domingo, 28 de junho de 2009

Em algum lugar do passado

Edição de Artigos de Domingo do Alerta Total: www.alertatotal.net

Por Arlindo Montenegro


Lá bem longe, no passado, há uma caixa de verdades escondida nas brumas. Um continente de realidades que exigem tratamento científico. Uma coleção de verdades distorcidas de modo brutal. Buscando respostas para as dúvidas, cometo o atrevimento de pensar que o propósito do poder é perpetuar o medo e a incerteza. E as verdades escondidas.

As ferramentas do poder são as mentes e os veículos de mídia controladores, que repetem a mesma publicidade, a mesma propaganda, de modo simplificado, para uma população de simples – ou simplórios. Reproduzem “slogans” ou palavras de ordem, sem confirmar documentos e testemunhos próximos do ambiente original, próximos da verdade.

Ninguém tem como voltar ao passado, verificar cada detalhe. Mas o que está acontecendo agora tem raízes profundas. A ciência persegue “verdades” parciais sabendo que nunca vai conhecer a verdade total.

Já os poderosos posam como conhecedores de verdades absolutas, como ditadores do caminho a seguir. Impedem o debate e camuflam as hipóteses contraditórias. Ocultam os bastidores da cena. Criam como distração o espetáculo diário da crueldade e do desastre. Medo, incerteza e perplexidade.

A história recente da luta brasileira contra os comunistas treinados em Cuba, assim como a história da mesma guerrilha cubana, deificando personalidades cruéis e sanguinárias como heróis, tem muitos cantos escuros, sombreados, apagados. Verdades, mentiras e muita ficção são entrelaçados para sustentar interesses políticos e econômicos ocultos por trás da cena.

Há um livro na praça, que não aparece entre os “10 mais vendidos”, nem mesmo é indicado por qualquer dos jornalistas críticos: ‘O VERDADEIRO CHE GUEVARA’, de Humberto Fontova, Editora “É Realizações”, 2009. Acompanha este livro, um dvd com imagens e testemunho de pessoas que atuaram na revolução cubana e no primeiro governo, antes do regime declarar-se comunista.

São ex combatentes, ex comandantes da guerrilha, profissionais liberais que atuavam na área da justiça, economia, arquitetura, todos descrevendo seus encontros com Guevara na condição de comandante militar da guerrilha, ministro da indústria, ministro da economia... e todos concordam que tratavam com um boçal, niilista, racista, preconceituoso e assassino a sangue frio.

Até o ano de 1957, Castro e seus rebeldes se declaravam anti comunistas, democratas. E muitos o eram, de fato. Firmou-se e se repete até hoje, que a virada para o comunismo se deu em razão da “ameaça ianque”. Castro, que mantinha em seu acampamento a “barraca da imprensa”, frequentada por jornalistas americanos, sem a ajuda dos quais seria difícil tomar o poder. A National Review o mostrou dizendo: “Sou o que sou devido ao New York Times

“Pretender que a guerrilha castrista tenha vencido... com apoio de camponeses e trabalhadores é uma das fábulas acadêmicas mais difundidas e persistentes do século XX.” Na mesma linha de raciocínio, pretender que os assaltantes de bancos e homicidas alinhados a Lamarca, Marighella, Dilma e pc do b no Araguaia defendiam o país contra uma ditadura e a favor da democracia é a nossa fábula doméstica, a falsidade histórica mais difundida e entranhada no imaginário da maioria menos informada.

Outros ângulos que merecem crivo científico entre nós situam-se na “rambice” dos inocentes heróis armados em defesa de “ideais”. Atrevo-me a situar a “rambice” como traço de caráter de sociopatas, escolhidos pelos poderosos do planeta, para integrar as tais guerrilhas, mesmo aquela que vitimou o “comandante che” na Bolívia. Os exércitos regulares são tropas enviadas compulsoriamente para a matança, com desvantagens e sem “rambice”.

A ideologia e crenças, sim, essas têm sido manipuladas como excelentes ferramentas do poder, para explorar sentimentos juvenis heróicos e aventureiros. As crenças e ideologias mobilizam velhos poderosos, que não ultrapassaram a primeira infância e continuam arrotando “rambices” para deturpar verdades históricas.

