segunda-feira, 26 de novembro de 2012




  PMDB E A DESCONSTITUIÇÃO POLÍTICA DO RIO!

       
1. Qual a opinião do governador e do prefeito do Rio sobre a Reforma Política? O que pensam do novo Código Florestal? E do Pacto Federativo? Como redefinir os novos FPE e FPM? O que pensam sobre a CPI do Cachoeira e sobre o julgamento do STF? O que acham da política internacional do governo federal em relação à América Latina? Qual a opinião deles sobre a política industrial da Dilma? Etc.
       
2. Quando publicaram algum artigo em jornal a respeito de quaisquer desses temas? Nada. Exceção desesperada, na questão dos royalties que, aliás, sequer conseguiram que os relatores na Câmara e no Senado –ambos do PMDB- analisassem, com eles, alternativas.
       
3. Nunca antes na história do Rio de Janeiro suas máximas autoridades foram tão estéreis politicamente. O Brasil é uma Federação, ou seja, constituída por seus Estados e Municípios, especialmente aqueles metropolitanos. Quando, na história do Rio, vivemos uma situação dessas? Nunca! O Rio já não conta mais politicamente como unidade federativa. Foi desconstituído em sua liderança federativa.
       
4. Isso, no Rio, que foi a razão da independência, da unidade e da identidade nacionais. As atuais autoridades desintegraram a dimensão política do Rio.  Um se gaba de ser amigo do peito do ex-presidente, aos brindes de vinhos caros. Outro de ser síndico. Declarações abertas de esterilidade e impotência políticas.
       
5. Justificam-se se deitando como pele de leão caçado, oferecendo-se como piso almofadado à caminhada dos que os usam em nome da troca de benesses. Aliás, preço vil, se comparado com outros estados e capitais e com governos anteriores daqui. Há uma lista de comparações de investimentos e parcerias que os deixa bem atrás. E ninguém se chafurdou em sabujices.
       
6. Mas exultam com o que fazem, destruindo a imagem política de centralidade de 250 anos do Rio. Nenhum outro estado (especialmente os mais importantes) precisou de tanto avassalamento, ao preço de sua descaracterização política. A história é pródiga em exemplos: a desconstituição política termina sendo a desconstituição econômica e ética. E no Rio já está sendo.



Transcrito do Ex-Blog do César Maia de 26 de novembro.

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