sábado, 24 de dezembro de 2011





NOTAS DO HUMOR POLÍTICO CARIOCA!


1. Nos jornais, Estado diz que obras do Metrô no Leblon e Ipanema vão fechar ruas e garagens, moradores usarão valets, e metrô de Ipanema vai fechar por um ano e volta a parar no início de Copacabana.

2. No dia seguinte, nos jornais, Prefeitura do Rio diz que não vai acontecer nada disso que o Estado quer, e que obras não vão parar Leblon e Ipanema. 2012 é ano eleitoral.

3. O traçado do Metrô, via Leblon e Ipanema esvazia a função -escritórios e comércio- do Centro da Cidade. Bem que os moradores pediram que o traçado fosse Gávea-Jardim Botânico-Botafogo.

4. Jornais dizem que Prefeitura do Rio vai proibir que livrarias e bares do Leblon mudem de finalidade. Ou seja, ninguém mais vai pedir alvará para bar e restaurante, pois seria um congelamento. Na prática, estão proibidas novas livrarias e novos bares.

5. Os fogos do réveillon em Copacabana vão durar 16 minutos, 25% menos que em anos anteriores.

6. Meses atrás, jornais mostraram mega projeto "eikeano" abanado pela Prefeitura para a Marina da Glória. Agora se informa que é impossível.

7. Meses atrás, jornais mostraram grande projeto abanado pela Prefeitura para transformar as cocheiras do Jóquei em Escritórios sofisticados. Agora, Prefeitura descobriu que é área preservada e de mansinho saiu fora e se informa que não ocorrerá mais, através de um decreto clone.

8. Prefeitura informa que Elevado da Perimetral será derrubado até depois da Praça XV. Em seguida -discretamente- é informada que isso é impossível.

9. Empreiteira que fará túnel na área portuária não sabe o que fazer com os pilares da Perimetral que estarão de pé durante a obra: túnel paralelo a eles? Ziguezague?

10. Especialistas de trânsito dizem que com o túnel da área portuária teremos o mais caro deslocamento de engarrafamento -de cima para baixo- do mundo. Um super engarrafamento subterrâneo.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 21 de dezembro.



SE FOR A MORTE DE JESUS QUE NOS SALVA, LOUVEMOS SEUS CARRASCOS


Devemos condenar ou aplaudir o grande pecado da morte de Jesus na cruz?

Eu não vejo a Bíblia como um livro só de mensagens de verdades do mundo espiritual para nós, pois há espíritos maus (atrasados) no mundo espiritual, que também se manifestam nela. E não podemos atribuir a Deus de forma alguma os erros bíblicos. Portanto, saibamos separar o joio do trigo, com relação aos espíritos na Bíblia.

E quando uma mensagem bíblica é boa, só podemos dizer que ela é de Deus, no sentido de que ela é do bem, mas não diretamente de Deus, pois Ele mesmo não se manifesta jamais diretamente, mas apenas através de um espírito evoluído enviado (anjo) imantado num profeta ou médium. Mas não devemos esquecer que anjo (“malak” em hebraico, “aggelos” em grego, e “angelus” em latim) significa mensageiro, enviado, “office-boy”. Todo anjo é espírito, mas nem todo espírito é anjo. E os espíritos desencanados são enviados ao nosso mundo por meio de médiuns especiais ou profetas, os quais trazem mensagens para nós por escrito (psicografia) ou oralmente (psicofonia). Porém eles devem ser examinados por nós, para sabermos se são espíritos bons ou maus. (1 João 4:1; e 1 Coríntios 12:10). Lembremo-nos da expressão “anjos maus”, ou seja, enviados maus. E, se eles se manifestaram na Bíblia por meio de médiuns especiais ou profetas durante séculos e séculos, por que eles não poderiamcontinuar se manifestando a nós, se eles são espíritos humanos desencarnados que continuam vivos – “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos” – , e quando sabemos que Deus não faz acepção de pessoas? Não se trata, pois, de manifestação do Espírito Santo trinitário, tido por uma parte dos cristãos como sendo o próprio Deus. Se fosse assim, não precisaríamos examinar os espíritos e distingui-los. Sempre que o mundo é mundo, espíritos humanos desencarnados e até encarnados se manifestam através de médiuns especiais. Todas as religiões do mundo conhecem e têm fenômenos mediúnicos, e deles surgiram. O cristianismo é rico desses fenômenos. Até quando, pois, ele vai conseguir esconder oficialmente essa verdade? Só falta aos seus líderes religiosos humildade bastante para a reconhecerem. O Nazareno disse que nada ficará oculto. E a realidade a respeito desses fenômenos mediúnicos (espirituais para são Paulo) já veio à tona para a grande maioria dos espiritualistas do mundo, e isso com o respaldo da ciência.

