segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013


 
Tributo à Yoani

*Sergio Sparta

   As entranhas políticas são lamentáveis, quando tratam de posturas radicais e ações agressivas, particularmente as que atentam contra a liberdade de expressão e de locomoção. Diferenças ideológicas, quando defendidas com argumentos e respeito, são favoráveis à democracia. Lamentavelmente, ainda sobrevivem, em nossos dias, indivíduos e entidades que não aceitam divergências e são desprovidos de bom senso e educação, que acobertam interesses subalternos, que tentam preservar idéias retrógradas e desmerecer pessoas que clamam por justa liberdade.
    Falo da recepção à blogueira cubana Yoani Sánchez. Fato deprimente que merece o repúdio de todo cidadão brasileiro. Não bastassem as dificuldades, humilhações e castigos que sofreu em seu País pelo seu posicionamento frente às adversidades e opressões ao seu povo, é recebida, aqui, por um grupo bem doutrinado, a mando do comando de lá e do subserviente daqui, para denegrir a sua pessoa e abafar o seu grito de luta por liberdade.
    A cada nova investida da esquerda raivosa, mais claro ficam as suas reais intenções, que não são nada republicanas e democráticas. As ações articuladas com esmero na embaixada de Cuba, com a presença de membros do governo brasileiro, refletem o grau de afinidade e comprometimento entre as partes e a subordinação da nossa soberania à causa da cúpula do Poder.
     Nesta admoestação inconcebível, não ouço a voz de repúdio dos ativistas dos direitos humanos, de membros do Governo, de lideranças da esquerda, membros da direção de órgãos estudantis e sindicatos, com raras exceções. Por quê? Onde estão aqueles que lutam pela igualdade, pela liberdade e pela verdade?
      Qualquer dúvida está dissipada. A esquerda truculenta continua ativa. Hoje, não pega em armas por conveniência, mas continua a usar os mesmos métodos de pressão adotados no passado, de beneficiar-se da democracia e da liberdade, que tanto defendem da boca pra fora, para impor a sua ideologia, que é ditatorial.
     Obrigado, Yoani, pela tua demonstração de paciente tolerância ante tanta difamação e agressivas manifestações e pela oportunidade de desmascarar esses castradores da liberdade. Teu semblante reflete a sinceridade da tua mensagem; o mesmo, não é possível dizer dos teus agressores.

* Militar e integrante do Movimento Verde-amarelo do RS 

Recebido por e-mail. 
 

Pedro da Veiga: LIVRO DE ESPIÃO CUBANO MOSTRA PADRES DA TEOLOGIA D...

Pedro da Veiga: LIVRO DE ESPIÃO CUBANO MOSTRA PADRES DA TEOLOGIA D...:
 Por Irapuan Costa Junior ( Jornal Opção-Contraponto ) Foto: Reprodução - “El Magnífico - 20 Ans au Service Secret de Castro”, livro de ...


ESPIRITICAMENTE, COMO SE EXPLICARIA A TRAGÉDIA DE SANTA MARIA?

*José Reis Chaves

    Há pessoas dizendo que a tragédia de Santa Maria foi porque as vítimas faziam culto ao diabo.
Em que as vítimas teriam prejudicado Deus, imutável que é, para que Ele se vingasse deles, seus pais, irmãos, amigos, colegas e todo o Brasil? Esse conceito antigo e mitológico de Deus dessas pessoas cria ateus, conceito esse que está longe do de Deus Amor e Pai ensinado por Jesus!
    O pecado está para Deus como o crime está para a lei. O pecado é contra Deus, mas é o nosso próximo que sofre, e, por conseqüência, o autor do pecado. E o crime é contra a lei, mas é a vítima que sofre. Aliás, se Deus sofresse com o pecado, Ele seria o ser mais infeliz. Mas mesmo que Deus sofresse com o pecado, por ser Ele Amor (1 João 4: 8), jamais Ele se vingaria de alguém.
    A lei de causa e efeito (carma, lei da reciprocidade, do retorno etc.) é inexorável. Ela está na Bíblia e em todas as outras escrituras sagradas e não é castigo de Deus, pois somos nós mesmos que a manipulamos com o nosso livre-arbítrio. E essa palavra castigo deriva-se do verbo latino “castigare” (purificar). Daí também o vocábulo castidade (pureza). Mas ninguém deixará de pagar tudo até o último centavo. (Mateus 5: 26). Porém colhido todo o seu mal semeado, o semeador fica purificado e não vai pagar mais nada, o que joga por terra, totalmente, as chamadas “penas eternas”. E há outra maneira de nós nos purificarmos: fazendo o bem. “Uma boa ação encobre multidão de pecados.” (1 Pedro 4:8). “Perdoados lhe são seus muitos pecados, porque ela muito amou.” (Lucas 7: 47). Vale a pena, pois, nós nos purificarmos com a prática do bem. E jamais há um determinismo inevitável de sofrimento, pois o nosso livre-arbítrio pode mudar as coisas. E “quem não for pelo amor, vai pela dor.” (Dito espírita).
    A lei de causa e efeito é uma disciplina que nos ajuda em nossa evolução moral, pois, com ela, vamos aprendendo que vale mesmo a pena praticarmos o Evangelho ou a Doutrina Espírita, cuja moral é a mesma do excelso Mestre. E a colheita não é só de dor, mas também de felicidade. Há também o chamado carma-crédito, isto é, aquele em que o indivíduo sofre sem culpa, o que se torna um crédito para ele em sua caminhada evolutiva. É possível, pois, que haja entre as vítimas de Santa Maria, as quais, antes de reencarnarem, possam ter escolhido aquela prova de carma-crédito, com o objetivo de acelerarem sua evolução, o que se pode aplicar também aos seus entes queridos sofredores. O sofrimento de Jesus é um exemplo disso que O glorificou diante de Deus. (Lucas 24: 26). E esse carma- crédito é até um dos motivos por que Jesus nos ensinou que não devemos julgar ninguém.
    E não concluamos de tudo isso que Deus goste de nosso sofrimento, pois Ele não é sádico! “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo.” (1 Coríntios 3:15). Apenas há a colheita do sofrimento na contabilidade da justiça divina cármica, o que nos purifica e nos faz lembrar-nos do Purgatório e da Doutrina da Satisfação da Teologia Católica. E purificado o espírito, ele se torna plenamente feliz!


