terça-feira, 25 de maio de 2010


COLÉGIO MILITAR DE MANAUS VENCE CONCURSO


Colégio Militar de Manaus recebe Troféu de Ouro no Learning Impact Awards

O Curso Regular de Ensino a Distância do Colégio Militar de Manaus (CREAD/CMM) recebeu o Troféu de Ouro no concurso internacional Learning Impact Awards, realizado no período de 17 a 20 de maio de 2010, em Long Beach, Califórnia (EUA).

O Learning Impact Awards é um concurso mundial que premia as instituições de ensino que utilizam o que existe de mais moderno no segmento de tecnologia de apoio à aprendizagem, com ênfase em produtos, serviços e aplicações com impacto sobre a indústria de ensino.

O prêmio se dividiu em duas categorias: “novas experiências” e “experiências já estabelecidas”. O CREAD/CMM participou como único projeto do Brasil selecionado para a final na categoria “experiências já estabelecidas”.

A apresentação da proposta brasileira foi feita pelo Major Robson Santos da Silva e pelo Capitão Adolfo de Oliveira Franco, concorrendo com projetos da Austrália, Coréia, Estados Unidos da América, Itália e Reino Unido.


Fonte: site do Exército Brasileiro - www.exercito.gov.br




sábado, 22 de maio de 2010


Antropologia Tupiniquim


Por Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 18 de maio de 2010.

Tenho mantido correspondência com o amigo Antropólogo Edward M. Luz e por total afinidade de propósitos e pensamento, reproduzo parte dos textos que ele me enviou recentemente. O primeiro deles enviado à Revista Veja.

Desmandos da Antropologia Brasileira.

Edward M. Luz. Antropólogo Consultor. Sócio Efetivo da ABA. Doutorando do CEPPAC/UnB

“É sempre perigoso e difícil falar qualquer coisa acerca da antropologia em poucas palavras. Mas, aqui vai minha leitura antropológica, sem aspas de distanciamento, nem metáforas mirabolantes, acerca do que está acontecendo com a Antropologia brasileira.

Ao buscar e deter um conhecimento singular, único porque multi-cultural, acerca do Homem, a Antropologia na verdade, termo estranho a esta ciência, onde tudo é sempre relativizavel, vem ao longo de sua história colecionando momentos e méritos diversos, dos mais nobres aos mais espúrios. Um dos poucos fatos que os antropólogos conseguem concordar é que: nem este Homem com H maiúsculo, nem esta Antropologia existem concretamente. Ambos são personagens conceituais que prestam um enorme serviço à humanidade. Muito embora não detenham o monopólio, os antropólogos são os humanos que melhor manipulam os poderes simbólicos destes conceitos utilizando-o como podem ou como querem, ou como são obrigados a fazerem. Agem assim por conta de diversos fatores (ideológicos, sociais e econômicos) que condicionam a prática da antropológica enquanto seres humanos repletos de necessidades. Ao longo da história humana, antropólogos fizeram diferentes usos do poder simbólico da Antropologia para os mais diferentes fins. Alguns o utilizaram como instrumento de legitimação do colonialismo europeu, outros ainda, como ciência prática e multifuncional capaz de propor maneiras de melhor lidar com as dificuldades inerentes do manejo de um império global, etc.

Outros antropólogos a utilizaram para questionar ou validar as mais diferentes ideologias que a mente humana produziu, (mitológicas, religiosas e filosóficas). A evolução ideológica da antropologia é tema das disciplinas mais elementares na formação de um bacharel.

Com o ocaso da ideologia comunista/socialista, legitimada por muitos antropólogos que questionavam o modelo capitalista dominante, alguns antropólogos fazem agora uso do poder de seu discurso científico, para legitimar o discurso ambientalista global.

No Brasil, alguns antropólogos fazem uso do discurso científico para legitimar demandas ambientalistas. Muitos deles são subservientes aos movimentos sociais, o que compromete sua capacidade de emitir pareceres nas demarcações de terras indígenas e quilombolas. Sou testemunha disso. Atuei em oito demarcações de terras indígenas, e em cinco delas sofri pressões da FUNAI e de ONGs para legitimar demandas em que era flagrante o exagero das pretensões territoriais. Como fiz relatórios contrários, a FUNAI desconsiderou meu parecer e buscou outro antropólogo para fazer o serviço sujo que me recusei a fazer. E se ele também se recusar, a FUNAI o dispensará e conseguirá outro para fazê-lo e assim irá até conseguir implementar seu desejo já mancomunado com ONGs internacionais.

Por conta de um compromisso histórico da Antropologia brasileira com os povos indígenas do Brasil e de outro compromisso ideológico Ambientalista, os antropólogos tornaram-se reféns sempre subservientes aos mais diversos movimentos sociais em território nacional, o que compromete profundamente sua capacidade de emitir laudos, pareceres ou relatórios nas demarcações de terras indígenas e quilombolas. Não importa o que os indígenas façam ou deixem de fazer, porque como já disse Eduardo Viveiros de Castro, um dos maiores expoentes da Antropologia brasileira ‘pro antropólogo, o índio é que nem cliente: tem sempre razão’.

Esse é o principal motivo, porque tanto ele, como eu, como muitos indígenas do Nordeste, acreditamos que os antropólogos não podem, não devem e não precisam mais participar dos processos de identificação e delimitação de novas terras indígenas. Os novos indígenas já estão preparados para defender seus interesses sozinhos. O Executivo brasileiro é perfeitamente capaz, de promover os estudos necessários por meio de outros profissionais mais imparciais (sociólogos ou historiadores, por exemplo), e a sociedade brasileira plenamente capaz de avaliar suas demandas nos fóruns apropriados, ou seja: no Congresso Nacional e no Judiciário Federal.

Eis o meu breve parecer!!!”

- Aparato Indigenista E Ambientalista

“Seu maior e principal alvo no momento é formar um bloco territorial compacto, totalmente formado por terras indígenas que devem ir da Cabeça do Cachorro, no alto rio Negro, passando por São Gabriel da Cachoeira e indo até Barcelos e reconhecê-la totalmente como terra indígena para então, já com patrocínio das nações do hemisfério norte e em conluio grupal do batalhão de ONGs que opera na área e com anos de doutrinação ideológica neomalthusiana, internacionalista que prega, questiona a legitimidade da soberania nacional brasileira sobre toda a Amazônia. Essa turma toda de antropólogos e ambientalistas que trabalham em ONGs indigenistas/ambientalistas são definitivamente, as maiores ameaças que a nação, a sociedade e o Exército Brasileiro já enfrentam e ainda enfrentarão nos próximos anos.

O problema é que antropólogos e ambientalistas são uma comunidade fechada de acadêmicos que tentam a todo custo MONOPOLIZAR O DIREITO DE FALAR SOBRE INDÍGENAS, MEIO-AMBIENTE E AMAZÔNIA, para assim formarem uma verdadeira barreira pseudo-científica para legitimar todo e qualquer discurso internacionalista da Amazônia, preparando assim o terreno para o Golpe Militar que virá depois. Assim que conformado todo o terreno amazônico como terra indígena (o que só falta é a demarcação das terras indígenas do Baixo Rio Negro), basta então que UNIDOS, estes indígenas se declarem independentes, se declarem uma nação indígena independentes da autoridade brasileira. Fazendo isso, basta que uma outra nação do Hemisfério Norte ou mesmo a ONU reconheça este território como um outro país, e está feita a tragédia: Teremos que enfrentar uma guerra civil, ou mesmo uma guerra internacional para retomar nosso próprio território perdido pela nossa desatenção.

Contudo, perceba bem a ambigüidade da situação que nós cientistas e militares nacionalistas e comprometidos com a pátria vivemos agora:

1) não há provas concretas que confirmem a existência desse plano. Não há, porque não pode haver em hipótese alguma. Isto é parte do plano: nem os indígenas sabem da existência do plano porque eles se oporiam a tal manobra. A grande manobra é armar todas, absolutamente todas as condições necessárias para a bomba social explodir. Quanto maior e mais explosiva melhor. Depois basta detoná-la. Como: criando uma situação social de profunda revolta de todos os indígenas que os levem aderir a uma idéia absurda como esta. E isto, com o aparato de inteligência e espionagem secreta norte-americana, será o mais fácil de fazer.

