sábado, 28 de fevereiro de 2009



A DESMORALIZAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS.


Edição de Artigos de Sábado do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com



Por Jorge Serrão

O desgoverno do Foro de São Paulo resolveu acelerar seu processo de propaganda ideológica para desmoralizar e “demonizar” as Forças Armadas. Elaborada nos moldes do marketing de guerra bolchevique-nazista, a estratégia geral consiste em produzir efeitos psicossociais, em curto e médio prazo, para diminuir e colocar em dúvida o respeito que a opinião pública tem pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

A principal meta é reverter os resultados de uma pesquisa de opinião divulgada semana passada, feita com 1.200 entrevistados pela Fundação Getúlio Vargas, constatou que as Forças Armadas ocupam o primeiro lugar no índice de confiança, na comparação com outras 17 instituições.

A campanha de destruição de imagem tem três objetivos fundamentais. O primeiro é jogar a opinião pública contra as “legiões” para que seus integrantes se sintam intimidados a reagir contra o processo revolucionário inegavelmente em marcha. O segundo é vender à sociedade a imagem de que as Forças Armadas precisam sofrer reformulações radicais em suas bases, conforme algumas propostas de mudança contidas na Estratégia de Defesa Nacional lançada recentemente. O terceiro é associar os militares diretamente ao autoritarismo, pintando-os como entraves constantes para a “democracia”.

Quatro ministros do governo Lula lideram diretamente a campanha de desmoralização contra as Forças Armadas: Tarso Genro (Justiça), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Dilma Rouseff (Casa Civil e potencial presidenciável) e Franklin Martins (Comunicação). O governo agora prepara um comercial de televisão em que aparecerão mães de desaparecidos políticos, nos tempos dos governos militares (1964-1985), segurando fotos dos filhos e chorando que não querem morrer sem saber o paradeiro deles.

O comercial tem duas intenções. A primeira reforçar a tese de que o Supremo Tribunal Federal tem de rever a abrangência da Lei de Anistia (Lei nº 6.683/79). A segunda é preparar o lançamento, até maio, de um sistema de acesso a dados de 14 arquivos estaduais, chamado Projeto Memórias Reveladas. O governo publicará um edital para convocar donos de acervos particulares a transferirem documentos sobre o período pós-64 para arquivos públicos.

Ontem, inclusive, o ministro Paulo Vanucchi voltou a pedir que a “sociedade civil” intensifique a pressão para que documentos e informações sobre o paradeiro de desaparecidos políticos sejam revelados. Vanucchi apelou ontem que “vítimas da repressão do regime militar”, seus familiares e entidades de classe, devem entupir o STF com ações judiciais em massa contra a Lei de Anistia e pedindo punição para “os torturadores”. Propagandisticamente, o termo genérico “torturadores” inclui todos os militares...

Curiosamente, o chefão Lula tenta manter uma posição pública “em cima do muro”, fingindo ser diferente dos anti-militares que compõem seu desgoverno. Anteontem, Lula deu uma entrevista ao jornalista Jorge Oliveira – que dirige um documentário sobre o operário Manoel Fiel Filho, um dos mártires pós-64. Lula deixou claro que a Lei de Anistia foi aprovada pelo Congresso e deve ser respeitada. Lula ressaltou que a lei anistiou a todos, e que o governo não tem como interferir. No entanto, Lula pondera que cabe à Justiça se manifestar sobre o assunto.

A campanha contra as Forças Armadas, no entanto, tem objetivos geopolíticos e estratégicos muito mais graves. O Alerta Total publicará, na edição de domingo, com exclusividade, um documento oficial revelando o que existe por trás da Estratégia Nacional de Defesa (e não Estratégia de Defesa Nacional) lançada pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos).

Os militares terão a oportunidade de conhecer seus verdadeiros inimigos. Aqueles que os atacam agora são meros agentes conscientes da propaganda contra o Brasil.

Jorge Serrão, Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor, é Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. http://alertatotal.blogspot.com/ e http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal

Transcrito do Blog Alerta Total.

Comento:
Os cretinos não aprendem. As Forças Armadas são como massa de pão, quanto mais são agredidas, mais elas crescem. O povo não aguenta mais. Já percebeu as inverdades que são ditas para esconder a corrupção, a incopetência, a utilização dos bens publicos para gozo individual, o desperdício, a falta de planejamento, a desorientação da máquina governamental, as medidas tomadas de afogadilho e, pricipalmente, a agressão deliberada das nossas autoridades aos valores éticos que estruturam a família em particular, e a sociedade em geral.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

ESTA É A GRANDE MATÉRIA DOS ÚLTIMOS ANOS

Esta é sem dúvida a grande matéria desta quinta-feira ou, talvez, a mais importante manifestação de um titular de um dos Poderes da República, pelo menos na última década.

Finalmente alguém tem a coragem de cumprir a lei e agir da forma que se espera que aja uma autoridade pública.

O protagonista do feito é mais uma vez o Presidente do Superior Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, agora cobrando de forma enérgica a atuação do Ministério Público em relação às ações criminosas e de agitação paraticadas pelos ditos movimentos sociais, como o famigerado MST. E é bom que se diga aqui a verdade com todas as letras: esses movimentos sociais constituem grupos de agitadores, braços armados de Lula, do PT e seus sequazes.

Gilmar Mendes, em entrevista coletiva, foi mais além, advertindo que o Estado não pode financiar esses movimentos sociais que praticam ilegalidades, como a invasão de terras públicas e privadas.

Não me estenderei neste prólogo, já que transcrevo na íntegra a matéria que está no site do Estadão. Leiam:

Em reação ao "carnaval vermelho", o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse nesta quarta-feira, 25, que é ilegal o repasse de recursos públicos para movimentos sociais que invadem terras. O ministro também cobrou uma atuação mais enérgica do Ministério Público contra os invasores.

"O financiamento público de movimentos que cometem ilícito é ilegal, é ilegítimo", disse. "No Estado de Direito, todos estão submetidos à lei. Não há soberano. Se alguém pode invadir sem autorização judicial, ele se torna soberano, logo está num quadro de ilicitude", afirmou.

Em 2001, o STF analisou a legalidade do Estatuto da Terra, que proíbe o repasse em caso de invasões. Os ministros rejeitaram um pedido de liminar para que partes da lei fossem derrubadas. O fato foi lembrado por Gilmar Mendes para demonstrar que os repasses não podem ser feitos para movimentos que invadem propriedades públicas e privadas. "O tribunal rechaçou a inconstitucionalidade", afirmou o presidente do Supremo.

Mendes cobrou uma atuação dura do Ministério Público (MP) no caso. Segundo ele, o MP tem de agir para buscar a punição dos sem-terra que participaram das invasões ocorridas em São Paulo e Pernambuco e para descobrir se houve repasse de recursos públicos. "É preciso que a Justiça dê a resposta adequada, que o MP tome as providências, inclusive para verificar se não está havendo financiamento ilícito a essas instituições", afirmou.

O presidente do STF condenou as invasões no Carnaval e os assassinatos cometidos em Pernambuco. "Em geral, esse tipo de conflito começa com característica de protesto, manifestação política, e tem redundado em violências às vezes contra os próprios invasores, às vezes contra pessoas que defendem áreas ou terras. Isso não interessa à ordem pública, não interessa à paz social", afirmou.

"Eu tenho impressão de que a sociedade tolerou excessivamente esse tipo de ação, por razões diversas, talvez um certo paternalismo, uma certa compreensão, mas isso não é compatível com a Constituição, isso não é compatível com o Estado de Direito", declarou.

Em São Paulo, militantes ligados a José Rainha Júnior, dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST), invadiram no final de semana 20 fazendas, num processo que foi chamado de "carnaval vermelho". Em Pernambuco, quatro seguranças foram mortos numa chacina ocorrida no interior do Estado.

As declarações de Mendes seriam dadas inicialmente apenas a TV Justiça, mas a assessoria do ministro preferiu convocar uma coletiva. O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da assessoria de imprensa, disse que não vai comentar a entrevista do ministro Gilmar Mendes.

Transcrito do Blog do Aluízio Amorim: http://aluizioamorim.blogspot.com


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


Demissões.

Quanto mais alto o gigante maior o tombo que ele leva. Há no discurso do governo uma expectativa de que o pior já passou.( esse dircurso ai vai ser repitido mês a mês, todo mês o pior já haverá passado) A realidade é outra.

