terça-feira, 29 de setembro de 2009


A MENTE APAGA REGISTROS DUPLICADOS.




Por Airton Luiz Mendonça
(Artigo do jornal O Estado de São Paulo)

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.

Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.

Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.

Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar:

Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.

Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia.

Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.

Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.


É quando você se sente mais vivo.

Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.

Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.

Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.

Como acontece?

Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).

Ou seja, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.

Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.

Conforme envelhecemos as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações, -... enfim... as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.

Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.

Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a...

ROTINA


A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.

Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque).

Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.

Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.

Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).

Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.

Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.

Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.

Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.

Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes.

Seja diferente.

Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.....

em outras palavras...... V-I-V-A. !!!

Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.

E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.

Cerque-se de amigos.

Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.

Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?

Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.


E
S CR EVA em
tAmaNhos
diFeRenTes e em CorES
di f
E rEn tEs !
CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE...vivaaaaaaaaaaa !!!!!!!!



domingo, 27 de setembro de 2009


Lembranças históricas X Ações no marco regulatório.



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por João Victor Campos

Com grande alarido, o atual governo apresentou no dia 31.08.09, decorridos 22 meses da Resolução nº 6 do CNPE de 2007, as mudanças julgadas necessárias no marco regulatório, amparado na Lei nº 9.478/97, visando, contemplar o novo paradigma da exploração e produção da nova província petrolífera do Pré-Sal.

Em decorrência desse importante fato, é oportuno lembrar uma sequência de eventos que o antecederam, e que seguramente influíram em decisões tomadas em governos anteriores e no atual, obedecendo, a seguinte cronologia:

1) Clube Bilderberg - 1954

2) A Comissão Trilateral - 1973

3) O Relatório Kissinger (NSSM-200) - 1974

4) O Diálogo Interamericano - 1982

5) Debt-for-Equity - 1983

6) O Projeto Antimilitar – 1988

7) O Consenso de Washington - 1989

8) ONGs - (?)

9) O Enigma Lula

10) Conclusões

O CLUBE BILDERBERG

Desde 1954, com a criação do famoso Clube Bilderberg (CB), na Holanda, que se conspira para a criação de um organismo único capaz de exercer amplo domínio, rumo a um governo mundial, uma economia global e uma religião também global.

A nata que constituiu o Conselho Diretivo foi formada por banqueiros, industriais, donos de meios de comunicação, políticos, famílias reais européias, presidentes, primeiro-ministros, ministros, secretários de Estado, lideranças militares e outras personalidades, que se reúnem anualmente para traçar os rumos do planeta, dentro dos moldes do que seria um governo mundial secreto.

O Conselho Diretivo deste Clube teria um máximo de 130 delegados, sendo 2/3 de europeus e o restante dos EUA e do Canadá.

As pretensões do CB, enveredam em duas hipóteses: a primeira seria a reunião da elite econômica e política do mundo Ocidental, para fazer face ao avanço do Comunismo do século XX; a segunda, hoje com maior aceitação, vê o CB dentro do que se convencionou chamar de teoria da conspiração, cujo movimento teria pretensões de dominar todo o planeta, estabelecendo um governo mundial.

Este objetivo seria alcançado pela ONU – Organização das Nações Unidas – ,onde atualmente prevalecem teses esquerdistas na construção de uma nova ordem mundial, com moeda, exército e religião comuns, para quebrar a espinha dorsal da soberania das nações emergentes ou subdesenvolvidas, especialmente aquelas detentoras de reservas estratégicas, como recursos minerais, água e biodiversidade, onde o Brasil se destaca em primeiro plano.

Junto ao CB e a ONU, podemos citar outros grupos tidos como “controladores”, como o Diálogo Interamericano, a Comissão Trilateral, o FMI – Fundo Monetário Internacional , o CFR – Council on Foreign Relations (Conselho de Relações Exteriores), cujos objetivos seriam simplesmente os de eliminar a ideia de soberania nacional e as forças armadas nacionais.

A COMISSÃO TRILATERAL

A chamada Comissão Trilateral, fundada em 1973 por David Rockefeller, reunia principalmente banqueiros dos EUA, Europa Ocidental e do Japão e, a partir de 1991, com o desaparecimento da União Soviética, viu-se um Primeiro Mundo reunido em torno desta Comissão, um Segundo Mundo agrupado em torno da falida ideologia socialista e um Terceiro Mundo subdesenvolvido, praticamente à mercê dos ditames destes outros dois mundos, com referência à proliferação da energia nuclear, terrorismo, direitos humanos, desmatamentos e venda de armas convencionais.

O RELATÓRIO KISSINGER – NSSM-200

No dia 10 de dezembro de 1974, o Conselho de Segurança Nacional dos EUA emitiu o Memorando de Estudo da Segurança Nacional – NSSM-200 – também conhecido como “O Relatório Kissinger”. Este documento expõe, explicitamente, uma detalhada estratégia pela qual os EUA promoveriam, de forma agressiva, o controle da população de países em desenvolvimento de forma a regular (ou ter um melhor acesso) às riquezas naturais destes países.

De maneira a proteger os interesses comerciais dos EUA, o NSSM-200 cita um número de fatores capazes de interromper o fluxo contínuo de matérias primas oriunda dos países menos desenvolvidos. Dentre esses fatores incluí-se um que faz restrição a uma grande população da juventude anti-imperialista, a qual, de acordo com o NSSM-200, deve ser limitada pelo controle populacional. O documento identifica 13 nações, o Brasil dentre elas, que constituem o alvo primário dos esforços dos EUA em exercer o controle populacional.

Este Memorando foi mantido em sigilo absoluto até 1989 ( ou durante 15 anos), quando foi tornado público e transferido para o Arquivo Nacional dos EUA.

Enquanto que a CIA e os departamentos de Estado e de Defesa dos Estados Unidos emitiam centenas de comunicados sobre o controle populacional e a segurança nacional, o governo dos EUA nunca renunciou ao NSSM-200, limitando-se apenas a emendar certas porções da sua política. Por conseguinte, o governo dos EUA ainda mantém o NSSM-200 como o documento fundamental no controle da população.

Nota: embora por mim pesquisada junto à Fiocruz e o Ministério da Saúde sobre a origem da vacina anti-rubéola aplicada este ano (2009) em 68 milhões de brasileiros, aquela Fundação informou que não foi ela quem a fabricou, enquanto o Ministério da Saúde, que acusou o recebimento da indagação, até hoje não a respondeu, decorridos seis meses. A vacinação em massa é um ótimo meio de se inocular componentes esterilizantes.

O DIÁLOGO INTERAMERICANO

Aproveitando o aparente caos político e institucional na América Latina, em seguida à Guerra das Malvinas e à crise da dívida externa, ambas em 1982, interesses internacionais moveram-se rapidamente buscando manter seu domínio político e econômico na região. Em junho, julho e agosto de 1982 foram organizados três seminários para debater as repercussões da Guerra das Malvinas nas relações interamericanas, sob os auspícios do Centro Woodrow Wilson, uma espécie de banco de cérebros, com sede em Washington.

Desses seminários surgiu a ideia do Diálogo Interamericano e, de outubro de 1982 a março de 1983, o Centro patrocinou uma série de reuniões já dentro dessa ideia, nas quais 48 delegados da América Latina, a título pessoal, debateram um longo temário. FHC, presente, subscreveu a ata de fundação, sendo portanto, um de seus idealizadores. A fundação do Diálogo se deu em 15 de outubro de 1982 e contou com a presença do então Secretário de Estado George Shultz e do Subsecretário de Estado para Assuntos Interamericanos, Thomas Enders. A partir daí, o Diálogo reunir-se-ia a cada dois anos.

Esta estratégia, todavia, só começou a vir à luz a partir do início da crise da dívida externa ibero-americana, em 1982-1983, com a criação do cartel dos bancos credores – liderados pelos interesses Rockefeller – o qual se propunha a elaborar uma nova formulação para garantir aos credores o recebimento sem riscos dos rendimentos da dívida externa dos países do Terceiro Mundo.