Basta um contra-golpe: o assassinato consecutivo ou simultâneo de importantes lideranças indígenas dessa região, o genocídio de um desses 27 grupos indígenas isolados na Amazônia, ou mesmo um conjunto de mentiras mais deslavadas como a tentativa de esterilização das mulheres indígenas, ou contaminação intencional de indígenas desta região pela vacinação obrigatória de algumas destas tribos pertencentes. Acusa-se o estado brasileiro e as forças armadas destas atrocidades por eles cometidas e pronto a bomba detona-se em uma sucessão de eventos imprevisíveis. É por isso que eles não podem deixar evidências de nada disso.

E, é por isso, que nós não podemos ficar só falando, publicando e estudando a situação. É hora de coordenar uma Força tarefa com um centro de coordenação teórica, analítica e estratégica que elabore e implemente ações estratégicas grupais evitando assim a finalização da construção desta bomba social.

Não há orgulho quando afirmo que sou talvez o único antropólogo preocupado com isto. Existem sim, como bem afirmaste, alguns outros poucos ‘antropólogos brasileiros de grande quilate’, mas estão todos inconscientes do que se vai formando no Brasil e absolutamente confiantes na boa vontade de indígenas e dos demais antropólogos na demarcação dessa monstruosidade de terras indígenas que temos em nossa Nação. Os demais antropólogos, que não são de tamanho quilate assim, acabam também cometendo os mesmos erros, ou outros ainda piores de pensarem somente em si e no dinheiro que vão ganhar (muito dinheiro por sinal, por vezes 18 mil Reais para confeccionar um relatório de identificação) e por isso acabam se submetendo perfeitamente a esta função com o maior prazer para fazer tudo que lhe mandarem.

2) Qualquer cientista, antropólogo ou militar que levante esta hipótese é desacreditado como nacionalista, delirante, psicopata que precisa de tratamento porque viaja em ‘teoria da conspiração’. E pior, isto acontece porque até antes de eu descobrir como funciona este esquema e me insurgir contra ele, não havia um antropólogo ou um ambientalista que o denunciasse e que mostrasse os mecanismos de funcionamento interno desta enorme indústria que quer tirar nossa soberania desta parte do território”.

Coronel de Engenharia Hiram Reis e Silva

Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA)

Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS)

Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS)

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br


Recebido por e-mail.





BRASIL NO MATO SEM CACHORRO.



Por Arlindo Montenegro

As pessoas que integram estas instituições internacionais ligadas à ONU, parecem viver num planeta estranho, onde as decisões são regidas por leis, que não batem com as realidades e diferenças em cada área do planeta. E todas aquelas pessoas perseguem um almejado governo único inspirado na nova ordem mundial.

Um ensaio para instalação de tal autoridade supra nacional, já foi tentada quando da malograda conferência sobre o clima, cujas fraudes patrocinadas pelo grupo de cientistas a serviço da ONU, foram descobertas e denunciadas a tempo de desmascarar Al Gore e seu grupo de bandidos bem situados.

O esquema é parecido com o que acontece aqui: todos os impostos são recolhidos por Brasília e os prefeitos tem de viajar, viajar e viajar com o pires na mão para pedir a liberação de verbas para as obras mais simples, como construir uma quadra de esportes. Como está no vídeo que dona Dilma proibiu de ser apresentado no encontro de prefeitos em Brasília: http://www.youtube.com/watch?v=z-1Appoc8XI

Todas as nações recolheriam seus recursos para que a autoridade mundial, - gente estranha, de outras culturas, gente prepotente que já comprovou utilizar a mentira e a fraude para alcançar objetivos internacionalistas e totalitários, coletivistas e racistas – decida e legisle, critique e determine, faça e desfaça em nossa casa, carreando o produto do nosso trabalho e nossos recursos naturais.

Leia o texto completo em: http://montenegroviverdenovo.blogspot.com/



sexta-feira, 21 de maio de 2010


ESCÂNDALOS NA IGREJA.


O Pe. Roger J. Landry foi ordenado sacerdote em 1999 na diocese de Fall River pelo bispo Sean O’Malley, OFM Cap.. Depois de obter a licenciatura de biologia pela Universidade de Harvard, o Pe. Landry fez seus estudos para o sacerdócio em Maryland, Toronto e, durante vários anos em Roma. Depois de sua ordenação sacerdotal, o Bispo O’Malley o enviou de regresso para Roma para concluir seus estudos de graduação em teologia moral e bioética. Atualmente é vigário paroquial na Paróquia do Espírito Santo em Fall River e capelão na escola secundária Bishop Connoly.

Qual deve ser a nossa resposta aos terríveis escândalos na Igreja?

Muitas pessoas vieram-me falar deste assunto. Muitas outras também gostariam, mas evitaram, creio que por respeito e para não chamar a atenção para um fato desagradável. Mas para mim era óbvio que tinham isso presente. Por isso, hoje, quero enfrentar este assunto de frente. Vocês têm direito. Não podemos fingir como se não houvesse acontecido. E eu quero debater qual deve ser a nossa resposta como fiéis católicos a este terrível escândalo.

Primeiramente, é preciso entender o acontecimento à luz da nossa fé no Senhor. Antes de escolher seus primeiros discípulos, Jesus subiu a montanha para orar durante toda a noite. Nesse tempo tinha muitos seguidores. Falou com seu Pai na oração sobre quais escolheria para que fossem seus doze apóstolos, os doze que Ele formaria intimamente, os doze que enviaria a pregar a Boa Nova em Seu nome. Deu-lhes poder de expulsar os demônios. Deu-lhes poder para curar os doentes. Eles viram como Jesus operou muitos milagres. Eles mesmos fizeram, em Seu nome, numerosos milagres.

Mas, apesar de tudo, um deles foi um traidor. O traidor tinha seguido o Senhor, tivera os pés lavados pelo Senhor, O viu caminhar pelas águas, ressuscitar pessoas e perdoar os pecadores. O Evangelho diz que ele permitiu que satanás entrasse nele e logo vendeu o Senhor por 30 moedas, e entregou-o no Horto de Getsêmani, simulando um ato de amor, um beijo. “Judas!”, disse o Senhor no horto do Getsêmani, “com um beijo entregas o Filho do Homem”. Jesus não o escolheu para que o traísse. Ele o escolheu para que fosse como os demais. Mas Judas foi sempre livre e usou sua liberdade para permitir que satanás entrasse nele e, por sua traição, terminou fazendo com que Jesus fosse crucificado e morto. Portanto, entre os primeiros doze que o próprio Jesus escolheu, um deles foi um terrível traidor. ÀS VEZES, OS ESCOLHIDOS DE DEUS TRAEM. Este é um fato que devemos assumir. É um fato que a Igreja primitiva assumiu. Se o escândalo de Judas tivesse sido a única coisa com que os membros da Igreja primitiva tivessem se preocupado, a Igreja teria acabado antes de começar. Em vez disso, a Igreja reconheceu que não se deve julgar algo (religioso) a partir daqueles que não o praticam, mas olhando para os que praticam.

Em vez de ficarem paralisados em torno daquele que traiu Jesus, concentraram-se nos outros onze. Graças ao trabalho, pregação, milagres e amor por Cristo desses homens, aqui estamos hoje. É graças aos onze – todos os quais, exceto São João, foram martirizados por Cristo e pelo Evangelho, pelo qual estiveram dispostos a dar suas vidas para proclamá-lo – que nós chegamos a escutar a palavra salvífica de Deus e recebemos os sacramentos da vida eterna.

Somos hoje confrontados pela mesma realidade. Podemos concentrarmo-nos naqueles que traíram o Senhor, naqueles que abusaram, em vez de amar a quem estavam chamados a servir. Ou podemos como a Igreja nascente, concentrarmo-nos nos demais, naqueles que permaneceram fiéis, nesses sacerdotes que continuam oferecendo suas vidas para servir a Cristo e para servir a todos por amor. Os meios de comunicação quase nunca prestam atenção aos “onze” bons, aqueles a quem Jesus escolheu e que permaneceram fiéis, que viveram uma vida de santidade silenciosa. Mas nós, a Igreja, devemos ver o terrível escândalo que estamos testemunhando a partir de uma perspectiva autêntica e completa.

