NOSSO SIM ÀS MENSAGENS
PSICOGRAFADAS E, IGUALMENTE, ÀS INSPIRADAS.
José Reis Chaves
Nos
meios cristãos não espíritas, reina muita confusão entre
inspiração, intuição e psicografia. Intuição e inspiração são
praticamente palavras sinônimas. Elas e a psicografia provêm de
espíritos do bem ou do mal (1 João 4: 1), através de pessoas
médiuns ou dotadas de dons espirituais. (1 Coríntios 12:10). Não
do Espírito Santo, que boa parte dos cristãos considera como sendo
outro Deus, quando Ele, pelos textos bíblicos originais, é uma
espécie de coletivo dos espíritos humanos. “Nós somos templos
dum espírito santo” (e não do Espírito Santo). Essa é uma das
mais escandalosas alterações da Bíblia. (Para saber mais,
recomendo meu livro “A Face Oculta das Religiões”).
Alguns
autores das mensagens bíblicas as escreveram por meio de
informações. (Lucas 1: 1-4). Outros as escreveram por inspiração
ou intuição e por psicografia, principalmente os profetas, que,
como disse Kardec, são os médiuns bíblicos. Muito bem afirmou o
saudoso escritor e pastor presbiteriano Neemias Marien que a Bíblia
é um manual de psicografia do princípio ao fim. E muitos padres e
bispos são espíritas por terem descoberto que são médiuns, mas
continuam padres e bispos por conselhos dos seus mentores
espirituais.
Vamos
ver alguns exemplos de escritas de psicografia, que nem sempre são
espíritas. Na mecânica, o médium fica inconsciente. Na
semimecânica, ele vai tomando conhecimento do que está escrevendo.
E há o psicógrafo intuitivo. Exemplo: um escritor escreve seus
textos normalmente, mas de repente, vem uma ideia brilhante com a
qual ele não contava e que enriquece o que o escreve. A intuição e
a inspiração são muito comuns entre os escritores, poetas,
filósofos,
teólogos, músicos, pintores, oradores, cientistas e inventores. Daí
que a maioria deles é espírita. E há psicógrafos que escrevem
simultaneamente dois textos diferentes e em línguas também
diferentes, um com a mão direita e outro com a esquerda e ainda
também fala, simultaneamente, sobre outro assunto diferente dos que
está escrevendo. Nesses casos, há três espíritos se manifestando
ao mesmo tempo. Um exemplo desse fenômeno é o médium Willian
Strend. Há também os médiuns analfabetos psicógrafos e
psicofônicos (em que o espírito não escreve, mas fala). Izoldino
Resende, de Santa Luzia (MG), é um grande médium psicofônico
analfabeto e que é autor de vários livros psicofonados, entre eles
o best-seller “Planeta Terra em Transição”. E existe a
pneumatografia ou escrita direta, quando o espírito não usa a mão
do médium, mas faz a escrita aparecer. Na Bíblia, temos um exemplo,
em que aparecem uns dedos de mão humana escrevendo numa parede do
palácio do rei Belsazar. (Daniel 5: 5).
Muitos
cristãos chamam as mensagens mediúnicas de locuções interiores,
ou seja, do próprio indivíduo. O espiritismo chama esse fenômeno
de animismo. Mas o que sai do indivíduo, é porque nele está, e se
nele está, é porque nele entrou. Ademais, são muitos os exemplos
que a ciência mostra que não provêm mesmo do médium.
De
fato há as mensagens psicografadas, psicofônicas e inspiradas ou
intuitivas, inclusive na Bíblia, as quais procedem de espíritos,
mas não do Espírito de Deus! E, embora eu respeite quem pensa
diferente de mim, é superstição e muita presunção sustentar que
uma comunicação mediúnica ou espiritual procede diretamente do
próprio Espírito de Deus!
PS:
Entrevista
minha e outras com áudio e imagem, em www.espiritismobh.com.br
Recebido por e-mail.
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