sexta-feira, 29 de julho de 2011





A Humildade e a Arrogância.


Um amigo de infância me enviou um e-mail com um vídeo de um jovem que se apresentou em um programa de jurados e na mensagem anexa, sugeria que eu escrevesse sobre o mesmo. Apesar de já tê-lo assistido em outra oportunidade, me emocionei com a apresentação e com a possibilidade de visualizar claramente, em atitudes, a humildade e a arrogância dos seres humanos.

O jovem entrou no palco vestido de uma calça larga escura, uma camiseta preta com desenhos verdes no peito e tênis. Ao dizer que se chamava John Lennon da Silva provocou um comentário sarcástico de uma jurada, que disse já haver ouvido esse nome e outro disse que sabia ele era muito famoso e amigo do Paul e do Ringo.

Ao explicar que iria dançar, ela, em tom de gozação e apontando para suas roupas perguntou: assim? O rapaz timidamente respondeu que sim, que aquela roupa era do seu cotidiano e o que interessava era que iria apresentar o "Lago dos Cisnes", numa nova coreografia, baseada em Street Dance, a dança de rua dos jovens.

Ela insistiu, dizendo esperar que ele fizesse uma boa apresentação, pois aquele figurino não tinha 'nada a ver'. Outro perguntou se ele conhecia a peça em sua versão original, que era de um cisne se debatendo, agonizando até o final e executado nas pontas dos pés, por uma bailarina vestida toda de branco.

A arrogância desses jurados era visível, imaginando-se os únicos conhecedores da peça, quase chamando de ignorante o rapaz, simplesmente porque estava vestindo roupas comuns e pretas, humilhando-o com suas perguntas e não acreditando que alguém tão simples, vestido daquela maneira, pudesse apresentar algo que valesse a pena ser assistido por quem já viu a peça original, com todo o seu luxo e esplendor.

Depois de autorizado o rapaz iniciou sua apresentação e os jurados logo perceberam tratar-se de um gênio, tanto da dança quanto da coreografia. Seu corpo expressava, incontestavelmente, sem nenhuma possibilidade de dúvidas, movimentos de dor, angústia, do debater nos últimos momentos do Cisne.

O silencio e admiração dos jurados se fazia notar em seus olhares que agora viam algo por eles nunca imaginado, ainda mais vindo de um simples John, sem nenhuma vestimenta ou cenário apropriado para a grandeza da apresentação que realizava, diante de seus próprios olhos.

Ao término da apresentação, os dois homens e uma mulher sentada entre eles, estavam pasmos. Um, estava de pé e perguntando, ouviu do jovem que tinha 20 anos e era o próprio coreógrafo daquela versão. O que havia questionado se o rapaz conhecia a apresentação original estava chorando, com lágrimas escorrendo pelo rosto e não conseguia falar sequer para dar sua nota. Incrédula, a jurada retornou a palavra ao outro.

Ainda em pé, este se dirigiu ao jovem dizendo ser ele de uma grandeza rara, que sua apresentação foi emocionante e sugeriu que continuasse buscando novas maneiras de mostrar coisas já conhecidas e desejava que os telespectadores tivessem percebido a dimensão daquela apresentação e sentido a emoção que ele sentiu.

Infelizmente a grande maioria das pessoas sempre prejulga aqueles que não conhecem, antes mesmo de ouvir deles uma só palavra, muito mais pelo que podem ver, do que pelo que realmente eles são.

Nada questionam sobre seus conhecimentos, capacidade, experiência e cultura. Só vislumbram jóias, relógios, carros, casas, roupas, enfim, ostentação.

Os inteligentes, cultos, educados e muito capazes, nunca ostentam seus predicados e com sua humildade, acabam superando os arrogantes.

João Bosco Leal

www.joaoboscolea l.com.br


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quinta-feira, 28 de julho de 2011






SIMULACRO DE GOVERNO.


Aileda de Mattos Oliveira*


Mais de oito anos, quase uma década, e o país mergulhado numa empulhação de democracia, às escâncaras! No âmbito da verbalização, o subgoverno, pretenso pós-modernizador, pratica constantemente o gramaticídio, quando as palavras, na semântica tortuosa das oratórias dos políticos e do governo, são letalmente feridas, segundo interesses reivindicatórios e bajulatórios da ocasião.