O escândalo, infelizmente, não é algo novo para a Igreja. Houve muitas épocas em sua história em que esteve pior do que agora. A história da Igreja é como a definição matemática do cosseno, ou seja, uma curva oscilatória com movimento pendular, com altos e baixos ao longo dos séculos. Em cada uma dessas épocas em que a Igreja chegou ao ponto mais baixo, Deus suscitou grandes santos que levaram a Igreja de volta a sua verdadeira missão. Como se naqueles momentos de escuridão, a Luz de Cristo brilhasse mais intensamente. Eu gostaria de destacar um par de santos que Deus suscitou nesses tempos tão difíceis, porque sua sabedoria pode realmente nos guiar durante este tempo difícil.

São Francisco de Sales foi um santo que Deus fez surgir justamente depois da reforma protestante. A reforma protestante não brotou fundamentalmente por aspectos teológicos ou por problemas de fé – ainda que as diferenças teológicas apareceram depois – mas, por questões morais.

Houve um sacerdote agostiniano, Martinho Lutero, que foi a Roma durante o papado mais notório da história, o do Papa Alexandre VI. Este Papa jamais ensinou nada que fosse contra a fé – o Espírito Santo não permitiu – mas, foi simplesmente, um homem mau. Teve nove filhos de seis diferentes concubinas. Promoveu ações contra aqueles que considerava seus inimigos. Martinho Lutero visitou Roma durante seu papado e se perguntava como Deus podia permitir que um homem tão mau fosse a cabeça visível da Sua Igreja. Regressou a Alemanha e observou todo tipo de problemas morais. Os padres tinham, publicamente, casos com mulheres. Alguns tratavam de obter dinheiro vendendo bens espirituais. Grassava uma imoralidade terrível entre os leigos. Ele se escandalizou com esses abusos desenfreados, como teria ocorrido com qualquer que ame a Deus, reagiu precipitadamente e com fúria, e fundou a sua própria igreja. Naqueles mesmos tempos, Deus suscitou muitos santos que combateram essa situação equivocada e trouxeram de volta as pessoas para a Igreja fundada por Cristo. São Francisco de Sales foi um deles. Colocando em risco a própria vida, entrou na Suíça, onde os calvinistas dominavam e eram muito populares, pregando o Evangelho com verdade e amor. Foi espancado várias vezes nas estradas e abandonado como morto. Um dia perguntaram-lhe qual era a sua posição em relação ao escândalo que causavam tantos dos seus irmãos sacerdotes. O que disse é tão importante para nós como o foi para os que o escutaram. Ele não ficou enrolando. “Aqueles que cometem esse tipo de escândalos são culpáveis do equivalente espiritual a um assassinato, destruindo com seu mau exemplo a fé das outras pessoas em Deus”. Mas , ao mesmo tempo advertiu aos seus ouvintes: “Mas eu estou aqui hoje entre vocês para evitar-lhes um mal ainda pior. Enquanto que aqueles que causam o escândalo são culpados de assassinato espiritual, os que acolhem o escândalo – aqueles que permitem que os escândalos destruam sua fé – são culpados de suicídio espiritual. São culpáveis de cortar pela raiz sua vida com Cristo, abandonando a fonte da vida nos Sacramentos, especialmente a Eucaristia.” São Francisco de Sales andou entre os suíços e os habitantes da Savóia tratando de prevenir que cometessem um suicídio espiritual por causa dos escândalos. E eu estou aqui hoje para pregar o mesmo para vocês.

Qual deve ser a nossa reação? Outro grande santo que viveu antes, em tempos particularmente difíceis, também pode nos ajudar. O grande São Francisco de Assis viveu ao redor do ano 1200, que foi uma época de imoralidade terrível na Itália central. Os padres davam exemplos espantosos. A imoralidade dos leigos era ainda pior. O próprio São Francisco, sendo jovem, tinha escandalizado outras pessoas com sua maneira despreocupada de viver. Converteu-se, fundou a ordem franciscana e ajudou a Deus a reconstruir a Sua Igreja e chegou a ser um dos maiores santos de todos os tempos.

Certa vez, um dos irmãos franciscanos lhe fez uma pergunta. Esse frei era muito suscetível aos escândalos. “Irmão Francisco, que farias se soubesses que o sacerdote que está celebrando a Missa tem três concubinas ao seu lado?” Francisco, sem duvidar um instante, respondeu bem devagar: “Quando chegar a hora da Santa Comunhão irei receber o Sagrado Corpo do meu Senhor das mãos ungidas do sacerdote.”

Onde queria chegar Francisco? Queria deixar clara uma verdade formidável da fé e um dom extraordinário do Senhor. Não importa quão pecador seja um padre, sempre e quando tem a intenção de fazer o que faz a Igreja – na Missa, por exemplo, converter o pão e vinho na carne e sangue de Cristo, ou na confissão, não importa quão pecador seja, perdoar os pecados do penitente – o próprio Cristo atua nos sacramentos através desse ministro.

Seja o Papa João Paulo II que celebre a Missa, ou um sacerdote condenado a morte por um crime, em ambos os casos é o próprio Cristo quem atua e nos dá Seu Corpo e Seu Sangue. Dessa forma, o que Francisco estava dizendo, ao responder a pergunta do seu irmão religioso, que receberia o Sagrado Corpo do Seu Senhor das mãos ungidas do sacerdote, é que não ia permitir que a maldade ou imoralidade do padre o levasse a cometer suicídio espiritual.

Cristo pode continuar atuando, e de fato atua, inclusive através do mais pecador dos sacerdotes. E graças a Deus que assim o faz! Se sempre tivéssemos que depender da santidade pessoal do sacerdote, teríamos um grave problema. Os sacerdotes são escolhidos por Deus entre os homens e são tentados como qualquer ser humano e caem em pecado como qualquer ser humano. Mas Deus já sabia disso desde o princípio. Onze dos primeiros doze apóstolos se dispersaram quando Cristo foi preso, mas regressaram; um dos doze traiu o Senhor e infelizmente nunca regressou. Deus fez os sacramentos “à prova de sacerdote”, ou seja, independente da sua santidade pessoal. Não importa quão santos ou maus sejam, sempre que tenham a intenção de fazer o que a Igreja faz, o próprio Cristo atua, tal como atuou através de Judas quando Judas expulsou os demônios e curou os doentes.

Por isso, pergunto-vos novamente: Qual deve ser a resposta da Igreja a esses atos? Falaram muito a respeito na mídia. A Igreja precisa trabalhar melhor, assegurando que ninguém com inclinação para a pedofilia seja ordenado? Com certeza. Mas isto não seria suficiente. A Igreja deve atuar melhor ao tratar desses casos quando sejam notificados? A Igreja mudou a sua maneira de abordar esses casos e hoje a situação é muito melhor do que era nos anos oitenta, mas sempre pode ser aperfeiçoada. Mas ainda isso não seria suficiente. Temos que fazer mais para apoiar as vítimas desses abusos? Sim, temos que fazê-lo, por justiça e por amor! Mas tampouco isso é o adequado… A única resposta adequada a este terrível escândalo, a única resposta autenticamente católica a este escândalo – como São Francisco de Assis reconheceu em 1200, como São Francisco de Sales reconheceu em 1600 e incontáveis outros santos reconheceram em cada século – é a SANTIDADE! Toda crise que enfrenta a Igreja, toda crise que o mundo enfrenta, é uma crise de santidade. A santidade é crucial, porque é o rosto autêntico da Igreja.

Sempre há pessoas – um sacerdote encontra-se com elas regularmente e vocês devem conhecer várias delas também – que usam desculpas para justificar porque não praticam sua fé, porque lentamente estão cometendo suicídio espiritual. Pode ser porque uma freira se portou mal com eles quando tinham 9 anos. Porque não entendem os ensinamentos da Igreja sobre algum tema particular. Indubitavelmente haverá muitas pessoas atualmente – e vocês se encontram com elas – que dirão: “Para que praticar a fé, para que ir a Igreja, se a Igreja não pode ser verdadeira, quando os assim chamados escolhidos, são capazes de fazer esse tipo de coisa que estamos lendo?” Este escândalo é como um cabide enorme onde alguns procuram pendurar sua justificativa para não praticar a fé. Por isso é que a santidade é tão importante.

