FALTA ORDEM
Aristoteles Drummond, jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro
É estranha a alegria com que alguns setores estão saudando, e não condenando, a baderna generalizada no mundo em que vivemos. Mesmo nos casos justificáveis, como as manifestações pela derrubada de regimes totalitários e corruptos, a mudança tem de obedecer a um mínimo de ordem, como foi no Egito, graças a seus militares.
No entanto, a Europa, berço da civilização ocidental e da cultura que temos, não pode reagir de forma violenta às reformas necessárias para corrigir a irresponsabilidade dos governos de esquerda, que, afinal, foram eleitos pela maioria destas mesmas pessoas. Um país é uma família grande, que só pode e deve gastar e distribuir o que tem. Senão, atola-se em dívidas, como acontece com o cidadão comum. Esta é a melhor explicação para a crise, que foi provocada pelos custos com mão de obra e inchaço dos estados. Especialmente nas prefeituras, muitas com casos de desperdício, corrupção e empreguismo.
Para sair do buraco, Portugal e demais países, inclusive a supercivilizada Inglaterra, precisam de austeridade, de retomar o crescimento em novas bases, mas, sobretudo de muita ordem. Com baderna não se chega a lugar algum. Uma pausa na irresponsabilidade seria bem-vinda.
E aqui, não podemos ir pelo mesmo caminho. A baderna nas usinas de Rondônia, no porto no norte fluminense, as invasões do MST merecem ação policial rigorosa. Afinal basta a impunidade dos que quebraram a Câmara dos Deputados, e tudo ficou por isso mesmo.
O Brasil sabe que segurança anda de mãos dadas com desenvolvimento. Vamos ter juízo!
Transcrito da página do jornalista Aristóteles Drummond:
http://www.aristotelesdrummond.com.br/
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