E é lamentável que os próprios espíritos maus sejam confundidos, desde épocas remotas, com o próprio Deus. Daí que as religiões antigas, entre elas o judaísmo, concluíram que Deus gosta de sangue, o que através de São Paulo entrou no cristianismo. De fato, o apóstolo Paulo, influenciado por religiões antigas da Palestina e de nações circunvizinhas, exaltou os sacrifícios de sangue, mas temos Jesus que disse: “Misericórdia quero e não holocaustos” (Mateus 9:13).

Aos afeiçoados ao que eu denomino de teologia do sangue, eu digo que espíritos atrasados apreciam muito o sangue derramado de animais e seres humanos. Pergunto a esses teólogos do sangue: Que Deus é esse que se deleitaria com sangue?

Repudiemos e condenemos, pois, as torturas e a morte ignominiosa de Jesus na cruz, que podem ser deleitosas para espíritos atrasados, mas jamais para Deus!

PS:

A Revista “Espiritismo & Ciência” No 91, nas bancas do Brasil e Europa, traz uma entrevista com este colunista e mais duas matérias dele.

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.


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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Olhando para cima


De uma amiga recebi um e-mail retratando um falcão, um morcego e um zangão em situações parecidas.

O falcão havia sido colocado em um cercado de tela com o diâmetro de um metro quadrado onde, apesar da parte superior ser totalmente aberta, ele se tornara prisioneiro, simplesmente por estar acostumado a dar uma pequena corrida em terra antes de alçar vôo. Sem o espaço para sua corrida, permanecia prisioneiro de uma cela sem teto, sem ao menos tentar bater suas asas e voar.

O morcego, famoso por suas habilidades e agilidades no ar, acostumado a se lançar em vôo para baixo, quando colocado em um piso totalmente nivelado não consegue sair, andando de forma confusa, procurando alguma pequena elevação de onde possa se lançar ao vôo, sem sequer experimentar jogar-se para cima e bater suas asas.

O zangão colocado em um pote com a tampa aberta lá permanecerá até sua morte, totalmente destruído, por persistir na tentativa de sair pelas laterais próximas ao fundo, onde não há saída, jogando-se contra as paredes do vidro sem buscar a saída pelo alto

Existem pessoas que se comportam como o falcão, o morcego e o zangão, atirando-se contra obstáculos sem buscar outras possíveis saídas para seus problemas.

E mesmo quando nenhuma saída é encontrada, são incapazes de olhar para uma que sempre existiu, existe e existirá, aquela que está acima de tudo e de todos. Olhe para cima certamente a encontrará.

Imagino um pai, de qualquer raça, origem, posição social, financeira, cultura e educação. Ele é incapaz de impor a seu filho uma carga maior do que a que ele poderá suportar. Assim penso do meu, o mesmo de todos.

Depois de muitas outras já realizadas e comemorando a cura de um câncer, adquiri uma motocicleta nova, da marca e modelo sonhada durante anos e com amigos parti para uma nova viajem a um país vizinho.

Tudo estava perfeito, tranquilo, até que na volta, a poucos quilômetros de chegar ao Brasil, um bêbado estacionado com seu veículo às margens da rodovia resolveu fazer o contorno, exatamente no momento em que ia passar por ele.

