segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MALÍCIA, IRRESPONSABILIDADE E INGENUIDADE

Em "Pombas e gaviões" aduzi, já na capa, o alerta que caracteriza os dez textos que nele se contêm: os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal intencionados. É uma preocupação que os últimos anos vieram acrescentar às que eu já tinha em relação ao futuro de nosso país. Com efeito, considero coisa certa, provada pelos fatos, que a única tese efetivamente abandonada pela esquerda para tomada do poder é a tese da luta armada. O camarada Gramsci acendeu um farol sobre a formação da hegemonia como estratégia alternativa e mais eficiente (anote aí à margem: fazer do ENEM porta única para entrada da universidade é parte disso).

O Senado Federal aprovou, como se previa, a criação da tal Comissão da Verdade. Haverá prova mais contundente de que usam e abusam da ingenuidade alheia? E de que a encontram, no parlamento brasileiro, em quantidade suficiente para aprovar uma coisa dessas?

A ideia original de Lula e dos seus era bem outra. Era abortar a anistia ainda em 1979. O jornalista José Nêumanne (autor do livro "O que sei de Lula"), em entrevista ao jornal O Globo no dia 29 de agosto passado, contou ter sido procurado, entre 1978 e 1979, pelo então presidente da Arena, Cláudio Lembo, para cumprir uma missão solicitada pelo general Golbery do Couto e Silva. Golbery queria apoio de Lula para a volta dos exilados. A reunião, testemunhada pelo jornalista, ocorreu num sítio. Qual a resposta de Lula? “Doutor Cláudio, fala para o general que eu não entro nessa porque eu quero que esses caras se danem. Os caras estão lá tomando vinho e vêm para cá mandar em nós?…”. O elevado critério moral de Lula não prevaleceu, a anistia aconteceu em 1979 e foi constitucionalizada em 1988.

Leia o texto completo em:
http://www.puggina.org/

Comento;
O excelente texto, que pode ser conferido integralmente no blog do autor, faz um alerta sobre as medidas impositivas e arbitrárias que estão sendo tomadas por uma minoria politicamente dominante, controladora dos poderes da república, sem que o povo preocupado com seu quotidiano, cada vez mais difícil, perceba os seus valores serem aniquilados à revelia da sua vontade. Medidas são adotadas, contrariando a orientação política, ou mesmo ideológica, da grande maioria do povo. Na realidade, vivemos uma ditadura virtual, caminhando para uma ditadura real através de um "garrote" jurídico, que está tornando o viver, neste país, insuportável. Até o humor do brasileiro está sendo monitorado pelo aparato estatal.





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