Essas pessoas necessitam encontrar em todos nós uma razão para ter fé, uma razão para ter esperança, uma razão para responder com amor ao amor do Senhor. As bem-aventuranças que lemos no Evangelho são uma receita para a santidade. Todos precisamos vivê-las melhor. Os padres precisam ser mais santos? Certamente. Precisam os frades e freiras serem mais santos e darem um melhor testemunho de Deus e do Céu? Sem a menor dúvida. Mas todas as pessoas na Igreja precisam fazer o mesmo, inclusive os leigos! Todos temos vocação para ser santos e esta crise é um chamado para que despertemos.

Estes são tempos duros para o sacerdote. São tempos duros para o católico. Mas também são tempos magníficos para ser um sacerdote e para ser um católico. Jesus disse nas bem-aventuranças: “Bem-aventurados serão quando os injuriarem, vos perseguirem e disserem falsamente todo tipo de maldades contra vocês por minha causa. Alegrem-se e regozijem-se porque será grande a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram aos profetas antes de vocês.” Eu experimentei essa bem-aventurança, da mesma forma que outros sacerdotes que conheço. No começo desta semana, quando terminei de fazer ginástica numa academia local, eu saía do vestiário com meu clergyman e uma mãe, mal me viu, afastou rapidamente seus filhos do caminho e os protegeu enquanto eu passava. Ficou me olhando quando passei e, quando já havia me afastado o suficiente, respirou aliviada e soltou os seus filhos. Como se eu fosse atacá-los no meio da tarde em plena academia! Mas enquanto todos nós talvez tenhamos que padecer tais insultos e falsidades por causa de Cristo, de fato, devemos regozijar-nos. É um tempo fantástico para ser cristão atualmente, porque é um tempo em que Deus realmente necessita de nós para mostrar Seu verdadeiro rosto. Em tempos passados nos EUA, a Igreja era respeitada. Os sacerdotes eram respeitados. A Igreja tinha reputação de santidade e bondade. Mas hoje já não é assim.

Um dos maiores pregadores na história norte-americana, o bispo Fulton J. Sheen, costumava dizer que preferia viver nos tempos em que a Igreja sofre em vez de florescer tranquilamente, nos tempos em que a Igreja tem que lutar, quando a Igreja tem que ir contra a cultura. São épocas para que os verdadeiros homens e mulheres dêem um passo à frente. “Até os cadáveres podem ir a favor da corrente”, costumava dizer o bispo, indicando que muitas pessoas dão testemunho quando a Igreja é respeitada, “mas são necessários verdadeiros homens e mulheres para nadar contra a corrente.”

Como isso é verdadeiro! É preciso ser um verdadeiro homem e uma verdadeira mulher para manter-se flutuando e nadar contra a corrente que se move em oposição à Igreja. É preciso ser um verdadeiro homem e uma verdadeira mulher para reconhecer que quando se nada contra a corrente das críticas, estamos mais seguros que quando apenas permanecemos grudados por inércia na rocha sobre a qual Cristo fundou sua Igreja. Estamos num desses tempos difíceis. É um dos grandes momentos para ser cristão.

Algumas pessoas prevêem que nesta região a Igreja passará por tempos difíceis e talvez seja assim, o mais a Igreja sobreviverá, por que o Senhor assegurou a sua sobrevivência. Uma das maiores réplicas na história aconteceu há justamente 200 anos. O imperador Napoleão engolia os países da Europa com seus exércitos, com a intenção final de dominar totalmente o mundo. Naquela ocasião disse uma vez ao cardeal Consalvi: “Vou destruir sua Igreja”. O cardeal respondeu: “Não, não poderá”. Napoleão, com seus 1,50 m de altura, disse outra vez: “Eu destruirei vossa Igreja.” O cardeal disse confiante: “Não, não poderá. Nem nós fomos capazes de fazê-lo!”.

Se os papas ruins, os sacerdotes infiéis e os milhares de pecadores na Igreja não tiveram êxito em destruí-la a partir de dentro – como dizia implicitamente ao general – como crê que poderá fazê-lo? O cardeal referia-se a uma verdade cruel. Mas Cristo nunca permitirá que sua Igreja fracasse. Ele prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam sobre a sua Igreja, que a barca de Pedro, a Igreja que navega no tempo rumo ao seu porto eterno no céu, nunca naufragará, não porque aqueles que vão nela não cometam todos os pecados possíveis para afundá-la, mas porque Cristo, que também está na barca, nunca permitirá que isso aconteça. Cristo continua na barca e ele nunca a abandonará.

A magnitude de este escândalo poderia ser tal que de agora em diante vocês tenham dificuldade em confiar nos sacerdotes tanto como o faziam no passado. Isto pode acontecer e talvez não seja tão ruim. Mas nunca percam a confiança no Senhor! É a sua Igreja! Mesmo quando alguns dos seus eleitos O tenham traído, ele chamará outros que serão fiéis, que servirão vocês com o amor com que vocês merecem ser servidos, tal como ocorreu depois da morte de Judas, quando os onze apóstolos ficaram de acordo e permitiram que o Senhor escolhesse alguém para tomar o lugar de Judas, e escolheram o homem que terminou sendo São Matias, que proclamou fielmente o Evangelho até ser martirizado.

Este é um tempo em que todos nós precisamos esforçarmo-nos ainda mais em ser santos! Estamos chamados a ser santos, e como necessitamos ver esse rosto bonito e radiante da Igreja! Vocês são parte da solução, uma parte crucial da solução. Quando caminhem para receberem o Sagrado Corpo do Senhor das mãos ungidas deste sacerdote, peçam a Ele que os encha de um real desejo de santidade, um real desejo de mostrar Seu autêntico rosto.

Uma das razões pelas quais estou aqui como sacerdote é porque sendo jovem, impressionaram-me negativamente alguns sacerdotes que conheci. Via-os celebrar a Missa e quase sem reverência deixavam cair o Corpo do Senhor na patena, como se tivessem nas mãos algo de pouco valor em vez do Criador e Salvador de todos, em vez do meu Criador e Salvados. Lembro ter dito ao Senhor, reiterando meu desejo de ser sacerdote: “Senhor, deixa-me ser sacerdote para que possa tratar-Te como Tu o mereces!”. Isso me deu um desejo ardente de servir o Senhor. Talvez este escândalo permita que vocês façam o mesmo. Este escândalo pode ser algo que os conduza pelo caminho do suicídio espiritual ou algo que os inspire a dizer, finalmente, “Quero ser santo, para que eu e a Igreja possamos glorificar Teu nome como Tu o mereces, para que outros possam encontrar-Te no amor e na salvação que eu Te encontrei”. Jesus está conosco, como prometeu, até o final dos tempos. Ele continua na barca.

Tal como a partir da traição de Judas, Ele alcançou a maior vitória na história do mundo, a nossa salvação por meio da sua Paixão, morte e Ressurreição, também através deste episódio Ele pode trazer, e quer trazer, um novo renascimento da santidade, para lançar uns novos Atos dos Apóstolos do século XXI, com cada um de nós – e isso inclui você – assumindo um papel de protagonista. Agora é o tempo para que os verdadeiros homens e mulheres da Igreja se ponham em pé. Agora é o tempo dos santos. Como você irá responder?


Recebido por e-mail.





quarta-feira, 19 de maio de 2010


Finalista em EAD.



O Colégio Militar de Manaus (CMM) é um dos 12 estabelecimentos de ensino do Sistema Colégio Militar do Brasil. Em 2002, o CMM inovou, oferecendo educação básica de qualidade, à distância, aos filhos e dependentes de militares que estivessem servindo em áreas pioneiras da região amazônica. Em 2006, passou a atender também a comunidade civil dos Pelotões Especiais de Fronteira.

O CMM tornou-se referência na prática do e-learning - processos de ensino-aprendizagem suportados e/ou mediados pela tecnologia, com destaque para a internet -, que permite o ensino a distância, conquistando por três vezes consecutivas o Prêmio E-Learning Brasil, e, no início deste ano , venceu o Prêmio Nacional do Instituto Claro.