No Brasil, este cartel influiu enormemente durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, onde um ativo lobby na Subcomissão da Ordem Econômica esteve a ponto de impor várias de suas ideias privatizantes, como foi oportunamente denunciado num Memorando Especial da revista Executive Intelligence Review – EIR – em junho de 1987.

DEBT - FOR – EQUITY

A estratégia dos bancos começou a materializar-se a partir de uma reunião em Vail, Colorado, USA, em agosto de 1983, onde o então consultor da empresa Kissinger & Associates e diretor do Banco Morgan Guaranty, Alan Greenspan (que viria a se tornar presidente do FED – Banco Central dos EUA), expôs as linhas gerais da nova política dos bancos: converter os títulos da dívida externa em poder dos bancos em títulos de posse de “ativos nas nações devedoras”. Na reunião, ficou determinada a suspensão total de novos créditos bancários aos países do Terceiro Mundo, para obrigar seus governos a adotarem o esquema proposto, que ficou conhecido como Debt-for-Equity (dívida por ativos), em detrimento de suas soberanias.

Segundo Greenspan, “está claro que, em lugar dos tradicionais empréstimos bancários privados, deve haver um grande número de investimentos diretos e acessos aos mercados de ações dos países menos desenvolvidos. Não podemos continuar a colocar dívida nova nos moldes tradicionais, porque isto cria situações críticas de pagamentos que os devedores não poderão cumprir, o que constitui uma causa principal da atual crise da dívida. Com os ativos, tais situações não existem... Devemos converter dívidas em ativos... Esses países devedores têm saldos de exportação e matérias-primas, o problema é: de que forma os credores teriam acesso aos ativos? Devemos ter formas de pagamento que não estejam especificamente relacionadas aos próprios limites de pagamento da dívida, mas aos futuros rendimentos das exportações e das explorações das matérias-primas”.

O encontro de Vail reafirmou o papel do FMI – Fundo Monetário Internacional – como o executor da nova estratégia, qual seja: impor políticas econômicas de submissão e austeridade para “espremer” os países credores e abrir caminho para as reformas financeiras e bancárias necessárias ao esquema.

Os apertos financeiros, resultantes da cobrança ou enxugamento dos pagamentos exercidos sobre o Brasil, Argentina e México, deveriam obedecer os pacotes do FMI e a “Nova Ordem Mundial” ou Globalização, após os governos militares.

Em 1982, a dívida externa brasileira girava em torno de 90 bilhões de dólares. Em 1992 havia duplicado, tendo atingido 240 bilhões de dólares no ano 2000.

No caso brasileiro, a detonação da dívida pelo FMI forçou e encorajou o plano de privatização das estatais, tendo como carro-chefe a privatização da Vale do Rio Doce e da hidroeletricidade, e ainda ditou as ideias para um plano mestre de privatização da Petrobrás, tudo incluído numa Carta de Intenção do FMI, que impunha a confissão da dívida e a concordância com as privatizações. FHC assinou esta carta.

A privatização da estatal Vale do Rio Doce era a prioridade do programa, pois possuía recursos minerais na área amazônica, incluindo grandes reservas em torno de 160 milhões de toneladas de nióbio, ouro, titânio e manganês, estimadas em 5 trilhões de dólares.

Nota: a Vale foi privatizada/doada por 3,3 bilhões de dólares, no governo FHC.

Também a gigantesca e estratégica hidroeletricidade, que é o único e mais eficiente modelo de matriz energética, que não tem similar no mundo ( em 1982, 90% da energia brasileira era produzida em hidrosistemas de baixíssimo custo) e, por isso, constitui grande atrativo para ser incluída na lista de prioridades do programa de privatização brasileiro, com particular interesse dos investidores estrangeiros e do cartel dos banqueiros.

O FMI ordenou e obrigou o Brasil – levado à falência por um “novo e miraculoso plano monetário temporário”, baseado numa âncora cambial e na indexação fraudulenta da inflação, de autoria do agrupamento de economistas de FHC, tendo à frente Gustavo Franco e Pérsio Arida – a executar as seguintes medidas, após 1995:

1 – Reduzir as importações em 17,5%;

2 – Destruir em 20% a força de trabalho brasileira;

3 – Proceder a uma completa e fraudulenta indexação (baixa) nas mudanças do sistema de indexação de salários;

4 – Impor o fim dos grandes projetos industriais no Brasil;

5 – Eliminar US$ 10 bilhões, em crédito subsidiado para a agricultura e industria nacional;

6 – Encorajar investidores estrangeiros a comprar e controlar empresas públicas e privadas necessitadas de capital;

7 – Implementar condições rigorosas para iniciar um grande plano de privatização das companhias estatais, incluindo as lucrativas indústrias mineradoras, de hidroeletricidade, energia e siderúrgicas estaduais brasileiras.

Nota: A Petrobrás, que deixou de ser incluída nas privatizações, quando do Diálogo Interamericano, por estar ainda protegida pelo monopólio estatal e também pelo mesmo motivo em 1995, foi objeto de um adendo, que prescrevia, entre outras medidas, que “importantes resultados e recursos de capital podem ser obtidos através das privatizações a nível de subsidiárias, tendo como candidatas óbvias a Petroquisa e a Petrofertil”.

A Petrobrás não chegou a ser privatizada por FHC devido à reação popular contrária, mas diversas tentativas foram feitas com os presidentes da empresa, Henri Phillipe Reischtul e Francisco Gros. Mas a largada fora dada, traduzida pela venda de ações da Petrobras na Bolsa de Nova York (40%) e disseminada entre testas de ferro e outros (20% no Brasil). A Petrobrás é hoje uma transnacional.

8 – Reduzir a expansão demográfica, como conseqüência da destruição da força de trabalho e da política de desemprego.

O PROJETO ANTIMILITAR

Na reunião de 1988 do Diálogo Interamericano (DI) em Washington, já acrescido de novos membros, foram acordadas as políticas e estratégias a serem adotadas para o domínio da América Latina e do Caribe. A divulgação deste evento resultou num modesto documento, sem entrar em pormenores, em função da gravidade dos assuntos tratados e da necessidade de sigilo. Todavia, no livro “ O Complô” (EIR, 1993, pg. 100, vide ref.), encontramos: “O traço mais marcante do relatório de 1988 do DI é o seu virulento ataque aos militares ibero-americanos”. Portanto, o documento apresentado não era tão modesto assim.

Possuia o DI, em 1988, 70 fundadores, dentre os quais destacamos as “personalidades brasileiras” presentes : Sr. Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do CEBRAP; Sr. Celso Lafer, Ministro do Desenvolvimento; Sr. Roberto Civita, Presidente da Editora Abril. Mais tarde, a reunião do DI de 1992 contou com a presença do Sr. Luis Inácio Lula da Silva, convidado por FHC.

Foi questionada a missão dos militares (ainda fruto da repercussão da Guerra das Malvinas), contrários a aceitar a transformação do nosso território em uma imensa fazenda exportadora de matérias-primas e de produtos semi-manufaturados e sub-valorizados. O foco dos países ricos passou a ser não mais somente os movimentos comunistas, que já não eram considerados tão perigosos “após o fim da guerra fria”, mas também as ações dos militares em defesa de suas respectivas soberanias nacionais.

Em fins de 1986, o DI pôs em marcha um projeto que culminou com a publicação, em 1990, do “Manual Bush”, uma obra antimilitar, que sugeria o desencadeamento de uma guerra econômica contra os militares latino-americanos, assinalando que “o nível de recursos a ser destinado aos militares” deveria ser questionado e alterado, como uma das formas mais efetivas de “conter a influência das Forças Armadas” nos países ao sul do Rio Grande (fronteira com o México). Defendia também a substituição das Forças Armadas dos países subdesenvolvidos, .notadamente da América Latina, por forças regionais de defesa, com o título de Força Interamericana de Defesa.

O ex-presidente FHC, um dos fundadores do DI, em 1982, foi quem, a partir de 1995, em atendimento a esta política imposta, deu início ao sucateamento das Forças Armadas e que até hoje persiste, pondo em risco a segurança da Nação. Também, atendendo a uma declaração do Secretário de Defesa dos EUA, William Perry, em visita ao Brasil, em 1995 ( O Globo, de 06/05/1995) diz textualmente “que o seu governo quer que as Forças Armadas de cada país passem a ser lideradas por um Ministro de Defesa que seja civil. A liderança civil do sistema de defesa fortalece tanto a democracia quanto as próprias Forças Armadas. Nós vamos incentivar isso, assim como a ideia de que haja uma transparência cada vez maior no intercâmbio de informações militares entre as três Américas”.