   *Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO,  pode ser lida também no site www.otempo.com.br   Clicar o item “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da matéria sobre ela e outros comentários. Ela está liberada para publicações. O autor ficará grato pela citação nelas de seus livros: “Presença Espírita na Bíblia“, Ed. Chico Xavier em Parceria com a Ed. Sinal Verde, SP; “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM, SP; “A Reencarnação na Bíblia e naCiência”. Ed. EBM, SP; “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Ed. e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia, MG; e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte, MG, www.literarium.com.br
  Os livros podem ser adquiridos da seguinte forma: Telefone (31) 3373-6870 Email: jreischaves@gmail.com com a Ed. Chico Xavier, www.editorachicoxavier.com.br Telefone: 0800-283-7147, a Ed. Sinal Verde: www.sinalverdelivros.com.br Telefone:
(11) 2409-1540, e com a Ed. EBM www.ebmeditora.com.br Telefone (11) 3186-9766.

Recebido por e-mail.

 



OS PIORES CEGOS



*Percival Puggina




    Reinaldo Azevedo mostrou muito bem, em um de seus textos mais recentes, o erro crasso cometido pelos jornalistas que avaliaram quase como se fosse um Fla-Flu a mobilização de grupos antagônicos em torno da visita de Yoani Sanchez ao Brasil. De fato, é um absurdo tratar as milícias fascistas montadas para impedir uma pessoa de falar e os cidadãos que a isso se opõem querendo ouvi-la como se fossem forças opostas com iguais méritos e deméritos. Não são.

    Só para lembrar. Volta e meia, o PT e seus parceiros promovem fóruns de esquerda. Com tudo custeado mediante recursos públicos, trazem ao Brasil gente da pior espécie. Verdadeiros gângsteres da filosofia e da política. Se fosse consultada, a sociedade que paga impostos jamais concordaria em patrocinar esses gastos. Mesmo assim, não tenho notícias de que forças políticas oponentes organizem milícias para impedir que os participantes desses eventos profiram suas tolices e difundam seus maus ensinamentos.

    Por outro lado, é indispensável escrever e sublinhar que os agressores da blogueira estavam - vejam só! - declaradamente a serviço de dois governos e de um projeto geopolítico. A serviço do governo cubano, a serviço do governo brasileiro e a serviço do Foro de São Paulo. Isso não é tarefa que se atribua a meninos arrogantes. A presença de um membro do gabinete do ministro Gilberto Carvalho na reunião preparatória dessas estripulias fascistas, ocorrida na embaixada de Cuba, torna tudo muito evidente. A reunião era para combinar as ações de repúdio à senhora cubana. A articulação se faria pelas redes sociais. Para facilitar o trabalho, foi distribuído um CD com as informações necessárias. E o funcionário do governo brasileiro presente à reunião era, casualmente, o assessor do Palácio do Planalto para redes sociais (um bom exemplo do que eu chamo de aparelhamento partidário da estrutura do Estado). Em São Paulo, na esquina do Conjunto Nacional onde Yoani autografava seu livro, um grupo gritava: "Sai fora, blogueira imperialista. A América Latina será toda comunista". Ora, esse é o projeto do Foro de São Paulo.  

    Tenho certeza de que muitas pessoas, ao lerem este pequeno texto - quase um desabafo para que não se diga que eu não entendi o que esteve em curso - dirão que estou ampliando as dimensões de um fato menor. Pois esses são os piores cegos. Lula, Dilma e os seus amam de paixão quem pensa assim. Os gângsteres da política, da filosofia e da educação não querem outros opositores. O projeto proclamado alta voz na esquina da Rua Augusta com Avenida Paulista, vai bem adiantado na Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina, Peru, Uruguai, Brasil e - historicamente - em Cuba. Os resultados são péssimos, mas isso não tem qualquer significado diante da importância da causa. Para tudo contam com o generoso beneplácito dos que não querem ver. Nada mais adequado a estes do que um líder que nada sabe, nada vê e nada ouve.


______________

* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia e Pombas e Gaviões.

Recebido por e-mail. 