A pancada nem cheguei a ver, ou se vi não me lembro, mas sei que metade do fígado foi perdido no impacto, fiquei doze dias em coma, passei por treze cirurgias num espaço de duzentos e oitenta dias e permaneci vinte e seis meses entre cama, cadeira der rodas, andador e muletas.

Em nenhum momento após estar lúcido, alguém me viu reclamar de algo, uma dor, nada. Não era necessário e de nada adiantaria, não poderiam me ajudar e eu já sabia que a batalha seria vencida, pois se aquilo me ocorria era porque tinha capacidade de suportar.

Era a resposta que dava a todos os amigos e amigas que me perguntavam sobre dores, como suportava sem nada reclamar ou estava sempre pronto para qualquer nova intervenção cirúrgica que os médicos julgassem necessária.

Esse é o motivo que me faz levar com tranquilidade todas as dificuldades colocadas em meu caminho. Sei que vencerei.

Apesar de haver perdido meu pai biológico ainda com doze anos, meu pai celestial, o de todos, sempre mostrou ter por nós um amor muito maior do que recebido pelos que possuem o seu na terra e se os terrenos querem bem aos filhos, imagine ÊLE.

Aprendi que sou capaz de superar todas as dificuldades, simplesmente olhando para cima. Lá, à distância de uma simples oração, está QUEM sabe que sou capaz.

João Bosco Leal www.joaoboscoleal.com.br

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011




PARA SABEREM QUEM É QUE MANDA


Percival Puggina


A Lei da Palmada é produto do politicamente correto, que tem por objetivo submeter liberdade e consenso às rédeas de dissensos minoritários. E é mais uma intromissão do Estado na vida privada. Bastaria isso para determinar sua rejeição. Mas ela passou na Câmara dos Deputados e segue a toque de caixa para o Senado. A pedagogia do politicamente correto está produzindo alunos que batem nos professores, mas está convencida de que falta um pouco mais do mesmo. Vale dizer, ainda menos disciplina para ainda mais porrada e bullying.


Tudo isso é certo e sabido. Mas o que não se diz é que a Lei da Palmada é irmã da Lei do Desarmamento, do PNDH-3, do vestibular do ENEM, da Lei de Quotas Raciais, do perfil que deram ao STF, da Lei da Homofobia, do marco regulatório da imprensa e por aí vai. Ou seja, não se diz, ou pouco se diz, que há uma ideologia soprando essa praga sobre as famílias brasileiras assim como o vento espalha fungos nas lavouras. É a ideologia do totalitarismo, que implica um Estado com o monopólio da força e com amplas funções modeladoras em relação às instituições da sociedade, entre elas a instituição familiar (quando deveriam ser estas a orientar e domar o Estado!). Recentemente, em programa de tevê, uma pedagoga integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente pregava: "O Estado tem o dever de educar a sociedade para novos padrões de conduta". Ela estava convencida, por essa ideologia maldita, que é obrigação do Estado comandar o leitor destas linhas não apenas sobre coisas como declarar sua renda ou se comportar no trânsito, mas sobre como educar seus filhos. O melhor castigo, dizia um psicólogo que aplaudia a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, é substituir uma atividade prazerosa da criança por outra menos prazerosa. Punição, como tal, nunca papai. Nunca mamãe. E depois, bem feito: aguentem os malfeitos que virão.


Os corretos limites do uso da força já estão dados tanto no Código Civil (perdem o pátrio poder os pais que castigarem imoderadamente os filhos), no Código Penal (punições para casos graves de violência contra crianças e adolescentes) e no ECA (idem). Não era necessária qualquer legislação especial. A estratégia adotada para aprovação da lei na Câmara consistiu em levar o debate como se houvesse dois blocos: os contra a palmada e os a favor da palmada. Haverá alguém a favor da palmada? Alguém é a favor da quimioterapia? No entanto, há situações concretas no ambiente familiar que se resolvem com a simples possibilidade da aplicação de uma palmada.