O “agachado”e comprometido FHC atendeu prontamente, criando o Ministério da Defesa, em 1999, tirando todo o poder político dos antigos comandantes das três Forças Armadas.

O CONSENSO DE WASHINGTON

O que se denomina informalmente de “Consenso de Washington” é o resultado de uma reunião levada à efeito na capital dos EUA, em novembro de 1989, entre funcionários do governo norte-americano e organismos financeiros internacionais ali sediados – FMI, Banco Mundial e BID - cujo objetivo era proceder a uma avaliação das reformas econômicas empreendidas pelos países da América Latina. Estiveram presentes diversos economistas latino-americanos e funcionários de diversas entidades norte-americanas e internacionais envolvidos com a América Latina.

Embora com formato acadêmico e sem caráter deliberativo, o encontro propiciaria oportunidade para coordenar ações por parte de entidades com importante papel nessas reformas. Por isso mesmo, não obstante sua natureza informal, acabaria por se revestir de significação simbólica, maior que a de muitas reuniões oficiais no âmbito dos foros multilaterais regionais.

A avaliação objeto do Consenso de Washington abrangeu 10 áreas:

1. disciplina fiscal;

2. priorização dos gastos públicos;

3. reforma tributária;

4. liberalização financeira;

5. regime cambial;

6. liberalização comercial;

7. investimento direto estrangeiro;

8. privatização;

9. desregulação;

10. propriedade intelectual.

As propostas do Consenso de Washington nas 10 áreas convergem para dois objetivos básicos:

- a drástica redução do Estado e a corrosão do conceito de Nação

- o máximo de abertura à importação de bens de serviços e a entrada de capitais de risco.

Tudo em nome da soberania absoluta do mercado autoregulável nas relações econômicas tanto internas quanto externas.

Dos tecnocratas nomeados por FHC, no seu 1º mandato para implementar o Plano Real, tais como Pedro Malan, Pérsio Arida, Edmar Bacha, Gustavo Franco, Bresser Pereira, Eliana Cardoso e outros, vários deles integravam o grupo que participou da reunião em Washington, em 1989, durante o qual foi realizado o estudo do diagnóstico sobre o Brasil elaborado por Eliana Cardoso e Daniel Dantas (o mesmo que foi recentemente preso por duas vezes seguidas e a seguir liberado pelo STF. Deve saber muita coisa, daí advém o temor de que ele “solte a língua”, temor este que se liga diretamente à FHC.

ONGs

Como disse David Rockefeller, numa das primeiras reuniões do DI, em 1982:

“E a maior parte da Amazônia, quem dominar a Vale, dominará a Amazônia”.

Podemos, portanto, aí inferir o atual interesse das ONGs e das potências hegemônicas na demarcação das terras indígenas (Reserva Ianomâmi e caso Raposa-Serra do Sol).
Muitos dos minérios citados acima (ver Debt-for-Equity), principalmente o estratégico nióbio, encontram-se nas reservas mencionadas. Entre os principais interessados, estaria a realeza britânica, na pessoa do Príncipe Charles e sua ONG, a WWF (World Wildlife Fund). A presença do Príncipe Charles no Brasil, este ano, quando da criação da Terra Indígena Raposa-Serra do Sol e também quando da TI (Terra Indígena) Ianomâmi, atestam esta cobiça.

A homologação da TI Raposa-Serra do Sol, pelo STF, neste ano de 2009, para gáudio de Sua Alteza, é um acinte ao povo brasileiro, principalmente quando se tem ciência da existência de um objetivo não mais fortuito de “balcanização” da Amazônia, com a criação de diversas “nações indígenas” que uma vez homologadas se apossariam de imensas reservas minerais e rica biodiversidade.

O ENIGMA LULA

“Aparentemente incompreensível, na lista dos membros do Diálogo Interamericano na reunião de 1992, é a presença do atual presidente da República, Sr. Luís Inácio Lula da Silva, lado a lado com FHC, Lula, então presidente de honra do PT e candidato à Presidência da República, e que frequentemente atacava a “política” empreendida pelo presidente FHC, a qual nada mais era do que o fiel cumprimento das normas ditadas pelos “donos do mundo” através do Diálogo Interamericano”. (Marcos Coimbra em “Brasil Soberano”)

Segundo consta, no passado político de Lula existem passagens, como aluno (1968), pelo Iadesil (antigo Instituto Americano para o desenvolvimento do Sindicalismo Livre), escola de doutrinação mantida em São Paulo, pelos norte-americanos da AFL-CIO, que manteve financeiramente a CUT, com apoio da social-democracia italiana; pelos EUA, em 1972/1973, quando foi treinado em sindicalismo na Johns Hopkins University (o Lula fala inglês?), em Baltimore, USA (“Jogo Duro”, Mario Garnero, Editora Best Seller, pgs. 130 a 132), foi membro da AFL-CIO (não sei se ainda continua), a Central Sindical Americana, onde criou amizades com Stanley Gacek e John Sweeney, respectivamente advogado sindicalista da área internacional e o outro é o atual presidente da mesma.

Recentemente, quando da viagem de Lula aos EUA para entrevista com o Presidente Barack Obama, “foi tomar a benção” primeiro com o Presidente da AFL-CIO, Sweeney. Porquê? Segundo Fernando Tollendal, “o PT e a CUT foram criados sob inspiração norte-americana, para cindir a completa hegemonia que os comunistas antes detinham no movimento sindical brasileiro”.

É de se supor, por conseguinte, que algum comprometimento tenha o Sr. Lula assumido com as diretrizes do FMI, senão como julgar as suas atitudes em harmonia com as ações de FHC durante todo o seu primeiro mandato e só recentemente, em setembro de 2007, com a retirada de 41 blocos da 9ª Rodada da ANP, 26 na área do pré-sal, veio a esboçar uma ligeira reação ao status quo imposto por FHC durante o governo dele. Mas, parou por aí. Veja-se abaixo:

CONCLUSÃO

Em que pese o avanço que representa as modificações do marco regulatório, ora propostas pelo governo, sobre à situação anterior estabelecidas pela Lei 9478/97:

A proposta do governo para o pré-sal, por não prever a retomada total do monopólio estatal, é frustrante”.

Fica difícil situar a posição do presidente Lula no atual contexto, ainda mais quando se leva em conta que ele, como candidato à Presidência, havia prometido instalar a CPI das Privatizações, a qual chegou a ser instalada no seu governo, porém morreu no nascedouro. Não tinha ele uma arma nas mãos? Ameaçar a oposição com a reinstalação da CPI das Privatizações, caso levassem avante a CPI da Petrobrás, quando ainda ideia? E, porque não o fez?

Após a apresentação dos quatro Projetos de Lei, pelo governo atual, contendo as modificações propostas no marco regulatório, e tendo em mente o exposto acima, não é difícil explicar o porque da tentativa (por enquanto) da adoção de:

- O sistema de partilha(?) – o que seria INQUESTIONÁVEL é todo o petróleo para o povo brasileiro

- A continuidade dos leilões da ANP (?);

- A criação da nova estatal – a PETROSAL (?);

- Por que não a restauração da Lei 2004/53, com adaptações, em substituição à Lei 9478/97(?) e,

- Por que não a recondução da Petrobrás (100% estatal, com a recompra das ações) à condição de executora do monopólio estatal(?).

O ideal mesmo teria sido o Contrato de Prestação de Serviços, única e exclusivamente, como bem se houve durante a vigência do monopólio estatal.