O Sistema Sindical Brasileiro e as Greves

*João Bosco Leal

  Por haver participado da política classista durante vários anos, apesar de uma única participação na diretoria de um Sindicato propriamente dito na década de oitenta, sinto-me à vontade para realizar algumas reflexões sobre o sistema sindical brasileiro.
Sem entender como os Sindicatos e as Federações podem representar seus associados cuidando de interesses distintos e muitas vezes opostos como fazem atualmente, depois dessa experiência todas as minhas participações foram em entidades que não fazem parte do sistema sindical, as chamadas organizações não governamentais.
  Penso que essas entidades possuem maior legitimidade exatamente porque tratam exclusivamente de um interesse específico como as que buscam o respeito à propriedade privada, a reforma agrária, o meio ambiente, os povos indígenas e não de interesses diversos, muitas vezes confrontantes como alguns dos citados.
No sistema sindical vigente em nosso país, os mesmos sindicatos, federações e confederações que cuidam dos interesses dos produtores de milho cuidam também daqueles dos criadores de porcos e frangos que o consomem, o que penso ser inviável, pois os interesses certamente são opostos.
  Por questões de insalubridade, capacitação, exigência de nível de escolaridade e outras, os interesses dos trabalhadores rurais na agricultura são totalmente diversos dos trabalhadores na pecuária e os sindicatos que os representam são os mesmos. O sindicato que cuida dos interesses de um grande produtor rural é o mesmo que cuida daquele ex sem terra que hoje, após assentado, é um pequeno agricultor e isso ocorre em todas as áreas.
  Trabalhadores de empresas estatais ou privadas, Universidades Federais, Polícia Federal, médicos, professores, bancários e funcionários dos correios realizaram ou estão realizando greves e sem me aprofundar no mérito, fica claro que a busca de todos eles é prioritariamente por maiores salários, com os sindicatos sempre muito intransigentes nessas negociações. Entretanto, não vejo nenhum sindicato incentivar a realização de greves para que seus filiados recebam cursos para maior capacitação profissional.
  O indivíduo capacitado, com mais cursos e especializações, sempre conseguirá maior remuneração salarial e não necessitará fazer greve para tal, ou nem mesmo ser filiado a nenhum sindicato, só contribuindo a estes por obrigação legal.
  Penso haver chegado o momento de uma verdadeira mudança no foco central da questão. Em sua grande maioria as lideranças sindicais que aí estão são verdadeiros profissionais da exploração de seus filiados, não abandonando seus cargos e frequentemente alterando seus estatutos para incontáveis reeleições, pensando exclusivamente nas benesses salariais e mordomias obtidas com esses cargos, sem, em nenhum momento pensar realmente nos interesses da classe que deveria defender.
  A obrigatoriedade da filiação sindical é o principal motivo desses acontecimentos. No sistema democrático todos devem ser filiados a uma entidade que oficialmente os represente diante do poder público, mas precisariam ser livres para se associar a quem entenderem que realmente os represente, podendo inclusive mudar quando julgar que outra entidade o representaria melhor.
  Os sindicatos deveriam pleitear sempre a maior capacitação, educação e cultura de seus filiados, que assim serão mais bem remunerados sem a necessidade de greves, mas isso não aumenta a arrecadação sindical.
  Trabalhadores mais capacitados não reelegerão os líderes sindicais que aí estão e por isso as greves são por maiores salários e não por maior capacitação.

*João Bosco Leal      www.joaoboscoleal.com.br
Jornalista e empresário

Recebido por e-mail.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013




INDÚSTRIA DO ESTADO DO RIO EM 2012 TEM O PIOR RESULTADO DOS ÚLTIMOS 20 ANOS: (-5,6%)!


(Carta IEDI -08/02/2013) 1. A indústria fechou 2012 com retração da produção em nove dos catorze locais pesquisados pelo IBGE. Em São Paulo, a queda da produção (–3,9%) foi generalizada (atingindo treze dos vinte segmentos industriais pesquisados) e maior que a da média nacional (–2,7%).
 
2. No Rio de Janeiro, outro estado com grande participação na indústria nacional, o recuo da produção industrial foi mais acentuado (–5,6%) e representou o pior resultado da sua série histórica dos últimos vinte anos.

3. Por sua vez, a produção industrial de Minas Gerais colaborou para que os resultados não fossem ainda mais desfavoráveis. A produção industrial mineira cresceu de 1,4% em 2012.

4. No sul, a produção industrial também caiu fortemente em seus três estados: Paraná (–4,8%), Santa Catarina (–2,7%) e Rio Grande do Sul (–4,6%). 



Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 18 de fevereiro.



TEMPO DE CONCLAVE E CONVERSÃO

*Percival Puggina


      A renúncia de Bento XVI traz para a agenda dados e fatos da história recente da Igreja Católica. No meio deles, a disputa entre conservadores e progressistas. Durante as últimas décadas, foi-se tornando explícita a desastrosa ideologização e o engajamento político de extensos setores da Igreja numa seqüência que começou com a preparação do terreno pelos Cristãos para o Socialismo (CpS), avançou com a concepção de uma Igreja Popular, ganhou suposta base filosófica através da Teologia da Libertação (TL) e se ramificou com as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). No fundo, era o velho biscoito marxista molhado em água benta e servido segundo a estratégia de Gramsci.

