro de 2005 e dezembro de 2010. A abertura dos dados é parte de inquérito no qual o parlamentar é investigado por supostas fraudes ao Fundo de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu. O prejuízo é estimado em R$ 356 milhões. Em abril, no entanto, antes de ser acusado no inquérito que investiga o rombo milionário do dinheiro dos aposentados da prefeitura, Lindbergh Farias foi alvo de mais uma ação. O processo por improbidade administrativa - o 13º movido contra ele pelo Ministério Público do Rio de Janeiro - acusa o senador de usar dinheiro da prefeitura de Nova Iguaçu para pagar as despesas de um “showmício” petista.
O deputado federal Garotinho em abril de 2000, quando era governador do RJ, enfrentou uma enxurrada de denúncias que atingiam o alto escalão de seu governo. Boa parte das acusações recaía sobre os integrantes da chamada Turma do Chuvisco, assessores que acompanhavam o governador desde Campos, sua cidade natal e base política. O grupo, cujo nome faz referência a um doce típico de Campos, era acusado de favorecer empresas em concorrências públicas e firmar contratos sem licitação. Com o passar dos anos, Garotinho acrescentou denúncias cada vez mais graves ao currículo e acabou na mira da Polícia Federal.
A Operação Segurança Pública S.A., de 2008, resultou em seu indiciamento por quadrilha armada, sob a suspeita de ter usado seu período no Palácio Guanabara (e também o de sua mulher, Rosinha) para acobertar as ações de um grupo de policiais que, encastelados na chefia da Polícia Civil, atormentou o Rio de Janeiro cometendo ilícitos variados. A lista inclui facilitação de contrabando, formação de quadrilha, proteção a contraventores, cobrança para nomeação de delegados, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva. E ainda existe a denúncia da ÉPOCA de desvio de dinheiro público, envolvendo a GAP Comércio e Serviços Especiais, uma locadora de veículos próxima à família Garotinho. A sigla GAP reproduz as iniciais de seu dono, o empresário George Augusto Pereira. Documentos obtidos por ÉPOCA mostram que George Augusto não existe no mundo das pessoas de carne e osso.
O bispo licenciado da Igreja Universal Crivella, sobrinho do bispo Edir Macedo, lançou o projeto de irrigação da Igreja Universal do Reino de Deus no chamado “Polígono das Secas”, através da ONG Fazenda Nova Canaã, tendo lançado um CD que vendeu mais de um milhão de cópias. O lucro foi investido na compra de 450 hectares de terras em Irecê (BA) em 1999. Quando empossado como ministro da Pesca, ele foi acusado de usar a estrutura do próprio ministério para ajudar a sua ONG para entrar no mercado da carne de tilápia na Bahia. A revista ISTOÉ publicou uma matéria para mostrar que haveria “uma inequívoca utilização do cargo público em benefício pessoal”.
E agora, José? A esperança reside em uma inspiração divina.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 16.09.14-MM).

segunda-feira, 28 de julho de 2014

SOBRE O DECRETO-GOLPE 8.243 - SENADORA ANA AMÉLIA

Anatomia do Poder - programa de 22/06/2014, Gen. João Camilo Pires De Ca...

Charlotte Church - Bridge Over Troubled Water



ESTRANHAS CONFABULAÇÕES

Percival Puggina*


          Mergulhou fundo em estranhas confabulações o relatório do TCU sobre a aquisição da refinaria de Pasadena. Saiu ensopado, mas saiu como o governo queria, nada respingando para o lado do Conselho de Administração. Ou seja, para o lado da presidente Dilma, que, à época da inconcebível compra, pilotava o órgão de aconselhamento superior da estatal.

          O jornal O Estado de São Paulo informa, na edição do dia 25 de julho, que o ministro do TCU José Múcio Monteiro, na segunda-feira 21, dois dias antes da sessão de julgamento, esteve reunido em São Paulo com o ex-presidente Lula. Segundo o ministro, foi uma visita para matar saudade e jogar conversa fora. Para Lula, nem isso. Jacaré não vai para o céu e Lula sabe muito bem o motivo. Recusou-se a comentar o assunto. Para as fontes do jornal, no entanto, o encontro efetivamente ocorreu como parte de uma investida do governo para blindar a presidente e evitar danos à sua imagem quando ela está em plena campanha para suceder a si mesma. Até o início da semana havia a expectativa de que o relator do processo, ministro José Jorge, indicaria responsabilidade de Dilma em virtude de sua posição no Conselho à época dos fatos.