La revanche du Sud - Le Monde, 11 de junho de 2008 (trad. A. Pertence):
“ Uma empresa séria procura parceiros, basicamente, por três razões: carência de capital, carência de tecnologia e excesso de risco. A Petrobrás não se enquadra em nenhum dos três casos. Capital não é problema. Os lucros da empresa nos últimos dez anos têm sido astronômicos. Em relação à tecnologia, a Petrobrás, em seu campo, é líder mundial há décadas no desenvolvimento e domínio de tecnologias para exploração e produção em águas profundas e parte agora para mais um salto tecnológico, ao descobrir áreas muito mais promissoras abaixo da camada de sal, na plataforma continental em águas ultraprofundas. Quanto ao risco do negócio, a situação é idêntica. A Petrobrás foi progressivamente criando “expertise” e hoje suas chances de sucesso nesta nova fase são consideráveis. Ainda assim, nas novas descobertas ocorridas, especialmente na Bacia de Santos, tomamos conhecimento que há parceiros do Norte que irão usufruir dos bônus que a parceria com a Petrobrás lhes confere. No caso da exploração e produção de petróleo e gás no mar brasileiro, a regra do jogo vigente é clara em ensinar que empresas na situação da Petrobrás deveriam dispensar taxativamente qualquer oferta de parceria. No entanto, a Petrobrás as tem. Durma-se com um barulho desses!”

O Brasil, em seus quinhentos e nove anos de história, já passou por diversos ciclos de espoliação, começando por aquele que praticamente extinguiu o Pau Brasil, o do ouro, do açúcar, do café e o da borracha e, se bobearmos lá se vai o Pré-Sal. Chega de subserviência. Vamos à luta.

E para concluir, parafraseando o colega da AEPET, Raul Bergmann, do Rio Grande do Sul:
“parece que a única urgência no caso do Pré-Sal é a retomada para a União da propriedade integral do petróleo, garantindo que toda a cadeia produtiva do Setor fique sob controle do Estado Brasileiro, para não acarretar entraves, por interesses particulares, ao Desenvolvimento Sustentável do País”.

REFERÊNCIAS

- O COMPLÔ para aniquilar as Forças Armadas e as nações da Ibero-América (EIR – Executive Intelligence Review, 2ª Edição, março de 2000)

- Os Cabeças-de-Planilha (Luís Nassif – 2ª Edição – Ediouro, 2007)

- Brasil Soberano (Marcos Coimbra, - Ed. Autor, 2009)

- Kissinger Report 2004 – A Retrospective on NSSM-200 (Human Life International)

- A Verdadeira História do Clube Bilderberg (Daniel Estulin, Editorial Planeta, 2005)

- EIR – Memorando Especial: Brasil: Soberania sob Ataque (1989)

- Diversos artigos na Internet de autores diferentes, entre os quais podemos citar:
Adriano Benayon, Carlos I. S. Azambuja, Pedro Porfírio, Gélio Fregapani, Paulo Nogueira Batista, CMI Brasil

João Victor Campos é Diretor Cultural da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras). Artigo publicado no Aepet Direto (www.aepet.org.br) que circula em 28 de setembro.

Transcrito do Blog "Alerta Total", cujo endereço eletrônico está junto ao título do artigo.

sábado, 26 de setembro de 2009



À luz da Constituição, não houve golpe em Honduras


Por Lionel Zaclis

Embora a mídia venha se referindo à substituição do presidente da República de Honduras como um golpe, parece que ninguém, até agora, fez um estudo mais aprofundado dos fatos ali ocorridos à luz da Constituição, e sob a ótica das medidas judiciais levadas a efeito. Pelo menos, ainda não deparei com uma análise mais aprofundada no que tange à aderência daqueles fatos às regras de um Estado de Direito. Trata-se de algo que não tem provocado interesse, seja por parte da mídia, seja por parte dos juristas.

Analisada a questão do ponto de vista jurídico, distante dos interesses político-ideológicos, a conclusão a que se chega é a de que esse pequeno país da América Central tem sido punido por cumprir as normas constitucionais ali imperantes. Se boas ou ruins, é tema que não vem à baila neste momento.

É alarmante o poder da desinformação. Mercê de inversão semântica, característica da novilíngua que se espalha de modo avassalante, está-se conseguindo alterar o significado da expressão “golpe de Estado”, de tal modo a atribuir-lhe sentido oposto ao que lhe é próprio. Sempre se entendeu “golpe de Estado” como tomada do poder governamental pela força e sem a participação do povo, ou o ato pelo qual um governo tenta manter-se no poder, pela força, além do tempo previsto. Agora, contudo, passou a atribuir-se tal denominação ao processo de troca do governante de acordo com a Constituição vigente no país, e realizado com o propósito de preservá-la. Se não há má-fé nessa inversão semântica, tal atitude só pode resultar de ignorância dos fatos efetivamente ocorridos.

De acordo com a Constituição de Honduras, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos (artigo 237), vedada expressamente a reeleição. Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de toda função pública. A Constituição é expressa nesse sentido: “Articulo 239. El ciudadano que haya desempeñado la titularidad del Poder Ejecutivo no podrá ser Presidente o Designado. El que quebrante esta disposición o proponga su reforma, asi como aquellos que lo apoyen directa o indirectamente, cesarán de inmediato em el desempeño de sus respectivos cargos, y quedarán inhabilitados por diez años para el ejercicio de toda función pública”.

Assim, em razão da vacância do cargo de presidente da República, assume seu lugar o presidente do Congresso Nacional, e, na falta deste, o presidente da Corte Suprema de Justiça, sempre pelo tempo que faltar para concluir o período constitucional (art. 242).

É tão grande a preocupação dos hondurenhos em impedir o retorno do caudilhismo que o artigo 42, 5, dispõe a respeito da perda da cidadania por parte daqueles que incitarem, promoverem ou apoiarem o continuísmo ou a reeleição do presidente da República, após prévia sentença condenatória proferida pelo tribunal competente.

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Por outro lado, o fato de em Honduras a deposição do presidente não ser feita por meio de impeachment, tal como no Brasil ou nos EUA, em nada altera a questão, porquanto a questão relevante consiste em verificar se o processo constitucionalmente previsto para tal fim em cada país foi respeitado, até porque cabe a cada país escolher, para o fim de que se trata, a sistemática e o conjunto de normas que melhor se adapte às suas características político-jurídicas.

Precisamos pensar com nossos próprios neurônios e procurarmos a verdade, ainda que isso possa ser cansativo e consumir tempo. Do contrário, os verdadeiros democratas, os que prezam o Estado de Direito, constatarão que será muito tarde “quando a ficha lhes cair”.


Transcrito da página "Consultor Jurídico", onde a íntegra do estudo poderá ser lido:

http://www.conjur.com.br/


O FENÔMENO ITAMAR FRANCO

Aristóteles Drumond

A posição de relevo que Itamar Franco ocupa nas pesquisas feitas em Minas Gerais (fala-se até que, no Brasil, há trabalhos sobre ele, ainda não publicados nem registrados) faz por merecer uma análise e a busca de uma explicação. O fato que surpreende é o de que o ex-presidente da República e ex-governador de Minas não se apresenta como candidato. Tem apenas uma filiação partidária para ficar disponível ou “no banco de reservas”, para usar uma expressão sua em entrevista dada no Rio. Não é candidato, não tem esquema de mídia, está fora do poder há sete anos. Mesmo assim, é lembrado, e bem lembrado.

A explicação quanto a sua personalidade é natural. Itamar é político de reputação ilibada, foi bom senador por dois mandatos, teve boa aceitação como presidente da República. Como governador, infelizmente, não pôde deixar uma marca mais positiva pela surpreendente má vontade do presidente da República que o sucedeu e por sua escolha pessoal. Minas sofreu restrições de evidente inspiração política ao longo de seu mandato. Itamar tem ainda a marca do espírito público, da desambição, como demonstra ao defender ardorosamente a candidatura do governador Aécio Neves, no plano nacional, desde já. Mesmo sabendo que seu capital eleitoral o faria cortejado por qualquer candidato e seu próprio nome poderia ser ventilado. Mas não, fala o que sente, certamente sem consultar o beneficiário de seu apoio.

Quanto à força de seu nome, esta vem do fato justamente da sociedade estar ressentida com a classe política. E a lembrança de Itamar é a do presidente que afastou o amigo que sabia inocente de acusação desleal, para apenas chamá-lo de volta depois de tudo esclarecido. Não protegeu companheiros, embora seja bom amigo. Só não confunde amizade pessoal com interesse público e respeito ao povo.