    Essas idéias ganharam os seminários, encantaram segmentos da hierarquia, coincidiram com a ostpolitik do Vaticano nos anos 60 e 70, influenciaram o Concílio Vaticano II, fizeram adeptos em expressivos segmentos da intelectualidade laica e cativaram a tal ponto a maioria das editoras religiosas que por volta dos anos 80 era quase impossível encontrar um livro católico que não estivesse contaminado pela TL. Foi terrível a influência dessas idéias sobre a CNBB, no topo, e sobre os seminários, na base. Editavam-se, em profusão, documentos e livros que funcionavam como difusores do credo marxista dos autores da moda, cujos nomes, necessariamente, enfeitavam as notas de rodapé: Leonardo Boff, Frei Betto, Jon Sobrino, Pablo Richards, Gustavo Gutierrez, entre outros. As próprias assembléias da entidade dos bispos ganhavam muito mais destaque pelo conteúdo político dos depoimentos de alguns participantes do que pela orientação pastoral. Era evidente o alinhamento da face mais visível da Igreja Católica no Brasil com o discurso utópico e voluntarista, marxista e comunista, oposicionista e oportunista do partido que hoje hegemoniza o poder no Brasil.

      Ao longo de quatro décadas, em centenas de artigos, mostrei que essa distorção e perda de foco está entre as causas da deserção de muitos fiéis que têm fluído para outros credos em busca da espiritualidade que a minha Igreja se omite em lhes proporcionar. Sempre esclareci que o amor cristão aos pobres não se pode confundir com o ódio ideológico aos ricos. Sempre sustentei a importância das autonomias. Sempre disse que a militância política é um espaço dos leigos e não dos seus pastores nem dos documentos eclesiais. Conquistei inimigos. Nossa! Quantos inimigos me apareceram!
  
     Por aqueles descaminhos, a CNBB, inúmeras dioceses e pastorais ajudaram a construir e saudaram a vitória petista em 2002 como a concretização do Reino de Deus. Lá estava Frei Betto, ao pé da orelha de seu messias de Garanhuns. O humilde metalúrgico do ABC arribava, enfim, à Brasília terrestre, montado no burrico de sua simplicidade. Com a diferença de que Lula chegava mais popular do que Jesus em Jerusalém. O marido de Marisa Letícia vinha para instaurar o reino definitivo aqui e agora. A estrela avermelhou-se e se instalou nos jardins do Alvorada. Hosana ao filho de dona Lindú!

No entanto, o homem das promessas desembarcou na terra prometida para não cumprir qualquer delas. O barbudo em quem depositavam tantas esperanças precipitou-se do trono de nuvens desde o qual julgava, dedo em riste, os bons e os maus, para associar-se aos maus e aos piores. Não fez qualquer milagre. Não multiplicou pães. Não pôs a correr vendilhões. Antes, chamou-os para os banquetes do poder. Deixou o burro a pastar e adquiriu um avião novinho em folha. Uniu-se aos fariseus, aos doutores da lei, aos trocadores de moeda e virou, ele mesmo, cobrador de impostos. E o seu partido, levado ao poder pela mão de tantos religiosos, passados dez anos, ataca por todos os flancos o depósito precioso dos valores e do ensino cristão.

O momento político interno que passa a viver a Igreja com o processo sucessório de Bento XVI será, também, tempo quaresmal. Tempo para exame de consciência. Tempo de revisão de vida. Enquanto chegam a Roma os cardeais para o conclave, duas forças se mobilizam buscando influenciá-los. São as forças mundanas clamando agendas mundanas e as forças inimigas empenhadas na maligna missão de prevalecer contra a Igreja. Não, não prevalecerão!
______________
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia e Pombas e Gaviões.


Recebido por e-mail. 