Transformá-la em tema de lei federal, objeto de delação, é completa demasia que nasce, forçosamente, de uma visão totalitária de Estado. Não hesito em afirmar que prejudiciais, mesmo, ao desenvolvimento saudável das crianças são outras coisas muito frequentes na sociedade. A saber: 1) a educação permissiva, que não estabelece limites e franqueia acesso aos vícios socialmente tolerados e não tolerados; 2) a indiferença dos pais em relação ao que fazem os filhos e ao seu preparo para a aventura de viver; e 3) a violência verbal, que faz decair o mútuo respeito e a autoridade paterna.


A afirmação de que a palmada introduz a violência na instituição familiar é cristalinamente falsa. A violência entra em casa pela janela, pela porta da rua, pela antena da tevê, pelo bar da esquina e pelo beco onde se aloja o traficante. Ante elas, a eventual palmadinha educativa é o que de fato significa: sinal de amor que educa. Ao contrário do que pensam a deputada Maria do Rosário e seus colegas que aprovaram o projeto, essa lei não coibirá a violência contra as crianças. Se os três instrumentos já existentes (Código Civil, Código Penal e ECA) não conseguiram coibir os maus tratos dentro de casa, não contiveram os pais abusadores e violentos, não será uma lei que proíbe a palmada aplicada pelos pais amorosos e responsáveis que vai produzir isso. O que ela fará é ensinar às crianças (até porque prevê aulas de esclarecimento nas escolas) que é o Estado quem manda naquele pedaço que elas chamam de minha casa, meu barraco, meu apê, minha família.


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* Percival Puggina (66) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.







"O PAÍS (GOVERNO DILMA) ESTÁ À DERIVA"!


Marco Antonio Villa- historiador, professor da Universidade Federal de São Carlos - Folha de SP (17).

1. Neste ano ficou provado, mais uma vez, que o presidencialismo de transação é um fracasso. A partilha irresponsável da máquina pública paralisou o governo. A incapacidade de gestão -já tão presente no final da Presidência de Lula- se aprofundou. A piora do quadro internacional não trouxe qualquer tipo de preocupação para o conjunto do governo.

2. O governo brasileiro mantém-se como um observador passivo, e demonstrando até certo prazer mórbido com os problemas europeus e com a dificuldade da recuperação dos Estados Unidos. Como se não pudesse ser atingido gravemente pelos efeitos de uma crise no centro do sistema capitalista.

3. O país está à deriva. Navega por inércia. A queda da projeção da taxa de crescimento é simplesmente uma mostra da incompetência. Mas o pior está por vir. Não foi desenvolvido nenhum plano para enfrentar com êxito a nova situação internacional. Tempo não faltou. Assim como sinais preocupantes no conjunto da economia e nas contas públicas. A bazófia e o discurso vazio não são a melhor forma de enfrentar as dificuldades. É fundamental ter iniciativa, originalidade, propostas exequíveis e quadros técnicos com capacidade administrativa, mas o essencial é mudar a lógica perversa deste arranjo de governo.

4. Dizendo o óbvio -que na nossa política nem sempre é evidente-, o objetivo do governo não é saciar a base de sustentação política com o saque do erário, como vem ocorrendo até hoje. Deve ter um mínimo de responsabilidade republicana, pensar no país, e não somente no projeto continuísta.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 19 de dezembro.



domingo, 18 de dezembro de 2011


AS PRATELEIRAS DA HISTÓRIA

Percival Puggina



Está em discussão na Câmara de Vereadores de Porto Alegre um projeto de lei que pretende mudar o nome da Avenida Castelo Branco para Avenida da Legalidade. A vereadora do PSOL que teve a iniciativa do projeto alega que Castelo Branco foi o primeiro presidente do regime militar, um ditador segundo ela, e que a homenagem, portanto, não se justifica.


