quarta-feira, 28 de setembro de 2011

MÁ REDAÇÃO, DÚBIA INTERPRETAÇÃO

Aileda de Mattos Oliveira*

(28/9/2011)

Se a clareza é necessária na elaboração de uma simples mensagem, imprescindível se torna, na produção de um documento oficial, tendo em vista os resultados que podem advir da interpretação de conceitos malformulados, de situações temporais maldefinidas e de períodos malconstruídos.

Dois casos, apenas, entre outros, são avaliados, como exemplos, e retirados do pobre manual estratégico jobiniano.

Não há como compreender o emprego do modo futuro, em certas partes da redação da END. É uma forma de postergar ações que devem ser imediatas, pois é um pensamento permanente a defesa da soberania nacional.

A escritura redigida no modo presente, em qualquer momento de sua leitura, mantém a sua vigência garantida, e imutável a posição política do país em relação à sua independência. Isto porque o chamado ‘presente histórico’, atemporal, efetiva, de maneira indefinida, a firme palavra decisória da nação sobre o seu território, ante os potenciais poderes usurpadores.

A par disso, o presente imprime, na voz da entidade que responde pela segurança nacional, o real espírito de que está imbuído o órgão, de mostrar-se dinâmico, relegando ao passado este burocrático ‘amanhã’, que será tarde demais. Não esperem uma guerra; a ocupação da Amazônia é silenciosa.

Dita o Decreto 6.703/8, na parte que se refere a O Exército Brasileiro: os imperativos de flexibilidade e de elasticidade, que “A defesa da região amazônica será encarada, na atual fase da História, como o foco de concentração das diretrizes resumidas sob o rótulo dos imperativos de monitoramente/controle e de mobilidade.

Há uma distância sideral e semântica entre “será encarada” e ‘é encarada’ que tende a afetar, politicamente, um país malgovernado, como o Brasil. No primeiro caso, foram lançadas para um futuro incógnito, ações que serão inócuas, pela marcha acelerada dos acontecimentos. No segundo, as adequações estratégicas são imediatas e, portanto, sempre reavaliadas, de acordo, pois, com o ciclo das mutações das relações internacionais, tão transitórias, nos últimos tempos.

Sendo a fase histórica, “atual”, como diz o texto da END, a defesa da região amazônica tem, pela razão mesma da contemporaneidade da fase citada, que resultar de um planejamento dentro das circunstâncias do momento, e não de um projeto para um “será”, continuamente, futuro.

Contudo, não se limitam ao entrevero entre os tempos verbais as frestas por onde podem penetrar os tentáculos dos artifícios jurídicos manipulados, ardilosamente, pelos retóricos a serviço de quem quer que seja. As brechas surgem, também, nas frases intercaladas, à guisa de explicações, aparentemente, inúteis, ou matreiramente, capciosas.

Aliás, no mesmo trecho mencionado, desnecessária a inclusão de “na atual fase da História”, por estar a defesa da nação, sempre em primeiro plano, em qualquer tempo, em qualquer governo: [‘A defesa da região amazônica é encarada como o foco de concentração...’]

Na parte referente a Priorizar a região amazônica, a afirmação de que o Brasil “Não permitirá [outra vez o futuro] que organizações ou indivíduos sirvam de instrumentos para interesses estrangeiros – políticos ou econômicos – que queiram enfraquecer a soberania brasileira. Quem cuida da Amazônia brasileira, a serviço da humanidade e de si mesmo, é o Brasil.”

Deixa-se de lado, agora, a aversão aos verbos, manifestada pelos redatores desta paralítica END. O que reverbera aos olhos do leitor atento é a frase final, afirmativa, de que o Brasil “cuida da Amazônia brasileira´, para si mesmo, o que deveria ser óbvio e que se deseja confirmada na concretude das atitudes governamentais. Porém,“a serviço da humanidade”, considera-se uma excrescência monumental. Peca, ainda, este período, pela primazia dada aos cuidados com a Amazônia “a serviço da humanidade” para, posteriormente, então, estar a serviço “de si mesmo”.