A novo debate agora é sobre as demissões na Embraer. O governo e a CUT dizem que não pode demitir que emprestaram dinheiro para a empresa, e que tem de reverter a situação dos funcionários demitidos. A empresa, bem a empresa não diz nada, demite e estamos conversados. É a realidade dos fatos batendo à sua porta. Ou ela demite ou quebra, não vende mais aviões e ponto final.

Mas o governo pode muito bem ficar emprestando mais dinheiro do BNDS, pelo menos até que a crise acabe. Se demorar a acabar, bom, sempre temos a maquininha de imprimir dinheiro. O problema é que a crise é geral, e não haverá maquininha que dê jeito.

Mas o problema do desemprego é apenas a ante-sala do palácio. O ministro do trabalho disse que as indústrias e a agricultura pararam de demitir. É verdade, não há mais ninguém para demitir. Se demitir mais as empresas apenas têm de fechar.

A segunda onda desta crise passa pela queda generalizada das vendas, e aumento generalizado de preços. O governo irá ficar numa sinuca de bico. Não vai poder baixar os juros com inflação na praça. Apesar dos lucros do tesouro especulando com o dólar, contra as empresas nacionais, que vendiam enquanto o BC comprava. A distribuição de dinheiro na praça já comeu tudo. Hoje leio a notícia de que o FAT, fundo de amparo ao trabalhador, é deficitário e não pode aumentar as parcelas do seguro desemprego para 10 parcelas. Solução? Tesouro nacional e nosso bolso.

Aposto o que vocês quiserem que em março a inflação vá ser acima de 6,5%, e daí em diante ou aumenta os juros, ou setembro a inflação já estará acima de 10%.

O governo está metendo os pés pelas mãos. Está querendo salvar todo mundo e isso não é possível. Como os nossos governantes são ignorantes, irresponsáveis, e políticos incompetentes, nossa situação não é boa.

Folgo em dizer que a festa acabou. Já estava me dando nos nervos tanta mentira, tanto sucesso com o trabalho dos outros. Vamos ver, agora que as águas são mais que turbulentas e estamos no meio de um furacão tipo 7, a competência dos nossos governantes.

O caminho é de 84 para 42 e depois -21.

Transcrito de Nathal & Candlesticks: http://nathal.zip.net/

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CONHEÇA A MENTE DE UM ESQUERDISTA
por Autor(a) desconhecido(a)

Pra começo de conversa, muitos não gostam de estudar. Foram péssimos estudantes, a maioria com várias repetências de ano. Mas são de família de classe média, onde sempre sofreram pressão pra "ser alguém na vida". Como são preguiçosos, sem disciplina e folgados precisam arrumar um jeitinho pra se dar bem, e se fazerem passar por coisas que não são.

Fingir que é culto, "engajado" e "crítico" rende pontos. Assim prestam vestibular sem concorrência, de preferência em um curso de Jornalismo, Geografia, Ciências Sociais, História ou Filosofia e começam sua carreira de charlatanismo.

Ali na universidade encontram todas as ferramentas: professores barbudinhos, livros de esquerda, palestras com "doutores" no assunto e até o assédio de políticos "guerreiros" do PT, do PC do B e assemelhados.

É claro que não estudam nada. Vivem o tempo todo no DCE, deitados no chão, passeando no campus com aquelas mochilas velhas, calças cargo, sandálias de couro, cabelos ensebados e, de vez em quando, um "lolozinho".

Alguns começam a se infiltrar nos sindicatos e nas reuniões dos sem-terra. Já começam a se achar revolucionários, reserva intelectual das massas proletárias exploradas e das causas revolucionárias.

Assim, se passam por intelectuais, cultos, moderninhos e diferentes. Sentem-se mais seguros para atacar as mulheres, achando que elas são doidas por esse tipo de gente.

Começam a ver os amigos que estão trabalhando ou cursando Engenharia, Medicina, Direito ou Administração como pobres coitados que não tiveram a chance da "iluminação".

Como não trabalham e vivem apenas de mesada e facadinhas, estão sempre lisos. Aí começa a brotar o ódio por quem se veste um pouco melhor ou tem um carrinho popular. São os eles chamam de "porcos capitalistas" ou "burgueses reacionários".

Começam uma fase mais aloprada da vida quando passam a ouvir Chico Buarque e músicas andinas. Nessa fase já começam a pensar em se tornar terroristas, lutar ao lado dos norte-coreanos etc. Não usam mais desodorante e a cada 5 minutos aparece nas suas mentes a imagem de um MacDonald's totalmente destruído.

Mas é claro que o que querem não é a revolução, isso é apenas uma desculpa. Como são incompetentes para quase tudo, até mesmo para bater um prego na parede, e sentem vergonha de fazer trabalhos mais simples, e são arrogantes o suficiente para não começar por baixo, querem saltar etapas. Querem no fundo a coisa que todo esquerdista mais deseja, mesmo que de forma subliminar: um emprego público!

Mas aí surge um outro problema: é a coisa mais difícil passar em um concurso. É preciso estudar (argh!).

Assim, sonham com a "revolução" proletária, com a tomada do poder por uma elite da esquerda, nas quais eles estão incluídos, obviamente, afinal são da mesma tribo.

Assim, ocuparão, por indicação, um cargo comissionado em alguma repartição qualquer, onde ganharão um bom salário para poder aplicar seus "vastos e necessários conhecimentos" adquiridos durante anos na luta pela derrubada do sistema capitalista imundo.

Nessa fase cortarão o cabelo, tomarão banho, usarão terno, passarão a apreciar bons vinhos e restaurantes e, dependendo do cargo, terão até motorista particular. E enfiarão a mão, sem dó, no dinheiro dos cofres do Estado. Claro que pela nobre causa socialista e para o bem dos trabalhadores.

(Autoria desconhecida, mas de quem sabe das coisas)

Transcrito do Blog "Bootlead".

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

PASSEATA-MONSTRO CONTRA HUGO CHÁVEZ


Procurei em vão nos sites do jornalões brasileiros uma foto da passeata-monstro que a oposição venezuelana realizou neste sábado em Caracas contra o plebiscito com o qual Hugo Chávez deseja eternizar-se no poder. Não encontrei nada. O YouTube e o Daily Motion estão coalhados de vídeos de Chávez. Num deles, o bufão fala para uma claque chavista e minimiza o ato gigante oposicionista que tomou as ruas de Caracas.

Tanto o Estadão como a Folha de São Paulo deste domingo deram matérias de rodapé referentes à Venezuela. No site da Folha Online havia, no entanto, uma foto do índio cocaleiro promulgando a Constituição botocuda que enfiou goela abaixo da população.

Não há uma linha de opinião criticando os tiranos botocudos.

A grande furada em todos os jornalões foi dada pelo blog Homem Culto que postou dezenas de fotos de altíssima qualidade, como essas aí de cima que peguei lá. Recomendo que visitem o Homem Culto para ter uma idéia do movimento oposicionista venezuelano para o qual temos o dever de tirar o chapéu.

Muito diferente da pusilanimidade desfibrada dos brasileiros que rendem ao imperador Lula 84% de aprovação.

Enquanto isso, na Venezuela, os oposicionistas mandam fogo nos botocudos. No Brasil, dizem Ave, Apedeuta!

Transcrito do Blog do Aluizio Amorim:

http://aluizioamorim.blogspot.com/




Ordens Superiores.

Edição de Artigos de Segunda-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Arlindo Montenegro

Todos os meios de comunicação do planeta, estão sob influência direta da CFR (Council on Foreign Relations – http://www.cfr.org/) – em cuja publicidade da revista “Foreign Affairs”, por eles editada, o governo Lulu botou o BNDES para investir R$ 180 mil e a Embratur outros R$ 123 mil.

Abra lá a página e em seguida consulte todas as agências de notícias e jornais. E isto tem uma razão percebida por poucos, discutida por pouquíssimos e barrada intensamente na mídia internacional, como se fosse uma “teoria da conspiração”. Estou referindo o Clube Bilderberg, a Comissão Trilateral, o Clube de Roma e ao Grupo dos 30. Isto pra começo de conversa.

Um dissidente da União Soviética, no tempo em que o dono da bola por lá era Leonid Brejnev, lançou um protesto no “ocidente” sob o título “Julgamento para Moscou”, advogando a instalação de um novo Tribunal de Nuremberg para julgar as atividades criminosas do regime comunista. Os críticos aplaudiram, mas a divulgação foi sabotada em toda a mídia internacional. E ao mesmo tempo surgiram 35 publicações que circularam o mundo, advogando a reabilitação de Stalin.