A primeira contestação salta aos olhos de qualquer analfabeto. Como ficam, perante esse critério, tantas ruas, praças e avenidas com o nome de Getúlio Vargas (para não mencionar Floriano Peixoto, Julio de Castilhos, Borges de Medeiros e tantos outros)? Getúlio implantou uma ditadura duríssima entre 1937 e 1945. A vereadora contrapôs aos que lhe apresentavam esse argumento, que Getúlio, antes de ser ditador, havia sido eleito... Impressionante desconhecimento de história! Getúlio Vargas disputou a eleição presidencial de 1930 contra o paulista Julio Prestes e perdeu por uma diferença de 300 mil votos, numa eleição com 1,8 milhão de votantes. As alegações de fraudes surgiram de parte a parte e parecem bem prováveis diante do fato de que nosso conterrâneo fez 100% dos votos do Rio Grande do Sul! Aliás, João Neves da Fontoura, logo após o pleito, afirmou, em um dos muitos prenúncios da revolução que se seguiria: "Com esses homens e essas leis essa foi a última eleição presidencial no Brasil". Portanto, Getúlio assumiu a presidência em 1930 conduzido por um levante armado que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do recentemente eleito Júlio Prestes. Foi como chefe de um Governo Provisório que exerceu o poder até 1934, revogadas por decreto as garantias da Constituição de 1891. Em 1934, ante as insistentes pressões legalistas que já haviam eclodido em São Paulo em 1932, convocou uma Constituinte. Foi essa Constituinte que, por via indireta, o elegeu para um novo mandato com início em 1934 (Castelo, aliás, também foi eleito pelo Congresso). Quando se aproximava o fim desse segundo período, Vargas instaurou o Estado Novo, tornando-se ditador até ser deposto em 1945. Portanto, ele só chegou ao poder pelo voto popular na eleição presidencial de 1950.

Não surpreende a incoerência da vereadora nem seu desconhecimento da recente história republicana. Para determinadas ideologias, a história funciona como um armário de utilidades, uma despensa onde se apanha o que for necessário para cozinhar segundo as receitas do momento. Reprovar a ditadura de Vargas não serve porque o são-borjense foi mitificado no imaginário nacional. O afastamento entre a deposição de Getúlio e a posse de Castelo foi de apenas vinte anos. E nós estamos a meio século dos fatos de 1964! Contudo, embora as circunstâncias nacionais e internacionais de cada época estejam devidamente disponíveis nas prateleiras da história, não há, para a esquerda hegemônica conveniência política em ir buscá-las. Por quê? Porque existem correntes políticas que precisam do conflito, do antagonismo. Quanto maior aquele e mais exacerbado este, melhor.


Não se trata de andar na direção de qualquer êxito político porque o sucesso da política é a superação do conflito. Aliás, a política não existe para promover confrontos, mas para superá-los. E incontáveis vezes, na história dos povos, ela dá solução a traumas e disputas que o Direito não consegue resolver. Foi o caso das tantas anistias ocorridas ao longo da nossa história. Foi o caso, inclusive, desta última, constitucionalizada, que as mesmas correntes ideológicas de hoje querem revogar por muitos modos. Entre eles, pela substituição de nomes de logradouros públicos. Em quaisquer de suas expressões, andam além da margem de qualquer êxito político, no bom sentido dessa palavra. São, isto sim, sintomas de uma nostalgia enfermiça em relação àquele terrível ambiente político, geopolítico e ideológico que instauraram, em escala mundial, durante o século passado.


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* Percival Puggina (66) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.


Recebido por e-mail.

Comento:

Mais um excelente artigo do Percival Puggina, colocando a descoberto toda a manipulação dos fatos históricos, registrados a exaustão em diversos documentos, sendo injustificável, portanto, seu desconhecimento.

Outros artigos igualmente interessantes e reveladores sobre a conjuntura política podem ser lidos no Blog do Percival Puggina, vale a visita:


http://www.puggina.org/




sábado, 17 de dezembro de 2011


PELA BÍBLIA E OS ESPÍRITAS, JAVÉ NÃO É O DEUS PAI NOSSO E DE JESUS


Javé é um Espírito protetor do povo hebreu que mais se manifesta no Velho Testamento, e que foi confundido com o próprio Deus, que jamais se manifestou diretamente na Bíblia e em lugar nenhum e a ninguém.