Os esclarecimentos se fazem necessários sobre a razão pela qual o Estado brasileiro “cuida” da mais rica região do mundo, primeiramente, “a serviço da humanidade”. Afinal, a Estratégia de Defesa é nacional e não transnacional. Coincidentemente, o verbo está no presente. Não acreditando em governos e em suas intenções, não considero coincidência, mas um propósito definido, a fim de responder aos interesses da farsa ecológico-ambiental, desde já sendo acatada.

A interpretação de um texto que visa à defesa do território nacional deve ser imediata, sem ambiguidades que venham a se tornar a chave para a obtenção do tesouro ambicionado por nações mal-intencionadas e, historicamente, dadas às invasões e às conquistas.

Sem nenhum interesse pelo trocadilho, a END é o fim, pela ausência de substância contextual, de autenticidade nas palavras e de credibilidade de propósitos.

(*Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa. ADESG; ESG. Articulista do Jornal Inconfidência. Membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)


Recebido por e-mail.



"A CORRIDA FRENÉTICA DO HIPERPRESIDENCIALISMO"!


Trechos do discurso do acadêmico Eduardo Portela, saudando o novo acadêmico Merval Pereira - setembro de 2011.

1. Há que barrar a corrida frenética do "hiperpresidencialismo", do parlamentarismo desidratado, e dos aparelhos ideológicos de Estado. A tripartição dos poderes, que foi um dia o sonho republicano, não se encontra menos abalada. Aliás, a cada dia, somos perigosamente tolerantes com a ausência de delimitação de fronteiras entre o público e o privado.

2. São subprodutos da ciclotimia do poder, que vai desde a anorexia intelectual generalizada até o neopopulismo expansionista, na verdade o paleopopulismo, orientados e conduzidos pela propaganda enganosa. Os produtos oferecidos nas prateleiras eleitorais estão, em geral, falsificados. E porque falsificados, falsificam. É quando imaginamos oportuno recorrer à competência de algum especialista em teoria do caos. Porque a democracia brasileira vem operando no vermelho. Até quando? Não se sabe. Ela tem fôlego de gato.

3. Democracia, mais do que um conceito, é o caminho. A morte da opinião, o controle do repertório temático, camuflado ou explícito, conduzirá inevitavelmente à parada cardíaca da democracia representativa. A própria ideia de representação vai sendo acometida pela falência múltipla dos seus órgãos. No lugar de uma sólida democracia representativa, o que se percebe é o baixíssimo nível da representatividade, a produção viciada dos diferentes poderes, apontando para a decisão dos patrocinadores, sejam eles laicos ou religiosos.

4. A corrupção na democracia e, o que é mais grave, a corrupção da própria democracia, estimula distúrbios e transtornos de consequências imprevisíveis. Constantemente nos deparamos com a máquina insana de desmantelamento da democracia. Mas ela só se desmantela quando, insisto, a representação é ilícita, e a representatividade, ilegítima.

5. Na outra margem do rio, aguarda a convocação da consciência emancipatória, necessariamente dialógica e múltipla, em condições de sustentar o avanço histórico. Como consequência primeira devemos pôr no lugar da assembleia de locutores desconectados, o pódio de interlocutores qualificados.

6. A organização partidária vem sendo naturalizada, em vez de historicizada. Vai se tornando natural o uso abusivo do aparelho administrativo público, das licitações fraudadas, do lobismo desfigurado, dos discutíveis, até hoje jamais discutidos, dízimos partidários. A transparência se assemelha àquelas moedas que foram retiradas de circulação.

7. A aceleração inóspita do Estado provedor traz, dentro de si, as ameaças do Estado autoritário, sem os benefícios do Estado previdência. Enquanto isso o país se apresenta como forte candidato à medalha de ouro na olimpíada internacional da sobrecarga tributária.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 28 de outubro.