Fruto do seu trabalho, o Curso Regular de Ensino a Distância do Colégio Militar de Manaus (CREAD/CMM) foi convidado a participar do Learning Impact Awards, concurso mundial que premia, internacionalmente, instituições com destaque na área do Ensino à Distância, reconhecendo o que existe de mais impactante e moderno, no que concerne à tecnologia de apoio à aprendizagem, com destaque para os produtos, serviços e aplicações que tenham impacto real ou potencial global sobre os desafios da indústria da aprendizagem.

Após superar as fases classificatórias o CREAD/CMM é o único representante brasileiro na final, que tem representantes de mais cinco países: EUA, Reino Unido, Itália, Austrália e Coréia.

A Defesa presencial do projeto, será realizada no período de 17 a 20 de maio, na cidade de Long Beach, na Califórnia, nos Estados Unidos da América, pelo major Robson Santos da Silva e pelo capitão Adolfo de Oliveira Franco.

Assessoria de Comunicação Social do Departamento de Ensino e Cultura do Exército (DECEx)


Publicado, também, na coluna Anotações do Caderno de Educação da Folha Dirigida (18 a 24 de maio de 2010).




terça-feira, 18 de maio de 2010


MICRO-POLÍTICA E FORMAÇÃO DE OPINIÃO PÚBLICA!



Trechos da coluna de Cesar Maia na Folha de SP (15).

1. Gabriel Tarde (1843-1904), sociólogo francês, pai da microssociologia e da micropolítica, viu suas ideias serem atropeladas pelas escolas estruturalistas, como as de Marx, Durkheim, Weber, etc, que prevaleceram no século 20. Sua obra capital foi "Les Lois de l'Imitation" (1890), texto fundamental para entender a lógica da internet, 110 anos depois. Em "Leis da Imitação", Tarde analisa o processo de formação de opinião a partir das relações entre os indivíduos.

2. Nos termos de hoje: os meios de comunicação, sistemas de publicidade, etc, distribuem informações, que são filtradas pelos indivíduos. Para assumi-las como opinião sua, o indivíduo as testa com alguém em cuja opinião confia e então ele afirma ou não a informação como opinião e a repassa. Esse processo ocorre em pontos infinitos, que vão formando fluxos de opinamento. Alguns são linhas tênues, que desfalecem. Outros fluxos se ampliam e vão avançando com diversas intensidades viróticas.

3. Para Tarde, há três tipos de indivíduos: os "loucos", que iniciam fluxos de opinamento; os "tímidos", que são repassadores de fluxos, ou imitadores, na expressão de Tarde; os "tolos", ou "descrentes", que pouco repassam os fluxos recebidos. Por esse processo se formam as instituições e a opinião pública. Se um grupo social afirma ideias, outros podem repassá-las por "imitação".

4. Olhando para os meios de comunicação de hoje, que são os mais importantes distribuidores de informação, estes obedecem à lógica da audiência, pois esta define sua competitividade. Estrito senso, os meios de comunicação não formam opinião, mas reforçam opinião formada. Mas, como estão inseridos socialmente, por sensibilidade, ou pesquisas, dão conta de fluxos de opinamento em formação sustentada.

5. Quando propagam esses fluxos, aceleram enormemente a velocidade de transformação deles em opinião pública. Fluxos que constituiriam opinião pública em, por exemplo, dois anos, podem ser acelerados pela TV e formar opinião em duas horas, como ocorre algumas vezes.

6. A lógica da internet e de suas redes é essa, agregada à diversidade informacional de hoje. "Louco" é quem cria um fluxo e vê sua repetição às centenas e aos milhares nas redes, no YouTube... "Tímidos" são os mais importantes para os iniciadores e estimuladores de fluxos (políticos entre estes).

7. São os "tímidos" que garantirão aos fluxos os múltiplos acessos e a aceleração na formação de opinião e o voto. Um processo muito mais complexo e difícil que na TV dos anos 70/80.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia.



domingo, 16 de maio de 2010

Os militares precisam descobrir a força que a instituição tem, BRASIL.

Há anos venho acompanhando as notícias sobre o desmantelamento das Forças Armadas e sobre a relu­tância dos governos de FHC e de Lula em reajustar dignamente os salários dos militares.

O cidadão ingênuo até pensaria que os sucessivos cortes no orçamento do Ministério da Defesa e a insis­tência em negar os reajustes salariais à categoria poderiam, mesmo, decorrer de uma contenção de gastos, dessas que as pessoas honestas costumam fazer para manter em equilíbrio o binômio receita/despesa, sem com­prometer a dignidade de sua existência.

Mas, depois de tanto acompanhar o noticiário nacional, certamente já ficou fácil perceber que não é esse o motivo que leva o governo a esmagar a única instituição do país que se pauta pela ampla, total e irrestrita serie­dade de seus integrantes e que, por isso mesmo, goza do respaldo popular, figurando sempre entre as duas ou três primeiras colocadas nas pesquisas sobre credibilidade.

A alegação de falta de dinheiro é de todo improcedente ante os milhões (ou bilhões?) de reais que se des­viaram dos cofres públicos para os ralos da corrupção política e financeira, agora plenamente demonstrada pelas CPIs em andamento no Congresso Nacional.

O reajuste salarial concedido à Polícia Militar do Distrito Federal, fazendo surgir discrepâncias inadmissí­veis entre a PM e as Forças Armadas para os mesmos postos, quando o dinheiro provém da mesma fonte paga­dora - a União - visa criar uma situação constrangedora para os que integram uma carreira que sempre teve entre suas funções justamente a de orientar todas as Polícias. Militares do país, consideradas forças auxiliares e reser­va do Exército (art. 144, § 6º da Constituição Federal).

Mas agora a charada ficou completamente desvendada. E se você, leitor, quer mesmo saber por que raios o governo vem massacrando as Forças Armadas e os militares, a ponto de o presidente da República sequer re­ceber seus Comandantes para juntos discutirem a questão, eu lhe digo sem rodeios: é por pura inveja e por medo da comparação que, certamente, o povo já começa a fazer entre os governos militares e os que os sucede­ram. Eis algumas das razões dessa inveja e desse medo:

1) Porque esses políticos (assim como os 'formadores de opinião'), que falam tão mal dos militares, sabem que estes passam a vida inteira estudando o Brasil - suas necessidades, os óbices a serem superados e as soluções para os seus problemas - e, com isso, acompanham perfeitamente o que se passa no país, podendo detectar a verdadeira origem de suas mazelas e também as suas reais potencialidades. Já os políticos profissionais - salvo exceções cada vez mais raras - passam a vida tentando descobrir uma nova fórmula de enganar o eleitor e, quando eleitos, não têm a menor idéia de por onde começar a trabalhar pelo país porque desconhecem por com­pleto suas características, malgrado costumem, desde a candidatura, deitar falação sobre elas como forma de impressionar o público. Sem falar nos mais desonestos, que, além de não saberem nada sobre a terra que pre­tendem governar ou para ela legislar, ainda não têm o menor desejo de aprender o assunto. Sua única preocu­pação é ficar rico o mais rápido possível e gastar vultosas somas de dinheiro (público, é claro) em demonstra­ções de luxo e ostentação.

2) Porque eles sabem que durante a 'ditadura' militar havia projetos para o país, todos eles de longo prazo e em proveito da sociedade como um todo, e não para que os governantes de então fossem aplaudidos em comícios (que, aliás, jamais fizeram) ou ganhassem vantagens indevidas no futuro.

3) Porque eles sabem que os militares, por força da profissão, passam, em média, dois anos em cada região do Brasil, tendo a oportunidade de conhecer profundamente os aspectos peculiares a cada uma delas, dedicando-se a elaborar projetos para o seu desenvolvimento e para a solução dos problemas existentes. Projetos esses, diga-se de passagem, que os políticos, é lógico, não têm o mínimo interesse em conhecer e implementar.

4) Porque eles sabem que dados estatísticos são uma das ciências militares e, portanto, encarados com seriedade pelas Forças Armadas e não como meio de manipulação para, em manobra tipicamente orwelliana, justificar o injustificável em termos de economia, educação, saúde, segurança, emprego, índice de pobreza, etc.