A democracia e os meios de comunicação social fizeram com que métodos antigos de fazer política fossem efetivamente arquivados. Especialmente no que toca a pleitos majoritários.

O fenômeno de Itamar nas pesquisas e seu desprendimento ao marcar sua posição de que a candidatura Aécio atende não a interesses políticos localizados, mas os mais altos interesses nacionais, mostram que o povo, por vezes, vota mal. No entanto, sempre reconhece os que dignificam o voto e a carreira na política. Aliás, vale registrar que o Partido Progressista (PP) e o Trabalhista Brasileiro (PTB) já se manifestaram com tendência a apoiar o nome do governador de Minas. E são da chamada base aliada do governo Lula.

Minas vive um grande momento, inclusive pelos 20 anos de sua Constituição, feita por uma Assembléia Legislativa que se tornou respeitada pela qualidade de seus membros e presidentes. Isso desde José Augusto, José Santana, Pio Canedo e o atual Alberto Pinto Coelho, que dá dimensão nacional à Casa que preside.

Transcrito da página do Aristóteles Drumond:

http://www.aristotelesdrummond.com.br/

Comento:
O artigo faz justiça ao melhor presidente, após a redemocratização plena do Brasil, que, mercê de suas posições firmes em defesa do interesse nacional, foi sabotado de todas as maneiras possíveis.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009


Zelaya nega comida aos brasileiros na embaixada.

Deu em O Globo:

Abrigados desde segunda-feira na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, simpatizantes do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, recusaram-se a dividir a comida recebida de organismos internacionais com os funcionários brasileiros da representação diplomática. Segundo relatos, as tropas golpistas sitiaram a embaixada e proíbem a entrada de mantimentos. — A ONU mandou alguma comida para a embaixada e quem recebeu foi o pessoal do presidente Zelaya. Como ninguém nos ofereceu comida, fomos pedir a um auxiliar de Zelaya, mas ele disse que a comida era só para eles (hondurenhos) — disse Isabel Cabral, funcionária da embaixada brasileira que mora há 30 anos em Honduras. Até anteontem havia 16 funcionários na embaixada. Doze foram retirados na terça-feira à noite com ajuda da Embaixada dos Estados Unidos, que forneceu pessoal de segurança e um micro-ônibus. Na representação diplomática ficaram apenas o encarregado de negócios, Francisco Catunda, único diplomata brasileiro em Honduras, um técnico em comunicações também brasileiro, um motorista e um mecânico, ambos hondurenhos. As tropas da polícia e do Exército que sitiaram a embaixada desde terça-feira de manhã não permitem o acesso à representação diplomática brasileira. —Tentamos levar comida e algumas vestimentas para o nosso pessoal, que está desde segunda-feira só com a roupa do corpo, mas fomos impedidos de passar — disse Isabel. Segundo ela, o jeito foi mandar um "saquinho" com comida por meio de um vigia. — A empresa de segurança que presta serviços para a embaixada conseguiu autorização para trocar o guarda. Aproveitamos para mandar um saquinho com comida — relatou Isabel.

Transcrito do Blog "Coturno Noturno":

http//: www.coturnonoturno.blogspot.com


Comento:
É inaceitável que o Grupo Globo continue a tratar o governo de Honduras como golpista, especialmente depois da divulgação do estudo do Serviço de Investigação do Congresso Americano, uma agência apolítica, concluindo pela legalidade da destituição do ex-presidente Zelaya. Tudo foi realizado dentro das normas constitucionais de Honduras,que estabelece um arcabouço jurídico muito bem elaborado para dar estabilidade política e tranquilidade social e econômica ao simpático povo hondurenho, evitando históricas atribulações sucessórias promovidas pelas ambições pessoais de caudilhos como o Sr. Zelaya . Hoje, depois de mais de 60 anos de vida, pela vez primeira e de maneira intensa, eu tenho vergonha de ser brasileiro. Estou presenciando coisas inacreditáveis, até o Hino Nacional, dentro de uma casa legislativa, foi desrespeitado, e nada aconteceu, apesar da legislação específica que regula a utilização dos Símbolos Nacionais.





quarta-feira, 23 de setembro de 2009



A Norieguização de Hugo Chávez

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Carlos Alberto Montaner


Começou a reação do “establishment” norteamericano contra Hugo Chávez. Já era a hora. Há quase 11 anos este senhor anda fazendo estripolias na metade do planeta. O tiro de partida foi dado no dia 8 de Setembro por Robert Mortgenthau, Juiz geral de Manhattan, o mais poderoso do país. Na casa dos 90 anos, às vésperas de aposentar-se mas com a cabeça perfeitamente alerta, Mortgenthau escolheu o Brookings Institution de Washington, um influente think-tank ligado ao Partido Democrata, para fazer sua denúncia. Assim as revelações não puderam ser ignoradas pela Casa Branca, nem pelo Congresso, poderes responsáveis pela segurança nacional.

O que disse? Falou das relações da Venezuela com o Irã e do desenvolvimento de armas nucleares entre os dois países, com o objetivo de ameaçar os EUA, como aconteceu com Cuba em 1962 durante a Crise dos Mísseis (soviéticos). Denunciou o sistema bancário venezuelano, convertido em lavanderia de narcodólares e porta de escape para as transações financeiras do Irã que pode assim burlar as restrições impostas por Washington. Destacou a estreita ligação de Hugo Chávez com o Hezbolá e o Hamás, as mais temíveis organizações terroristas islâmicas e com as FARC colombianas. Em fim disse muitas coisas terríveis.

As conseqüências da manifestação de Mortgenthau foram imediatas. Os três grandes jornais diários dos EUA – New York Times, The Washington Post e o Wall Street Journal – publicaram artigos e editoriais em total sintonia com as palavras do Juiz. A televisão, os comentários dos habituais intelectuais e os blogs mais influentes fizeram eco.

Nenhum dos intelectuais em seu perfeito juízo dentro da estrutura de poder dos Estados Unidos, pode ignorar que a Venezuela associada ao Irã e aos terroristas islâmicos, com auxílio da Líbia, Síria, Sudão, as Farc colombianas, constituem um perigo muito sério para a segurança e a tranqüilidade norte americana. Chávez é um tenaz inimigo, simplesmente dedicado a prejudicar os norte americanos em todos os cenários possíveis, o que não deixa de ser irônico porque os EUA compram 80% do petróleo que a Venezuela exporta.

Como agravantes às denúncias de Mortgenthau, acrescentam-se outras três infâmias maiores contra Chavez, que montou uma intriga com o governo francês, associada a interesses econômicos, para que Sarkozy extradite para a Venezuela o terrorista Carlos, o Chacal, preso na França por inúmeros assassinatos.

Simultâneamente, tenta liberar o terrorista Ahmad Vahidi, Ministro da Defesa do Irã de uma ordem de captura que existe por suposta participação no atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), uma carnificina que em Julho de 1994 resultou em 85 mortos e 300 feridos em Buenos Aires. Por último, a oposição venezuelana denunciou que a fábrica de bicicletas do Irã, no estado de Cojedes é, na realidade, um centro de formação de terroristas que acolhe membros das FARC colombianas para familiarizar-se com explosivos, semelhantes aos que são utilizados no Iraque e no Afeganistão.

Chávez, esta se tornando um Noriega do século XXI.

Manoel Antonio Noriega foi um narcotraficante ditador do Panamá, ex colaborador da CIA, que estabeleceu fortes laços com Cuba e com os cartéis colombianos, alugando o território do pais como pista intermediária para o tráfico de cocaína para os Estados Unidos e abrindo o sistema bancário para lavar os dólares, enquanto acossava os militares norte americanos que ocupavam bases militares situadas na zona do Canal do Panamá.

Depois de muita vacilação, a administração do presidente George Bush (pai), dividida sobre o tipo de resposta que os EUA deveriam dar, ordenou a invasão que começou no dia 19 de Dezembro de 1989 e foi concluída com êxito um dia depois. Os governos latino-americanos protestaram de modo tímido. Ninguém queria estar ao lado de um ditador narcotraficante desacreditado. A imensa maioria dos panamenhos apoiou o fato. Será que esta velha história vai repetir-se?