Comentário:
Normalmente postamos matérias de variadas origens, que, evidentemente, estejam coerentes com os objetivos do Blog, evitando postar seguidamente aquelas de mesma fonte. Entretanto, devido a relevância dos assuntos tratados, postamos dois textos seguidos, extraídos do Ex-Blog do César Maia. Leiam e reflitam, por favor, nossa LIBERDADE está em jogo.


terça-feira, 27 de setembro de 2011


A FALÁCIA E A GRAVIDADE DO VOTO EM LISTA NO BRASIL!



1. Acompanhando as últimas eleições na América Latina e a dinâmica partidária dos últimos anos, a conclusão é uma só. A introdução do voto em lista no Brasil seria o caminho inexorável para um regime autoritário com o PT caminhando para um sistema de partido único, exponenciando o regime de executivo hegemônico, tão comum no continente.

2. Com a exceção do Uruguai, do Chile, da Costa Rica e do México, que tem uma estrutura estável de partidos, em longo prazo, com um quadro ternário (Uruguai, México e Costa Rica), ou quaternário (Chile), nos demais países o voto em lista está liquidando com a separação entre eleição parlamentar e presidencial, produzindo um efeito-arrastre da segunda sobre a primeira. Isso se viu claramente nas eleições peruanas de abril e guatemaltecas de setembro, ambas em 2011.

3. Mas há um efeito ainda mais grave. A organicidade política, a desideologização, o poder pelo poder, o clientelismo e o patrimonialismo fragilizam o mandato parlamentar. Com isso, sempre que o líder governante e seu partido tenham vocação hegemonista, o quadro partidário se dissolve, seja em relação aos partidos que dão apoio ao governo, como os de oposição.

4. Se "mensalarizar" assalaria o exercício do voto dos parlamentares, muito mais seria o voto dos convencionais articulados com esses. Com isso, inscreve-se num partido quem quiser e se constrói a lista partidária. A facilidade com que se faz isso pelo continente explica a quantidade de partidos que são criados para fugir do assalto a seus partidos anteriores.

5. Uma coisa é num sistema pluripartidário, como o brasileiro, em que o partido de maior representação parlamentar tem 16,5% e o voto é nominal. Outra coisa seria um partido ter 30% do Parlamento e o voto ser em lista. Em pouco tempo, estrutura partidária estaria transformada em sublegenda daquele partido, se ele tiver pretensões hegemonistas, como é o caso do PT. Basta ver a formação do ministério de seus governos, das estatais e dos espaços de máximo poder financeiro, como os fundos de pensão das estatais, a Petrobras, Banco do Brasil, CEF... Isso sem falar na prática de entregar a cabeça do ministério a um partido e o cérebro, os pulmões, coração, fígado, pernas e braços ao PT.

6. Na Argentina, nas eleições parlamentares de junho de 2009, os Kirchners perderam o controle do congresso. Durou pouco. Aliás, na Argentina, há um curioso método de engordar as listas. São os candidatos "testemunhais". Nomes de destaque, inclusive com cargos nos executivos ou legislativos dos três níveis, que são inscritos como cabeças de listas. Após a eleição, renunciam ao mandato com a garantia da lista inchada pelos votos a ele. Isso de forma aberta. Na Argentina a impopularidade da presidente foi corrigida em dois anos, sob o impacto da morte de seu marido, do hegemonismo do executivo, da propaganda descarada e da perseguição à imprensa e dos abusos fiscais.

7. Aprovar o voto em lista no Brasil, mesmo com a armadilha de valer (agora!) para metade dos eleitos, será um suicídio coletivo, tipo Jim Jones, para todos os partidos relevantes como PMDB, DEM, PSDB, PTB, PSB, PP, PDT, PR. Será a "tiriricação" da política brasileira, só que os palhaços serão esses partidos. E todos nós.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 27 de setembro.


terça-feira, 20 de setembro de 2011


BRAÇO FORTE, MÃO AMIGA
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Não haverá força humana que consiga aniquilar a consideração e respeito do povo por suas Forças Armadas, pois elas receberam a missão divina de proteger a "Pátria do Evangelho".




domingo, 18 de setembro de 2011


EM DEFESA DA DEFESA.