5) Porque eles sabem que os militares tratam a coisa pública com parcimônia, evitando gastos inúteis e conservando ao máximo o material de trabalho que lhes é destinado, além de não admitirem a negligência ou a malícia no trabalho, mesmo entre seus pares. E esses políticos por certo não suportariam ter os militares como espelho a refletir o seu próprio desperdício e a sua própria incompetência.

6) Porque eles sabem que os militares, ao se dirigirem ao povo, utilizam um tom direto e objetivo, falando com honestidade, sem emprego de palavras difíceis ou de conceitos abstratos para enganá-lo.

7) Porque eles sabem que os militares trabalham duro o tempo todo, embora seu trabalho seja excessivo, perigoso e muitas vezes insalubre, mesmo sabendo que não farão jus a nenhum pagamento adicional, que, de resto, jamais lhes passou pela cabeça pleitear.

8) Porque eles sabem que para os militares tanto faz morar no Rio de Janeiro ou em Picos, em São Paulo ou em Nioaque, em Fortaleza ou em Tabatinga porque seu amor ao Brasil está acima de seus anseios pessoais.

9) Porque eles sabem que os militares levam uma vida austera e cultivam valores completamente apartados dos prazeres contidos nas grandes grifes, nas mansões de luxo ou nas contas bancárias no exterior, pois têm consciência de que é mais importante viver dignamente com o próprio salário do que nababescamente com o dinheiro público.

10) Porque eles sabem que os militares têm companheiros de farda em todos os cantos do país, aos quais juraram lealdade eterna, razão por que não admitem que deslize algum lhes retire o respeito mútuo e os envergonhe.

11) Porque eles sabem que, por necessidade inerente à profissão, a atuação dos militares se baseia na confiança mútua, vez que são treinados para a guerra, onde ordens emanadas se cumpridas de forma equivocada podem significar a perda de suas vidas e as de seus companheiros, além da derrota na batalha.

12) Porque eles sabem que, sofrendo constantes transferências, os militares aprendem, desde sempre, que sua família é composta da sua própria e da de seus colegas de farda no local em que estiverem, e que é com esse convívio que também aprendem a amar o povo brasileiro e não apenas os parentes ou aqueles que possam lhes oferecer, em troca, algum tipo de vantagem.

13) Porque eles sabem que os militares jamais poderão entrar na carreira pela 'janela' ou se tornar capitães, coronéis ou generais por algum tipo de apadrinhamento, repudiando fortemente outro critério de ingresso e de ascensão profissional que não seja baseado no mérito e no elevado grau de responsabilidade, enquanto que os maus políticos praticam o nepotismo, o assistencialismo, além de votarem medidas meramente populistas para manterem o povo sob o seu domínio.

14) Porque eles sabem que os militares desenvolvem, ao longo da carreira, um enorme sentimento de verdadeira solidariedade, ajudando-se uns aos outros a suportar as agruras de locais desconhecidos - e muitas vezes inóspitos -, além das saudades dos familiares de sangue, dos amigos de infância e de sua cidade natal.

15) Porque eles sabem que os militares são os únicos a pautar-se pela grandeza do patriotismo e a cultuar, com sinceridade, os símbolos nacionais notadamente a nossa bandeira e o nosso hino, jamais imaginando acrescentar-lhes cores ideológico-partidárias ou adulterar-lhes a forma e o conteúdo.

16) Porque eles sabem que os militares têm orgulho dos heróis nacionais que, com a própria vida, mantiveram íntegra e respeitada a terra brasileira e que esses heróis não foram fabricados a partir de interesses ideológicos, já que, não dependendo de votos de quem quer que seja, nunca precisaram os militares agarrar-se à imagem romântica de um guerrilheiro ou de um traidor revolucionário para fazer dele um símbolo popular e uma bandeira de campanha.

17) Porque eles sabem que para os militares, o dinheiro é um meio, e não um fim em si mesmo. E que se há anos sua situação financeira vem se degradando por culpa de governos inescrupulosos que fazem do verbo inútil - e não de atos meritórios - o seu instrumento de convencimento a uma população em grande parte ignorante, eles ainda assim não esmorecem e nem se rendem à corrupção.

18) Porque eles sabem que se alguma corrupção existiu nos governos militares, foi ela pontual e episódica, mas jamais uma estratégia política para a manutenção do poder ou o reflexo de um desvio de caráter a contaminá-lo por inteiro.

19) Porque eles sabem que os militares passam a vida estudando e praticando, no seu dia-a-dia, conhecimentos ligados não apenas às atividades bélicas, mas também ao planejamento, à administração, à economia o que os coloca em um nível de capacidade e competência muito superior ao dos políticos gananciosos e despreparados que há pelo menos 20 anos nos têm governado.

20) Porque eles sabem que os militares são disciplinados e respeitam a hierarquia, ainda que divirjam de seus chefes, pois entendem que eles são responsáveis e dignos de sua confiança e que não se movem por motivos torpes ou por razões mesquinhas.

21) Porque eles sabem que os militares não se deixaram abater pelo massacre constante de acusações contra as Forças Armadas, que fizeram com que uma parcela da sociedade (principalmente a parcela menos esclarecida) acreditasse que eles eram pessoas más, truculentas, que não prezam a democracia, e que por dá cá aquela palha estão sempre dispostos a perseguir e a torturar os cidadãos de bem, quando na verdade apenas cumpriram o seu dever, atendendo ao apelo popular para impedir a transformação do Brasil em uma ditadura comunista como Cuba ou a antiga União Soviética, perigo esse que já volta a rondar o país.

22) Porque eles sabem que os militares cassaram muitos dos que hoje estão envolvidos não apenas em maracutaias escabrosas como também em um golpe de Estado espertamente camuflado de 'democracia' (o que vem enfim revelar e legitimar, definitivamente, o motivo de suas cassações), não interessando ao governo que a sociedade perceba a verdadeira índole desses guerrilheiros-políticos aproveitadores, que não têm o menor respeito pelo povo brasileiro. Eles sabem que a comparação entre estes últimos e os governantes militares iria revelar ao povo a enorme diferença entre quem trabalha pelo país e quem trabalha para si próprio.

23) Porque eles sabem que os militares não se dobraram à mesquinha ação da distorção de fatos que há mais de vinte anos os maus brasileiros impuseram à sociedade, com a clara intenção de inculcar-lhe a idéia de que os guerrilheiros de ontem (hoje corruptos e ladrões do dinheiro público) lutavam pela 'democracia', quando agora já está mais do que evidente que o desejo por eles perseguido há anos sempre foi - e continua sendo - o de implantar no país um regime totalitário, uma ditadura mil vezes pior do que aquela que eles afirmam ter combatido.

24) Porque eles sabem que os militares em nada mudaram sua rotina profissional, apesar do sistemático desprezo com que a esquerda sempre enxergou a inegável competência dos governos da 'ditadura', graças aos quais o país se desenvolveu a taxas nunca mais praticadas, promovendo a melhoria da infra-estrutura, a segurança, o pleno emprego, fazendo, enfim, com que o país se destacasse como uma das mais potentes economias do mundo, mas que ultimamente vem decaindo a olhos vistos.

25) Porque eles sabem que os militares se mantêm honrados ao longo de toda a sua trajetória profissional, enquanto agora nos deparamos com a descoberta da verdadeira face de muitos dos que se queixavam de terem sido cassados e torturados, mas que aí estão, mostrando o seu caráter abjeto e seus pendores nada democráticos.

26) Porque eles sabem que os militares representam o que há de melhor em termos de conduta profissional, sendo de se destacar a discrição mantida mesmo frente aos atuais escândalos, o que comprova que, longe de terem tendências para golpes, só interferem - como em 1964 - quando o povo assim o exige.

27) Porque eles sabem que os militares, com seus conhecimentos e dedicação ao Brasil, assim como Forças Armadas bem equipadas e treinadas são um estorvo para quem deseja implantar um regime totalitarista entre nós, para tanto se valendo de laços ilegítimos com ditaduras comunistas como as de Cuba e de outros países, cujos povos vêem sua identidade nacional se perder de forma praticamente irrevogável, seu poder aquisitivo reduzir-se aos mais baixos patamares e sua liberdade ser impiedosamente comprometida.