É um monólogo de araras, no qual se constata que o país só tem poderosos, mas não Poderes. Todos em defesa das mesmas teses amorais, pois sofreram, preventivamente, mimetização comportamental.

Por serem as reproduções, simulacros da realidade, não se pode considerar, portanto, “democracia”, a aberração que se impinge à nação. Não se pode considerar “Congresso”, um ajuntamento de espécimes sem qualificação para ali estarem. Não se pode considerar “Executivo” a cabeça de Governo que recua de suas decisões a todo instante, por imposição de um partido. Não se pode considerar um “Supremo Tribunal Federal” o que usa a Constituição como pretexto para oratória sofística, ignorando que há vida inteligente no meio da população ovelhum. Não se pode considerar “Imprensa Livre” quando um editorial defende não sei por que razões o STF, hoje, apenas, sigla, já perdidas as suas funções. (O Globo, 17/6/2011, p. 6)

A sofística dos medíocres representantes desta nação fez da Constituição um equipamento pendular para justificar as constantes oscilações de posição, de acordo com o lado que faça tilintar, mais sonoramente, as moedas benfazejas, transformadas em privilégios difíceis de recusarem, pelo hábito de aceitá-los.

O falacioso ex-Supremo se agarra ilicitamente à letra constitucional para torcê-la, pisoteá-la e transformar “liberdade de expressão” em apologia à cannabis e a outras tantas aberrações, combatidas pelos incansáveis defensores da nação, no espaço virtual. Não tem, contudo, este “Supremo”, a mesma desenvoltura interpretativa, dentro dos cânones verdadeiramente constitucionais, no momento de defender a integridade territorial, cedendo à intromissão de forças externas na soberania nacional. Não esqueçamos a Raposa!

Não para por ai o palavrório aparentemente desarticulado. Os pequenos senadores desta república traída não precisam mais discutir o fim do sigilo eterno dos documentos referentes à soberania nacional. De forma capciosa, foram indicando dados das tais Cartas de Fronteiras que não poderiam vir a público. Como não, se já foi citado pela imprensa o que seria sigiloso? Interpretando-se o discurso político dos simplórios senadores, chega-se a pensar que, naquele momento, ao fornecerem indícios sincopados aqui e ali, lançados ao ar, davam indicações perigosas de estarem disponíveis a uma troca de ideias. Se não desejam uma interpretação virulenta de mercenarismo, limitem-se ao necessário, eliminem a verborragia de suas retóricas equívocas, já que mal sabem usar a língua.

A vacilante Rousseff aceita o fim do sigilo perene de documentos que desenharam as fronteiras do país, mas, opostamente, segundo a Veja.com (28/6/2011), “pede à base que mantenha sigilo sobre as licitações”. Escancara os arquivos sobre a soberania do Brasil (que não lhe pertence), aponta aos amigos de lá as brechas por onde devem entrar, cedendo, com submissão, aos seus iguais. Para esconder os rombos do erário, quanto às licitações, declara sigilo, este sim, eterno.

A simulação de que estão empenhados em governar para o país e não no interesse próprio não resiste à leitura de suas frases mal-estruturadas, condenatórias do que lhes vai na alma. Chega-se, então, à dissimulação, marca cultural dos políticos brasileiros, alheios aos interesses da nação, mas atentos à “parte que lhes cabe neste latifúndio” (1).

Este é o tal governo socialista, simulacro de governo democrático, pífia obra de esquerzoides apátridas.

(*Prof.ª universitária, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora. (1) João Cabral de Melo Neto, “Morte e vida Severina”.)


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BLOG DO ALUIZIO AMORIM: A VELHICE DOS TEMPOS MODERNOS



BLOG DO ALUIZIO AMORIM: A VELHICE DOS TEMPOS MODERNOS:

"Os romanos da decadência, Thomas Couture,1847 O professor Ives Gandra Martins escreve no jornal Folha de São Paulo desta quinta-feira um ..."

domingo, 24 de julho de 2011






Um toque de clarim


Apesar de toda a bandidagem que temos visto ocorrer, principalmente nos últimos dois governos do PT, creio que o Brasil certamente ainda será o país do futuro, como sempre foi proclamado por nossos governantes, principalmente pelo enorme potencial de suas riquezas naturais.