Até Moisés se enganou, temporariamente, quanto a Javé, tomando-O como se fosse o Deus absoluto e verdadeiro. E assim também pensavam os teólogos do VT e NT. E ainda até hoje, assim pensam muitos judeus e cristãos. É o que davam a entender estes textos: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo...” (Êxodo 33:11); “Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19:31 e 34); e “Eu sou o Senhor” (Levítico 19:37; e 22: 2 e 3). Se se tratasse de Deus mesmo, Javé não teria essa grande preocupação de se identificar como Deus, que não tem nenhuma necessidade.

Todos os povos têm um espírito protetor especial. É o caso de Javé com o povo hebreu, como nos ensinam também os espíritas. Javé, realmente, sempre se apresentou como sendo um defensor do povo hebreu. E pelas suas características, Ele é um espírito humano imperfeito, pois é ciumento, guerreiro, vingativo e discriminador de pessoas e povos, quando a própria Bíblia afirma que Deus não faz acepção de pessoas. (Atos 10:34; Romanos 2:11; Deuteronômio 10:17; Gálatas 2:6; e 1 Pedro 1:17). Javé até se arrepende de ter criado o homem. (Gênesis 6:6). E quem se arrepende de ter feito alguma coisa, é porque errou. Ora, Deus é infalível, não erra. Alguém poderia dizer que, quando esse texto fala que Deus se arrependeu, se trata de uma figura de linguagem, e que ele não pode, pois, ser interpretado literalmente. Mas para o povo judeu antigo assim Javé era visto. E não é que esse povo antropomorfizou Deus, já que Javé era mesmo um espírito humano. Mas parte do cristianismo antropomorfizou Deus, transformando-O em pessoa, e Javé no próprio Deus absoluto, como estamos vendo. O Deus absoluto e verdadeiro é o Pai (e Mãe) de Jesus e de todos nós.

Moisés que, como vimos, disse ter falado face a face com Deus, mais tarde, corrige esse seu equívoco, falando que Deus lhe teria dito: “... Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá.” (Êxodo 33:20). Na verdade, um espírito (anjo) lhe falou em nome de Deus. João, o Evangelista, afirma também: “Ninguém jamais viu a Deus.” (1 João 4:12). E Jesus o confirma, dizendo que ninguém jamais viu a Deus. (João 1:18).

Como se vê, a Bíblia tem coisas que se divergem entre si, pelo que temos que estudá-la com todos os recursos da ciência e da razão, para que possamos entender corretamente a sua verdadeira mensagem do mundo espiritual para nós, mensagem essa muito importante para nós, a ponto de a chamarmos de divina, pois de fato, ela contém verdades divinas essenciais para nós, isto é, de amor a Deus e ao próximo de modo incondicional. Mas saibamos separar o joio do trigo, pois ela tem ouro, mas tem também cascalho, escrita que foi por homens. “Ontem, a Bíblia dirigia a ciência, hoje é a ciência que a dirige”.

E conforme Êxodo 15:3, Javé é mesmo um espírito humano: “O Senhor é homem de guerra; Senhor é o seu nome.”

PS:

  1. Lançado o livro em quadrinhos “Kardec”, de Carlos Ferreira e Rodrigo Rosa, Ed. Barba Negra, prefácio de Marcel Souto Maior, autor de “As Vidas de Chico Xavier”.

  2. Viagem ao Egito e Israel com o experiente cicerone espírita Prof.SeverinoCelestino.Contato:rwturismo@rwturismo.com.br. Tel. (11) 3667-3506 (Márcia ou Wanda).


Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves é publicada às segundas-feiras no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, e pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

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sábado, 3 de dezembro de 2011




O TEMPO


Alguns anos atrás, de um médico que me salvou de um grande problema com uma cirurgia, ganhei um livro do filósofo Sêneca, "As relações humanas". É a transcrição de uma série de cartas que o autor, já em sua velhice, após ter se retirado da Corte do Império Romano e vivendo em sua casa de campo entre os anos de 62 e 65 d.C., escreveu a Lucílio, seu discípulo e amigo.