O senador Barry Goldwater em seu livro With no Apologies, (Sem desculpas) designou a Comissão Trilateral de conspiração internacional com o objetivo de “consolidar, na esfera multinacional, os interesses comerciais e financeiros das grandes empresas através do controle da política do governo dos EUA (...) David Rockefeller e Zibigniew Brzezinski encontraram em Jimmy Carter seu candidato ideal. Eles o apoiaram em sua designação e em sua presidência". A candidatura Carter ia mal das pernas. Ele contava com 4% de apoio do Partido Democrata. Mas para Rockfeller e Z. Brzezinsky (ideólogo da Trilateral), Carter como um dos fundadores da TLC, era o ideal naquele momento.

E Goldwater prossegue“...mobilizaram o dinheiro necessário batendo à porta dos banqueiros de Wall Street, obtiveram a influência intelectual da comunidade acadêmica - sempre dependente do dinheiro das grandes fundações isentas de impostos - e deram ordens aos meios de comunicação membros do CFR e da Trilateral". Carter teve comprada a sua indicação e tornou-se Presidente. O esquema para a eleição do atual presidente Obama foi esmerado: a mais dispendiosa campanha da história americana.

Daniel Estulin, acompanha há mais de 15 anos todas as reuniões do Clube Bilderberg. Por seu trabalho já foi premiado no Canadá. Ele nos dá algumas indicações sobre os objetivos desse clube, que há mais de cem anos reúne financistas, membros da realeza européia, banqueiros e personalidades políticas e empresariais dos EUA, Europa (agora Comunidade Européia ampliada) e Canadá. Todos participantes da OTAN.

Estulin informa que as reuniões servem para traçar as linhas mestras da política mundial. As decisões são passadas para o G8 e para os encontros anuais de Davos. Dali saem as diretirzes que vão ser legitimadas por todos os governos nacionais, dependentes dos empréstimos e dos contratos comerciais. Configuram-se assim as pressões legitimadas pelos países colonizados e detentores das reservas estratégicas – minerais, água, biodiversidade. Todos, sem exceção, pagadores eternos de juros e submetidos a vender pelo preço que eles quiserem pagar.

Para a instalação do governo mundial da ONU, controlada por eles, com moeda, exército e religião única, vale tudo, para quebrar a espinha dorsal de soberania de qualquer povo. Isto é conseguido com o trabalho de ongs, descaracterização cultural, internacionalização de costumes, comportamentos, drogas, guerras localizadas, corrupção de políticos, controle da educação, terrorismo.

A Comissão Trilateral gerou o Diálogo Interamericano (http://www.thedialogue.org/). Os membros brasileiros são: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Fernando Furlan, Jacqueline Pitanguy, João Sayad e Roberto Teixeira da Costa. O Sr. Luis Inácio Lula e o Sr. Victor Civita, estavam presentes na fundação. O primeiro desligou-se com a tarefa de criar o Foro de São Paulo.

Tudo na moita e a imprensa controlada pelo CFR, calada ou negando o que se tramava, para manter submetidas sob o terror todas as nações da América do Sul. Quem se surpreende do compadrio entre FH e Lula, entre o PT e o PSDB pode ser colocado no rol dos crédulos, mal informados ou mal intencionados.

Um dos objetivos destes controladores (Bilderberg, Trilateral, Clube de Roma e crias locais submissas como o Diálogo Interamericano) é varrer do mapa a idéia de soberania nacional. Primeiro passo, acabar com as Forças Armadas. Capitou, Mané? Pense mais um pouquinho enquanto aprecia as cenas de batalha, que nem a de Paraisópolis, que jornais e tvs mostram diariamente, pense na pressão sobre os policiais que respondem a processos por matar bandidos (“meninos! Coitadinhos! Que a polícia agride e destrata com ações violentas!) Meninos muito mais bem armados. Os policiais são apresentados como trogloditas que não observam as regras dos direitos humanos!

Imagine, então é para enfrentar terroristas drogados e traficantes, bandidos bem armados em seu próprio terreno, com bolodório e pão de ló? Como é que num terreno de guerra vão ser identificados a priori os bons moços e os bandidos? Traficantes, bandidos, seguidores do PCC, CV, sei lá mas o quê, já andam uniformizados? Podem ser reconhecidos a priori?

O mesmo vale para a pressão feita pelos controladores do CFR contra os militares, por “excessos” no passado quando o estado combatia os terroristas do PCB, PC do B, ALN, VPR, COLINA, AP dos cristãos marxistas da igreja da libertação, MR-8 e outros tantos.

Todos estes criminosos, socialistas, onguistas, ideólogos e defensores do banditismo governamental, não passam de sátrapas e marionetes dos controladores mundiais. O Livro de Daniel Estulin, A Verdadeira História do Clube Bilderberg, (Editora Planeta, 2005) detalha isto. É um bestseller internacional. Na Espanha tem mais de 10 edições. Os direitos autorais já foram passados para mais de 50 países.

Mas não existe nenhuma referência sobre o mesmo na grande imprensa.
E um amigo de Portugal me disse agorinha que o livro anda proibido e censurado por lá. Curioso, não é? Por que será?

Arlindo Montenegro é Apicultor e um tremando abelhudo em assuntos do Poder Real Globalitário

Transcrito do Blog "Alerta Total".

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Hidrelétricas na Amazônia

Edição de Artigos de Sábado do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Roberto Gama e Silva

Na Amazônia, a geomorfologia regional juntou-se aos rios caudalosos para oferecer perspectivas amplas de aproveitamento da energia cinética das águas para geração de energia elétrica.

Computados apenas os sítios já inventariados, que não incluem alguns aproveitamentos de porte e todas as pequenas quedas, a Amazônia brasileira poderá dispor de capacidade instalada da ordem de 134 mil megawatts, pouco mais da metade do resto do país (260 mil megawatts) e superior à capacidade instalada de todas as hidrelétricas dos Estados Unidos da América (115 mil megawatts).

A fartura de energia elétrica, de fonte renovável e limpa, transformará a inequívoca vocação mineral em vocação minero-industrial, circunstância que valorizará sobremaneira a região.

Como se sabe que a precedência absoluta na região é a conservação da cobertura arbórea, devido à relação biunívoca entre a floresta e as chuvas, convém tecer alguns comentários sobre a construção de hidrelétricas na região, como resposta aos argumentos disseminados por “ambientalistas de asfalto” e “Organizações Não Governamentais” estrangeiras.

Em primeiro lugar, o impacto da substituição da vegetação nativa, mesmo aquela dominada por florestas, pelos reservatórios das usinas é desprezível, pelo fato de não afetar o clima, fiador do equilíbrio de todos os ecossistemas amazônicos.

Com efeito, o ciclo hidrológico local ficará livre de qualquer alteração perniciosa, porque não será reduzida a proporção da precipitação que retornará à atmosfera para, mais adiante, gerar mais chuvas. A evapotranspiração será compensada, com sobras, pela evaporação da superfície líquida dos reservatórios.

O outro parâmetro conformador do clima, a umidade relativa do ar, também não será reduzido. Ao contrário, tenderá a aumentar, ligeiramente, devido à diminuição do albedo (razão entre a radiação refletida por uma superfície e a radiação solar que sobre ela incide), uma vez que a água tem maior capacidade de absorção da energia solar incidente do que qualquer outro tipo de superfície.

A seguir, argumentam muitos que os reservatórios são muito extensos, alagando grandes trechos florestados. Ocorre que, até o momento, só foram aproveitadas as quedas situadas no limite entre a Bacia Sedimentar e os Escudos, portanto em sítios pouco encaixados no relevo. Por esse motivo, a área de alagamento de Tucuruí chegou a 2.430 quilômetros quadrados e a de Balbina atingiu 2.360 quilômetros quadrados.

As futuras hidrelétricas, construídas à montante desse limite serão mais bem encaixadas no relevo e, por conseqüência, inundarão áreas menores. Além disso, o uso de unidades geradoras tipo bulbo, combinado com a seleção de quedas mais baixas, minimizarão as áreas alagadas.