          Transcrevo parte da matéria: "Após a conversa com Lula, o ministro do TCU procurou os colegas e ponderou que responsabilizar Dilma neste momento pré-eleitoral seria politizar demais o caso, além de repetir a defesa do governo de que a presidente votou a favor da compra da refinaria com base em resumo incompleto sobre o negócio. Um ministro, ouvido pelo Estado sob a condição de anonimato, relatou que até uma vaga no Supremo Tribunal Federal foi mencionada. A votação foi unânime". Noutra parte da mesma matéria, lê-se: "Lula sinalizou que até mesmo cargos em um eventual segundo mandato de Dilma poderiam ser usados como elemento de convencimento dos ministros".

          No dia 23, enquanto os corredores se agitavam e os celulares esquentavam as orelhas, o ministro Benjamin Zymler pediu vistas ao processo. O pedido, formulado com intuito preventivo, foi imediatamente retirado quando se evidenciou que a maioria dos membros da corte se inclinava em favor da não inclusão da presidente. Nesse mesmo sentido, aliás, posicionou-se o relator, ministro José Jorge, no voto que proferiu. Decisão unânime.

          A questão que fica no ar, sem possibilidade de resposta conclusiva, é a seguinte: a deliberação do TCU foi influenciada, ou não, pelo que ocorreu nos bastidores? O que sim, se sabe, é que as fontes do Estadão relatam algo que, desgraçadamente, se torna muito verossímil porque tem toda a cara do Brasil que, a cada dia, mais e melhor conhecemos.

* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+ e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Ave Maria - Jackie Evancho



MACHISMO E COISIFICAÇÃO DA MULHER

Percival Puggina*


          Têm sido frequentes os casos de jovens que se deixam fotografar nuas por seus namorados e, depois, passam pelo constrangimento de saber que essas imagens foram postadas nas redes sociais. As consequências de tão imprópria prova de amor desabam sobre a parte frágil, determinando padecimento, processos judiciais, enfermidades psíquicas, crises de adaptação social e familiar e, em certos casos, suicídio por total incapacidade para enfrentar a situação. Surpreende que, mesmo com a reiterada divulgação de tais casos, algumas moças ainda se exponham em tão desnecessárias liberalidades.

          Estranhamente, num ambiente social como o contemporâneo, ainda existem jovens convencidas de que sua paixão do momento será eterna. E eternamente responsável por elas. Afinal, eles as cativaram, hão de pensar. Falsas rosas de Éxupery, tão confiantes em seus príncipes malandros! Confundem-se diante do que mais desejam. Afligem-se em busca do amor e o confundem com sedução, desejo, paixão. Mas não é assim. A medida do verdadeiro amor é a medida do sacrifício pelo bem do outro. E como não é inteiramente própria da juventude essa capacidade de renúncia, faltam a tais amores tanto as condições da perenidade quanto o longo convívio que proporcione solidez à confiança mútua. É sabido, porém, que estas observações - conselhos, vá que sejam - não costumam ser bem recebidos por aqueles a quem se dirigem.

          Quanto aos namorados pornofotógrafos, esses são malandros de escol, colecionadores de troféus. São canalhas completos, canalhas de Nelson Rodrigues, do começo ao fim de cada uma dessas tristes novelas. Canalhas ao fotografar e canalhas ao divulgar as fotos. Quanto às jovens, pensando sobre a força determinante dessa decisão de se deixarem fotografar assim pelos namorados, percebi que existe algo contraditório aí. De um lado, a jovem está dando prova a si mesma de um rompimento com a cultura da geração anterior. Ela é jovem, autônoma, moderna, liberal e se deixa fotografar como bem entende. De outro - e aqui se esconde a contradição - ela está servindo ao machismo e não à autonomia da mulher! Essa jovem, que se crê autônoma, moderna e liberal, se oferece ao altar do machismo. Ao coisificar-se, serve-o.

          Nos meus tempos escolares, volta e meia aparecia alguém com uma revista Playboy. Rapidamente, os varões da sala nos agrupávamos em torno da mesa e contemplávamos aquelas desfrutáveis deusas da beleza. Nossas colegas do sexo feminino irritavam-se e esbravejavam. Conosco? Para nós? Não. A irritação delas era direcionada para as modelos da revista, para aquelas mulheres, jovens como elas, que se dispunham ao papel de objetos sexuais para agrado e consumo dos rapazes que as folheavam e delas faziam páginas viradas.

          Meio século atrás, minhas colegas sabiam mais sobre si mesmas e sobre sua dignidade. Eram mais sensíveis e mais valentes no enfrentamento do machismo do que certas mocinhas do século 21. 