FIÉIS AO ESPIRITISMO CIENTÍFICO, MAS NÃO AO SEU LADO EVANGÉLICO

*José Reis Chaves
 
  Como ensina Kardec, a doutrina dos espíritos caracteriza-se por três aspectos: Ciência, filosofia e religião. Cada espírita se encaixa, pois, na doutrina de acordo com seu nível de instrução. Mas hoje, há duas correntes nele, uma que se prende ao seu aspecto científico-filosófico, e a outra que está mais voltada para o seu lado religioso e que é mais numerosa.
  Mas é óbvio que um espírita religioso pode se interessar também pelos aspectos científicos e filosóficos do espiritismo, e vice-versa, um espírita cientista pode também se interessar pelo seu aspecto religioso, o que faz engrossar ainda mais a fileira maior dos espíritas religiosos
  Porém Kardec adverte que a religião espírita é diferente das outras religiões, pois ela não tem rituais, sacerdotes e hierarquias, e adora Deus em Espírito e verdade, como ensina o excelso Mestre. (João 4: 23). E Kardec afirma que denominou o espiritismo de religião, porque ele não tinha uma palavra melhor para expressar o que ele queria dizer. E esclarece que o espiritismo é religião no sentido de ter uma ética e uma moral que são as mesmas do evangelho do Mestre dos mestres. E o mestre lionês acrescenta que o espiritismo tem bases fundamentais de religião, nesse sentido da ética e da moral evangélicas, e que, respeitando todas as crenças, tem como um de seus objetivos criar sentimentos religiosos nas pessoas que os não têm, e fortalecer
esses sentimentos nas pessoas que já os possuem. (Kardec, “O Livro dos Médiuns”, Capítulo III, Do Método, Item 24, Ed. FEB, Rio de Janeiro, RJ, 2.000).  Para Kardec, a doutrina   espírita é para todas as religiões, não pertencendo, pois, particularmente, a nenhuma religião. Daí que ele até recomenda que ninguém deixe a sua religião. (Revista Espírita de fevereiro de 1862).
E ainda, eis o que ele disse no discurso em reunião pública, na noite de 1-11-1868, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, conforme a “Revista Espírita” de dezembro de 1868: “O espiritismo é uma religião e nós nos ufanamos disso.”
  Os adeptos da doutrina dos espíritos, geralmente, não são fundamentalistas. Mas os da corrente científica, mesmo sendo muito espiritualistas, são pessoas irreligiosas, aumentando a fileira dos sem religião e dos materialistas, o que é meio estranho para o espiritismo. E se a doutrina dos espíritos adota a ética e a moral do evangelho do Nazareno, nós temos que estudar e muito o evangelho, para que possamos conhecer bem a sua ética e a sua moral, familiarizando-nos bastante com elas, para que possamos, assim, ter mais facilidade para as assimilarmos e as pormos, então, em prática na nossa vida.
  De tudo isso se conclui que as casas espíritas estão mais do que certas em promover com intensidade suas palestras evangélicas, mesmo porque isso pode fazer parte, também, da corrente espírita científica, já que o estudo do evangelho e da Bíblia em geral não deixa de ser também parte dum estudo histórico. E História é também ciência! 
                                  ---- // ----
Lançados os DVD's do VI Congresso de Saúde e Espiritismo de Minas Gerais, da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AMEMINAS). Informações: ameminas@yahoo.com.br
Transição” na Rede TV, aos domingos, às 16h15, do qual de vez em quando participo. E na Rede Mundo Maior, por antena parabólica digital e pelo www.redemundomaior.com.br, “Presença Espírita na Bíblia”, às quintas-feiras, às 20h, com reprise aos domingos, às 23h, apresentado por este colunista.

Parabéns ao jornal O TEMPO, por ser o quality paper mais vendido nas bancas de Minas Gerais.

*Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO,  pode ser lida também no site www.otempo.com.br   Clicar o item “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da matéria sobre ela e outros comentários. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “Presença Espírita na Bíblia“, Ed. Chico Xavier em Parceria com a Ed. Sinal Verde, SP; “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM, SP; “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”. Ed. EBM, SP; “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Ed. e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia, MG; e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte, MG, 
Meus livros podem ser adquiridos comigo: Telefone (31) 3373-6870 Email:
jreischaves@gmail.com com a Ed. Chico Xavier, www.editorachicoxavier.com.br Telefone: 0800-283-7147, a Ed. Sinal Verde: www.sinalverdelivros.com.br Telefone:
(11) 2409-1540, e com a Ed. EBM www.ebmeditora.com.br Telefone (11) 3186-9766.

Recebido por e-mail.
 

sábado, 9 de fevereiro de 2013




AGORA PT VAI TRAMITAR A LEI DE CONTROLE SOBRE OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO!


        
1. Com os presidentes da Câmara e do Senado imunes ao desgaste pela imprensa, o PT se prepara para fazer tramitar a lei de controle dos meios de comunicação. Aproveitam os constrangimentos vividos pelos presidentes das respectivas Casas, que estariam dispostos a deixar tramitar o projeto de lei.
           
2. As próprias feridas do PT, que são atribuídas à cobertura da imprensa no julgamento do mensalão e os desdobramentos que virão com as imagens das prisões dos condenados, têm feito o ex-presidente Lula apontar na direção da imprensa.
           
3. O presidente do PT tem reiterado, em seus pronunciamentos e entrevistas, que acha que há necessidade de conter o que o PT entende como abusos da imprensa, aprovando com prioridade a lei de controle dos meios de comunicação.
           
4. Com as presidências anteriores isso era impossível, pois o ex-presidente do Senado tem seus próprios meios de comunicação, diretos ou em rede, e o ex-presidente da Câmara apostava alto em um futuro no andar de cima.
           
5. Cumpre a oposição parlamentar e parte da própria base do governo, estarem atentas ao menor sinal que o processo vai começar. Na lógica eleitoral, ou o governo consegue tramitar e aprovar nos próximos 14 meses, ou se entra no calendário eleitoral e não haverá quórum ou disposição para isso.



Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 8 de fevereiro.


Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 8 de fevereiro.