Assim é que a futura Usina de Santo Antônio, no Madeira, com potência instalada de 3.150 mil megawatts, terá um reservatório com apenas 271 quilômetros quadrados, dos quais uns 150 quilômetros quadrados pertencem ao curso natural do rio. A outra usina licitada no Madeira, à montante de Santo Antônio, a futura Hidrelétrica do Jirau, com potência instalada de 3300 mil megawatts, terá um reservatório de 258 quilômetros quadrados, dos quais 122 coincidem com o curso natural do rio. Para sanar qualquer dúvida a respeito, a usina de Belo Monte, que será construída na primeira volta do rio Xingu, gerará 11 mil megawatts e formará um lago de 400 quilômetros quadrados.

Espera-se, apenas, que se planejem melhor as obras civis das futuras barragens, de modo a conceder tempo para a extração e comercialização das madeiras existentes nas áreas de alagamento dos reservatórios, de modo a reduzir ao mínimo a emissão do gás metano, produzido pela decomposição dos vegetais submersos. Tal emissão também é usada como argumento contrário à construção de hidrelétricas na Amazônia.

Outro ponto controverso é o dos danos à ictiofauna, devido às interrupções nos cursos dos rios, que inibiriam a reprodução das espécies que buscam as nascentes para a desova. É um problema contornável, mediante a introdução das “escadas de peixe” nas barragens, providência esta que se tornará automática a partir do momento em que a competência se fizer presente em todas as etapas de construção das usinas.

A favor das hidrelétricas, entretanto, há dois argumentos de peso, totalmente desvinculados da geração de eletricidade, por esse motivo pouco lembrados.

O primeiro deles é tão valioso que, por si só, justificaria a construção de barragens, mesmo sem a instalação de turbogeradores: trata-se da ampliação da navegabilidade dos tributários de Amazonas, além dos limites da Bacia Sedimentar, mediante a instalação de eclusas, ao lado das barragens.

Depois de implantadas todas as usinas inventariadas na Amazônia, além de outras fora da região, seria possível desatracar um comboio fluvial do porto de Boa Vista, à margem do rio Branco, para demandar um terminal hidroviário no alto Tocantins, nas proximidades de Brasília. Ou então, alcançar o Tietê, via Araguaia, Aporé e Paraná, até chegar ao subúrbio de São Paulo. Ou ainda, atracar em Buenos Aires, depois de percorrer o Guaporé, o Paraguai e o Paraná. Tudo isso com o mínimo consumo de energia, como ensina o Princípio de Arquimedes, e, como conseqüência, com descarga mínima de poluentes na atmosfera!

O outro argumento ponderável relaciona-se com a introdução da piscicultura nos futuros reservatórios de água doce, uma vez que a Amazônia é um dos locais mais apropriados para a criação de peixes, não só pela grande variedade de espécies nativas, cerca de 2.000, mas também pelas condições climáticas.

Como se procurou demonstrar, pois, são totalmente falsos os argumentos que se vem usando, com freqüência, para impedir o aproveitamento da energia cinética dos rios amazônicos para gerar eletricidade.

Sem energia, não há progresso possível!

Roberto Gama e Silva é Almirante Reformado

Transcrito do "Alerta total" .

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Governo que tem 84% de aprovação pode tudo.

Até inventar dinheiro. Não vou dar uma de jornalista e colocar todas as pesquisas que comprovam e realidade em um texto para poder externar minha opinião.

Esse Tal de PAC é uma verdadeira empulhação. Se o Brasil,e seu governo, realmente estivesse querendo fazer as coisas, estaríamos vendo na vida real, aeroportos, portos, estradas, ferrovias, escolas, hospitais, sendo construídos. Nada disso está acontecendo. O que acontece é que o Lulla vai num terreno vazio, joga uma pedra no chão, e pronto temos uma escola e um aeroporto na mídia.

O dinheiro anunciado para o PAC não existe. O governo atua esperando o próximo ovo sair da galinha. Se por acaso a galinha falhar, e vai, eles irão perder a empáfia em dois tempos.

O Brasil não fez absolutamente nada para a infra-estrutura nos últimos 8 anos. Se não fosse pela iniciativa privada ganhar dinheiro e pagar impostos, o governo lulla não teria distribuído bolsas esmolas e salários para milhares e milhares de novos empregos. A construção deste governo foi de dívidas que jamais cessarão.

Isso não pode acabar bem.

Disse hoje na FSP o Dr IVES GANDRA DA SILVA MARTINS que: "Uma crise em economia de mercado é cíclica, e em economias socialistas são permanentes". Disse-o bem.


Escrito por Nathal às 08h59
Transcrito de Nathal & Candlesticks: http://nathal.zip.net/

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Armínio Fraga amplia prestígio global com relatório do "Grupo dos 30" para Barack Obama salvar bancos

Edição de Quinta-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

Por Jorge Serrão

O economista e megainvestidor Armínio Fraga Neto, ex-presidente do Banco Central no governo FHC, é um dos três autores de um estudo de 73 páginas, entregue ao presidente dos EUA, Barack Obama, no último dia 15 de janeiro, com 18 sugestões para uma ampla Reforma Financeira. O documento foi assinado por Jacob A. Frenkel, Vice-Chairman da American International Group (AIG) e ex-dirigente do Bank of Israel – que é o cabeça do Group of Thirty (Grupo dos 30) um dos mais influentes, seletivos e pouco alardeados clubes de poder globais.

Fraga foi um dos artífices do documento “Financial Reform - A Framework for Financial Stability” (Reforma Financeira – um Arcabouço para a Estabilidade Financeira). O trabalho foi elaborado por iniciativa de Paul Volcker, ex-presidente do Federal Reserve Board (o banco central privado dos EUA), mais atuante que nunca em seus 81 anos de idade. Seu terceiro formulador foi Tommaso Padoa Schioppa, ex-ministro da Economia e das Finanças da Itália. Volcker partiu do simples pressuposto de que o sistema financeiro faliu e precisa ser reformado, com urgência.

Leia mais em http://www.alertatotal.blogspot.com/

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Agora vocês querem ficar preocupados?

Leiam essa matéria do link abaixo.

http://business.timesonline.co.uk/tol/business/economics/article5627687.ece

Para quem não lê inglês um breve resumo da matéria do Sunday Times.

Bankruptcies, unemployment and social unrest are spreading more widely in China than officially reported, according to independent research that paints an ominous picture for the world economy.

The research was conducted for The Sunday Times over the last two months in three provinces vital to Chinese trade – Guangdong, Zhejiang and Jiangsu. It found that the global economic crisis has scythed through exports and set off dozens of protests that are never mentioned by the state media.

Falências, desemprego, e agitação social estão se espalhando mais fortemente pela China do que o que oficialmente é divulgado pelo governo, de acordo com pesquisas independentes que pintam um cenário nefasto para a economia mundial.

As pesquisas foram conduzidas para o Sunday Times nos dois últimos meses em três Estados que são vitais para a economia e comercio da China. Os dados apontam que a crise mundial tem ceifado exportações o que colocou nas ruas dezenas de protestos que jamais são mencionados pelo governo ou sua mídia.

While troubling for the Chinese government, this should strengthen the argument of Premier Wen Jiabao, who will say on a visit to London this week that his country faces enormous problems and cannot let its currency rise in response to American demands.

The new US Treasury secretary, Timothy Geithner, has alarmed Beijing and raised fears of a trade war by stating that China manipulates the yuan to promote exports.

Os fatos preocupam o governo chinês e irão reforçar o argumento do primeiro ministro chinês que visita Londres esta semana e dirá que a China enfrenta enormes problemas econômicos e não poderá deixar sua moeda se desvalorizar frente ao dólar, que é a demanda da America para a China. O novo secretário do Tesouro americano já teme uma guerra comercial se a china manipular o valor de sua moeda em busca de exportações.

Daí para frente a reportagem comenta por especulações as possíveis conseqüências do fato.

E o Brasil está querendo levantar dinheiro emprestado nos EUA e na China para fazer seus investimentos.

Por favor, caiam na realidade antes de ficar tarde demais governantes brasileiros.