Aileda de Mattos Oliveira*

Um país para defender-se, necessita atacar, de frente, as deficiências infraestruturais dos governos para a salvaguarda de sua própria soberania, num reconhecimento de que as contingências internacionais não permitem mais que seja postergada a sua maturidade política.

Ignorar essas deficiências é alimentar a ousadia de ‘aliados’ poderosos que devem se surpreender com a colonial e ingênua postura dos intelectuais brasileiros que, em plena competição armamentista em níveis tecnológicos avançados, ainda se nutrem do mito de “povo pacífico”, tornado clichê, até mesmo pela imprensa, pobre de reflexão.

Não importa o pacifismo de um povo; o perigo reside na beligerância de outros. Indispensável, portanto, a conscientização de que o Brasil não é somente um território continental, como a sociedade ainda imagina na sua concepção de fronteiras, limitadas às linhas do mapa escolar. Hoje, o Brasil é um rico conglomerado de terra e mar, de imensas fontes de minérios e de uma invejável biodiversidade, reserva que se mantém observada por outros olhos, já que as mãos devastaram, por ignorância e avidez comercial, o próprio quinhão que lhes dizia respeito.

Há urgência em definir quais os objetivos a serem perseguidos quanto à representação política do país no cenário internacional. Afinal, que papel irá desempenhar ante as imposições externas, e como eliminar, sem demagogia, as necessidades materiais internas, para fazer jus à denominação de potência? É necessário, de imediato, um programa de governo que atenda a todos esses reclamos relacionados à defesa do país.

Mais acelerada urgência se impõe no que respeita às estratégias de defesa, cuja execução deve, de imediato, alçar voo, desligando-se a sua formulação sistêmica da letra morta do Decreto que lhe deu vida. A consumação das ações governamentais depende, e muito, da participação efetiva da indústria, que deve voltar-se para a produção de material bélico, eufemisticamente denominado ‘de defesa’, sem o qual não há como manter-se uma diplomacia eficaz, por ser o instrumento de dissuasão, na retaguarda, nas mãos silenciosas, mas atentas, das Forças Armadas.

Cabem a elas, Forças, a função constitucional de manter livre a nação de qualquer ameaça que venha pôr em desequilíbrio a organização política e a integridade territorial. Assim, embora haja os que se conservam prisioneiros do provinciano raciocínio de que o dinheiro para o reaparelhamento das Forças é indispensável ao atendimento de outras necessidades, esquecem-se de que neste desvio de prioridades, estão as verbas que sustentam as veleidades políticas.

A defesa da nação deve ser prioridade governamental, em respeito à herança recebida dos responsáveis pela sua unidade territorial, resultado de embates constantes, a partir dos tempos de Tordesilhas, incansáveis lutas de ontem que permitiram-na manter-se num só todo linguístico e alcançar a atual projeção geopolítica que, com erros e acertos diplomáticos, conseguiu conquistar.

A nação está, portanto, submetida à custódia dos governos que se elegem, mas dependente, sempre, da vigilância das Forças Armadas, pois é um patrimônio inalienável de um povo que escolheu os primeiros para cumprirem a tarefa de sua proteção com a constitucional presença, sempre alerta, das Forças.

Atacar, de imediato, os óbices que entravam a normalidade burocrática, já é o começo de pôr em prática a defesa do país.

(*Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa. ADESG 2008 (CEPE XXXIV); ESG 2010 (CLMN)

Membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)

Recebido por e-mail.

Alerta Total: O Dinheiro do Futuro

Alerta Total: O Dinheiro do Futuro:

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Pedro Chaves Com a evolução da informática no Brasil, hoje vemos a todo instante, cenas ...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011


O que nos pertence


Recebi um texto bastante interessante sobre uma pessoa que havia morrido intempestivamente e iniciou um bate papo com aquele ser diferente, a morte, que havia vindo buscá-la. A pessoa perguntava então sobre o que poderia levar, desde bens materiais, amigos, até o próprio corpo.