O diálogo livre pode abrir caminhos para terceiras conclusões. Hipóteses, as mais variadas, podem conduzir a terrenos mais humanos e amadurecidos. Terrenos onde as mentiras sejam substituídas por fatos mais próximos das verdades que estão retidas em algum lugar do passado. Verdades que estão no fundo de um poço que não tem fundo.

Enquanto a mídia oficial impedir o diálogo, vamos anotando as decisões dos notáveis sobre “crise financeira”, “pac”, “CPIs”, “maconha e cocaína”, “ciência alarmista”, “fobias”, “roubalheira”, “fraudes”, “retrocesso educacional”, “preconceitos e intolerância”, “racismo”... lembrando sempre as bundas, cachaça e futebol. E o humor essencial, melhor que o rancor oficial.

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Transcrito do Blog Alerta Total: WWW.alertatotal.net




terça-feira, 16 de junho de 2009

NOSSOS VALOROSOS MILITARES BRASILEIROS
09 de junho de 2009 às 00:19


NOSSOS VALOROSOS MILITARES BRASILEIROS




Quero tornar público a minha admiração e apresentar meus cumprimentos e reconhecimento aos militares da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira, sobretudo àqueles que estão participando, com braveza e heroicamente, da operação de resgate dos destroços e dos corpos das vítimas do acidente com o voo 447 da Air France, no Oceano Atlântico. Trata-se de uma missão extremamente árdua e de grande complexidade operacional e logística, que impõe muita determinação e meticulosidade na sua execução. Os dois Oficiais Capitão-de-Fragata Giucemar Tabosa e o Tenente-Coronel Henry Munhoz, Assessores de Comunicação da Marinha e da FAB, respectivamente, estão atuando de forma altamente profissional e irrepreensível, prestando todos os esclarecimentos à imprensa e à opinião pública de maneira cabal, honesta, tempestiva e precisa, além de evidenciarem muita responsabilidade no trato das informações sobre o resgate, devido principalmente as repercussões que o acidente gerou no contexto internacional. Para destacar a complexidade da operação de resgate, o Tenente-Coronel Henry Munhoz lembrou que a distância entre Recife e o ponto onde está sendo encontrada a maioria dos destroços e dos corpos é de 1.150 quilômetros - a mesma de São Paulo a Porto Alegre. Ele disse que uma viagem dessa levaria 18 horas de ônibus. O Capitão-de-Fragata Tabosa, por seu turno, enfatizou sobre a previsão do tempo que vem sendo desfavorável ao cumprimento da missão, pelas aeronaves e navios, por causa da redução da visibilidade e condições adversas do mar.

As ações de salvamentos, buscas e resgates decorrem inclusive de Acordos,Tratados multilaterais e Convenções internacionais de que o Brasil é signatário, nos campos do Direito Marítimo e do Direito Aeronáutico. Temos, por exemplo, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. O Brasil celebrou outros convênios internacionais que, em alguns casos, vão além das águas jurisdicionais brasileiras. Destaco, pela importância e pelo envolvimento da Marinha do Brasil, o serviço de busca e salvamento (SAR). O fato é que os nossos valorosos militares brasileiros tem demonstrado elevado adestramento em suas missões, estando sempre aptos a cumprir as suas atribuições constitucionais com grande eficiência, eficácia e efetividade, demonstrando, assim, além de tudo, muito patriotismo e disposição no sentido de ajudar o povo brasileiro, e defender os maiores interesses de nosso país. Portanto, nós brasileiros devemos nos orgulhar de termos Forças Armadas tão dedicadas e brilhantes, não obstante as suas dificuldades de modernização e de reaparelhamento de seus meios navais, terrestres e aéreos. Os recursos financeiros repassados do orçamento público federal às Forças Armadas, com vistas a manutenção e o robustecimento do poder militar brasileiro são realmente pífios, e vem se reduzindo a cada ano, o que se afigura num autêntico paradoxo no mundo de hoje, fato que coloca em risco a plena soberania de nosso país, que faz parte de um planeta conturbado em que, algures, já se observa a falta de petróleo e, principalmente, de água doce.