Escrito por Nathal às 10h39

Transcrito de Nathal & Candlesticks

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009




Os Militares

Teoria e prática do poder
Há seis anos caía o último governo civil do país. Ameaçadas pela desagregação do poder em todos os escalões administrativos, as Forças Armadas tiveram de intervir. Mas a intervenção militar de março de 1964 tinha origens preventivas: os militares pretendiam retirar-se a curto prazo do centro dos acontecimentos. O Alto Comando Revolucionário chegou a pensar em enviar o texto do Ato Institucional nº 1 ao Congresso, para que fosse homologado. Foi um civil, Francisco Campos; quem os convenceu de que a Revolução legitimava o Parlamento e, portanto, não caberia ao Parlamento legitimar a Revolução.
Em seis anos, o movimento revolucionário enfrentou quatro grandes crises políticas e fechou o Congresso duas vezes. A cada crise a Revolução sentia como eram escorregadios os princípios, as boas intenções e as raízes ideológicas dos políticos. Foi assim que a experiência deu aos militares a certeza de que eles determinavam a vitória do movimento revolucionário de março e de que só eles poderiam assegurar a continuidade do próprio processo.
Esses homem saídos dos quartéis destrincharam aos poucos as sutis malhas da crise brasileira. Para enfrentá-la dispunham da formação idealista e combativa que receberam nas escolas e da unidade de objetivos que cultivaram na vida da tropa. Vieram em sua maioria de origens humildes e foram aos poucos assumindo os mais importantes postos da administração pública. Entre o apego às origens e o fascínio pela pompa que revestia o poder, preferiram desmistificar a importância dos cargos, adaptando-os aos métodos administrativos que adotavam nos quartéis. Enxergaram os vícios e as debilidades que enfraqueciam os governos civis e, enquanto se aprofundavam nos problemas do país, passaram a agir como um grande Estado-Maior. Em seis anos de intimidade com o poder, mudaram também algumas de suas atitudes. O militar que em 1964 lutava contra a subversão e a corrupção, hoje, sem transigir com nenhum de seus antigos inimigos, está empenhado ao mesmo tempo na construção de uma nova estrutura política, social e econômica para o país. Seis anos foi o tempo necessário para o afastamento dos políticos que apoiavam a Revolução - como se ela fosse mais um governo de coligação partidária. Os militares mudaram o país e a Revolução transformou-os em uma força qualitativamente nova. Eles continuam a ser os fiadores do movimento de 1964, mas apanharam a luva do desafio pelo desenvolvimento nacional.
Quem são estes homens? Como se formaram? Que querem? Como agem?

A CHEGADA E OS USOS DO NOVO CHEFE: O MILITAR VAI AO PODER
De repente, muita coisa mudou na repartição. Nenhum dos velhos funcionários conhece o novo chefe - que chega sempre cedo. Ele é desconhecido mesmo para muitos freqüentadores do gabinete, que tinham a intrigante capacidade de serem amigos de todos os chefes em todos os governos. Trouxe consigo um pequeno grupo de auxiliares tão desconhecidos quanto ele. Cobra tarefas e não delega poder de decisão. Marca audiências com horários rigorosos e apertados para gente selecionada - e o tempo economizado, gasta-o em revisões de trabalho com a sua equipe. Diz a telefonista - e a frase é repetida com espanto pelos corredores: "Ele liga pouco para fora". Que estranho ser é o novo chefe? Diz um funcionário, mais afeito dos homens: "É um militar. São todos assim".
Cada vez com mais freqüência, nos mais diversos níveis da administração pública, estão sendo nomeados oficiais das Forças Armadas, em sua maioria da reserva. Na Paraíba, a Universidade Federal tem um capitão-médico como reitor. A Embratel - Empresa Brasileira de Telecomunicações - é presidida por um general desde sua fundação e foi organizada por um pequeno núcleo de oficiais. Na Guanabara, o secretário de Serviços Públicos é um general. No Ceará, um coronel ocupa a Secretaria da Fazenda e um major o Departamento de Trânsito.
Dos sessenta cargos mais importantes da administração pública, incluindo desde a presidência e a vice-presidência até o Lóide e a Rede Ferroviária Federal, 28 são ocupados por oficiais superiores das Forças Armadas. Esta tendência, comum na administração brasileira, sofreu nos últimos anos uma mudança sensível de qualidade. O militar é escolhido para o posto por indicação de colegas e condicionando as velhas práticas administrativas a conceitos e métodos militares. Além disso, sua linha de comunicação não é a tradicional conversa com políticos, mas quase sempre uma troca de informações com colegas de farda, ou até mesmo de turma, que estão em outros postos.

O ESTILO É O MILITAR - O General Gastão Pereira dos Santos, 56 anos, diretor do Instituto Sul-Rio-Grandense de Carnes, na semana passada enviou um recorte de jornal, criticando o governo, ao seu amigo General João Batista Figueiredo, chefe da Casa Militar da Presidência da República. Recebeu a seguinte resposta: "Recebi seu bilhete. É também minha opinião". O General Gastão age como militar na queixa e na discrição. Recusa-se a revelar que tipo de recorte enviou ao colega.
A ação dos militares em cargos técnicos deu resultados surpreendentes em muitos casos. O General Euler Bentes Monteiro, que ocupou a Superintendência da Sudene de 1967 a 1968, levou para o posto a preocupação dos militares na execução de projetos concretos. Seu braço direito, o Coronel Stanley Fortes Batista, marcou de tal forma sua passagem na administração, que agora está-se preparando para assumir o governo do Piauí.
Outro coronel, César Calls Filho, depois de dirigir as obras de construção da Usina de Boa Esperança, no Maranhão, está indicado para o governo do Ceará. Mora em casa alugada, não tira férias desde 1958 e só janta em restaurante aos domingos, em companhia de toda a família. (No Ceará ele encontrará 35 oficiais ocupando postos de destaque no governo.)

MAIS UNIVERSIDADES - Para o General Idálio Sardemberg, colega de turma do Presidente Medici, a participação de militares na administração "é lucrativa para todos; para o Exército, pelo estágio de seus oficiais na vida pública, onde eles adquirem outras perspectivas dos problemas gerais do país, e para o Brasil, porque eles suprem uma carência bastante sensível, levando ainda a estes postos a disciplina e a honestidade profissional características de sua formação. A medida que forem crescendo as universidades e o elemento civil melhorar em quantidade e qualidade, pela concorrência, esta ascendência do militar tende a se reduzir: é uma preocupação do próprio oficial".
Em alguns setores, os militares atingiram postos de direção graças ao pioneirismo de seus cursos especializados. O Exército sempre se manteve atualizado em assuntos de eletrônica e siderurgia. Para o Ministério das Comunicações, o Presidente Garrastazu Medici destacou um coronel, Higino Corsetti, considerado um profundo especialista no assunto. Por outro lado, dos sete presidentes que a Companhia Siderúrgica Nacional teve até hoje, quatro foram militares.
O General Américo da Silva, que ocupa atualmente a presidência da empresa, vê no administrador militar, "por formação, um homem mais disciplinado e inflexível que o civil, sem que isso signifique nenhuma superioridade intrínseca da carreira. Tenho dois filhos civis e os respeito muito".

OS ÍNDICES FELIZES - Enquanto alguns só vão para cargos civis quando deixam as Forças Armadas, outros fazem o percurso entre o quartel e a administração várias vezes. Talvez, de todos eles, o exemplo mais completo seja o do aspirante de 1926 (Turma Laguna e Dourados, que formou o Presidente Medici), Juracy Montenegro Magalhães. Em 1930 comandou as forças revolucionárias na Paraíba. Em 1931 tornou-se interventor federal na Bahia, onde voltou a assumir o governo em 1935 e 1959. Presidiu a Petrobrás e a Companhia Vale do Rio Doce. Foi um dos fundadores da UDN, embaixador em Washington, ministro das Relações Exteriores e da Justiça. Hoje, Juracy Magalhães está dedicado à iniciativa privada, como diretor no grupo Monteiro Aranha. "Tenho um bom índice da minha felicidade como administrador e empresário. Sou dos primeiros acionistas de algumas companhias que chegaram ao rol das maiores empresas do país. Fui político enquanto esta condição honrava uma pessoa e deixei a política sem saudade e sem nenhum ressentimento."
Como empresário, Juracy Magalhães é considerado um homem muito bem sucedido. Todavia, pouquíssimos militares conseguem a felicidade dos índices obtidos por ele. Um general de Exército, depois de computar o soldo, as gratificações de tempo de serviço (quarenta anos), representação e moradia, pode receber por volta de 4.000 cruzeiros novos. Um capitão raramente ultrapassa os 2.000. Esses vencimentos sempre inferiores aos de profissionais liberais, num cálculo comparativo, encerram uma característica original: o cadete, com menos de vinte anos, ao entrar na Academia Militar, sabe que, haja o que houver, nunca chegará a ser um homem abastado. A viagem à Europa só virá em missão e será considerada como um prêmio; dificilmente poderá sair de suas economias.