As respostas, sempre negativas, mas explicadas com delicadeza, davam conta que os bens materiais não lhe pertenciam, só haviam sido emprestados, os amigos eram peças do caminho, os filhos, do mundo, o corpo, da terra e, finalmente, concluindo que literalmente nada levaria, perguntou então o que na vida que acabara fora realmente dele. A resposta foi que dele sempre foi cada segundo de existência, o tempo.

Refletindo sobre o texto, percebi sobre como nunca me preocupei com a única coisa que realmente me pertence, o tempo, que pode ser utilizado como e quando eu quiser.

Sobre o tempo passado, penso que poderia ter brincado, estudado, lido, trabalhado, ou qualquer outra atividade em maior ou menor quantidade do que fiz, mas isso agora já não interessa, pois não há como mudar.

Cuidar mais ou menos da saúde, beber, fumar ou praticar esportes, em qualquer quantidade, também é uma opção de cada um e o que fiz com essas alternativas também não poderá ser alterado.

Desenvolvendo raciocínios como esses, acabo percebendo coisas que poderia ter feito de outra maneira e quantas repetiria, mas que minha única alternativa atual é, analisando esse passado, tentar corrigir as escolhas erradas e fazer muito mais das que acertei.

Seria insensatez repetir erros que já me convenci realmente terem sido erros, como voltar a fumar quando já havia parado. Mas vejo pessoas conscientes, maduras, repetirem erros como esse, com as mesmas desculpas sempre utilizadas por todos, que estavam em uma fase difícil, ansiosos, etc..., sem pensar no bem mais precioso que possui: a vida, ou na daqueles que os cercam, como seus filhos.

Depois de determinada idade, nossa vida passa a incluir outras pessoas, como esposa, filhos e até netos, que não podem nos impedir de realizar nada, mas sofrerão as consequências de nossos erros, como uma doença provocada por bebidas ou cigarros, o que imagino ser motivo suficiente para que todos tenhamos mais responsabilidades com as decisões que tomaremos, em qualquer área, de relacionamento, comercial ou de lazer.

Os prazeres terrenos como os da leitura, esportes, aventuras ,ou mesmo os físicos, são incontáveis e cada um de nós possui o dom de poder escolher o que mais lhe agrada, mas, quando isso envolve outras pessoas, é necessário também levarmos em consideração os riscos de nossas opções, para que suas consequências não afetem exatamente aqueles a quem mais queremos bem.

Já errei bastante em muitas áreas e não me arrependo de praticamente nenhum deles, à exceção daqueles que hoje percebo, provocaram dor em meus filhos, como meu recente acidente e suas consequências. Entendo agora que um dos prazeres por mim escolhido, as viagens de moto, foram fantásticas, me deram muito prazer, mas também provocaram sérias consequências, em mim e nos meus.

Como desde nosso nascimento estamos cada vez mais próximos da conversa com aquela que virá nos acompanhar na última viagem, precisamos estar sempre atentos para a única coisa que realmente nos pertence: nosso tempo e como o utilizamos.

Vivendo sem muito querer, mas nunca deixando de tentar tudo o que se quer, ser ou ter, seremos e teremos tudo o que pudermos ser, ou ter, sem provocar dor em nossos próximos.

João Bosco Leal

www.joaoboscoleal.com.br


BLOG DO ALUIZIO AMORIM: COMISSÃO DA VERDADE? OS SUBVERSIVOS QUE APRENDIAM ...

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Se não há nenhum senador e deputado da Oposição para dizer eu digo: a verdade é que se não fossem os militares terem tomado o poder em 1964,...

domingo, 11 de setembro de 2011


POBRE AMÉRICA LATINA !


Aristoteles Drummond, jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro

Neste mundo globalizado, nos meus mais de 40 anos de jornalismo, tenho visto as coisas em geral piorarem. A lembrança me ocorre diante da atual safra de governantes na América Latina e até mesmo nos EUA, democracia de referência, que, nessa onda de populismo barato, levaram um despreparado à Casa Branca.