A poluição e o mau uso de mananciais ampliam a escassez hídrica e fazem do acesso à água potável um foco de tensão em diversas partes do globo. Israelenses e palestinos já se confrontam a Síria e a Jordânia pelo controle do vale do rio Jordão, a principal fonte de água da região. Exaurido pela mineração, pela irrigação e até pela manutenção de campos de golfe no deserto, o Jordão está minguando. Apenas um terço do volume original chega ao mar Morto, que pode sumir até 2050 e se resume a um lago sem vida, seis vezes mais salgado que o oceano. Não muito longe dali, a Síria briga com a Turquia e o Iraque pelo uso da bacia que envolve os rios Tigre e Eufrates. Dentro de 20 anos, uma proporção de dois terços da população do mundo deve enfrentar escassez de água, de acordo com a FAO, agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação. Se não tivermos Forças Armadas que imponham respeito no contexto internacional, poderemos ser alvos de invasões e agressões no futuro, por causa da água, já que o Brasil é detentor de 12% da água doce do planeta. A vida começou com a água e a falta dela pode nos extinguir. Segundo a ONU, até 2025, dois bilhões e setecentos milhões de pessoas vão sofrer severamente com a falta de água. O homem é o grande consumidor de água doce; em média são utilizados 200 litros de água/dia/pessoa, em números aproximados. Nos últimos 50 anos a população mundial passou de 2,5 bilhões de pessoas para 6,1 bilhões. Estima-se que até 2050 nosso planeta tenha entre 9 e 11 bilhões de habitantes. Com esse crescimento populacional, cresce também a demanda por alimentos, por energia, por água e recursos minerais, aumentando também a poluição e a degradação ambiental. Assim, vamos precisar de Forças Armadas com elevada capacidade de dissuasão para evitar invasões de outros países, que sofrerão profundamente com a falta do precioso líquido: o “petróleo potável”.

O povo realmente espera que os nossos políticos e governantes se sensibilizem, a curtíssimo prazo, no sentido de prover as nossas Forças Armadas de melhores e apropriadas dotações financeiras, para possibilitar, sobretudo, a modernização e a renovação de seus meios de combate, de defesa e de salvamento, de modo contínuo. Nas grandes comoções sociais são os nossos abnegados militares brasileiros os primeiros a serem acionados para prestarem seu apoio às populações atingidas, principalmente nas epidemias; catástrofes; grandes desastres e acidentes; grandes e urgentes reconstruções; na fiscalização e na defesa do meio ambiente nos rincões do país; na defesa das instituições democráticas constituídas; no salvamento de vidas humanas nos rios e mares; no combate ao narcotráfico e crime organizado; na assistência médica, odontológica e laboratorial às populações pobres, indígenas e ribeirinhas; e na implementação de diversos projetos desenvolvimentistas setoriais no âmbito dos Estados da federação. A presença marcante do nosso Exército nesses longínquos rincões vai muito além da defesa territorial e do patrimônio nacional. Os militares do Exército levam segurança, assistência médica e odontológica, educação, socorro emergencial e solidariedade às populações ribeirinhas e comunidades isoladas. Enfim, leva cidadania a essa parcela desassistida do povo brasileiro, com um trabalho muito digno, estratégico e silencioso de inclusão, integração e de desenvolvimento nacional. Em muitas regiões do país, principalmente na região norte, a única presença do Estado são das Forças Armadas brasileiras.

Os militares brasileiros passam a vida trabalhando duro, estudando e praticando, no seu dia-a-dia, conhecimentos ligados não apenas às atividades militares, mas também ao planejamento estratégico, à administração, à economia, à contabilidade, à assistência social, à engenharia e Construção Naval (o Brasil é o único país da América Latina que fabrica Submarino, graças aos militares brasileiros), a medicina (inclusive a nuclear), a oceanografia, a hidrografia, em pesquisas científicas (como na Estação Comandante Ferraz, instalada na Ilha Rei Jorge, uma base permanente brasileira na Antártida) e aeroespaciais, etc, o que os coloca em um nível de capacidade e competência muito superior ao de muitos políticos gananciosos e despreparados que, na vastidão de “oceânica ignorância e falta de ética”, nos têm governado de maneira errada há pelo menos 20 anos. Os militares mantêm-se honrados ao longo de toda a sua trajetória profissional, enquanto que, hodiernamente, nos deparamos com a descoberta da verdadeira face de muitos dos que se queixavam de terem sido cassados e torturados, mas que aí estão, mostrando o seu caráter abjeto e seus pendores nada democráticos, além de incompetência, demagogias, proselitismos e desonestidades.