É difícil. Invadir a Venezuela não parece uma opção inteligente no momento em que se estuda a retirada das tropas do Iraque e, possivelmente do Afeganistão. Mas é provável que um setor importante do governo norte americano já esteja sugerindo ao presidente Obama, para tomar medidas que desalojem do poder este perigoso inimigo da democracia, antes que o tumor se torne canceroso. Certamente George Bush não gostava da idéia de invadir o Panamá. Foi uma decisão incômoda que se tornou inevitável.

Carlos Alberto Montaner, Jornalista e Escritor cubano, é co-autor do livro Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano. Fonte: “El Diário Exterior”. Tradução: A. Montenegro

Transcrito do Blog "AlertaTotal".


Comento:
Não podia deixar de transcrever o artigo e ajudar na divulgação de importantes fatos, sonegados pela grande mídia. Situações bizarras estão acontecendo a revelia das leis, da ética, de princípios consagrados internacionalmente, da desejavel postura das autoridades, sem causar a menor reação da imprensa e, consequentemente, do povo. Estamos assistindo, com poucas exceções, um comportamento amadorístico das nossas autoridades em diversas e graves oportunidades. O Pais está sendo exposto ao ridículo seguidamente, sendo usado como instrumento para atingir objetivos pessoais, partidários e ideológicos. Isto é inaceitável. Demissão sumária dos incompetentes.








Os macunaímas sociopatas.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Arlindo Montenegro

A consciência da gente tende a ser presunçosa. Vamos fixando certezas pela vida afora. As certezas impedem a visão e atuam como bengalas para firmar a postura nos surpreendentes caminhos da vida. Certezas geram a intolerância e o vício de pensar e fazer do mesmo jeito restrito, para os mesmos resultados. Certeza é que nem cachimbo, deixa a boca torta. É cabresto para conduzir teimosos que prezam a liberdade.

As certezas prejudicam o questionamento científico, as dúvidas, as buscas inovadoras, e tendem a protelar as decisões significativas, carregando uma espécie de conformismo: “deixa como está...” – um afago na estrutura de inércia mental que empobrece e limita o espírito e paralisa a ação.

Os brasileiros, diferentes dos brasilianos, estão intoxicados de certezas postas pelos governantes que não param de buzinar maravilhas, utilizando as mais avançadas técnicas da propaganda, para emprenhar pelos ouvidos e pelos olhos gerações inteiras de conformistas.

São as certezas sobre promessas que parecem novas, mas estão na pauta dos governantes desde o tempo em que a galinha tinha dentes. Atualmente nos deparamos com a certeza de que “o petróleo é nosso!” Duvi dê o dó! Tanto quanto a GM, a Monsanto ou a Coca Cola, a Petro é uma empresa transnacional, que garimpa lucros e resultados em qualquer parte, empregando mão de obra e fornecedores globais economicamente competitivos.

Com certeza tem uma caixa preta de poder econômico disponível para desvios no interesse dos governantes. Mas a tal CPI que muitos tinham certeza, revelaria muitas falcatruas foi devidamente engavetada por “nossos” representantes. No mesmo caminho de outras CPIs que muitos tinham certeza iriam revelar como é gasto o dinheiro dos impostos: aquela das ONGs que não prestam contas, a dos Medicamentos e outras tantas.

As certezas de que “somos os melhores e maiores” só parecem resistir diante do samba rebolado e do futebol. Mas uma certeza se agiganta cada vez que os pesquisadores competentes e livres enriquecem o estudo sobre os sociopatas ou psicopatas. A Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva nos adverte sobre esta condição humana de parasitas que parecem, carismáticos, ativos, simpáticos, bem falantes, convincentes, camelôs da chantagem emocional, perfeccionistas da mentira...

Vivem entre nós e os mais espertos tornaram-se profissionais da política, campo aberto para o “poder, status e diversão”. Como sociopatas podem ser definidos todos os revolucionários que subtraem a liberdade das pessoas para escolher suas crenças e decidir sobre suas vidas. Os sociopatas agem como se fossem deuses e senhores das vontades dos homens, prometendo mudar o mundo. Basta que paguemos os impostos... impostos por eles!

Uma certeza fica: “nossos” representantes não representam a nossa vontade e não nos dão escolha: apresentam sempre os mesmos candidatos carimbados, muitos denunciados, nunca condenados por desvios, roubos, falcatruas e até homicídio e tráfico de drogas. As maquininhas de votar garantem a eleição dos pré eleitos por decisões secretas dos profissionais políticos no poder.

Um dos muitos quixotes blogueiros, www.cavaleirodotemplo.blogspot.com que atua com responsabilidade na busca da compreensão dos homens e da vida nacional postou matéria divulgando o trabalho diferenciado da Dra. Ana Beatriz Barbosa da Silva, com links para entrevistas e recomendação de um livro: “Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado”, cuja temática nos leva a perceber melhor como os psicopatas usurparam os postos de poder político nesta nação.

Em síntese, a cientista nos mostra como os “psicopatas são frios, calculistas, insensíveis, inescrupulosos, transgressores de regras sociais e absolutamente livres de constrangimentos ou julgamentos morais internos. Eles são capazes de passar por cima de qualquer pessoa apenas para satisfazer seus próprios interesses.”

“Mas ao contrário do que pensamos, não são loucos, nem mesmo apresentam qualquer tipo de desorientação. Eles sabem exatamente o que estão fazendo. Mentes Perigosas nos mostra em linguagem fluida e acessível quem são estas pessoas que vivem entre nós, se parecem fisicamente conosco, mas definitivamente não são como nós.”

Pior, todas as instituições e principalmente as escolas foram tomadas por professores que seguem a orientação de sociopatas fanáticos do petismo marxista que, deliberadamente, seguindo a bíblia revolucionária, formam gerações de desmiolados, os futuros militantes da causa ateísta que despreza todos os valores espirituais.

Fanáticos são sociopatas, Planejadores sociais seguidores de Rousseau, Marx, Lênin, Stalin, Castro são sociopatas. Políticos brasileiros, salvas raras exceções, são sociopatas. E como não existe um atestado médico para os candidatos, vamos “eleger” como representantes, velhos e novos macunaímas sociopatas, escolhidos e vendidos como bons moços pela máquina de propaganda dos governantes. Legitimá-los fica por conta das maquininhas viciadas.

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Transcrito do Blog "Alerta Total":
http://www.alertatotal.net/

Comento:
O único comentário possível, na minha humilde opinião, é elogiar o texto e, diante dos fatos, apreensivamente concordar.

domingo, 20 de setembro de 2009


PALESTRA DO GEN. HELENO EM SÃO PAULO.


Meus Camaradas,
Alguns de vocês pediram-me para relatar sobre a palestra do General Heleno, na manhã de hoje, no Círcolo Italiano, no edifício Itália, promovido pelas potências maçônicas de São Paulo. O auditório estava repleto e seletivo. A grande maioria dos presentes foi composta por líderes maçons, alguns Oficiais da Reserva, o Delegado da ADESG/SP.
General Heleno, em uniforme de campanha, quebrou o protocolo. Diante dos aplausos que não terminaram, ele disse que poderia ir embora, por nada mais a ter que falar.
General Heleno disse que o encontro não seria uma palestra mas uma conversa, tipo bate-papo; que assumia para si toda a responsabilidade pelo que iria dizer; que não faria críticas às autoridades, sim às Instituições; que, sua fala não teria caráter político. A bem da verdade, o general deu a entender que permanecerá na ativa, no período que lhe resta - um ano e três meses, totalmente dedicados ao Exército. Esta foi uma elegante resposta para neutralizar rumores sobre sua candidatura à Presidência da República.
Sobre a região da Amazônia, passou aos presentes uma visão atual dos 11.000 Km de fronteira, com seus antagonismos e óbices, inerentes às subregiões. Falou sobre o esforço do Exército e o cenário futuro , mergulhado no improviso das nações, sob a égide de que "tudo pode acontecer".
Ao final, cumprimentei o General Heleno, sempre atencioso e cortês. Imediatamente, após minha saída, fui solitariamente tomar meu café expresso e me pus a pensar:
1. General Heleno sabe perfeitamente que sua candidatura enfrentaria forte e terrível fogo de barragem dos inimigos, atuais detentores do Poder que têm dinheiro e o Estado aparelhado, sob controle.
2. As elites empresariais e financeiras dão mostras de ampla satisfação e regozijo, em face do atendimento dos seus interesses.
3. A massa (povo) está inerte, porque dopada com as benesses do bolsa família, acompanhada de futebol, carnaval e muito pagode.
4. General Heleno, no Poder, seria o nosso Charles De Gaule que, praticamente foi tirado de sua casa para salvar a França. General Heleno tem caráter, honra e honestidade. É militar de puro sangue que não vende sua alma e não conjuga o verbo trair.
5. Concluo que, neste período de incertezas, é estratégico tê-lo no Exército porque, este velho analista, não esquece de duas importantes frases:
  • " Nada é o que parece "
  • " Tudo pode acontecer, como nada pode acontecer"
Recebido por e-mail. Texto escrito por um colega esguiano.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009