28) Porque eles sabem que os militares conhecem perfeitamente as causas de nossos problemas e não as colocam no FMI, nos EUA ou em qualquer outro lugar fora daqui, mas na incompetência, no proselitismo e na desonestidade de nossos governantes e políticos profissionais.

29) Porque sabendo que ninguém pode enganar todo mundo o tempo todo, o governo temia que esses escândalos, passíveis de aflorar a qualquer momento pudessem provocar o chamamento popular da única instituição capaz de colocar o país nos eixos e fazer com que ele retomasse o caminho da competência, da segurança e do desenvolvimento.

30) Porque eles sabem, enfim, que todo o mal que se atribui aos militares e às Forças Armadas - por maiores que sejam seus defeitos e limitações – não tem respaldo na Verdade histórica que um dia há de aflorar.

Juíza Dra. Marli Nogueira,

Juíza do Trabalho em Brasília.

Abraços a todos da família militar


Recebido por e-mail.



quarta-feira, 12 de maio de 2010


USO DO RÁDIO NA POLÍTICA!



1. A locução no Rádio e na TV são quase antípodas. Na TV, a voz deve ser escandida, quase segredando. Quanto mais suave e coloquial o tom da voz, mais atenção desperta. No Rádio, ao contrário. A voz deve ser forte, quase discursiva. Na TV, um tom forte de voz separa a imagem do som: a voz sai por cima do televisor e a imagem continua no centro da tela. No Rádio, a voz forte comunica e impressiona mais.

2. Na TV, a comunicação deve ser quase "twittada": curta e com palavras-imagem, e expressões que teatralizam o que se diz..., naturalmente. O teleprompter é para acostumados, pois exige que a leitura esteja sincronizada com a expressão.

3. No Rádio, a comunicação deve ser feita em narrativas carregadas de imagens. Se for um menor nas ruas, deve ser "uma criança magrinha, embrulhada num jornal, debaixo da marquise"... Os grandes locutores de futebol dos anos 50 são mestres na narrativa carregada de imagens, pois transportam a quem ouve para dentro do campo, "vendo" exatamente o que ocorre.

4. O uso do Rádio pelos políticos, fora da campanha eleitoral, deve apenas gerar concentração no uso adequado da voz e na comunicação na forma de narrativa. Mas durante as campanhas eleitorais há uma mudança fundamental. Primeiro, hoje, em algumas entrevistas ou debates, há a transmissão das imagens via internet. Há que se ter enorme cuidado, pois a câmera é fixa e não dá descanso nem para coçar o nariz. E escorregadas viram reprodução nos jornais e nas redes na internet.

5. Mas o mais importante é a "audiência" dos debates/entrevistas em Rádio em campanhas eleitorais, feitas pela imprensa escrita no dia seguinte, que tem repercussão muito maior que a própria audiência da entrevista ou do debate na Rádio. E depois vêm as redes multiplicando essas matérias. O candidato deve, ao mesmo tempo, usar a metodologia própria da comunicação em Rádio, mas deve usar conteúdos e expressões próprios dos jornais. Um político pode vencer um debate no Rádio, ou se sair esplendidamente numa entrevista no Rádio e "perder" o debate ou se sair mal na versão dada pelos jornais.

6. Hoje, 75% da audiência dos Rádios são em FM. As Rádios AM só têm audiência sensível pela manhã. A audiência em Rádio é pulverizada, mesmo pela manhã. Rádios de notícias têm audiência pela manhã, 10% das Rádios AM líderes de audiência.

7. As Rádios são interativas, ao contrário da TV. Em pesquisa por encomenda da União Europeia, anos atrás, se demonstrou que o uso do Rádio por pessoas mais idosas fazia recuar a dinâmica de Alzheimer ou demência senil. A TV ajudava a acelerar. Essa interatividade funciona espontaneamente. Quem ouve programa de comunicadores, conversa com eles. As Rádios de notícias atingem a melhor audiência com locutor liberal (no sentido norte-americano) e matérias de conteúdo conservador.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 12 de maio.


domingo, 9 de maio de 2010




FALTA PLURALISMO



Aristoteles Drummond, jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro

A sucessão do presidente Lula ainda está fora das normas tradicionais das democracias ocidentais, com candidaturas representativas de diferentes correntes do pensamento na sociedade. Temos três candidatos de esquerda, dois dos quais (Dilma e Serra) tendo “orgulho” de terem combatido o chamado regime militar, que deu ao Brasil 20 anos de progresso, austeridade e responsabilidade.

José Serra foi presidente da UNE, apoiando o governo Goulart; Dilma pegou em armas. Marina Silva, mais jovem, seria a menos preconceituosa, mas está ligada a uma linha de pensamento incompatível com um país que deseja ser a quinta economia do mundo.

Não temos uma candidatura de centro ou de centro-direita, embora os governos militares – autoritários, mas com eleições para o Congresso e já em 82 diretas para governadores – tivesse maioria no Congresso, através de seus partidos ARENA e PDS. Os Democratas e os Progressistas (PP) são formados, tendo como base as agremiações de sustentação dos anos dourados do crescimento com ordem. Mas Ciro Gomes (PSB) foi dos dois partidos, assim como o vice-presidente da CEF e dirigente do PMDB, Moreira Franco, que foi candidato governador pelo PDS e chegou a presidir o partido no Rio. Como estes dois partidos não apresentarão candidaturas próprias, o centro terá de escolher de acordo com o programa de cada esquerdista.

O senador Sérgio Guerra, em recente entrevista à revista Veja, afirmou que o PSDB era um partido de esquerda. Não se deve, portanto, duvidar, embora tenha regionais de centro, como é o caso de Minas. Diante deste quadro, nada mais natural do que se pedir aos candidatos que sejam bem definidos em relação a pontos de alta relevância para o futuro do Brasil.
O que pensam do MST e de suas invasões, o que pensam da reserva legal aprovada da maneira que foi, sem indenização e valendo para todo o país, ignorando as diferenças regionais. É preciso saber o que pensam do tamanho do Estado, da atuação de fundos de estatais na direção de empresas de direito privado, da reforma tributária e da trabalhista.

No que toca a projetos de infraestrutura, na energia, nos transportes e nos portos e aeroporto, que como estão não suportam o crescimento esperado e desejado pelos brasileiros.E a prioridade de Belo Monte? Qual o papel reservado ao capital privado no processo de desenvolvimento econômico e social?

A política externa passou a ser importante na medida em que parte da sociedade está verdadeiramente chocada com nossa solidariedade e confiança ao governo radical iraniano, ao personalista e agressivo venezuelano e a complacência com a falta de liberdade e respeito aos direitos humanos em Cuba. Nenhum dos três nomes se sente à vontade para comentar Cuba, que, no fundo, no fundo, admiram. Logo, não é demais insistir na cobrança de definições, para fundamentar desde o voto de cada brasileiro , ao investimento de cada grupo internacional.

Uma pena que não possamos ainda ter candidatos afinados com o mundo moderno, com o pensamento dos responsáveis pelos avanços da humanidade nestes 30 anos – desde Reagan, Thaetcher, João Paulo II, no mundo, e Roberto Campos, Delfim Netto, Pedro Malan, no Brasil. Aliás, é sempre bom lembrar que o lado mais positivo dos governos FHC foi aquele confiado a Pedro Malan, que sempre foi alvo de restrições por parte do candidato José Serra. E esta será mais uma explicação bem-vinda.

Transcrito da página do Aristóteles Drummond:

http://www.aristotelesdrummond.com.br/


LATROCRACIA



Por Aileda de Mattos Oliveira

Se houvesse a cadeira de Antropologia Criminal, este campo de estudos estaria bastante motivado, tendo em vista que com o desaparecimento dos valores morais e éticos, foram elevados à categoria de 'excelência', os que deveriam servir de objeto de análise nesta área científica: os sociopatas e os de instintos perversos.