Os toques

*João Bosco Leal

  Apesar da pouca importância que lhes damos, ou que no dia-dia sequer percebamos sua existência, os órgãos sensoriais visão, audição, paladar, olfato e tato, são os responsáveis pela integração social de cada indivíduo do planeta Terra.
  Com a visão podemos nos aproximar de lugares muitas vezes distantes, como a lua e as estrelas, evitamos tropeçar nos obstáculos por onde caminhamos, admiramos as belezas da natureza, da pessoa amada e, sem ela, tudo seria mais difícil.
  Pela audição, recebida pelo canal corporal por vibrações, somos educados, tomamos conhecimento das notícias e satisfazemos nossas curiosidades culturais ao ouvir, durante toda a vida, respostas aos questionamentos sobre os mais diversos assuntos e coisas que nos fazem rir, chorar ou ficarmos maravilhados, como o choro do recém-nascido, o canto de um pássaro, o vento na folhagem e a água escorrendo da fonte no alto do morro em direção do mar.
  Através dos modernos meios de comunicação atualmente existentes, quando utilizada juntamente com a visão é possível nos comunicarmos com pessoas que estão do outro lado do planeta ou mesmo em outro, como a Lua, vendo-as e ouvindo-as ao mesmo tempo, eliminando assim qualquer distância que no passado dificultava a comunicação e a integração entre pessoas, povos e nações.
  Com o paladar saboreamos todas as variações entre o doce, o amargo e o ácido, os prazeres que a alimentação nos proporciona e milhões de outros como aqueles sentidos durante um beijo. Pelo olfato é possível perceber todas as variações existentes de cheiros, como o da terra após a chuva, dos perfumes, de coisas frescas ou estragadas e o da pessoa amada.
  Mas é o tato nosso maior sensor, tanto que ele é capaz de suprir a maior parte das necessidades das pessoas com deficiências visuais. Com ele sentimos a rigidez ou flacidez dos objetos, sua temperatura, textura, ou experimentar prazeres, como os sentidos quando suavemente tocamos a pele de nosso parceiro.
  Milhares de outros prazeres, como cócegas ou arrepios, são todos provenientes de toque físicos, mas com a idade aprendemos a importância de tocar as pessoas - principalmente aquelas que nos são queridas -, de outra maneira, a emocional.
  Quando já maduros nos apaixonamos e amamos de modo diferente daquele de nossa juventude, pois agora estamos em busca de tranquilidade, companheirismo, cumplicidade e, principalmente, de amizade. É uma fase quando já aprendemos a importância de constantemente elevar a autoestima do seu parceiro, aceitando-o como é, e não tentando moldá-lo à sua imagem imaginária de pessoa perfeita.
  Passamos a perceber a importância de tocá-la emocionalmente. Pequenas lembranças como a de, sem que ela espere, comprar no supermercado sua fruta preferida, levar-lhe flores ou trazer qualquer outro tipo de lembrança quando viaja, são demonstrações de carinho que fazem a pessoa sentir-se amada.
   Esse tipo de atitude certamente tocará profundamente sua parceira, atingindo-a em seu sentimento mais íntimo, comumente chamado de alma e naquilo que é mais importante na manutenção e crescimento de um relacionamento maduro: o sentir-se querida.
   Ela pode esquecer o que você disse ou fez, mas nunca o que a fez sentir. E provocar a elevação da autoestima da companheira gera retribuições exponenciais.

João Bosco Leal  www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário

Recebido por e-mail.




O SHOW NÃO DEVE CONTINUAR


*Percival Puggina


   O show a que me refiro é esse, diariamente apresentado ao público pela trupe política que, há mais de uma década, atua no grande palco, coxias e camarins de Brasília. A estas alturas o povo já descobriu que o PT oposicionista, vestido de lírios, com cheiro de madressilvas, era encenação. Apresentava-se como um partido formado por almas imaculadas, concebidas sem pecado, incapazes da mais tênue má intenção. Fiquemos, neste texto, com o PT do governo, o que subiu a rampa do Palácio do Planalto em 1º de janeiro de 2002. Seus roteiristas e atores sabiam que o período precedente serviu apenas para marketing da companhia. O povo só descobriu isso depois.

   Nunca fui fã de FHC. Sempre me pareceu que ele, entre outros defeitos, se preocupava demais com o que o PT dizia. Sempre achei que ele deveria fazer como Lula, que não leva o PT a sério. No entanto, a despeito das duríssimas campanhas movidas pela encenação lulopetista, os governos Itamar e Fernando Henrique implantaram e deram continuidade a importantes políticas. A saber: a) o Plano Real, que a trupe chamava de estelionato eleitoral; b) a Lei de Responsabilidade Fiscal, que chamava de arrocho imposto pelo FMI; c) a abertura da economia brasileira, que chamava de globalização neoliberal; d) o fim do protecionismo à indústria nacional, que chamava de sucateamento do nosso parque produtivo; e) as privatizações, que chamava de venda do nosso patrimônio; f) o cumprimento das obrigações com os credores internacionais, que chamava de pagar a dívida com sangue do povo; g) a geração de superávit fiscal, que chamava de guardar dinheiro para dar ao FMI; h) o Proer, que chamava de dar dinheiro do povo para banqueiro.

   Aquelas medidas, entre outras, forneceram a estabilidade, a credibilidade e o lastro fiscal para que o petismo, assumindo o poder em tempo de bonança internacional, apresentasse como obra sua o espetáculo do crescimento e distribuísse à plateia, entre outros, os dois grandes pacotes de bondades que garantiram a eleição de Dilma: bolsa família para os pobres e bolsa Louis Vuitton para os ricos. Esses são os fatos, esse o script produzido com a caligrafia da História. No show, na versão apresentada ao público, Lula e sua trupe
fizeram a economia brasileira colher aplausos internacionais, decolando como o 14 bis para o voo ao redor da Torre Eiffel. Ah, a mágica dos palcos! Ah, o lufa-lufa das coxias! Poucos se lembraram de perguntar como a economia passou a crescer sem que se alterasse, em nada, a política econômica que o PT condenava em seus antecessores. Sem mudar uma vírgula, sem ter que pensar nem que usar a caneta?

