quinta-feira, 1 de abril de 2010


EM POLÍTICA, O ÓDIO PREJUDICA QUEM ODEIA!

Trechos da coluna de Mariano Grondona, no La Nacion (28).

1. Emanuel Kant observou que algumas paixões são tão destrutivas que "sempre" são prejudiciais e não suportam, portanto, nenhum "meio termo". Este é o caso do ódio porque, seja grande ou pequeno, sempre prejudica tanto ao odiado como ao odiador. Desde a intolerância até a vingança e o ressentimento, o ódio é executado através de diversos canais. De acordo com Kant, o ódio é condenável de qualquer ponto de vista.

2. A sabedoria de Perón e de Balbín teve seus seguidores a partir de Alfonsín, quando duas leis da união, como a do ponto final e da obediência devida, foram arrematadas mais tarde nos indultos, referendando deste modo à lição de união que em outros povos conduziu a iniciativas superadoras como os Pactos de Moncloa, na Espanha e as leis de anistia no Uruguai, que o ex-tupamaro José Mujica vem aprovando.

3. Tudo isto até que Néstor Kirchner replantou imprevisivelmente em 2003 a semente do ódio que supúnhamos estar erradicado e cuja mais recente manifestação foi o ato da Praça de Maio, quando a mulher de Kirchner presidiu uma série de lembranças que acabariam no discurso incendiário de Hebe de Bonfadini. A pergunta é válida porque antes de 2003 o governador Kirchner havia se destacado por suas excelentes relações com os militares, aos quais depois procuraria destruir, e por seus exorbitantes elogios ao presidente Menem, a quem iria demonizar.

4. Uma inquietante pergunta: não temos sido, ao longo da nossa história, uma nação de “odiadores” no meio da qual o “sectarismo", ou seja, a adesão a uma parte, como se ela fosse o todo, nos impediu cada vez mais de provar os frutos da unidade, cuja chave é que cada setor reconheça a si mesmo, igual a seu "inimigo" transformado em "adversário", como a "parte” de um "todo" universal e não como uma parte que pretende ser um "tudo separado?.

Transcrito do Ex-Blog do César Maia.

Comento:
O ódio é a arma dos incompetentes, com ele se oculta o fracasso, o desgoverno, a falta de capacidade administrativa, de planejamento e, muitas vezes, de vergonha. Pronunciamentos incendiários e iniciativas carregadas de puro ódio revelam desespero, são a constatação de que o discurso vazio e ideológico não produz riquezas, não melhora as condições de vida da população.


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