A VOLTA DO SOLDADO - O General Canrobert Pereira da Costa, um dos militares da década de 50 que mais influenciou a oficialidade, morreu em sua casa do Méier, subúrbio do Rio. Os marechais Castelo Branco e Mascarenhas de Morais deixaram para a família apenas os apartamentos onde viviam e poucas ações.
Os apertos financeiros poderiam ser um importante argumento para convencer o oficial a uma rápida transferência para a administração civil, mais bem paga e flexível. Contudo, vários militares preferem deixar os importantes cargos que ocupam a reverter para a reserva, depois de passados os dois anos de afastamento permitido da tropa. O General Afonso de Albuquerque Lima deixou o Ministério do Interior, o General Arthur Candal da Fonseca abandonou a presidência da Petrobrás - a maior empresa do país - e o Coronel Euler Bentes demitiu-se da Sudene.

A PACIENTE FORMAÇÃO DO SOLDADO EDUCADO PARA SERVIR
"O dever primordial do chefe é o cumprimento da missão que lhe foi atribuída. Tudo o mais, mesmo o bem-estar dos seus homens, fica subordinado a isso." Na carreira militar, onde, com exceção dos praças, todos são chefes e todos são subordinados, esse princípio de chefia e mais dez outros enumerados pelo Manual de Campanha do Exército podem fornecer a chave para explicar a formação do militar, seu comportamento no poder nos últimos seis anos de governos revolucionários e a diferença entre os militares e a classe política tradicional na condução do poder político.
A diferença começa na base. Ladeando o porão monumental da Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende, há dois portões menores que somente se abrem duas vezes por ano: pelo primeiro entram os novos alunos, com seus uniformes dos colégios militares e da Escola Preparatória de Campinas (SP) ou com roupas civis; e pelo outro saem, no fim de cada ano, os novos aspirantes a oficial do Exército. Para percorrer os 50 metros que separam os dois portões, o cadete gasta quatro anos - durante os quais ele será treinado fisicamente e educado intelectualmente nos princípios que inspiram o lema da AMAN, inscritos no pátio principal da Academia: "Cadetes: ides comandar; aprendei a obedecer".

SER MILITAR - É na Academia Militar, misto de universidade e de escola técnica, que o cadete do Exército planta as bases de toda a sua vida futura. "Ser militar", diz um folheto da Academia, "é estar imbuído da verdadeira necessidade do cumprimento da missão, por mais árdua que se lhe afigure e pouca influência traga para lhe exaltar os méritos". A carreira militar é apresentada ao cadete como uma atividade de sacrifício, de sobriedade pessoal e de patriotismo. "As ações do verdadeiro militar", continua o documento, "não objetivam obter vantagens ou vencer questões; não devem ser ditadas por oportunismo, nem podem ser poluídas pela descrença, traços de inferioridade incompatíveis com a nobreza de sua missão."
Durante seus quatro anos na AMAN, o cadete vai se familiarizar com um vocabulário onde as expressões "dever", "missão", "desinteresse" e "coesão" são freqüentes. As ciências matemáticas que ele aprende nos dois primeiros anos de Academia visam, segundo o seu comandante, General Meira Matos, a "desenvolver seu raciocínio rápido, porque um chefe precisa tomar decisões também rápidas e criteriosas". Um programa intenso de educação física, que inclui ginástica diária e competições esportivas, prepara os cadetes para desempenhar missões perigosas e, ao mesmo tempo, desenvolve entre eles a solidariedade - que se chama, na linguagem militar, "espírito de corpo". "Quando o espírito de corpo é elevado", diz o Manual da Chefia, "as realizações coletivas obscurecem as individuais. Em tais circunstâncias, as insatisfações de alguns desaparecem diante do predomínio do espírito do conjunto.

A RAZÃO DA DISCIPLINA - Coesão, disciplina, respeito à hierarquia, desambição, preparo físico e intelectual: sobre pilares assenta-se a educação do oficial do Exército. A disciplina - viga mestra de toda organização militar - é defendida como uma necessidade vital para todos. "Para convencer o homem da necessidade da disciplina", ensina o Manual, "nada melhor do que apelar para a sua razão; nos poucos casos em que o apelo falha, a punição oportuna pode corrigir o recalcitrante e fazê-lo sentir essa necessidade."
A disciplina comanda toda a formação do oficial. Os cadetes cumprem rigorosamente os horários, as tarefas do treinamento técnico-profissional (estudo das armas e ações de guerra convencional e de guerrilhas) e os exercícios intelectuais. Seu ensino não é, porém, ascético: a Academia tem um amplo cinema, quatro campos de futebol, quadras de tênis e de basquete, pistas para a prática de hipismo e uma piscina que era a maior da América do Sul até que o Vasco da Gama construiu uma maior, no Rio. O esporte, em todo o caso, não é encarado apenas como uma diversão; ele é considerado também uma tarefa que deve ser cumprida.

AS RAZÕES DO CADETE - A vida relativamente dura de um cadete, comparada à de um jovem da mesma idade no meio civil, não desestimula os civis a procurarem a carreira militar? Até 1966, a AMAN sofria de perda crescente de entusiasmo por parte de candidatos à matrícula. A partir de 1967, com uma propaganda desenvolvida pela Academia e ajudada pela portaria que permite o ingresso sem concurso dos alunos classificados nos três primeiros lugares nos cursos colegiais, a situação se alterou. Hoje, com 1.379 cadetes (número recorde), a Academia pensa ter superado o problema e, segundo o General Meira Matos, poderá dispensar a portada no próximo ano. "Nós tivemos agora novecentos candidatos civis disputando sessenta vagas", explicou o general. O rigor da carreira militar e sua desvantagem financeira comparada com as atividades privadas não preocupam os cadetes. Eles procuram o Exército por outras razões. "O primeiro motivo de meu interesse pela carreira militar foi a evidência em que ficou o Exército nos últimos tempos. Em segundo lugar, a propaganda chamou a minha atenção para as vantagens do ensino da Academia, explica a VEJA o cadete Geraldo Soares Silvino, 22 anos, quartanista da Arma de Engenharia e há três anos colocado em primeiro lugar na AMAN.

DE ASPIRANTE A GENERAL - Ao deixar a Academia como aspirante a oficial, o jovem que cruza de volta o pequeno portão lateral da AMAN já cumpriu a maior parte da formação básica do oficial. Daí para a frente haverá apenas uma complementação, ou nas escolas especializadas do Exército (Comunicações, Educação Física, etc.), ou nas escolas de aperfeiçoamento - Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (ESÃO), Escola de Comando do Estado-Maior (ECEME) e Escola Superior de Guerra. Quando chega à ECEME - estágio obrigatório para a ascensão ao generalato -, o oficial já assimilou todo o Manual de Chefia, o Código de Honra e a doutrina militar. Agora, nos cursos da ECEME (dois anos tanto para Chefia e Estado-Maior de Serviços como para Comando e Estado-Maior), o oficial desenvolve sua capacidade de concatenar idéias, consolida suas convicções cívico-democráticas, aprende a ter de agir e decidir sob tensão, cultiva padrões morais elevados (qualquer deslize anterior veta automaticamente seu ingresso na Escola), procura incentivar o espírito de decisão e desenvolver "a afirmação da vontade e a consciência da responsabilidade", além de estudar a doutrina militar em vigor e as suas tendências de evolução. Essa doutrina tem sido alterada ao longo das últimas décadas.

O MUNDO VAI FALAR - Até a Segunda Guerra Mundial predominava a influência francesa, que conferia ao Exército o papel de "grande mudo" dos acontecimentos políticos e provia o oficial de cultura humanística derivada do positivismo. Sua estratégia era voltada para as hipóteses de guerra contra os inimigos do século passado: Paraguai, Uruguai e Argentina. Após a Segunda Guerra, com a influência americana, a doutrina militar ensinada na AMAN (que foi fundada em 1944) e na ECEME deu ênfase ao estudo das questões sociais e políticas e aos novos conceitos de estratégia, que consideravam em primeiro lugar o choque ideológico entre a democracia e o comunismo, com hipóteses de guerras extracontinentais. Foi o agravamento das tensões sociais a partir da renúncia de Jânio Quadros que deu ênfase ao estudo da estratégia de luta contra a guerra revolucionária interna.
O que estudam os oficiais da ECEME? Exemplo de uma questão proposta neste ano a seiscentos candidatos que disputavam as cem vagas da Escola: "Comparar o processo de emancipação das nações hispano-americanas com o do Brasil". Ou: "Indicar as causas que favorecem a Guerra Revolucionária na Indochina francesa e na Grécia e apontar as análogas (tempo: trinta minutos; espaço: três páginas)". Para enfrentar os rigores das provas, os oficiais recebem da ECEME uma extensa bibliografia que indica - como subsídios, sem endossar qualquer conclusão - obras de H.G. Wells, Gustavo Barroso e Caio Prado Jr., entre outros.

