sexta-feira, 10 de agosto de 2012


                                          
Uma Profecia em Curso.

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Arlindo Montenegro


“O colapso financeiro mundial destruirá a riqueza, acabará com o estilo de vida de todos e desumanizará a população, convertendo-a num rebanho de ovelhas cada vez mais assustadas”. É o que afirma Daniel Estulin em seu livro “Octopus”. Teoria da conspiração! Dizem os que tentam tapar o sol com peneiras.


Aqui no Brasil, as peneiras servem nas casas de farinha, nas cozinhas e como elemento decorativo. Muito mais, servem para distrair a população sobre as manobras dos governantes que entregaram este país ao controle das agências que implantam as leis da nova ordem mundial.


Que orgulho, que distinção ter uma brasileira entre os que carregavam a bandeira olímpica em Londres. Nenhuma referência ao significado político inserido no contexto de um evento cujo significado (para os desinformados) é o de união das nações, acima das quizílias políticas e guerras conseqüentes.


Um leitor destas páginas comentou recentemente o tratamento dado à pira olímpica em Londres. Acompanhando cada delegação havia alguém transportando uma espécie de “concha” que no final apareceu incandescente, nos limites do círculo de fogo que foi erguido mecanicamente formando uma só fogueira ao redor do núcleo. A individualidade absorvida pelo coletivismo.


Temos contribuído para preservar aquele núcleo duro de poder e controle intacto. Para manter um sistema de dominação imperial, com muitas faces. Para suportar o belicismo acentuado desde a guerra fria. Poucos lembram que em 1990, pouco depois da invasão do Iraque, o Presidente dos Estados Unidos, Bush (pai) reuniu o Congresso e o Senado para anunciar “uma era de pacífica cooperação internacional”, uma “nova ordem mundial”.


Depois da II Guerra, o mundo conviveu com a chamada Guerra Fria ameaçado por ogivas nucleares. Com a desintegração da União Soviética e a queda do Muro de Berlim, os controladores da economia mundial começaram a realizar fusões e aquisições de grandes empresas, iniciando o processo final de concentração dos recursos financeiros, pari passu de degradação social e ambiental.


As economias começaram a voar para os locais onde a baixa remuneração da mão de obra, a existência de matéria prima farta e barata associada a estruturas políticas corruptíveis, garantiam lucros maiores. Tudo apoiado na legislação internacional da ONU e suas diversas agências, OMC, OIT, ONGs financiadas por Fundações e governos, FMI, Rede de Bancos Centrais, todos interessados em manter as estruturas de poder e controle globalizado.


O planeta conheceu mudanças dramáticas neste meio século. O conceito de “cooperação internacional pacífica” parece ter saído do vocabulário orwelliano e foi a justificativa para a intervenção em “defesa da soberania do Kwait”. A Guerra do Golfo foi apenas o estopim para uma seqüência de mobilizações militares em permanente “cooperação pacífica”, conflitos e insegurança, invasões culturais e submissão das nações à vigilância dos organismos internacionais da nova ordem mundial.


A novilíngua e o duplipensar dominaram os manuais de redação da imprensa, adotaram políticas em defesa do sistema financeiro internacional e do projeto de preservação da qualidade de vida de uma parcela da população mundial, integrada por mega empresários, banqueiros e políticos. As redações adotaram o “politicamente correto”, sem denunciar os financiadores, sem expor como são distorcidos os fatos e como são controladas as mentes.


O texto abaixo, extraído do “1984” de George Orwell, é bem significativo para a compreensão do momento mundial. É o manual dos governantes submissos e dependentes dos recursos apossados pelos controladores da nova ordem mundial. Eis o que o agente do “Grande Irmão” (Big Brother) diz ao dissidente Winston, preso e torturado no Ministério do Amor para convencê-lo a reconhecer o coletivismo como verdade absoluta, “cérebro imortal” do Partido.


“Somos diferentes de todas as oligarquias do passado, porque sabemos o que estamos fazendo. Todas as outras, até mesmo as que se assemelhavam conosco, eram covardes e hipócritas. Os nazistas alemães e os comunistas russos muito se aproximaram de nós nos métodos, mas nunca tiveram a coragem de reconhecer os próprios motivos.


Fingiam, talvez até acreditassem, ter tomado o poder sem querer, e por tempo limitado, e que bastava dobrar a esquina para entrar num paraíso onde os seres humanos seriam iguais e livres. Nós não somos assim. Sabemos que ninguém jamais toma o poder com a intenção de largá-lo.


O poder não é um meio, é um fim em si. Não se estabelece uma ditadura para salvaguardar uma revolução; faz-se a revolução para estabelecer a ditadura. O objetivo da perseguição é a perseguição. O objetivo da tortura é a tortura. O objetivo do poder é o poder. Agora começou a me compreender? (...) Se quer uma imagem do futuro, pense numa bota pisando um rosto humano – para sempre.”


No final Winston, na condição de um trapo embebido em gin, está pacificado. Um zumbí entre os zumbis da nova ordem mundial.


Arlindo Montenegro é Apicultor.


Transcrito do Blog "Alerta Total": 

                                http://www.alertatotal.net/
 

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