A Argentina, que visitei há dias, entristece de ver dominada pela mais baixa corrupção, demagogia e uma volta ao pior dos anos do peronismo. Uma população com bom nível de educação, com bons hábitos culturais, entregue a um grupo político que promete continuar no poder. Empobrecida e sem esperança, sem elites unidas e conscientes, deixou-se entregar. Um motorista de táxi alegou que votaria na continuidade para que a bomba da crise estourasse nas mãos da presidente. Faz sentido, na medida em que a taxa de inflação é maquiada, a imprensa perseguida – caso do El Clarin – e a indústria não tem competitividade.
Salva a situação um bom turismo, muito superior ao nosso, os preços do trigo, a recuperação da pecuária de alta qualidade, produtividade, a autossufiência e a exportação de petróleo. Mas permanecem problemas na energia elétrica e credibilidade para atrair investimentos depois do calote espetacular.

O panorama em outros vizinhos não é muito diferente. Venezuela, Bolívia, Paraguai e Equador competem nos erros e equívocos. E podem receber o reforço do Peru, cujo governo tem pouco mais de um mês. Salva-se o bom senso do Chile, apesar da agitação das esquerdas manipulando estudantes e, surpreendentemente, o equilíbrio que vem demonstrando o presidente do Uruguai.

O Brasil poderia representar um papel importante nesse quadro, passando a ser o fiador de avanços econômicos, políticos e sociais da América do Sul, caso não tivesse uma ala do governo que não esconde sua simpatia pelos exóticos, mesmo que a alto custo para o nosso país. Só temos perdido e podemos perder mais ainda se entrarmos no tal fundo que querem formar, com nosso dinheiro, para tapar buracos que jamais serão reembolsados. A crise vem aí e vai pegar a todos. Não podemos, portanto, permitir que os afogados tentem se agarrar em nós e captar recursos que nos serão sempre úteis para nossa economia enfrentar a turbulência mundial.

Nossos problemas são de fácil solução, resolvendo a questão cambial e dos juros, e principalmente investindo na infraestrutura que limita toda e qualquer possibilidade de um crescimento real por dois ou três anos seguidos. Energia, transportes (estradas, portos e aeroportos) e foco na educação, no treinamento de profissionais e técnicos. Esta é a receita.
Nossa presidente é, de longe, a de melhor comportamento, em todos os sentidos, dentro desse quadro. Sabe gerenciar, tem bom senso e boas intenções. Mas tem de tomar cuidado com a parte de sua equipe que prefere o diletantismo revolucionário e ressentido a um trabalho objetivo e pragmático.

Todo cuidado no comprometimento com esses vizinhos e amigos será pouco. Diante da crise, nossa posição é bem diferente da deles.


Transcrito da página do jornalista Aristóteles Drummond:

http://www.aristotelesdrummond.com.br/



Alerta Total: Manifesto à Nação pela Academia Brasileira de Defe...

Alerta Total: Manifesto à Nação pela Academia Brasileira de Defe...:

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Ivan Frota 7 de setembro de 1822. Nesse dia, com o Grito do Ipiranga, a Nação Brasileira...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Responsabilidades paternas


Na semana passada viajei para visitar meus netos e confesso que talvez essa seja a coisa que, no passado, deveria ter feito com muito mais freqüência, apesar de que praticamente durante metade de sua idade atual estivesse impossibilitado por reais motivos de saúde.

Mas como nenhum passado pode ser refeito, o importante é tratar do tempo que dispomos atual e futuramente, aproveitando as possibilidades, como a de observar a fantástica semelhança de preservação e continuidade que existe entre os seres humanos, os animais e vegetais.

Como homem criado no campo e acostumado a comparar tudo o que observo no ser humano com o que ocorre na fauna e flora, vejo a maravilha da natureza em cada detalhe dos movimentos e sons emitidos pelos netos.