A NOVA TAREFA - Ao concluir a ECEME, o oficial está apto a chegar ao generalato. Maior do que isso, porém, é o seu preparo intelectual nas doutrinas de segurança nacional e desenvolvimento, em comparação com a classe política em geral. Após quatro anos de AMAN, dois ou três da ESAO e ECEME e mais o tempo em que serve normalmente na tropa, o oficial do Exército (bem como da Marinha e da Aeronáutica) está profundamente tomado pelo sentido da ordem e da disciplina, da hierarquia e do senso do dever. Sua formação gregária deixou-o afastado diretamente das convulsões e tensões da vida civil. O Exército garantiu-lhe a habitação, o soldo e o trabalho, juntamente com a assistência à sua família. Ele adquiriu um conceito enraizado de moral, de culto às tradições, de zelo pela ordem social e pela estabilidade política. O poder político parece-lhe antes um dever de responsabilidade do que um fim em si mesmo. ("Recebi a Presidência da República como uma tarefa a cumprir", afirmou por duas vezes o General Garrastazu Medici. "Vejo o poder como um instrumento para servir", disse o Marechal Castelo Branco, em 1965.) E parece ter sido possuído desse espírito generalizado que o militar assumiu o poder político no Brasil nestes últimos seis anos.

O MILITAR NO PODER: O ESTILO DO NOVO ADMINISTRADOR
O exercício do poder pelos militares ainda é um capítulo novo da moderna História do Brasil. Como se comportam os militares na condução do governo? "A formação militar é tipicamente cartesiana: não tomamos nenhuma decisão sem antes estabelecer as coordenadas ortogonais", explica a VEJA o ministro da Educação, Jarbas Passarinho, cinqüenta anos, dos quais os últimos seis afastado do Exército, desde que foi eleito governador do Pará, em 1964. Oficial que brilhou nos cursos do Exército (tirou o primeiro lugar na sua turma da ECEME, em 1955), antigo superintendente da Petrobrás na Amazônia e diretor da extinta Superintendência do Plano de Valorização da Amazônia durante o governo Jânio Quadros, Passarinho fixou sua filosofia frente à administração pública: "No Exército, quando se dá uma ordem, espera-se que o executante volte e comunique que a missão foi cumprida. No Ministério já organizei um serviço de cobrança da execução de ordens. Todas as semanas nós fazemos um balanço do cumprimento das ordens. Noutro dia, num despacho do Departamento de Administração, em que um funcionário era responsável pela inutilização de baterias, o Coronel Gontijo mandou que se descontasse do ordenado do responsável o valor equivalente. No Exército chega-se a dilatar o tempo de permanência de um militar na ativa para fazê-lo pagar, em prestações, os prejuízos causados. Quando saí do Ministério do Trabalho, elogiei, em portaria, os funcionários civis que colaboraram comigo. Foi um escândalo. Ora, na vida militar, o elogio e a notificação das faltas fazem o valor ou o demérito do soldado. Os funcionários civis, ao contrário, são uma ficha em branco que nada mais contém além do nome, identificação e títulos". O Ministro Passarinho, oficial de Artilharia que se tem destacado por sua habilidade no diálogo político nas duas áreas de maior dificuldade de comunicação dos governos revolucionários - trabalhadores e estudantes -, afirma não ter medo da presença no Ministério de um técnico de tendências esquerdistas, "desde que ele não se utilize da sua função para fazer proselitismo".

A DIFÍCIL ARTE - Em geral, os militares explicam mais facilmente do que os políticos a sua passagem pelo governo. Em declarações a Gilberto Pauletti, repórter de VEJA, o comandante do III Exército, General Breno Borges Fortes, assinalou: "Concordo em que muitos militares chamados a exercer cargos na administração pública têm desempenhado suas novas funções com grande sucesso, embora tratando de assuntos completamente estranhos à sua profissão específica. Creio que a estranheza que isso provoca é causada, muitas vezes, por não estarem bem informados sobre a formação e as atividades normais dos militares. Citemos algumas particularidades: em primeiro lugar, o militar tem uma formação universitária - o que lhe dá a indispensável visão de conjunto; em segundo lugar, mas não menos importante, sua função normal de comando nos diversos escalões permite que se exercite desde jovem na difícil arte de chefiar".
O General Breno Borges Fortes, ressalta, ainda, duas características da formação militar que facilitam a adaptação às novas funções: "Ao assumir qualquer nova função, nossa preocupação básica é saber o que se deseja, qual a finalidade a atingir, e procurar trabalhar exclusivamente para esse fim, sem outros desvios e preocupações. A interpretação correta da missão é isso. A disciplina intelectual significa trabalhar exatamente dentro da idéia decidida pelo chefe, embora, às vezes, não concordemos integralmente com a decisão tomada. Face a estas considerações, julgo que não deve causar admiração o sucesso obtido por militares em funções de administração pública".

A BOA MISTURA - Como age um militar na função pública? Ao chegar à Presidência da República, o Marechal Castelo Branco procurou cercar-se de assessores mais experientes na administração pública, tanto militares como civis. Um seu auxiliar direto ouviu do presidente como ele tomava as suas decisões: "O Dr. Roberto Campos me traz conhecimento - articulado, exato e profundo; o General Geisel (Ernesto, atual presidente da Petrobrás) me dá julgamento de valor, sempre tem uma opinião sobre os assuntos; o Golbery (então chefe do SNI) me dá o reverso da medalha, é sempre bom para crítica e informação; e o Dr. Luís Viana (atual governador da Bahia) me dá o estilo". Apesar de sua relativa inexperiência, Castelo Branco tornou-se "algo de inesperado em política", segundo explicou o ex-ministro Roberto Campos: "Como oficial de estafe, ele tinha uma aguda experiência de análise, um insuspeitado 'jeito' para o convívio político e uma extraordinária capacidade de localizar a veia jugular no corpo da ciência econômica".
Os instrumentos poderosos que a Revolução colocou nas mãos dos seus três governos contribuíram para facilitar a ação governamental, especialmente na área econômica. "Houve casos em que a firmeza do Presidente Castelo Branco em apoiar o saneamento financeiro foi importante", comenta Roberto Campos, enumerando as medidas impopulares adotadas em 1965, tais como o chamado "arrocho salarial", a substituição da estabilidade pelo Fundo de Garantia e a reforma agrária, "hostilizada por boa parte da liderança rural e da burguesia industrial, que haviam dado grande apoio à Revolução".

A FORÇA DA INDEPENDÊNCIA - Para o atual ministro da Fazenda, Delfim Netto, os militares estão capacitados a adotar soluções aos problemas nacionais, principalmente por serem desvinculados de grupos econômicos. "Que ministro da Fazenda poderia ter enfrentado os banqueiros, como ele fez, e continuar no cargo", observou um velho funcionário do Ministério da Fazenda. Segundo o ministro da Fazenda, os militares traçaram com nitidez e convicção as metas para um desenvolvimento com estabilidade externa e melhor distribuição de renda nacional. E os êxitos da política econômica desde 1964 - redução da inflação de 85% para os 18% esperados este ano, crescimento econômico de 7% ao ano, 760 milhões de dólares em reservas cambiais em 1969 - podem ser atribuídos à coerência e à firmeza com que os militares perseguiram aquelas metas econômico-sociais. Sem a centralização do poder praticada na URSS, os militares optaram por um modelo misto, que concilia a liberdade com a intervenção estatal nos setores de segurança nacional (telecomunicações, transportes, energia elétrica, etc.), ficando ainda nas mãos do Estado cerca de 70% dos depósitos bancários do país. Esse apoio da Revolução às medidas de recuperação financeira e contenção econômica se deu mesmo quando não havia unanimidade entre os militares sobre certas medidas. "No início, alguns setores militares ficaram preocupados com as medidas do governo, que não refletiam a tendência de desenvolvimento e, sim, de controle de inflação", diz o ex-ministro da Fazenda do governo Castelo Branco, Otávio Gouvêa de Bulhões.