* Percival Puggina (69) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+ e membro da Academia Rio-Grandense de Letras.




O QUE IMPORTA.
 

Entre as fantásticas obras escritas por Fernando Pessoa uma das frases que mais gosto é: "Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto".

Em determinado período de minha vida comecei a escrever sobre um assunto específico - o direito de propriedade -, que me interessava ideologicamente e ao qual me dedicava, em função de um cargo que ocupava.

Há alguns anos, porém, tenho escrito a respeito do que penso ou sinto sobre os mais variados assuntos. Essa mudança ocorreu principalmente após um acidente, que me levou à cama por praticamente dois anos e então, tinha tempo de sobra para refletir sobre minha vida e as pessoas que me cercavam.

Como poli traumatizado, por diversas vezes fui questionado sobre as dores dos ferimentos, mas elas sempre foram muito menores daquelas sentidas pelas descobertas que realizava com minhas observações e pensamentos.

Quando comecei a escrever, os comentários das pessoas eram realmente intrigantes, como o de um conhecido, que ao saber que havia escrito o texto "O homossexualismo na sociedade brasileira" me questionou: "Uai João, mas você entende sobre esse assunto?".

Explicar para uma pessoa que meu texto tratava do comportamento social de forma histórica, no decorrer de séculos, narrando inclusive trechos bíblicos, criaria situações até constrangedoras, pois para algumas pessoas, é difícil entender que foi por meio da história, da literatura universal e das observações que possuímos todo o conhecimento hoje existente.

Mesmo antes da invenção da escrita, o conhecimento adquirido através das observações foi passado por gerações, mas a com a escrita tudo ficou mais fácil. Ela não transmite apenas conhecimentos. Pode transmitir muitas outras coisas, como os sentimentos e é nesse campo que muitos se realizam, pois escrevendo, conseguem expressar melhor o que pensam ou sentem.

Com as novas tecnologias da comunicação, abriram-se espaços inimagináveis uma década atrás. Atualmente, qualquer um pode escrever o que pensa sobre qualquer assunto e em segundos poderá estar sendo lido e debatido em outro continente.

Quem gosta de escrever e hoje utiliza a internet, há alguns anos não imaginava que poderia, em segundos, transmitir a tantas pessoas, o que pensa ideologicamente ou o que sente em relação aos amigos, filhos, netos, um relacionamento, uma paixão ou um amor.

"Escrever é fácil, você começa com maiúscula e termina com ponto. No meio, você coloca ideias", escreveu Pablo Neruda.

"Buscamos, no outro, não a sabedoria do conselho, mas o silêncio da escuta"... "Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha"... "Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa"..., escreveu Rubem Alves. 

Consciente de que, mesmo com um texto transmitindo eletronicamente para milhões de pessoas, muito poucas terão interesse no que foi escrito, escrevo simplesmente porque escrevendo me sinto bem.

A importância do que escrevo pouco importa. O que importa é escrever sobre o pouco que importa.


João Bosco Leal*      www.joaoboscoleal.com.br
 
*Jornalista, escritor e empresário

sexta-feira, 25 de julho de 2014

terça-feira, 29 de abril de 2014

1. O Clube Militar na Vida Política





                                                                                                                         

segunda-feira, 21 de abril de 2014


A Musa do Ódio



Cel José Gobbo Ferreira

Abril de 2014

A Sra. Marilena Chauí fez um interessante pronunciamento na presença da figura mais
repugnante que a política brasileira já produziu nos últimos tempos, ou seja, desde a
chegada de Pedro Álvares Cabral:

https://www.youtube.com/watch?v=FpSO-pWoTr0&feature=youtu.be

Ele é muito interessante por desnudar o que vai pelo coração daquela senhora. E por
mostrar que o grande timoneiro do PT aprova aquela posição. Respeito integralmente a
opinião de ambos. Eu sou de classe média, e a classe média é democrática.
O vídeo é precioso! Deixa completamente claras a ideologia do PT e complementa
aquele outro da Sra. Maria do Rosário em uma reunião da OAB em Petrópolis.
Levando em conta os dois, fica claro que o PT é um partido cujo hino nacional é a
Internacional Comunista. Fica provado que a força motriz desse partido é o ódio. E fica
demonstrado que esse ódio é usado para alimentar a luta de classes.
Mas ela não deixa de ter razão.
Realmente a classe média é fascista. Tão fascista que permite democraticamente que
aquela Sra. diga todas as sandices que disse sem sequer cogitar de enviá-la para um
Gulag qualquer.
Não há como negar: a classe média é terrorista. Imaginem: ela trabalha!!! Pode haver
terrorismo maior, atrocidade mais pungente, agressão mais desumana ao PT, um partido
de trabalhadores que não trabalham, de estudantes que não estudam e de intelectuais
analfabetos?
Finalmente, é envergonhado e de cabeça baixa que assumo: a classe média é ignorante.
Pois não é que ela permitiu que um partido tão asqueroso, desonesto e incompetente
como o PT chegasse ao poder? E lá ficasse por tanto tempo?
Na comemoração de seus dez anos de governo, o PT se vangloriou de que nunca antes
na história desse país houve uma promoção social tão maciça. Milhões de pessoas
passaram da classe D para a C, ou seja, ingressaram na maldita classe média.
Pobrezinhos! Melhor lhes fora ter ficado onde estavam. Eram amados por essa musa do
PT. Agora são odiados. Devem estar chorando dia e noite.
Como cidadão, o que ela disse não me trouxe novidade nenhuma. Como ser humano,
meu sentimento é de piedade por quem guarda tanto ódio no coração (é o velho
sentimentalismo da classe média, fascista, terrorista e ignorante...).
Feliz Páscoa Sra. Marilena Chauí. Que a Ressurreição do Cristo possa abrandar esse seu
coração e trazer-lhe um pouco de paz.
São os votos deste cidadão de classe média.

Visite a página da Chapa Monte Castelo:

                           http://www.monte-castelo.org/






quarta-feira, 9 de abril de 2014



CHAPA MONTE CASTELO


"A comissão da calúnia dispara tiros de inquietação contra nossas posições e não recebe
fogos de contrabateria.
Até quando vamos apanhar calados? É hora de começar a estruturar nossa militância.
E isso cabe a nós, da Reserva! Chega de jogar responsabilidades nos ombros da Ativa
enquanto permanecemos em atitude contemplativa e crítica. Não há como colher os
frutos da vitória sem fazer o mínimo esforço para plantá-los.
Temos a formação e a capacidade suficientes para criar uma estrutura que nos ofereça
segurança para o exercício de nosso direito de protestar contra a destruição dos valores
que prezamos e de trabalhar por aquilo em que acreditamos."

Trecho de um dos artigos do Cel. José Gobbo Ferreira, candidato à Presidência do Clube Militar pela CHAPA MONTE CASTELO.

Consulte as propostas da chapa, esse e outros artigos na página:
 
http://www.monte-castelo.org/

quarta-feira, 2 de abril de 2014



Quem hoje ergue o cálice.

João Pequeno

 

“Eu decido quem pode participar”, berrou o militante do PCO ao tentar impedir o trabalho do repórter Caco Barcellos, da TV Globo em uma das manifestações “pacíficas” de junho passado. “Eu sou o povo!”, gritava, com todo seu espírito democrático. De lá para cá, só piorou e até morreu gente, de tanta conivência”.
Na última sexta-feira, a PGR aceitou denúncia do PC do B contra Rachel Sheherazade, âncora do SBT, por achar “até compreensível” reação do grupo que prendeu um ladrão adolescente pelo pescoço. É bem diferente de justificar, mas o partido inventa que ela estimula as pessoas a “sair por aí julgando e executando” e quer ver a opinião dela “investigada”.
A legenda criada para elogiar o legado de Stálin, que executou milhões por crimes de opinião, pode levá-la ao destino do colega José Neumanne Pinto, crítico do Planalto recém-demitido.
Os 50 anos do golpe caem como luva para a militância que, desde antes, só queria uma outra ditadura, de sinal trocado. Não à toa, hoje apoia o uso de médicos cubanos sem o direito sequer de ir-e-vir e com o salário quase todo apreendido pelo regime dos Castro e, no mínimo, se omite sobre mortes e denúncias de tortura na Venezuela.
Você pode até achar que isso tudo é democracia “até demais” e que a ameça vem de 1 (um) deputado ou 1 (um) professor, não das turbas que, cheias de Gramsci e vazias de Voltaire, lhes deram um “cale-se!” aos gritos. Pensando bem, ontem foi o dia perfeito para isso.

Publicada originalmente em 2 de abril de 2014 no jornal Destak

PS: No jornal impresso, a frase "eu sou o povo" saiu como "eu sou povo", o que pode ter confundido seu sentido, da arrogância de se colocar no lugar de quem decide pelos demais
PS2: Outra enorme ameaça foi aquele arremedo pífio de marcha 2.0, bem resumido por Felipe Moura Brasil

Transcrito do Blog "Registros de Ocorrência" do próprio autor:

 http://joaopequeno77.blogspot.com.br/