Em uma delas Sêneca diz: "Sê o proprietário de todas as tuas horas. Serás menos escravo do amanhã se te tornares dono do presente. Enquanto a remetemos para mais tarde, a vida passa. Nada, Lucílio, nos pertence; só o tempo é nosso."

Penso que, principalmente por haver escapado de uma doença que atualmente acomete e mata tantas pessoas, sem sequer ter de fazer nenhum tratamento além da cirurgia, acabei por entender com mais profundidade o que Sêneca tentava passar a seu aluno.

Todos sempre falamos bastante sobre o tema "como deveríamos viver", mas dificilmente levamos a vida de modo a aproveitar verdadeiramente o que é a única coisa que realmente nos pertence - o tempo.

Assisti a uma comédia retratando um empresário de sucesso, sem tempo nenhum para a família que, ao ouvir da esposa reclamações desse tipo respondia da maneira mais comum a todos: o que está lhe faltando? Dou a você e às crianças tudo o que me pedem... e tudo o mais que todos já sabemos sobre esse tipo de argumento.

Quando a esposa lhe dizia que o que faltava a ela e aos filhos era sua presença, amor, carinho e companheirismo, sua resposta era a de que não tinha tempo para essas bobagens e que ela deveria estar sempre agradecida de possuir tudo, do bom e melhor enquanto milhões gostariam de possuir o que ela tinha.

No filme, logo ao desligar o telefone o empresário recebeu aquela visita que ninguém quer receber - a senhora morte -, que lhe informou haver chegado sua hora e que viera buscá-lo.

Apavorado o homem fez todos os apelos possíveis, dizendo que tinha muitos negócios pendentes que dependiam de sua decisão, várias reuniões e viagens de negócios agendadas, centenas de famílias dependentes de suas empresas e tudo o que imaginou possível dizer para convencer aquela senhora a se esquecer dele, chegando inclusive a tentar corrompê-la para ganhar mais quarenta anos de vida.

Depois de ouvir que como não havia aproveitado seu tempo com a família agora sua esposa iria aproveitar a vida com seu dinheiro, mas com outra pessoa, que a levaria a bailes, cinemas, teatros e passeios, o homem ficou ainda mais desolado e implorando muito, ganhou um novo prazo, de mais cinco dias vivo.

Seu desespero com o prazo diminuto foi enorme e nem se preocupando em desmarcar suas reuniões, ligou para a esposa pedindo que preparasse imediatamente suas malas e dos filhos, pois iriam viajar a passeio.

O filme é um exemplo clássico do que ocorre com todos, que acabam se envolvendo tanto com trabalho, negócios, sociedade consumista e tentando dar aos seus cada vez mais, acabam perdendo o mais importante, a convivência nas diferentes fases da vida dos seus.

Nosso desperdício de tempo com bobagens, coisas insignificantes, observações sem nenhuma importância real, discussões tolas e brigas desnecessárias, é imensurável. Mais maduros, podemos perceber, cada vez mais claramente, como perdemos tempo com algo que nada nos acrescentou e pior, muito nos diminuiu.

Só com um grande susto passamos a dar importância ao que realmente importa: viver tudo intensamente e com todos que pudermos.

João Bosco Leal

www.joaoboscoleal.com.br


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NÓS PODEMOS DIVINIZAR-NOS, MAS DEUS

NÃO PODE HUMANIZAR-SE


As teologias das religiões mais antigas receberam influências da mitologia, misturando a divindade com a humanidade. Também a teologia do cristianismo nascente não escapou dessas influências.

O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, di-lo-nos a Bíblia. Mas também nós criamos Deus à nossa imagem e semelhança, o que é a chamada antropomorfização de Deus.

Das influências mitológicas, sabemos que os teólogos cristãos do passado foram também suas vítimas. Por ser Jesus um homem perfeito, os teólogos antigos imaginaram que Ele era também Deus. Eles agiram de boa fé, mas cometeram o grave erro teológico mais comum, isto é, o exagero. Eles acertaram em muitas de suas elucubrações teológicas, mas erraram, grandemente quando, exagerando as coisas, concluíram que Jesus é outro Deus. E o pior é que os teólogos de hoje ainda apoiam esse lamentável erro que corrói o cristianismo e incrementa o materialismo!