Exército vai herdar palacete no Rio


Viúva de Brando Barbosa doou casa do século 18 com acervo que inclui preciosidades de todo o mundo

Clarissa Thomé

A mansão Brando Barbosa e todo o acervo de tapetes persas, prataria inglesa e portuguesa, porcelana chinesa, opalinas e santos barrocos amealhado pelo banqueiro Jorge Brando Barbosa, já falecido, foram doados ao Exército pela socialite Odaléa Brando Barbosa, de 80 anos. O desejo de Odaléa é de que o casarão seja preservado e aberto à visitação pública, depois de sua morte, a exemplo do que foi feito pelo governo do Estado da Bahia com o Museu Costa Pinto.

Enquanto viver, Odaléa permanece morando na mansão, restaurada por ela e pelo marido, que abriga a coleção de objetos de arte que o casal levou mais de 50 anos para reunir. "Não tivemos filhos, não tenho herdeiros. E jamais teria coragem de vender a casa, que testemunhou o meu amor e de Jorginho. Minha alma não iria se salvar."

A história do casal começou em 1945. Ela tinha 15 anos, estava pronta para uma festa e foi obrigada pela mãe a levar a cachorrinha Susy para passear. Brando Barbosa passou no Lincoln conversível e não resistiu à beleza de Odaléa. Casaram-se no ano seguinte e foram para Nova York, onde o empresário buscava contratos de representação comercial. "Ele amava a arte. Em vez de comprar roupas, visitávamos os antiquários da 3ª Avenida", conta. E assim fizeram mundo afora. Em 1964, o casal comprou a casa, sede de uma fazenda do século 18, no Jardim Botânico, zona sul do Rio, que ocupa um terreno de 12 mil m². Foram seis anos de restauro e o imóvel acabou tombado pelo patrimônio estadual.

Em cada cômodo, sobre cada mesa, aparador ou prateleira, se espalham milhares de objetos de arte - cristais de Murano, paliteiros de prata, taças, louças francesas e inglesas, obras de Aleijadinho, gravuras de Margaret Mee, objetos sacros. Brando Barbosa fez curso de restaurador e recuperava algumas peças, numa oficina de marcenaria que mantinha num dos pavilhões. Em 2000, quando o banqueiro começava a se retirar dos negócios, criou o Instituto de Arte J. Brando Barbosa. Queria abrir uma escola de restauro na própria casa, para profissionalizar jovens carentes. Um enfarte fulminante interrompeu os planos.

Odaléa não teve coragem de levar adiante o projeto do marido. "Infelizmente, não dá para receber pessoas estranhas em casa hoje em dia." Mas quer que o legado de Brando Barbosa chegue ao público.

NOVELAS

A fachada da mansão e a piscina já apareceram em quatro novelas da Globo - em Cama de Gato, que estreia em outubro, será a casa do perfumista Gustavo, interpretado por Marcos Palmeira. Também está em andamento um livro de fotografias, com imagens do acervo e a história do casal. E, por fim, o museu - o projeto mais ambicioso. "Tudo o que eu quero é que a casa seja preservada depois que me for. Meu sogro era militar, meu marido foi aluno do Colégio Militar e paraninfo da primeira turma de meninas. Um amigo, o general Licínio Nunes de Miranda Filho, foi o padrinho da doação", conta Odaléa, condecorada no dia 22 com a medalha do Pacificador.


Transcrito da Resenha CCOMSEx:

http://www.exercito.gov.br/Resenha/homepage.htm



terça-feira, 15 de setembro de 2009

Acordo militar Brasil - França.



E-mail enviado para o Ricardo Boechat, pelo Major Brigadeiro do Ar Renato Claudio Costa Pereira, Ex- Secretário Geral da OACI (Organização da Aviação Civil Internacional) Vale perder um tempinho para ler e entender um pouco mais sobre o reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras, numa conta total que deve chegar próximo dos 50 BILHÕES!!!


Meu caro Boechat,

Espero que você dê a este meu comentário a mesma atenção com que escutamos o seu comentário no seu muito bom programa todas as manhãs.

Concordo quase sempre com sua visão neste controvertido quadro político em que vivemos, onde as agendas pessoais estão sempre à frente do interesse nacional, ou por pura e simples corrupção ou por projetos de “grupos de interesse” para beneficio próprio.

O Professor Darcy Bessone sempre me dizia que nunca existiu essa figura que chamam de “povo”, mas sim, e apenas, existem esses grupos mais ou menos instrumentados para atingir seus objetivos, ainda que em detrimento de toda uma nação e do seu futuro.

Nesse caso, que podemos batizar de “Contrato Sarkozy/Lula” existem inúmeros e importantes detalhes que nós, bem como toda a população brasileira e francesa não conhecemos suficientemente.

Não se trata apenas de prover recursos orçamentários a um contrato já realizado que, pelo seu valor financeiro, compromete todo um futuro e talvez duas gerações de brasileiros, muitos ainda nem nascidos.

Primeiro, as razões alegadas para tal necessidade são muito nebulosas e, no mínimo, muito estranhas.

“Defender” a Amazônia contra o que? Tráfico de drogas? Ocupação ilegal? Ações militares inimigas?

Tudo isso as nossas Forças Armadas junto com as Forças Policiais e o Ministério Público já o fazem, e pelo visto, satisfatoriamente.

Queiram ou não, só existe, historicamente, uma maneira de defender um território, ou seja, uma ocupação dentro da lei. Quanto mais ocupado mais protegido estará, porque a gente ali instalada defenderá o que é seu, em nome da nação e pressionando governos a ajudá-los nessa tarefa. Foi assim que aconteceu na expansão americana para os territórios do oeste, foi assim com Plácido de Castro na defesa do nosso território do Acre. Se quisermos defender e proteger a Amazônia então, ocupemos a Amazônia, dentro da lei brasileira antes que estrangeiros o façam dentro das suas leis.

Para a defesa da Amazônia não precisamos nem de submarinos nucleares nem de aviões de última geração . Afinal, quem são esses terríveis inimigos que pretendem atacar aquela região? Se é que eles existem, pode ter certeza que irão devagar ocupando a área e se estabelecendo lá, como os Americanos fizeram com o Texas no fim do século 19. Nesse particular, as ONGs são a estratégia, mas para elas basta a lei brasileira e a Policia, desde que apoiadas por “vontade política”.

É claro que todos vão ter de cumprir a lei, os governos também!

Outro dos motivos alegados para esta corrida armamentista é a defesa e a proteção do famoso “Pré-sal”, senão vejamos:

Primeiro anunciaram a descoberta de jazidas imensas de petróleo. Calcularam a partir do que ainda é misterioso, não só a quantidade de óleo como também “o preço com o qual ele vai ser comercializado”, não sabe Deus quando e com que custo para trazê-lo à superfície. É consenso que ainda que a Petrobrás seja uma das empresas que tem maior experiência em explorar poços profundos, nessa profundidade e “depois” da camada de sal ela é tão inexperiente quanto todas as demais petroleiras conhecidas. Será preciso trabalhar muito e aprender muito ainda. Tudo isso traz consensualmente entre experts internacionais, um prazo de 15 a 20 anos para possibilitar uma exploração tecnicamente viável, apesar de um imenso desconhecimento das condições de viabilidade econômica. Note-se que ainda não existem provas sobre a real quantidade de óleo “esperando” lá em baixo.