   E agora? Agora, o cenário internacional piorou. A poupança foi dilapidada e as luzes vermelhas estão acessas nos paineis de todos os economistas. A sirene de alarme soa no teatro. Além do desastre continuado em Saúde, Educação, Segurança Pública e Infraestrutura, o Brasil já apresenta problemas seriíssimos em dez áreas fundamentais para o bom funcionamento das atividades produtivas. Há um problema cambial (com o dólar baixo é mais barato importar do que produzir, mas se o dólar subir a inflação aumentará); as exportações diminuem e a indústria passou a decrescer (-2,7% em 2012). Há um problema fiscal (o governo necessitou de escabrosos artifícios contábeis para encenar um pequeno superávit nas contas de 2012). Há um problema na taxa de investimento da economia (um pouco abaixo dos 18%), muito inferior aos 24% sem os quais o 14-bis levanta voo aqui mas tem que pousar logo ali. Há o problema do PIB, que também precisou passar no camarim e receber maquilagem para chegar a ínfimo 1%. Há o problema da dívida pública, que se aproxima dos dois trilhões de reais. Há o problema da inflação, cuja expansão em 2012 foi confessada à plateia como sendo de 5,84% (um número assustador, principalmente se considerarmos que o índice do primeiro mês deste ano chegou a 0,88%. Há o problema da balança comercial, que apresentou, no ano passado, o pior desempenho em 10 anos. Há o problema da infraestrutura insuficiente. E há, sobretudo, o despreparo dos recursos humanos para atuar nos setores dinâmicos da economia, que os empresários têm considerado como o mais alarmante problema que o país enfrentará nos próximos anos.

   Foi muito fácil aos governos petistas colher aplausos enquanto gastavam o patrimônio acumulado. Mantiveram-se na ribalta como salvadores da pátria. Fizeram passar por gênios, canastrões como Palocci e Mantega. A exemplo de todos os brasileiros, torço para que o petismo encontre algum farelo de competência em si mesmo e tire o país do fosso para onde o conduz há uma década. Em outras palavras, que pare de fazer teatro e assuma um papel respeitável na historia. Este país, senhores, tem 200 milhões de habitantes que não podem ser tomados como platéia de embromadores.

______________
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia e Pombas e Gaviões.

Recebido por e-mail. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013




CRIAM-SE CONFLITOS E ATÉ TRAUMAS COM AS MUDANÇAS DE PARADIGMAS.

José Reis Chaves 
 
Paradigma é um modelo científico, filosófico e religioso tido como certo em determinada época, mas que, com a evolução, pode tornar-se superado em parte ou no todo.
Mas a mudança de paradigmas não é fácil, pois, por orgulho, inveja e falta de melhor conhecimento a respeito do novo paradigma, os cientistas, filósofos e teólogos reagem rigorosamente contra o novo que surge.
Mas a conversão à nova “heresia” é apenas uma questão de tempo. Os cientistas, filósofos e teólogos renomados, respeitados e não invejosos, como que num arrastão, levam de roldão os seus colegas ainda teimosos em não aceitarem o novo paradigma.
Do paradigma do determinismo racional cartesiano-newtoniano-baconiano, que negava tudo que não pudesse ser provado pela Ciência, surgiu o Método Científico que muito beneficiou o materialismo. Descartes com seu “Discurso do Método” é também o pai do Racionalismo e o precursor do iluminismo. Newton, igualmente, foi destaque entre os iluministas. E Bacon se celebrizou com suas experiências empíricas. Descartes e Newton tinham uma metafísica com acentuada crença em Deus, mas nisso não foram seguidos por outros iluministas, não porque fossem ateus, mas porque não eram muito ligados às coisas do
 espiritualismo. Esses dois grupos de cientistas e filósofos foram os inspiradores da Revolução Francesa, que mudou o mundo. E eles e os cientistas de hoje tiveram e têm um pensamento errado comum entre eles, ou seja, o de que os assuntos da matéria são da competência da Ciência, enquanto que os do espírito seriam da competência da religião. Daí que a maioria dos cientistas não tem estudado o espírito e as questões a ele inerentes, o que prejudicou muito o aspecto científico do espiritismo. Mas com a queda do paradigma do determinismo, e o surgimento do paradigma do probabilismo ou do Princípio da Incerteza de Heisemberg, o espiritismo se fortaleceu, pois sua filosofia é radicalmente contra a do determinismo, que pode ser anulado pelo livre-arbítrio.
Porém, por ser o espiritismo um novo paradigma cristão revolucionário e estar avançando celeremente, não é surpreendente que todas as outras correntes religiosas cristãs se unam aos materialistas nos ataques e calúnias contra ele e suas personalidades. Um exemplo disso é o aumento das escandalosas mentiras e calúnias contra Chico Xavier na internet, pois ele conquistou o título de “Maior Brasileiro de todos os Tempos”, no concurso promovido em 2012, pelo SBT, além de ter, atualmente, mais de duzentos biógrafos em todo o mundo.
Tudo isso, realmente, só podia mesmo estar incomodando, e muito, os adversários do novo e vitorioso paradigma do espiritismo!
Max Planck encontrou muita resistência para o seu novo paradigma da Física Quântica. Eis o seu desabafo: “Uma nova verdade científica não triunfa convencendo seus oponentes e fazendo com que vejam a luz, mas porque eles, finalmente morrem e a nova geração cresce familiarizando-se com ela.” (Jorge Pedreira de Cerqueira, “Espiritismo, Metodologia, Fé e Ciência”, 2ª Edição, página 23, Editora Lorenz, Rio (RJ), 2011).
                                   __  __