Pelo início do Evangelho de João, ficamos sabendo que Jesus Cristo é o Verbo ou Fala de Deus, e que o Verbo ou Fala de Deus era Deus. De fato, Jesus Cristo é Deus de algum modo, pois é a Fala de Deus para a humanidade, o que quer dizer que Ele é Deus, mas relativo. E, segundo João, a Fala é Deus (Deus relativo) e estava com Deus, o Pai (Deus absoluto). Como se diz, filho de peixe peixinho é. Por isso, Jesus é Deus, mas relativo. Isso é bíblico. E não só Ele é Deus relativo, como nós todos o somos também: “Vós sois deuses.” (Salmo 82:6; e João 10:34). Mas não confundamos as coisas como o fizeram os teólogos antigos influenciados pelos deuses mitológicos. “Quando alguém aponta o dedo para a Lua, observemos a Lua, e não o dedo!” Jesus tem sua identidade de Filho de Deus, e Deus tem a sua de Pai de Jesus e de todos nós.

Se Jesus se aperfeiçoou, Ele não pode ser Deus, pois Deus é imutável. “Tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos que lhe obedecem.” (Hebreus 5:9). Os teólogos argumentariam que Ele se aperfeiçoou como homem e não como Deus. Isso é, como se diz, papo furado, já que eles mesmos afirmam que não se pode separar o lado humano de Jesus do seu lado divino. Aliás, é com este argumento, que até criaram um dogma, ou seja, o de que Maria é Mãe de Deus (“Teotokos). O que aceitarmos, então, como verdade, o dogma de que são inseparáveis os supostos dois lados divino e humano de Jesus ou o ensino bíblico de que Ele é um ser humano, que se aperfeiçoa, evolui e que é Filho de Deus, como nós também o somos, e que, portanto, é igualmente nosso irmão maior e nosso modelo?

O Filho de Deus, por excelência, nos ensinou que nós podemos fazer tudo o que Ele fez e até mais, ainda. Mas se Ele fosse mesmo Deus absoluto, real, e não apenas relativo, tal coisa jamais nos seria possível! Quem somos nós para fazermos o que Deus faz?

Com a nossa evolução espiritual sempiterna, um dia, quando formos de fato semelhantes a Deus em perfeição, e entrando na sua sintonia, nos tornando um com Ele, como já o faz Jesus, de algum modo nós nos tornaremos divinizados. Mas Deus não pode se humanizar jamais, pois Ele é imutável!

PS:

1) Parabéns à Rosângela G. Nascimento, pelo lançamento de seu livro “Atravessando Fronteiras”. Contato: roseangel23@oi.com.br

2) Ouça, aos sábados, www.avozdoespiritismo.com.br das 12h00 às 13h30, com Nelson Custódio, na Band de Araçatuba (SP), entrevistas e palestras com este colunista.

Obs.: Esta coluna, de José Reis Chaves, às segundas-feiras, no diário de Belo Horizonte, O TEMPO, pode ser lida também no site www.otempo.com.br Clicar “TODAS AS COLUNAS”. Podem ser feitos comentários abaixo da coluna. Ela está liberada para publicações. Ficarei grato pela citação nelas de meus livros: “A Face Oculta das Religiões”, Ed. EBM (SP), “O Espiritismo Segundo a Bíblia”, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas Chico Xavier, Santa Luzia (MG), “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG) – www.literarium.com.br - e meu e-mail: jreischaves@gmail.com Os livros de José Reis Chaves podem ser adquiridos também pelo e-mail: contato@editorachicoxavier.com.br e o telefone: 0800-283-7147.

Recebido por e-mail.








MINISTRO DA FAZENDA ANALISA A CRISE ECONÔMICA NA CÂMARA DE DEPUTADOS EM 23/11/2011!

Conheça a avaliação do ministro e os quadros projetados por ele na reunião.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 28 de novembro.