Convém refletir que combustível fóssil é poluente por natureza, e com as pressões dos movimentos ecológicos, a tendência é a sua substituição gradual para limpar a atmosfera e retardar o aquecimento global.

As Forças Armadas, especialmente Força Aérea e Marinha de Guerra, receberam esta tarefa a cumprir. Milhares de quilômetros quadrados de mar, onde “se confirmada” a possível exploração dessa “riqueza”, haverá ação militar de inimigos que nos atacarão em guerra total e aberta, para conquistá-la.

Mais uma vez, quem serão estes “piratas” modernos equipados com marinha de guerra e força aérea, equipadas com aeronaves no estado da arte, navios de superfície e submarinos nucleares, equipadas e treinadas na utilização eficiente e eficaz do armamento mais moderno e sofisticado existente no mundo?

Se por acaso tememos uma invasão em grande escala, perpetrada por uma grande potencia nuclear deste, ou de outro planeta, então, esses aviões e esses submarinos servirão tanto quanto serviram o formidável aparelho militar do ditador do Iraque por duas ocasiões em passado recente.

Sempre achei muito engraçado o “temor” do ditador da Venezuela de que a utilização compartilhada de algumas bases militares Colombianas por forças colombianas e americanas fossem utilizadas para um “ataque” à Venezuela. A tecnologia e o treinamento demonstrados pelas forças americanas no Iraque, deixaram bem claro para todo o planeta que eles poderão “atacar”, se necessário, qualquer ponto da Terra, com máxima força e com mínima perda, a partir das suas bases nos Estados Unidos.

Ainda bem que hoje temos um grande americano como líder dessa capacidade tecnológica e militar!

Precisamos, sim, de uma aeronave capaz de manter nossa Força Aérea capacitada e seu pessoal treinado, e pronto para qualquer sacrifício pela pátria. O mesmo serve à nossa Marinha de Guerra e nosso Exercito, a mais democrática de todas as nossas organizações.

Sim precisamos de aviões de combate, navios de guerra e até tanques e canhões, mas temos de ser muito cuidadosos com o custo a ser imposto a nação brasileira. Nossas forças armadas estudam cuidadosamente e com profissionalismo nossas hipóteses de conflito, e buscam, até mesmo, sem o apoio político, estarem preparadas para essas eventualidades.

Neste contrato “Sarkosy/Lula” ninguém adiantou o ponto mais importante.

E as “armas” com que estes aviões submarinos e helicópteros irão utilizar? Estarão lá, como parte do contrato?

Que armas (canhões, mísseis, torpedos, metralhadoras, bombas, balas, etc...) estarão lá usufruindo dessa “transferência de tecnologia” e em quantidade suficiente para treinamento e reservas de guerra?

Quais os prazos para recebimento dessa tecnologia transferida? Quais as empresas brasileiras que receberão essa tecnologia? Quais as clausulas práticas para comercialização? Qual o envolvimento das nossas universidades, do IME ou do CTA? Etc, etc, etc...

Uma máquina de guerra sem armas serve apenas para enfeite e diversão. Armas são caras e exigem reposição imediata para a manutenção da capacidade militar. Mísseis e bombas, por exemplo, mesmo nas prateleiras dos depósitos envelhecem e perdem capacidade de ação, exigindo manutenção permanente, cuidadosa e cara. Na verdade elas deveriam ser produzidas por nós aqui, depois de termos recebido a tecnologia, incorporado essa capacitação à nossa engenharia e ao nosso parque industrial,com prazos e ações muito bem detalhados. Como este acordo/contrato prevê tudo isso?

Ninguém sabe meu caro Boechat!

É constrangedor presenciar nossas Forças Armadas servirem de “banquinho” de campanha eleitoral.

É perigoso perceber que as decisões estão passando ao largo do conhecimento e da razão.

Muita gente tem de explicar direitinho a todos nós o que é isso e o que se pretende afinal.

Finalmente, gostaria de relembrar que as Forças Armadas tem, e devem ter, poder militar, mas sempre utilizá-lo dentro da lei, da ordem e para servir e proteger toda esta nação.

Estarei sempre às ordens para esclarecer qualquer ponto que porventura você queira melhor entender.

Maj Brig do Ar Renato Claudio Costa Pereira


Recebido por e-mail.

sábado, 12 de setembro de 2009



COMISSÕES / Ciência e Tecnologia

09/09/2009 - 14h14
General nega que Brasil participe de corrida armamentista
[Foto: Dois dias depois do anúncio pelo governo brasileiro da compra de quatro submarinos e do início das negociações para a aquisição de 36 caças franceses Rafale, o chefe do Departamento de Ciência e]

Dois dias depois do anúncio pelo governo brasileiro da compra de quatro submarinos e do início das negociações para a aquisição de 36 caças franceses Rafale, o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Augusto Heleno, negou que o país esteja envolvido em uma suposta corrida armamentista na América do Sul.

- Não participamos de nenhuma corrida armamentista. O que se busca é uma expressão de poder militar compatível com a expressão estratégica do país - disse Heleno durante audiência pública promovida nesta quarta-feira (9) pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Em sua exposição aos senadores, o general disse que o Brasil tem se tornado cada vez mais relevante no cenário internacional. Ele observou que apenas quatro países - Rússia, Estados Unidos, China e o próprio Brasil - contam, ao mesmo tempo, com área superior a quatro milhões de quilômetros quadrados, população superior a 100 milhões de habitantes e Produto Interno Bruto (PIB) maior que US$ 400 bilhões.

A expressão do poder militar do país, recordou Heleno, está ligada a seu poder tecnológico. A partir da II Guerra Mundial, observou, a capacidade científica e tecnológica de um país passou a ser determinante para seu poder político, econômico e militar. E nos países mais desenvolvidos, acrescentou, o Estado "joga seu poder" na construção de um grande parque científico e tecnológico.

Segundo o general, o Exército brasileiro ainda conta com recursos relativamente modestos para o desenvolvimento científico e tecnológico. Neste ano, exemplificou, serão liberados para o setor cerca de R$ 80,2 milhões - ou, como comparou em tom de brincadeira, o equivalente a metade do passe do jogador de futebol Kaká. Mesmo assim, afirmou, os resultados já começam a aparecer.

Assim como a Marinha priorizou o investimento na área nuclear e a Aeronáutica aposta na pesquisa espacial, comparou o general, o Exército tem dado prioridade à chamada guerra cibernética. Ele apresentou aos senadores vídeos sobre a utilização de sabotagem de redes de computadores como um instrumento de guerra, como na Geórgia, e informou que já ocorreram milhares de tentativas de ingresso no sistema de pagamentos do Exército.

- Ninguém é capaz de se tornar invulnerável, mas temos que criar uma estratégia de proteção contra a guerra cibernética - afirmou Heleno, citando entre possíveis alvos a serem protegidos bancos, usinas elétricas e empresas de telefonia.

O general citou pesquisas em andamento que poderão beneficiar tanto a aplicação militar como o uso civil. Entre elas, as destinadas à produção de biodiesel na Amazônia e de fibra de carbono, necessária inclusive à exploração de petróleo. Mencionou ainda um grande esforço que vem sendo feito pelo Exército para mapear a Amazônia, com base em novos equipamentos que conseguem "ver" a floresta por baixo das árvores.

Os primeiros resultados da pesquisa, relatou, indicam que a Amazônia é muito menos plana do que se supunha. Até 2011, anunciou, o novo mapeamento alcançará toda a região. Heleno anunciou ainda o projeto de construção, em Campinas (SP), do Centro Tecnológico do Exército, que deverá contar com uma parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp).

Marcos Magalhães / Agência Senado

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(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Transcrito da Agência Senado.