PANORAMA MUNDIAL E DO BRASIL
Aristoteles Drummond, jornalista, é vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro
A China não para de crescer. Está melhorando seu mercado interno, investindo pesado na infraestrutura, buscando adquirir ativos de produtos de que carece para manter o ritmo. Quer crescer e dominar o mundo pelos preços, pela qualidade e pela política cambial. E tem quase um trilhão de dólares em papéis de emissão do Tesouro americano. E ninguém sabe o que se passa na cabeça de sua cúpula política.
Os EUA vivem uma crise econômica, mas também política. A possibilidade da não renovação do mandato do presidente Obama, que tem sido um perplexo moderado, é para ser avaliada e depende da direita ter um nome com habilidade.
As economias tradicionalmente fortes, superadas pela China, como Alemanha e Japão, aspiram a um crescimento modesto, pelo menos, nos próximos cinco anos. A União Europeia vive o drama dos governos socialistas irresponsáveis da Grécia, Portugal, Espanha. A Itália não preocupa, é um caso a parte e governá-la nunca foi difícil, mas, sim, impossível, como já dizia o Duce. Mas é um caso diferente. Rússia e África do Sul terão de conviver com a corrupção e desorganização durante alguns anos antes de aproveitarem suas potencialidades, que são muitas.
Nosso crescimento é limitado pela infraestrutura insuficiente. Além de políticas trabalhistas que tornam o risco na mão-de-obra maior do que o Leste Europeu, por exemplo. Demorar em definir a questão do petróleo – que tornará os compromissos do Rio com o Comitê Olímpico e a FIFA impossíveis de serem atendidos – pode nos custar forte descrédito.
Todo cuidado é pouco. Este ano não vai será de bonança. Vamos iniciar um processo de diminuição de reservas, podemos sofrer saques nos mercados de renda fixa e variável no primeiro espirro mundial.
Transcrito da página do jornalista Aristóteles Drummond:
http://www.aristotelesdrummond.com.br/
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