Na Rede Mundo Maior, por parabólica digital, aberta em algumas regiões, a cabo e internet, “Presença Espírita na Bíblia” com este colunista, às 20h das quintas-feiras, com reprise às 23h dos domingos. www.redemundomaior.com.br Para seu comentário: penb@redemundomaior.com.br E na Rede TV, o “Transição”, aos domingos, às 16h15, com reprise nas segundas-feiras, à 1h45.
 
Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO,  pode ser lida também no site www.otempo.com.br   Clicar o item “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da matéria sobre ela e outros comentários. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “Presença Espírita na Bíblia“, Ed. Chico Xavier em Parceria com a Ed. Sinal Verde, SP; “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM, SP; “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência”. Ed. EBM, SP; “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Ed. e Distribuidora de Livros Espíritas
Chico Xavier, Santa Luzia, MG; e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte, MG, www.literarium.com.br
Meus livros podem ser adquiridos comigo: Telefone (31) 3373-6870 Email: jreischaves@gmail.com com a Ed. Chico Xavier, www.editorachicoxavier.com.br Telefone: 0800-283-7147, a Ed. Sinal Verde: www.sinalverdelivros.com.br Telefone:
(11) 2409-1540, e com a Ed. EBM www.ebmeditora.com.br Telefone (11) 3186-9766.

Recebido por e-mail.





PODER DE MEIA PATACA



Percival Puggina


   O Senado Federal decidiu. Quer ser aquilo que vem sendo - um poder nanico, reles, de meia pataca. Não creio que exista na história universal algo semelhante ao que passa a constar da biografia de Renan Calheiros: um senador que tendo renunciado à presidência do poder de modo vexatório, por pressão dos colegas, denunciado por conduta indigna, retorna ao posto, cinco anos mais tarde, arrebatando voto e aplauso de setenta por cento de seus pares.

   Alguém poderá dizer que não existem mais senadores biônicos, que todos estão lá pelo sufrágio de seus concidadãos. É verdade. O pior é que é verdade. A maioria dos eleitores alagoanos, de fato, não leva muito em consideração as virtudes morais e cívicas de seus escolhidos. Lá, o que mais conta numa campanha eleitoral é a conta a mais que se tenha no banco. Um povo pobre, com o pior índice de desenvolvimento humano, a maior taxa de analfabetismo e o terceiro menor PIB per capita do país tem exigências que não vêm do espírito mas do aparelho digestório. Critique-se, então, as elites alagoanas e não o povo por suas péssimas contribuições ao Congresso Nacional.

   No entanto, bem diferente é o que acontece quando o Senado, ou melhor, a ampla maioria dos senadores referenda a escolha dos desvalidos e pouco exigentes alagoenses e reconduz Renan Calheiros à presidência do Congresso. O homem da boiada mais valiosa do Brasil tornou-se o terceiro na sucessão presidencial. E veja bem o leitor: os senadores que o consagraram com seus votos secretos e que destapadamente o aplaudiram têm IDH altíssimo, invejável PIB per capita, são alfabetizados e ocupam a tribuna com frases que parecem provir de espíritos elevados. Há cinco anos, narizes torcidos, se retiravam do plenário quando Renan aparecia para presidir a sessão. Negavam-lhe cumprimento, mudavam de calçada. O homem não entrava em casa de respeito. Agora o aplaudem.

   Eu me lembro, eu me lembro. Eu me lembro do PMDB que mobilizou o país nos anos 80 com homens da mais elevada estatura moral. Eu me lembro do PT crescendo sem poder nem obras, como partido político de massas, eleição após eleição, tendo como ferramenta de maior serventia o lança-chamas das suspeitas com que - justa e injustamente - fazia arder a honra de seus adversários. Quanto fingimento! E agora, senhores? Tendes os pés enfiados na lama dos maus negócios, depreciais a democracia que outrora desprezáveis, andais com os piores dentre os piores. Aviltais a política, tendes o parlamento a soldo. Para escândalo da pátria, numa expiação às avessas, jogais no precipício as virtudes que ela civicamente reclama.

   Renan presidente do Senado serve ao projeto de poder? As ordens do governo serão obedecidas? Então, Renan neles! Quanto pior, quanto menor, quanto mais nanico, quanto mais comercial for o parlamento, melhor para o Palácio do Planalto. Sabem por quê? Porque aquele poder, em tudo que realmente interessa, é igualmente nanico, reles, de meia pataca. Seria incompatível com um legislativo que se desse o respeito.

______________
* Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia e Pombas e Gaviões.

Recebido por e-mail.