Muitos brasileiros desconhecem que na operação de resgate há uma corveta denominada Caboclo, que foi orientada pela Marinha a fim de cooperar nas buscas ao Airbus da Air France. A Caboclo, que foi incorporada à Marinha em 1955, é um navio lento, com velocidade máxima mantida de apenas 14 nós (26 Km/h). A Marinha deveria ter em operação navios-patrulha oceânicos (NaPaOc) de 1.200 toneladas, cujo projeto foi cancelado na década de 1990 por falta de recursos financeiros, mas é obrigada a manter navios como a Caboclo em operação, pela falta de meios mais modernos. A FAB também possui problema semelhante: está usando aeronaves de transporte C-130 Hercules nas buscas, pois não possui aeronaves de patrulha marítima de longo alcance atualmente em operação. Os P-95 Bandeirulha são limitados em raio de ação e equipamentos, e os P-3AM Orion, que estão sendo modernizados na Espanha, só serão recebidos em 2010.

Parabéns aos nossos valorosos militares brasileiros, que não medem esforços no sentido de contribuir para um Brasil mais justo e livre, com ordem e progresso.

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Por Alessandri Campos Vilanova e Silva - Administrador de Empresas (C.R.A. nº 1356/PA) e consultor organizacional em Estratégia Empresarial e Recursos Humanos.

Transcrito da página "www.acontinencia.com".

domingo, 7 de junho de 2009



Obesidade mental

O prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro “Mental Obesity”, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna.

Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente. "

Segundo o autor, "a nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas; e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono.

As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em ensinamentos tacanhos e em condenações precipitadas.

Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. "

"Os 'cozinheiros' desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas, os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros chamados 'profissionais da informação'".

"Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os “donuts” da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez."

"O problema central está na família e na escola. "

"Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade, estimulando, cada vez com maior ênfase, a desagregação familiar, o homossexualismo, a permissividade e, não raro, a promiscuidade.

Com uma 'alimentação intelectual' tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular".

Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado "Os abutres", afirma:

"O jornalista alimenta-se, hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular."

O texto descreve como os "jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante".

"Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais."

"O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.

Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy.

Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve.

Todos acham mais cômodo acreditar que Saddam é o mau e Mandella é o bom, mas ninguém se preocupa em questionar o que lhes é empurrado goela abaixo como "informação".

Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um “cateto.”

Prossegue o autor:

"Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.

A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se e o folclore virou "mico". A arte é fútil, paradoxal ou doentia.

Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo (aquele que se elogia), a imitação, a sensaboria (sem sabor) e o egoísmo.

Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma 'idade das trevas' e nem do fim da civilização, como tantos apregoam. "

"Trata- se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos.

O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental."


Recebido por e-mail.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

É uma longa carta, mas vale a pena lê-la e extrair o que for possível do ensinamento nela contido.

Carta de Joel Goldsmith a seu filho





Trecho da carta de Joel S. Goldsmith, considerado o místico do século, ao seu filho Sammy, quando este se ausentou do lar, do Hawai, para cursar a universidade na América.

Ofereço-te aqui, Sammy, uma lição importante, não só para um dia, mas suficiente para toda tua existência, se a praticares fielmente-ainda que não recebesses nenhuma outra de mim ou de qualquer instrutor espiritual.

Se a gravares no íntimo, ainda que ficasses só num deserto ou num barquinho, no meio do oceano, sem qualquer pessoa ou livro por perto, poderias sobreviver, encontrando salvação e segurança, alimento e vestuário, paz e tudo o mais que te fosse necessário.

Quero revelar-te o segredo de minha felicidade, alegria , êxito, prosperidade e capacidade de servir a crianças e adultos ao redor do mundo inteiro, como sabes. Desejo que conheças este segredo, para que possas agir como eu.

Em primeiro lugar, quando defrontares algum problema, seja de saúde, estudos, desentendimentos com os colegas ou mestres, retira-te a um lugar tranqüilo, senta-te com os pés no chão e mãos descansando nas coxas, fecha os olhos e lembra-te de que Deus está mais perto do que tua respiração: mais próximo do que teus pés e mãos. Ele está exatamente onde estiveres.