Se ainda vivesse Cesare Lombroso, que se dedicou, com afinco, aos estudos da relação entre o aspecto físico de um indivíduo e as suas tendências criminosas, não iria dar conta de seu trabalho pelo número de celerados que teria de analisar. As mandíbulas, a dimensão do crânio e de outras partes do corpo lhe iriam indicar a herança atávica de cada um e a sua propensão à delinqüência e à perversidade.

A palavra do título ('governo de ladrões') não existe no dicionário, porque também nunca na história de país algum, existiu um governo com tantos meliantes, razão da criação do neologismo para designar o bando de madraços que fizeram da Capital Federal, a grande célula comunista. Os adjetivos caracterizadores desta súcia, já se esgotaram nos sucessivos artigos dos muitos brasileiros indignados que se espraiam na internet.

O que diria Lombroso a respeito da candidata da situação, ao deparar-se com estranha e vulgar criatura que, se não tem a fluência verbal, sobra-lhe a virulência de sua personalidade doentia, simbolizada pelo dedo indicador em riste, como a querer fulminar o interlocutor com uma metralhadora digital? Lombroso teria que retornar às bases de seus estudos, pois estaria diante de um caso de psicopatia muito além de suas pesquisas sobre anomalias que chamava de 'estigmas'.

Qual seria o diagnóstico sobre esta mulher que não sabe explorar a feminilidade dos gestos, atrabiliária, tomada pela cólera revoltada, embora oriunda de família de posses e que deve dormir, tranquilamente, sem que o remorso dos atos criminosos lhe perturbem o repouso? A resposta de Lombroso nos causaria arrepios, sabendo-se que tal espécime poderá ascender ao Poder Maior e, o que é doloroso saber, tornar-se Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.

O que diria Lombroso sobre a decisão do governo brancaleônico de libertar da prisão vinte por cento dos criminosos, vistos pelo seu dirigente, certamente, como amigos e companheiros? O que dirão as famílias das vítimas desses bandidos? O que dirão os policiais que arriscaram a vida para prendê-los e concluírem que seus colegas morreram em vão pelas mãos dos vadios, soltos por ordem superior? Serão oitenta mil condenados, agora, sob vigilância eletrônica (quanta mentira!), não mais atrás das grades, onde deveria estar a banda larga e podre das autoridades deste País.

Sabemos que a antropologia criminal de Lombroso estava desacreditada, mas com a uniformidade das ações dos que se alocam no antro do Executivo e do Legislativo, este cientista alcançaria a glória, pois teria uma diversidade de corpos, com a mesma alma negra.
As semelhanças físicas dos que ocupam a liderança são também incríveis: rotundos, arcadas proeminentes, línguas presas, que se irmanizam pelos dedos ágeis na locupletação dos bens públicos. Esta semelhança moral ainda é mais assustadora: todos cínicos todos desprovidos de qualquer quinhão de respeito às instituições e ao próximo, todos peças malfeitas, infelizmente, não eliminadas pela natureza que pecou pela distração.

Lombroso nasceu em época errada (século XIX) e em país europeu (Itália), Hoje, faria uma acurada análise das razões por que há, na espécie humana, indivíduos tão repugnantes nas ações que tornam a sua presença incômoda aos olhos da sociedade não afeita às distorções de conduta.
Que fizemos nós, brasileiros, aos Céus, para sofrermos com a presença desses bárbaros, cujo desejo insano é a destruição de tudo o que foi conquistado com o sacrifício da parte da sociedade que não mede esforços para levantar este Gigante atado e amordaçado? A outra parte da sociedade? Que se dane e continue a rastejar como réptil no esterco em que vive, conforme afirmou num dos seus imbecis improvisos, o seu chefe supremo. Aliás, ele prometeu tirá-la de lá.

Que espere! Vade retro, políticopatas de Brasília!

Aileda de Mattos Oliveira é doutora em Língua Portuguesa.

Transcrito do "Alerta Total":
http://www.alertatotal.net/


domingo, 2 de maio de 2010

O “PATRONO DA ANISTIA”

O recente julgamento pelo STF, referente à constitucionalidade ou não da Lei da Anistia, de 1979, constituiu-se em um marco histórico do Direito brasileiro. Como advogado, fiz questão de assistir a todo ele e me encantei com os votos antológicos proferidos, à exceção dos divergentes, emitidos por apenas dois Ministros da Alta Corte de Justiça. Os votos primaram pela análise estritamente técnica à luz dos parâmetros do Direito e pela recorrência à historicidade jurídica nacional, das mais de trinta anistias concedidas ao longo da história-pátria, como tão bem lembrou o relator, Ministro Eros Grau.
“É impossível Majestade, ainda há juízes em Berlim”, dizia o humilde moleiro que não cedeu às pressões de Frederico II, para a derrubada de seu moinho, como nos narra a História Universal...
Entretanto, faltou algo mais nos argumentos de nossos mais grados Magistrados: a citação do augusto nome do Duque de Caxias, “O Pacificador”, “Nume Tutelar da Nacionalidade”, “Condestável do Império”, Patrono do Exército Brasileiro. Quando da concessão da anistia aos vencidos, em especial ao término da Revolução Farroupilha, evidenciou-se, cabalmente, o espírito magnânimo deste inigualável brasileiro, o responsável pela grandeza e inteireza territorial do Brasil, juntamente com o Barão do Rio Branco, pelo que o saudoso e ilustre historiador Pedro Calmon, os considerava como os maiores “pró-homens da nacionalidade”. O Duque de Caxias também ganhou do emérito historiador militar, Coronel Cláudio Moreira Bento, o epíteto de “Pioneiro Abolicionista”, por haver concedido a liberdade aos cativos farroupilhas.
Impende lembrar, por assaz relevante, que Caxias recebeu ainda, do saudoso jornalista, historiador e acadêmico Barbosa Lima Sobrinho, a notável honorificência titular de “O PATRONO DA ANISTIA”, em memorável artigo, com o citado título, publicado no “Jornal do Brasil”, de 22 de maio de 1988. Disse o mencionado acadêmico, em um trecho de seu brilhantíssimo trabalho: “Se tivesse que eleger um Patrono para a defesa ou a exaltação da Anistia, ficaria indeciso entre dois nomes, que me pareciam recomendados para essa função gloriosa, o de Rui Barbosa e o do Duque de Caxias. Rui Barbosa com os seus trabalhos jurídicos e sua atuação de advogado. O Duque de Caxias pelos exemplos que nos legou. E acabaria optando pelo militar que, antes das batalhas, fazia da promessa da anistia um elemento de pacificação. Foi assim no Maranhão com a insurreição dos balaios, em São Paulo e Minas Gerais, com as revoltas de 1842, foi assim também no Rio Grande do Sul, com a Revolução Farroupilha”. E, mais à frente, conclui o jornalista – tido como “homem de esquerda”: “Mas sempre que se pudesse invocar a presença da fraternidade, numa luta entre irmãos, ocasionalmente desavindos, Luiz Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, soube dar prioridade às promessas da anistia, com uma constância exemplar, com que se construíram algumas páginas de nossa história política. Logo depois do combate de Santa Luzia, em que foram vencidos e esmagados os revoltosos do Partido Liberal, quando Caxias foi informado de que os vencidos vinham caminhando dois a dois acorrentados e algemados, tomou medidas imediatas para que lhes tirassem as algemas e lhes dessem cavalos, no percurso que devia conduzir a Ouro Preto. E entre os acorrentados vinham altas figuras da Monarquia, à frente de todos, uma glória do liberalismo brasileiro, Teófilo Ottoni”.
Por derradeiro e como corolário a essas breves considerações, na relembrança do grande esquecido no julgamento linhas atrás referido, o ínclito Duque de Caxias, “O Patrono da Anistia”, gostaria de citar o inolvidável sociólogo Gilberto Freyre que, reconhecendo o caráter adamantino e as peregrinas virtudes do “Soldado-Maior”, cunhou a expressão “caxias’, uma metáfora caída na consagração popular, com a qual são apelidados aqueles que cumprem integralmente os seus deveres. “Os “caxias”, disse Gilberto Freyre, “devem ser tanto paisanos quanto militares. O “caxiismo” deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele”.

Manoel Soriano Neto
(Coronel Reformado do Exército, de Infantaria e Estado-Maior; Historiador Militar e Advogado).


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