Qual verdade?
Gen. Ex. Luiz Gonzaga Schroeder
Lessa
O país aguarda com ansiedade a designação, pela
presidente Dilma, dos integrantes do que se convencionou chamar de “Comissão da
Verdade”.
Quanta presunção ao se adjetivar essa comissão com a palavra “verdade”!
Há milênios, o vocábulo vem desafiando a humanidade, os filósofos e as religiões. Ainda hoje, sem sucesso, busca-se um conceito que responda à pergunta de Pilatos a Cristo (por Ele não respondida):”o que é a Verdade”?
Quanta presunção ao se adjetivar essa comissão com a palavra “verdade”!
Há milênios, o vocábulo vem desafiando a humanidade, os filósofos e as religiões. Ainda hoje, sem sucesso, busca-se um conceito que responda à pergunta de Pilatos a Cristo (por Ele não respondida):”o que é a Verdade”?
Muito já se falou sobre tal comissão, mas o tema está
longe de ser esgotado.
A comissão inspirada no governo Lula, aprovada pelo Congresso Nacional por meio da lei nº 12528/2011 e em vias de ativação pela presidente Dilma, tem a finalidade maior de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”.
A comissão inspirada no governo Lula, aprovada pelo Congresso Nacional por meio da lei nº 12528/2011 e em vias de ativação pela presidente Dilma, tem a finalidade maior de “efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”.
Alcançará o seu desiderato? Tudo indica que, ao final
dos seus trabalhos, vai apresentar uma verdade facciosa, simbólica, parcial que
expressa, apenas, a visão do grupo esquerdista-marxista que lutou para que se
implantasse no Brasil um regime totalitário nos moldes de Cuba, quiçá, ainda
mais violento, e que nunca buscou, como se alardeia, a restauração da democracia
.
A “verdade” que surgirá dessa comissão está atrelada,
ideologicamente, ao grupo que foi derrotado e que, hoje, é governo, portanto,
será simpática e leniente para com ele. Não pode a comissão, por força de lei,
ouvir os depoimentos dos integrantes desse grupo, vital para que a memória seja,
de fato, resgatada. Desde já, é condenatória e discriminatória com aqueles que
serão ouvidos e que se opuseram, tenazmente, aos grupos extremistas que tentaram
impor à sociedade brasileira o marxismo-leninismo, seguindo estritamente as
diretrizes e ordens dos líderes de então das URSS, China, Cuba e Albânia.
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###COMO DEIXAR DE
OUVI-LOS
Somente motivações ideológicas impedem que personalidades expressivas da vida pública brasileira, na atualidade, a começar pela própria presidente Dilma, prestem os seus depoimentos, esclareçam as suas motivações, os apoios internos e externos que receberam, os recursos financeiros que amealharam e o destino a eles dados, assim como as execuções sumárias e os justiçamentos perversos que perpetraram.
Somente motivações ideológicas impedem que personalidades expressivas da vida pública brasileira, na atualidade, a começar pela própria presidente Dilma, prestem os seus depoimentos, esclareçam as suas motivações, os apoios internos e externos que receberam, os recursos financeiros que amealharam e o destino a eles dados, assim como as execuções sumárias e os justiçamentos perversos que perpetraram.
Como deixar de ouvi-los? Que memória emergirá dos
autos com tanta parcialidade? De antemão, na origem, memória e verdade estarão
comprometidas, serão falsas e não resistirão ao juízo da
história.
A óbvia conclusão é que teremos uma “verdade” muito
próxima da mentira, uma verdade caolha, que não quer ver e interpretar o que
ocorreu, e o fato histórico que dela resultar será faccioso, revanchista,
contaminado por uma amnésia provocativa e uma opaca memória alzheimeriana,
desprovido de conteúdo para integrar a moderna história
brasileira.
Os que, na atualidade, posam de democratas queriam ( e
ainda tentam) implantar um regime totalitário no país, segundo depoimentos dos
seus mais expressivos representantes, como o ex-deputado Fernando Gabeira e o
professor universitário Aarão Reis, que chegaram a prever um grande derramamento
de sangue caso as suas teses fossem vitoriosas.
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O QUE SE PRECISA SABER
O que o povo brasileiro precisa saber e se convencer é que, se hoje desfruta de amplas liberdades democráticas, essas não foram benesses caídas do céu e, sim, asseguradas pelos regimes militares e a pragmática engenharia política que orquestraram, vencendo a violência sem quartel que vitimou muitos inocentes, o radicalismo e a xenofobia dos mais variados grupos extremistas que, mercê da anistia, veem muitos dos seus integrantes em funções de revelo na política, na mídia, no governo e na sociedade em geral.
O QUE SE PRECISA SABER
O que o povo brasileiro precisa saber e se convencer é que, se hoje desfruta de amplas liberdades democráticas, essas não foram benesses caídas do céu e, sim, asseguradas pelos regimes militares e a pragmática engenharia política que orquestraram, vencendo a violência sem quartel que vitimou muitos inocentes, o radicalismo e a xenofobia dos mais variados grupos extremistas que, mercê da anistia, veem muitos dos seus integrantes em funções de revelo na política, na mídia, no governo e na sociedade em geral.
O que o povo brasileiro precisa saber é que esses
extremistas, dóceis e obedientes, ficaram ao sabor dos ditames de líderes
estrangeiros, deles recebendo apoio político, material e financeiro para que o
Brasil passasse a integrar as suas órbitas de influência, perdesse a sua
autonomia, soberania e até mesmo a sua integridade
territorial.
O que o povo brasileiro precisa saber é que muitos dos
que , no governo ou fora dele, clamam pela democracia nunca lutaram para que ela
imperasse no país; pelo contrário, quiseram, pela violência, sujeitar um povo
tradicionalmente cristão a um regime totalitário ateu em que “muitas cabeças e
sangue rolariam”.
O que o povo brasileiro precisa, de fato, saber é que
não se almeja a paz social, a reconciliação nacional, como enfaticamente se
propaga. Nesse contexto elas não são relevantes.O que, efetivamente, se planeja
é a divisão da sociedade brasileira para melhor controlá-la e subjugá-la, como
são exemplos os contínuos e recorrentes artifícios e tentativas dos governantes
e das lideranças petistas na busca da limitação e da reinterpretação, muitas
vezes contra os ditames constitucionais,dos instrumentos que asseguram o
exercício de liberdades duramente conquistadas.
As evidências parecem indicar que a chamada “Comissão
da Verdade” encaminha-se, como já foi definida, para uma comissão de acerto de
contas, revanchista, avessa ao estabelecido na Lei da Anistia, com a intenção
declarada de forçar a sua reinterpretação pelo Supremo. Os fatos que porventura
dela emanarem serão passíveis de contestação, quando a verdade histórica, longe
dos arroubos, dos revanchismos e dos ódios do presente,
prevalecer.
Transcrito do Blog "Tribuna da Internet":
http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=36081
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