Aquieta-te por um momento e Deus resolverá teu problema. Pode parecer estranho que não tenhas, pelo menos mentalmente, de expor teu caso a Deus, de não pedir-Lhe nada e nem fazeres qualquer afirmação.

No entanto, basta fechar os olhos, aquietar-te por um momento e saber que Deus está bem perto de ti: no centro de teu ser.

Depois, sem ansiedade ou pressa, espera alguns minutos.

O Espírito, Ele mesmo, se incumbirá de tudo. Se for um problema ou fórmula que não entendes, Ele te esclarecerá, como sucedeu uma vez aqui em casa, em que pediste ajuda em matemática: sentamo-nos e meditamos e quando voltaste ao livro, encontraste a resposta plena, como se a tivessem escrito ali para ti.

Sempre que tiveres alguma dificuldade, pára o que estavas fazendo e conscientiza Deus exatamente ali onde estás, em teu íntimo.

Espera alguns minutos e verás que Ele é a Inteligência de teu ser e sabe porque O estás procurando.

Não receies: de bom grado Ele sempre te responderá, se estiveres "ligado".

Se Lhe perderes a sintonia, não poderás receber ajuda. Isto é compreensível. Digamos que estivesses aqui perto de mim, recebendo instrução espiritual.

Se te distraísses, pensando em outra coisa ou saísses a passear, como poderia receber a lição que eu tinha a oferecer-te gostosamente?

Como pai humano, bem gostaria de oferecer-te cada segredo espiritual que possuo, como dou dinheiro quando dele necessitas. Mas não lhos poderei dar, se não estiveres receptivo e atento.

A mesma coisa se dá em nossa relação com Deus: temos que dar-Lhe plena atenção, amor, obediência e gratidão. Não é propriamente amar um Deus que não vês, senão amá-Lo nos colegas e professores com quem convives.

Ainda que Deus esteja em teu íntimo, só Lhe podes receber a graça se tiveres amor, júbilo e respeito, em tua mente, em teu coração e em tua alma.

Cada pessoa é responsável por si mesma. Não há um Deus sentado no céu a olhar e julgar os que estão aqui em baixo.

A Consciência divina está em nosso íntimo e sabe tudo o que pensamos, sentimos, falamos e fazemos, atraindo imediatamente de fora tudo o que mandamos para lá.

Portanto, o amor e respeito que exprimes aos outros, logo os recebes de volta. Mas, tudo isto ainda é pouco. Mesmo que sejas humanamente bom em todos os sentidos, estás simplesmente cumprindo os Dez Mandamentos.

Agora te estou instruindo a cumprir o Sermão da Montanha, pois o Caminho espiritual é uma revelação mais alta: diz que não precisas de falar com Deus, senão apenas reservar pequenos períodos, durante o dia e à noite, para ouvi-Lo dentro de ti.

Mesmo que não ouças literalmente uma voz, ao abrir os ouvidos a Deus e silenciar por um minuto ou dois, permitir-me-ás encher o vácuo que formaste internamente.

Atenta bem para o que deves fazer, para formar este vazio expectante: logo ao acordar senta-te confortavelmente, pés no chão, braços apoiados relaxadamente nas coxas, olhos fechados, sintonizando o Cristo interno em silêncio, escutando o íntimo por alguns minutos.

Em seguida, lembra-te de que o dia que se estende diante de ti será governado e protegido por Deus. Serás então mantido e inspirado por Ele, porque abriste, anelante e conscientemente, tua consciência à Presença e Direção de Deus. Mas se não fizeres cada manhã, fielmente, teu contato com Deus, o teu encontro com o mundo será como de um ser humano comum, sujeito a todas as surpresas e desencontros da vida, sem a assistência divina.

Em tua idade atual, com o preparo que já recebeste aqui, estás apto a quatro pequenos exercícios diários: de manhã cedo, ao meio-dia, ao anoitecer e antes de dormir.