Quando praticamente todos os países do mundo começam a desistir da produção de energia atômica, as riquezas hídricas distribuídas por praticamente todo o território nacional tornam o Brasil um país com posição invejável quanto às possibilidades de produção de energia hidrelétrica.

As fontes para a geração de energia solar e eólica também são bastante favoráveis, especialmente na região menos favorecida hidricamente, o nordeste do país, onde, para suprirmos essa dificuldade também poderíamos utilizar a tecnologia de dessalinização da água do mar, já bastante conhecida e fartamente utilizada por diversos países que realizam inclusive a irrigação de amplas áreas áridas, para a produção agrícola com a água marítima.

Fontes de geração de energia renovável e 80% menos poluentes do que os combustíveis à base de petróleo, como o biodiesel e o álcool de cana, o etanol, já são bastante utilizadas e sua produção cria outras possibilidades, como a queima do bagaço da cana para suprir o consumo de energia das próprias usinas e que gera excedentes com milhares de utilizações possíveis, além da produção de resíduos para a adubação de terras.

A produção agropecuária brasileira se destaca cada vez mais no cenário mundial, onde somos líderes ou estamos entre os maiores exportadores de muitos produtos como soja, milho, suco de laranja, café, milho, açúcar, frutas diversas e de carne bovina, suína e de frango.

Na produção de celulose a partir de florestas artificiais também nos destacamos muito e brevemente, com a entrada em funcionamento das fábricas construídas ou já em construção na cidade de Três Lagoas, MS e com os milhões de hectares de terras já plantadas na região com eucalipto para essa finalidade, seremos os líderes mundiais.

A indústria automobilística brasileira já exporta uma quantidade excepcional de veículos e novas fábricas continuam se instalando no país visando o abastecimento do mercado interno e também as exportações.

Máquinas pesadas como moto-niveladoras, tratores de diversos tamanhos, de pneus ou de esteiras, pás carregadeiras, caminhões com diversas capacidades de carga e de diversas marcas aqui fabricados, são exportados para todos os continentes e em quantidade cada vez maior.

Os principais gargalos para um crescimento mais vigoroso da economia do país, dizem os especialistas, é exatamente o 'custo Brasil', dos enormes encargos financeiros pagos pelo setor produtivo, a infraestrutura de transporte rodoviário e aéreo-portuário e claro, a enorme carga tributária vigente.

Quando vejo a imprensa divulgando o que ocorre no Ministério dos Transportes fico muito feliz, por entender que, se tanto pode ser superfaturado, roubado, significa que o dinheiro é suficiente para acabar com todos esses problemas, bastando para isso extinguir, ou diminuir consideravelmente a corrupção e isso não é impossível.

Nos filmes do velho oeste norte americano que assistia quando criança, quando os fortes estavam sendo atacados pelos índios, com muitos soldados já mortos, os sobreviventes acuados e em número bem menor, as chamas destruindo os alojamentos internos, o portão de entrada já derrubado e o ataque final iria se consumar, ao longe se ouvia o toque do clarim determinando o ataque aos índios pela cavalaria salvadora que chegava.

Para um futuro sólido, grandioso e feliz, o Brasil só precisa de uma liderança capaz de, com um simples toque de clarim, determinar à sua cavalaria um ataque mortal à corrupção, com a destituição, prisão e retomada dos bens de todos os saqueadores, estejam eles no legislativo, executivo ou judiciário.

João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br


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terça-feira, 19 de julho de 2011

ViVerdeNovo: DOIS ARTIGOS

ViVerdeNovo: DOIS ARTIGOS:

"NÓ NA GARGANTA Por Arlindo Montenegro Tem hora que dá vontade de xingar, gritar, espernear, esmurrar e logo a gente se aquieta e engole o ..."

quinta-feira, 14 de julho de 2011





Raposa Serra do Sol


Estarrecedor o documentário feito pela TV Bandeirantes sobre as consequências geradas pelo STF, depois que decidiram expulsar os não índios da “reserva” Raposa do Sol.

Veja a matéria de dois anos atrás:

http://www.youtube.com/watch?v=LsXUDi-iBWQ

E confira a exibida ontem:

http://www.band.com.br/jornaldaband/conteudo.asp?ID=100000444042


Transcrito do Blog "Alerta Total":



segunda-feira, 11 de julho de 2011