Reconhecer nos netos características de seus filhos, como morder a língua levemente exposta ao executar tarefas simples, como apertar um parafuso, ou o formato da cabeça de outro, que quando olhada por trás é exatamente como a do avô, chega a ser engraçado, mas é uma coisa maravilhosa quando pensamos em transmissões genéticas.

Um se parece mais com a família materna e outro com a paterna, mas todos carregam características das duas famílias, seja aparentemente, no comportamento, ou até no jeito de falar. Assim como nossos filhos, os netos são diferentes entre eles, mas todos carregam características familiares que os marcarão para sempre.

Essas características são transmitidas geneticamente, mas nossa responsabilidade começa depois destas, com os ensinamentos em casa, complementados pelas pelos das escolas, companhias e ambientes que freqüentarão.

Conversando com um de meus filhos em um desses mesmos dias, surgiu o assunto, com um exemplo concreto, de como as influências externas ao lar podem alterar completamente os princípios de uma pessoa e assim, notarmos diferenças enormes de caráter e honestidade entre pessoas filhas dos mesmos pais, que receberam a mesma educação em casa, mas freqüentaram ambientes com princípios muito diferentes.

As influencias externas ocorrem em todos os campos, moral, cultural comercial e outros na formação de nossos filhos e netos, tanto o que é desejável quanto o que não seria será por eles absorvido fora do lar, apesar de existirem alguns lares, felizmente raros, onde a influência paterna é mais prejudicial do que benéfica, por serem alcoólatras, drogados, agressores e muitas outras possibilidades de exemplos terríveis para a criação e formação de uma criança, quando toda influencia externa provavelmente seria melhor que a do lar.

Geralmente, até por amor, os pais influenciam de maneira positiva a criação de seus filhos, mas precisam estar conscientes de sua responsabilidade não só dentro do lar, como também das escolas e ambientes frequentados pelos mesmos, o que não é uma tarefa simples, implicando na participação intensiva dos pais em todos eles.

Os princípios morais, éticos, religiosos, de educação, respeito e saúde, são de fundamental importância no contexto geral da formação de um jovem e precisam ser entendidos dessa forma pelos pais, pois aqueles com formações sólidas nesses aspectos dificilmente se envolverão com os problemas mais graves da sociedade atual.

Os veículos de comunicação ultimamente têm mostrado, com bastante freqüência, comportamentos sociais no mínimo diferentes do que os pais e avós atuais estavam acostumados a ver e isso pode e deve ser debatido nos lares, entre pais e filhos, até para que entendam que aceitar uma escolha é diferente de achá-la o normal.

Como pais e avós, precisamos entender que a formação familiar é, e continuará sendo, a principal base de toda sociedade, independentemente da religião, regime político, ou posição social e cultural de cada indivíduo.

João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br


Recebido por e-mail.


Alerta Total: O Submundo do Governo

Alerta Total: O Submundo do Governo:

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Maria Lucia Victor Barbosa

Em 1914, Robert de Jouvenel dá o título de “O quarto poder” a...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011



DILMA: IMAGEM E CORRUPÇÃO!


1. Apesar de todo o noticiário destacando a faxina e as qualidades relativas da presidente Dilma, o fato é que as pesquisas disponíveis mostram que os fatos salpicaram na sua imagem e de seu governo quanto à corrupção. A tradução do eleitor médio não foi a mesma versão dada pela imprensa e pelas elites políticas e empresariais. E não salpicou pouco. E o governo sabe disso.

2. (Folha SP, 31) Uma campanha oficial do governo na TV usa a imagem da sede do Ministério dos Transportes para exaltar o combate à corrupção como marca da administração Dilma Rousseff. Na peça, de 33 segundos, a frase "o governo combate a corrupção, controla gastos e investe bem" é acompanhada da imagem de um dedo indicador sobre o prédio onde ficam os ministérios dos Transportes e das Comunicações. Dele, desce uma faixa com a inscrição "fazer mais com menos". A campanha será exibida até 16 de setembro.


Transcrito do Ex-Blog do César Maia.