Sentado, relaxado e quieto, podes dedicar dois minutos de cada vez a Deus. Inicialmente, Para facilitar, podes mentalmente dizer: "Aqui estou, Pai. Fala que teu filho escuta. Desejo fazer a Tua vontade". Em seguida, aquieta-te. Se fores fiel nesta prática, garanto que tua vida na universidade e de modo geral, será um sucesso e ainda mais do que isso: uma bênção. Estarás preparando os fundamentos para uma vida inteiramente governada por Deus.

Procure estar em harmonia com teus colegas em tudo que seja bom. Se te convidarem a cerimônias religiosas, sugiro que os acompanhes. Entra em cada templo com a mente aberta, agradecendo à oportunidade de aquietar e ouvir a "pequenina e silenciosa voz".

Não te esqueças de que a sintonia com Deus é mais importante que o ritual.

A união com os colegas no que seja construtivo suscita o bem, embora o verdadeiro bem te venha porque reconheces a graça e a glória de Deus em tudo e em todos.

A coisa mais importante que desejo sublinhar-te é que, em qualquer instante do dia ou da noite, Deus é instantaneamente acessível. Basta que O sintonizes e ouças. Enfatizo este ponto para que compreendas que não precisas falar, de fazer afirmações ou lembrar a Deus tuas necessidades.

O segredo que recebi é que Deus, como Inteligência infinita, já conhece tuas necessidades, antes mesmo de Lhas pedires.

Ele vê nosso íntimo quando Lho abrimos em atitude receptiva e confiante.

Não é por nosso falar ou pensar, pois o Mestre ensinou: "não vos preocupeis por vossa vida, pelo que tendes de comer: nem por vosso corpo, pelo que tendes de vestir. Vosso Pai sabe que necessitais destas coisas. É do bom agrado dEle dar-vos todas elas".

Compreendes, Sammy? É do agrado do Pai dar-te o Reino! Deus não te castiga quando te arrependes sinceramente do erro ou pecado que acaso cometas.

No instante em que reconheces que não agiste bem, estás perdoado.

Não carregarás a penalidade quando em teu coração vibra o reconhecimento do mal que fizeste e te arrependeres. Mas deves compreender que ao reconhecer as falhas, não deves repeti-las. Caso contrário, perderás a sintonia com a graça divina. Tu mesmo é que te cortas dela. Quando isto acontecer, procura reatar com a graça, reconhecendo verdadeiramente: "Sei que errei!" Ou talvez: "Não sei se agi erradamente, mas se o fiz, ajuda-me a compreender e limpa isto de mim, Pai. Não tive má intenção. Não quero fazer o mal. Ao contrário, desejo fazer aos outros o que gostaria que me fizessem".

Dessa maneira te purificas. Tenho-me curado de diversas enfermidades, pedindo simplesmente a Deus perdão por meus pecados. É claro que meus pecados não são graves. Conheces nosso modo de viver. Mas sempre que cedemos à crítica e condenação, não estamos amando e perdoando suficientemente.

Assim, é recomendável que nos voltemos de vez em quando e digamos: "Reconheço, Pai, que não estou agindo perfeitamente. Perdoa meus pecados. Limpa as minhas transgressões, para eu começar tudo de novo".

Grava bem, Sammy, a mais importante lição que me foi dada: "que o lugar em que estás é solo santo", ou seja, Deus está exatamente onde estás, disponível, no instante em que páras de pensar, de falar e de te identificar com as coisas externas, e te voltas ao íntimo, reconhecendo-Lhe o Poder e a graça.

Conscientiza o Espírito de Deus em ti e, em seguida, relaxa-te por um ou dois minutos, deixando que Ele Se manifeste.

Isto é tudo.

Todo o nosso propósito é de levar as pessoas à realização da onipresença de Deus e sua constante disponibilidade; de nos dirigir a Ele sem pensamento nem palavras: basta a humildade de sentar-nos (ou mesmo em pé ou deitado), fechar os olhos e reconhecer: "Eu, de mim mesmo, nada posso. O Pai, em mim, é Quem faz as obras. Fala, Senhor, que teu filho escuta". Em seguida, aguardar um ou dois minutos em silêncio expectante, antes de levantar e prosseguir as tarefas.

Se aprenderes a praticar corretamente este exercício quatro vezes ao dia, como lhe estou sugerindo, não demorará muito para que o faças mais vezes ao dia, para teu inteiro benefício.

Recebido por e-mail.