A HERANÇA DA FORMAÇÃO - Depois de doze anos em cargos civis, o atual ministro do Interior, General Costa Cavalcanti, 52 anos, antigo secretário da Segurança de Pernambuco (onde combateu as Ligas Camponesas) e deputado federal, não se considera um militar na política, "mas um administrador com experiência política". Tido como um dos coronéis "linha dura" de 1964, oficial colocado em primeiro lugar na sua turma da ECEME, ele diz que os militares em funções executivas levam para os cargos a herança da formação militar, como a disciplina e o método cartesiano de trabalho, que consiste em colocar os problemas, examinar as alternativas possíveis e meios disponíveis, para só depois adotar uma decisão. Durante um dia inteiro, o chefe da sucursal de VEJA em Brasília, Luiz Gutemberg, acompanhou a rotina de trabalho do Ministro Costa Cavalcanti, constatando que os seus hábitos puramente militares (a disciplina nos horários, a formação de pequenas equipes, a cobrança das tarefas distribuídas e o poder de decisão final jamais delegado) continuam sendo os mesmos do ministro. Algumas idéias e posições políticas de Costa Cavalcanti: "Sou nacionalista, sim, mas sem aspas; eu não admitiria nunca ter entre os meus auxiliares um esquerdista; sou contra o barateamento do conceito de segurança nacional; não há dúvida de que a maioria do Exército deseja a democracia: mas que essa democracia plena venha progressivamente, que não avancemos três passos para recuar cinco".
O PONTO DE ATRITO - A presença dos militares no poder não significa, apenas, o contato com a administração pública. Ela inclui, também, a questão do relacionamento dos militares com a classe política, que, até 1964, detinha o maior controle do poder. É nesse plano que parece estar o maior ponto de atrito e de críticas. A origem do atrito parece ser a formação militar, baseada na disciplina e na hierarquia, que difere da liberalidade que cerca o Exército da atividade política. "Devido à nossa formação", diz o Coronel Rubens Resstel, 47 anos, veterano de campanha da Itália e atual comandante da guarnição militar de Campinas (SP), "procuramos projetar sobre o político nosso próprio código de ética e é por isso que não está havendo sintonia entre militares e civis." Para o novo presidente da Câmara, Deputado Geraldo Freire, a ascensão dos militares ao poder provocou, de fato, mudança no comportamento da classe política. E observa: "Mas os militares estão se conduzindo muito bem, embora os métodos empregados às vezes se choquem com os hábitos da classe política".
AS EXPRESSÕES DESCONHECIDAS - Por que os métodos chocam a classe política? A resposta pode estar mais no tipo de problema colocado pelos militares do que propriamente na sua forma de agir no governo. Até 1964, a opinião pública brasileira praticamente desconhecia certos temas que passaram a ser incorporados à linguagem dos três governos da Revolução: segurança nacional, planejamento estratégico, guerra revolucionária. "Durante toda a sua formação", diz o General Rui de Paula Couto, 54 anos, chefe do Estado-Maior do III Exército, "os militares são alertados para os grandes problemas internacionais. Em razão disso, têm maiores facilidades para perceber as manobras sutis dos inimigos que procuram a dominação mundial." Segundo o General Paula Couto, essas manobras não seriam notadas pelas elites civis, o que obrigaria à intervenção dos militares - "uma intervenção absolutamente transitória".
UMA EXPERIÊNCIA INÉDITA - Sensíveis aos problemas do subdesenvolvimento por serem oriundos de camadas sociais pobres ou da classe média, formados dentro da disciplina e da hierarquia, e educados para cumprir missões, os militares praticam há seis anos uma experiência de governo inédita na história do país. A classe política dividiu-se e naufragou por suas próprias limitações e vícios. Para alguns setores, os militares representam uma intromissão estranha, que modifica radicalmente o livre jogo social, econômico e político; para outros, ao contrário, a intervenção dos militares é recebida como a última - e única - alternativa à preservação do regime. E para a grande maioria das próprias Forças Armadas, o exercício do poder é tarefa da qual pretendem se desembaraçar um dia, entregando-o novamente a uma classe política renovada nos seus costumes. Mas até chegar esse dia - o Presidente Medici manifestou a esperança de que possa surgir até o fim de seu governo -, os militares continuarão a exercer o poder político com o mesmo sentido de missão a cumprir que um jovem oficial cultiva, comandando uma companhia de fronteira, ou que um velho general aplica no último posto de comando.

Artigo publicado na VEJA em 1º de abril de 1970.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Quando a farinha é pouca...

Enquanto se procuram culpados pela crise – e evidentemente não haverá – o mundo assiste estarrecido a parada total das economias. Na Folha de São Paulo há artigo descrevendo o que está acontecendo nas cidades onde mineradoras e indústrias de aço estão estabelecidas. Chocante.

Da Florida e de Maryland, que são estados americanos, onde o governo federal de lá está fechando bancos, até nossa Minas Gerais, as demissões e fechamentos de fornos - dos 106 no Estado apenas 17 estão em funcionamento - milhares de empregos estão comprometidos.

O comércio mundial, já havia dito aqui, está parando inexoravelmente. Nossos ministros e embaixadores estão discutindo Davos. Será que esses novos ricos do socialismo moreno estão olhando e vendo a realidade? Davos já era, ou não notaram ainda?

O que é que a mídia está querendo fazer no Brasil? Que a população encare a realidade em meio à armadilha da desinformação? Será que o governo Lulla não se toca que não dá para esconder o sol com a peneira, e que não adianta elle querer faturar politicamente em cima do Obama e seus anúncios de pacotes para a crise?

Vamos olhar para os dados econômicos recentes: A economia americana viu acontecer uma retração de 3,8% no quarto trimestre.

No entanto as bolsas nos EUA, e no Brasil, subiram fortemente assim que anunciaram o fato. Tal fato foi interpretado assim: estamos todos morrendo afogado em fezes, porém não são apenas fezes, elas estão misturadas com 50% de perfume.

Reparem que o acontecido é um dado do passado, quando as empresas estavam ainda discutindo se iriam dar férias, fechar fornos, e demitir em massa. Agora os fatos da vida são: fornos fechados, fábricas e minas paradas, empregos perdidos, e o pior, comercio literalmente parando em todos os setores. A roda vai começar a girar.

A mídia está fornecendo ao mundo um novo messias. Obama tem de consertar o estrago. Claro que não vai conseguir, o estrago é de proporções até agora jamais imaginadas. O discurso de Obama ontem foi assim:

“A crise vai ser mais duradora do que imaginamos”.

Curto e grosso. Medidas protecionistas são o que os EUA, seguido dos países europeus, irão tomar. Por isso Davos já era. Vocês acham que os EUA em meio à pior crise de empregos da historia ,vai fazer aparecer empregos na China, ou no Brasil? Podem tirar o cavalo da chuva.

Meu pirão primeiro.

Vamos analisar. O que é que faz uma economia crescer?

A resposta é investimentos. Com o sumiço de 55 trilhões de dólares do mercado os bancos e empresas estão parando e tem de começar a mandar o pessoal embora, pagar indenizações e contas a vencer, caso contrário é concordata e em seguida, falência. Alguém acha que vai haver alguma empresa privada investindo em qualquer lugar do mundo? Meu pirão primeiro.

Só mesmo a Petrobrás, estatal monopolista, que não irá abaixar o preço da gasolina, é que vai investir as nossas custas, para usufruto de seus funcionários, no meio dessa crise. Pelo menos é o que afirma a empresa. Mas podem acreditar, é apenas jogo de cena, e mais uma das mentiras do governo Lulla, uma bravata a mais para vangloriar nosso imperador.

Quem vai investir são os governos. Por enquanto eles não estão tomando conhecimento do lado fiscal da economia. É uma das equações do crescimento econômico que tem um lado perverso também. Mas quem irá sofrer seus efeitos são as gerações futuras, portanto... Meu pirão primeiro.

Lulla vai arrumar mais 270 mil vagas no setor público. Coitada da minha neta. A farra do governo está apenas começando.

O fato verdadeiro é que o mundo não pode mais viver sem o comercio internacional. Este está sendo forjado desde 1500. É como entendemos o mundo. Não é mais sustentável viver sob tal batuta.

Vão ter de reinventar o capitalismo, mas...

Meu pirão primeiro heim !



Escrito por Nathal às 10h13


Transcrito de Nathal & Candlesticks