segunda-feira, 25 de junho de 2012




NOSSO SIM ÀS MENSAGENS PSICOGRAFADAS E, IGUALMENTE, ÀS INSPIRADAS.

José Reis Chaves
 
Nos meios cristãos não espíritas, reina muita confusão entre inspiração, intuição e psicografia. Intuição e inspiração são praticamente palavras sinônimas. Elas e a psicografia provêm de espíritos do bem ou do mal (1 João 4: 1), através de pessoas médiuns ou dotadas de dons espirituais. (1 Coríntios 12:10). Não do Espírito Santo, que boa parte dos cristãos considera como sendo outro Deus, quando Ele, pelos textos bíblicos originais, é uma espécie de coletivo dos espíritos humanos. “Nós somos templos dum espírito santo” (e não do Espírito Santo). Essa é uma das mais escandalosas alterações da Bíblia. (Para saber mais, recomendo meu livro “A Face Oculta das Religiões”).
Alguns autores das mensagens bíblicas as escreveram por meio de informações. (Lucas 1: 1-4). Outros as escreveram por inspiração ou intuição e por psicografia, principalmente os profetas, que, como disse Kardec, são os médiuns bíblicos. Muito bem afirmou o saudoso escritor e pastor presbiteriano Neemias Marien que a Bíblia é um manual de psicografia do princípio ao fim. E muitos padres e bispos são espíritas por terem descoberto que são médiuns, mas continuam padres e bispos por conselhos dos seus mentores espirituais.
Vamos ver alguns exemplos de escritas de psicografia, que nem sempre são espíritas. Na mecânica, o médium fica inconsciente. Na semimecânica, ele vai tomando conhecimento do que está escrevendo. E há o psicógrafo intuitivo. Exemplo: um escritor escreve seus textos normalmente, mas de repente, vem uma ideia brilhante com a qual ele não contava e que enriquece o que o escreve. A intuição e a inspiração são muito comuns entre os escritores, poetas, filósofos, teólogos, músicos, pintores, oradores, cientistas e inventores. Daí que a maioria deles é espírita. E há psicógrafos que escrevem simultaneamente dois textos diferentes e em línguas também diferentes, um com a mão direita e outro com a esquerda e ainda também fala, simultaneamente, sobre outro assunto diferente dos que está escrevendo. Nesses casos, há três espíritos se manifestando ao mesmo tempo. Um exemplo desse fenômeno é o médium Willian Strend. Há também os médiuns analfabetos psicógrafos e psicofônicos (em que o espírito não escreve, mas fala). Izoldino Resende, de Santa Luzia (MG), é um grande médium psicofônico analfabeto e que é autor de vários livros psicofonados, entre eles o best-seller “Planeta Terra em Transição”. E existe a pneumatografia ou escrita direta, quando o espírito não usa a mão do médium, mas faz a escrita aparecer. Na Bíblia, temos um exemplo, em que aparecem uns dedos de mão humana escrevendo numa parede do palácio do rei Belsazar. (Daniel 5: 5).
Muitos cristãos chamam as mensagens mediúnicas de locuções interiores, ou seja, do próprio indivíduo. O espiritismo chama esse fenômeno de animismo. Mas o que sai do indivíduo, é porque nele está, e se nele está, é porque nele entrou. Ademais, são muitos os exemplos que a ciência mostra que não provêm mesmo do médium.
De fato há as mensagens psicografadas, psicofônicas e inspiradas ou intuitivas, inclusive na Bíblia, as quais procedem de espíritos, mas não do Espírito de Deus! E, embora eu respeite quem pensa diferente de mim, é superstição e muita presunção sustentar que uma comunicação mediúnica ou espiritual procede diretamente do próprio Espírito de Deus!

 
PS:
Entrevista minha e outras com áudio e imagem, em www.espiritismobh.com.br

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